Três escolas já são ocupadas por alunos em São Paulo

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) está cada vez mais pressionado pela população. Estudantes começaram a ocupar escolas em diversas regiões, como forma de protesto contra o fechamento das unidades. Até agora são três: Escola Estadual Cefam Diadema, no ABC, Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, e Escola Estadual Salvador Allende, na zona leste.

 
Todas as unidades estão cercadas pela presença da polícia militar. Os alunos têm recebido apoio de movimentos sindicais e sociais e não pretendem dar o braço a torcer enquanto o governador não voltar atrás na decisão de fechar escolas públicas.
 
Segundo Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), os protestos jáestão provocando mudanças. “O governo já voltou atrás e modificou (a reorganização). Desde a luta dos estudantes, dos professores, pais e mães, a gente já teve avanço, e acho que essa é a nossa perspectiva, de derrotar esse projeto” pontua. 

Educadores protestam em Brasília

Aconteceu ontem (11) em Brasília uma manifestação com mais de mil sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As organizações conversaram com o ministro da Educação Aloizio Mercadante e com parlamentares, no Congresso Nacional.

 
A principal pauta de reivindicação é uma educação pública de qualidade, mas outros pontos também foram levados à mesa, como arquivamento de projetos sobre a terceirização (PLC 30) e combate ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), e o Projeto de Lei (PL) 6.726, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que visam modificar a atual Lei de Partilha do petróleo.
 
A CNTE também vai contra o PL867/2015, sobre o programa Escola Sem Partido. O projeto está sendo chamado de lei da mordaça porque visa proibir o ensino de política nas escolas.  

Polícia de Alckmin reprime estudantes e prende professor

Ontem (11), alunos que ocupavam a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, em defesa da qualidade do ensino e contra as reformas propostas pelo governo Alckmin (PSDB) foram reprimidos pela polícia que usou gás de pimenta.

 
O professor e dirigente da Apeoesp (sindicato dos professores), José Roberto Guido, foi detido após discutir com um representante do Conselho Tutelar que tentava intimidar os alunos.
 
A prisão ocorreu quando três estudantes que participavam da ocupação pediram para deixar o prédio, mas foram interpelados pelo representante do Conselho Tutelar (não identificado), que quis anotar os números dos documentos pessoais do trio. Guido entrou na discussão em defesa dos alunos apontando que a ação tinha o claro objetivo de intimidar os estudantes.

13º salário injeta R$ 173 bilhões na economia

Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o pagamento do 13º salário vai injetar R$ 173 bilhões na economia do país. O valor representa 2,9% do PIB.

A pesquisa mostra que 84,4 milhões de trabalhadores receberão, em média, R$ 1.924,00. Em relação ao ano anterior, o valor injetado na economia teve um aumento de 9,9%.

O 13º é pago, de acordo com a lei, em duas parcelas. A primeira até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.

Estudantes enfrentam violência da polícia em protesto

Alunos da rede pública passaram a madrugada de hoje (11) acampados na Escola Estadual Fernão Dias Paes, na zona oeste de São Paulo. A ocupação é um ato contra a reforma escolar anunciada em setembro e contra o fechamento de escolas. Pela manhã a policia militar reprimiu os estudantes e usou spray de pimenta.

 
Ontem à noite, o Movimento Passe Livre (MPL) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) aderiram à ocupação. Na mesma ocasião o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy, visitou a escola e distribuiu garrafas de água mineral aos manifestantes; isso porque o fornecimento de água foi interrompido por algumas horas na terça-feira. 
 
Movimentos sociais e sindicais como CUT, Apeoesp e Periferia Ativa estão acampados em frente à escola Fernão Dias. O local está cercado e policiais militares ameaçam invadir o prédio.  

Fechar escolas e superlotar salas de aulas é um crime!

Temos dito, e reafirmamos, que esta verdadeira bagunça que o Governo Alckmin está fazendo, com o fechamento de 94 escolas e mudanças em outras 752 unidades visa tão somente o corte de gastos, a “racionalização” administrativa e financeira, o “enxugamento” da máquina do Estado, enfim, a aplicação do receituário neoliberal do Estado mínimo, concepção sempre implementada pelo PSDB aos serviços públicos.

A tese de que é preciso separar crianças menores de crianças maiores e separar crianças e adolescentes não tem nenhuma sustentação pedagógica e não tem nada a ver com ciclos de aprendizagem. Em sua correta acepção, os ciclos reúnem estudantes de acordo com seus estágios de aprendizagem, pouco importando suas idades. O que o Governo Estadual está fazendo é um retrocesso, um rompimento com os avanços que experimentamos nos últimos anos e a quebra do ensino fundamental de nove anos. É um retorno à seriação, aos tempos em que, em plena ditadura, tínhamos separados o primário, o ginásio e o segundo grau.

O Governo tenta justificar as barbaridades que está fazendo, por exemplo, dizendo que quer implantar escolas de “ciclo único” (termo incorreto, como já vimos), mas entre as 94 escolas que quer fechar, 40% já são de “ciclo único”. Diz que vai investir no ensino médio, mas 10% das escolas a serem fechadas são de ensino médio. Diz que quer melhorar a qualidade do ensino, mas muitas escolas que serão fechadas tem médias mais altas no IDEB e no IDESP, que são indicadores de avaliação nacionais e estaduais.

Afinal, como acreditar em um Governo que tergiversa tanto? Primeiro, fecharia ou alteraria a situação de 30% das escolas; depois, não fecharia escolas, agora anuncia o fechamento de 94 unidades sendo que muitas delas sequer são as mesmas cogitadas inicialmente.

Esta bagunça vai alterar muita coisa na vida de estudantes, suas famílias e professores. Fechar escolas é enviar estudantes para outras unidades, superlotando salas de aula. Da mesma forma, fechar o noturno ou uma etapa de ensino em uma unidade é sobrecarregar as demais da região ou a rede municipal. Não apenas serão afetadas escolas com as quais o Governo mexe diretamente, mas toda a rede, pelo “efeito cascata”.

No caso dos professores, será mais difícil compor jornada em apenas uma unidade escolar, se ministrarem aulas para o segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. Professores das escolas que serão fechadas irão disputar aulas com os colegas das demais unidades, assim como os das escolas “reorganizadas”. Se não conseguirem aulas, poderão ficar “adidos”, ou seja, “encostados”, recebendo salários menores.

Por exemplo, um professor PEB II, com jornada de 40 horas semanais, hoje recebe R$ 2.415,89 em início de carreira. Na disputa por aulas, poderá ter sua jornada reduzida para 30 horas semanais ou 24 horas semanais de trabalho, com redução salarial. No limite, poderá ficar adido, recebendo  salário equivalente à jornada inicial (12 horas semanais de trabalho). No caso do PEB II, significa míseros R$ 724, 77. No caso de PEB I, poderá passar de R$ 2.086,93 (40 horas semanais) para irrisórios R$ 626,07. O que está em jogo é a sobrevivência desses professores. O Governo do PSDB quer mesmo transformar o magistério em um “bico”.

Veja a tabela salarial completa:

Salários na rede estadual de ensino de São Paulo

Professor de Educação Básica II

  Jornada de trabalho

  Salário inicial

  40 horas semanais 

  R$ 2.415,89

  30 horas semanais  

  R$ 1.811,91

  24 horas semanais 

  R$ 1.449,52

  12 horas semanais 

  R$    724,77


Professor de Educação Básica I

  Jornada de trabalho

  Salário inicial

  40 horas semanais 

  R$ 2.086,93

  30 horas semanais  

  R$ 1.565,20

  24 horas semanais 

  R$ 1.252,17

  12 horas semanais 

  R$    626,07

Por essas e tantas outras razões não aceitaremos essa bagunça! Juntamente com estudantes, pais, funcionários de escolas, movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, estamos e vamos continuar nas ruas, levando bem alto nosso Grito pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo. No dia 10 de novembro, a partir das 12 horas, em estado de greve, realizaremos nova assembleia estadual e,  mais um vez, vamos realizar um grande ato público com toda a comunidade no Palácio dos Bandeirantes.


Fechar escolas públicas e superlotar salas de aula é um crime e o Governo Estadual não ficará impune!

 

*Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da Apeoesp

Frente Brasil Popular vai às ruas contra Cunha

Na próxima sexta (13) em vários estados brasileiros, a Frente Brasil Popular sairá às ruas em defesa da democracia, da Petrobrás e contra a postura conservadora do presidente da Câmara Eduardo Cunha implementada no País. 

Os atos acontecerão em mais de 20 cidades brasileiras simultaneamente, em Brasília, a Frente se somará à grande Marcha convocada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que também compõe a Frente.

Segundo o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, Cunha não tem condição nenhuma de permanecer como principal mandatário de um dos poderes mais importantes do Brasil, que é o poder legislativo. Para Vagner, Cunha tem que ser afastado ou pedir o afastamento já que foi comprovado pelo Ministério Público da Suíça contas ilegais em seu nome. 

“Estamos manifestando também nossa insatisfação com essa política econômica. Para o país sair da crise é necessário mudar os rumos da economia com investimentos, geração de crédito, com baixa taxa de juros e fomentar o mercado interno”, complementou o presidente da CUT.

Químicos promovem encontro nordestino em São Mateus

O Sindicato dos Químicos promoveu o primeiro Encontro Nordestino de São Mateus no último domingo, dia 8 de novembro, com a presença de grupos de música regional e a participação especial do grupo Falamansa.

Durante todo o dia houve prestação de serviços à comunidade  e atividades de lazer para as crianças.

O momento também foi oportuno para os dirigentes do Sindicato conversarem com a comunidade e alertarem sobre as investidas do Congresso Nacional contra diversos direitos dos trabalhadores. “O projeto que libera a terceirização para todas as atividades das empresas está para ser aprovado no Senado e, se for aprovado, será o fim do trabalho formal com carteira assinada e com direitos garantidos”, reforçou Helio Rodrigues, diretor do Sindicato e coordenador da campanha Frente Contra a Precarização. 

Mulheres realizam encontro em Atibaia

No último fim de semana, dias 7 e 8 de novembro, o Sindicato dos Químicos de São Paulo realizou o encontro anual de mulheres, em Atibaia, com a participação de cerca de duzentas mulheres da categoria.

Antes desse encontro, foram realizados três encontros regionais: em agosto, em São Miguel Paulista; em setembro, na Lapa; e em outubro, em Santo Amaro.

Os encontros abordaram a violência doméstica, a discriminação no trabalho, as diferenças salariais entre homens e mulheres e a falta de compreensão dos maridos no compartilhamento de tarefas. “Todas nós sofremos isso na pele. Trabalhamos fora de casa como os homens, mas temos que dar conta de tudo em casa sozinhas. São poucos os companheiros que se dispõem a ajudar”, denuncia Célia.

De acordo com a dirigente, essa luta ainda deve ser longa. “São anos de machismo e isso não se muda da noite para o dia”, avalia. Por outro lado, esse foi o primeiro encontro da categoria em que a diretoria feminina comemorou ocupar um número maior de cadeiras na direção da entidade. “Aqui no Sindicato já somos 40% de mulheres e na direção da CUT já somos 50%. O caminho é esse: ocupar os espaços nas empresas, na política, em todos os lugares”, conclui Célia. 

Circular: Campanha Salarial Químicos 2015

Vimos através da presente, informar que a Convenção Coletiva de Trabalho da nossa categoria profissional, para o período de 2015/2017, foi firmada com os Sindicatos Patronais no dia 10 de novembro de 2015. Abaixo segue resumo das principais cláusulas modificadas, sendo que as econômicas terão vigência até 31 de outubro de 2016 e as cláusulas sociais até 31 de outubro de 2017.

AUMENTO Salarial (Cláusula 04): Sobre os salários de 01/11/14, será aplicado, em 01/11/2015, o aumento salarial da seguinte forma: a) Para os salários nominais até R$ 7.929,13 (sete mil, novecentos e vinte e nove reais e treze centavos), o percentual único e negociado de 10,33% (dez vírgula trinta e três por cento), correspondente ao período de 01/11/14, inclusive, a 31/10/15, inclusive; b) Para os salários nominais superiores a R$ 7.929,13 (sete mil, novecentos e vinte e nove reais e treze centavos), o valor fixo de R$ 819,08 (oitocentos e dezenove reais e oito centavos).

Salário Normativo – piso (Cláusula 03): O salário normativo será de R$ 1.354,41 (um mil, trezentos e cincoenta e quatro reais e quarenta e um centavos), por mês, para empresas com até 49 empregados e de R$ 1.388,39 (um mil, trezentos e oitenta e oito reais e trinta e nove  centavos), para empresas com 50 empregados ou mais, sendo,  neste último caso, considerado o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2015.

Participação nos Lucros e Resultados – PLR (Cláusula 15): o valor para 2015/2016 corresponderá a R$ 930,00 (novecentos e trinta reais) para empresas com até 49 empregados e R$ 1.030,00 (um mil e trinta reais) para empresas com 50 empregados ou mais, considerando-se neste último caso o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2015, a ser pago em 02 parcelas iguais à metade deste valor cada uma, sendo a primeira até 31/04/2016 e a segunda até 31/10/2016, ou, alternativamente, a critério das empresas, numa única parcela, até 30/06/2016.

 

Atenciosamente,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Osvaldo da Silva Bezerra – Coordenador Geral