Marcha das Mulheres Negras acontece em Brasília

Acontece hoje (18) em Brasília a primeira Marcha das Mulheres Negras, com a presença de diversos representantes dos movimentos negro e social. O ato é uma forma de dar visibilidade às causas das mulheres negras e terá a participação das mulheres do nosso Sindicato.

Para abrir o evento, houve uma palestra que teve como tema principal os ataques de racismo, xenofobia e homofobia pela internet. Segundo Ronaldo Barros, representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) a internet é uma rede potencializadora de discriminações.  “Um dos fenômenos para explicar a ampliação e divulgação dos crimes de racismo e intolerância é que a sociedade está tendo um estranhamento da desnaturalização dos espaços que eram tidos como branco”, afirma.

Carmen Foro, vice-presidenta da CUT, destaca que será apresentado na marcha um documento com dados voltados para o mercado de trabalho. O tema é de suma importância, visto que ainda hoje existem discrepâncias causadas pela discriminação racial e de gênero. As principais bandeiras do movimento são contra a violência doméstica, contra o racismo e fim do genocídio da juventude negra. 

Protestos pela educação seguem fortes

Cresce a cada dia mais o número de ocupações de alunos da rede pública de ensino. Estudantes estão acampados dentro e fora de suas escolas, espalhadas pelo estado de São Paulo, em um ato de protesto contra a medida de reorganização escolar proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Hoje, o número de escola ocupadas chegou a 41. Algumas escolas conseguiram que a Justiça revogasse o mandato de reintegração de posse, mas continuam em greve em apoio ao movimento geral. Alunos da Escola Estadual Martin Egídio Damy, na Brasilândia, zona norte da capital, decidiram em assembleia realizada ontem (16) que ocupariam a escola por tempo indeterminado.  A escola tinha saído da lista oficial divulgada pelo governo, mas ainda corre o risco de fechar o ensino médio.

Alunos da Escola Estadual Diadema, a primeira a ser ocupada, convocaram um protesto de todas as escolas para a próxima quinta-feira (19), no dia nacional de luta pela educação.  

Petroleiros encerram greve na maioria das regiões

Após conseguir diálogo com o presidente da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) orientou os sindicatos filiados a encerrarem a greve. Os sindicatos de petroleiros de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Duque de Caxias (RJ) e Rio Grande do Sul acataram à sugestão, em assembleia no sábado (14).  

 
As unidades voltaram a funcionar após 13 dias de paralisação. Entre os pontos acordados estão ajuste de 9,53% e avanços nos acordos coletivos dos trabalhadores. Os dias parados serão compensados em 50%.
 
A Pauta pelo Brasil, principal reivindicação da categoria em greve, será analisada por um grupo de trabalho e terá 60 dias para finalizar o relatório que será lido pela direção da Petrobras e pelo governo federal.  

Alunos conseguem mudanças na reorganização escolar

Os alunos da rede pública de São Paulo estão começando a colher os primeiros frutos das intensas manifestações que têm feito nos últimos dias. A ocupação de escolas por alunos tem base legal e está ganhando cada vez mais força. Na última sexta-feira (13) a Justiça suspendeu a ordem de reintegração de posse para as escolas Fernão Dias, em Pinheiros, na zona oeste, e Salvador Allende, na zona leste de São Paulo.

A ordem é do juiz Luiz Felipe Ferrari Redendi, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Segundo ele, a manifestação é “questão de política pública”. O pedido do Ministério Público Estadual alega que as ocupações significam que a comunidade escolar não está de acordo com a reforma proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo levantamento da Apeoesp divulgado hoje (16), chegou a 28 o número de escolas ocupadas em diversas regiões de São Paulo. A escola Professor Pio Telles Peixoto, em Jaguara, na zona oeste, está sendo desocupada pois declarou que manterá o ensino fundamental. 

Petroleiros seguem em busca de reivindicações

Petroleiros continuam com a greve, que já está em seu 13º dia. A categoria ainda não aceitou a proposta oferecida pela Petrobras na quarta-feira (11).  O reajuste salarial oferecido foi de 9,53% e segundo a empresa, é definitivo. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer uma reunião com o diretor da estatal para organizar algumas pendências da negociação.

Os principais pontos são a igualdade de direitos para trabalhadores da Fafen, fábrica de fertilizantes localizada na região de Curitiba e comprada pela Vale há dois anos, a não punição aos grevistas e o não desconto dos dias paralisados.

A respeito da Pauta pelo Brasil, principal reivindicação dos petroleiros, a Petrobras se comprometeu a criar um grupo com representantes da FUP para elaborar um relatório.  

Eduardo Cunha é denunciado a órgão de direitos humanos

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) foi denunciado à Organização dos Estados Americanos (OEA), órgão internacional de defesa dos direitos humanos, pela associação Artemis.

 
A principal queixa da organização que luta pelos direitos das mulheres é contra o projeto de lei 5.069/2013 de autoria do deputado e que visa proibir as mulheres de realizarem o aborto de maneira legal em casos de estupro. Cunha e os 11 deputados que assinaram o projeto são acusados de “grave violação aos direitos humanos das mulheres”.
 
As mulheres brasileiras têm se mobilizado em protestos contra o deputado nos últimos dias. Ontem ocorreu um grande ato na Avenida Paulista; a pauta é a mesma, contra a criminalização do aborto, pelo direito das mulheres. Hoje, dia 13, ocorreram novas manifestações em todo o País.  

Dia E deve tirar dúvidas de pais sobre reforma escolar

A Secretaria Estadual da Educação promete explicar amanhã (14) as mudanças que vem promovendo no ensino de São Paulo. As escolas permanecerão abertas no sábado, intitulado ‘Dia E’ para receber pais que estão com  dúvidas sobre a reforma escolar proposta pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 
Nesse dia será divulgada a lista com os 311 mil nomes de alunos e as respectivas escolas para onde serão transferidos.  Até agora, já subiu para sete o número de escolas que estão sendo ocupadas por alunos, que protestam contra o fechamento das mesmas.
 
As reuniões estão previstas em todas as unidades escolares do Estado, entretanto, há algumas controvérsias. Alguns professores da rede estadual da região do ABCD paulista afirmam que foram impedidos de participar das reuniões.  “É uma manobra para fragmentar e desmobilizar os pais, já que há muitos questionamentos em aberto. Além disso, eles temem a onda de ocupações nas escolas”, afirma Alexandre Ferraz, da Apeoesp Santo André.  

Lista de Furnas, uma ‘confissão de crime’, continua blindada

O jornalista Joaquim de Carvalho, do Diário do Centro do Mundo, foi a campo com a missão de comprovar a veracidade da lista com o nome de políticos (entre eles Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves, Eduardo Cunha, Roberto Jefferson) e respectivos valores recebidos na campanha eleitoral de 2002 do caixa dois de empresas que prestaram serviços à estatal Furnas. A empresa é um colosso com 17 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, três parques eólicos que garantem o abastecimento de energia a mais de 60% das moradias do país. Até hoje os políticos não foram investigados.

A Lista de Furnas era na verdade uma confissão de crime, diz Carvalho, em entrevista a Oswaldo Luiz Colibri Vitta, na Rádio Brasil Atual. “Havia um diretor da estatal, que trabalhou 35 anos na companhia. Quando houve a troca de governo, saindo FHC, iniciando Lula, o diretor Dimas Toledo elaborou a lista com os nomes de 156 políticos, todos eles da base parlamentar do governo FHC, para quem ele tinha dado recursos durante a campanha de 2002. E relacionou também 101 empresas. E depois assinou. E você se indaga? Por que um cara vai assinar uma confissão de crime? Porque ele na verdade usou para pressionar o Aécio Neves (eleito governador de Minas), para que fosse mantido na direção de Furnas. E isso acabou acontecendo. O Dimas Toledo foi mantido. E o pai do Aécio foi também mantido no conselho de administração”, relata o repórter.

O documento, sigiloso, foi divulgado por um lobista em 2005. Na ocasião, a imprensa corporativa estava empenhada na cobertura do chamado “mensalão do PT”. E deu à Lista de Furnas, assim como às denúncias do mensalão mineiro, a versão de que se tratavam de documentos falsos. “Depois foi verificado que era tudo autêntico. Só que a imprensa sempre escondeu. Não deu”, diz o jornalista. “Um deputado, o Roberto Jeferson, quando acusou o tal do mensalão, a imprensa toda deu crédito. Ele diz, na Lista de Furnas, quando foi chamado, ‘sim, recebi exatamente esses valores’, conta como foi, onde foi entregue, detalhes. Outro deputado do PMDB de Minas, presidente da Assembleia Legislativa, disse assim: “Mas como assim é falsa? Esses valores eu recebi, em tal lugar, assim, assim, assim’.”

O repórter lembra que o pai de Aécio Neves, Aécio Ferreira da Cunha, foi durante décadas parlamentar por partidos de apoio à ditadura (Arena, PDS, depois PFL, DEM). “Era da Comissão de Energia da Câmara e ocupou durante 20 anos posição no conselho de Furnas.” O nome da família voltou à tona quando doleiro e delator premiado da Lava Jato Alberto Youssef mencionou que em determinado dia foi a uma empresa de Bauru que prestava serviços para Furnas, para cumprir uma missão: receber em cash R$ 4 milhões que seriam destinados ao então deputado José Janene (PP), morto em 2010. Ao chegar, recebu a informação de que “só” havia metade – a oura metade teria sido repassada a Aécio Neves.

Ouça a entrevista na Rádio Brasil Atual.

CNQ discute campanha salarial unificada

A VI Plenária da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT), realizada nos dias 10, 11 e 12 de novembro,  discutiu a unificação das campanhas salariais do setor. A proposta será tratada no início do ano que vem por um grupo de trabalho da CNQ.    

 
“Essa é uma ideia antiga do ramo mas que nunca foi efetivamente discutida. Agora damos o primeiro passo para esse grande desafio” declarou Lucineide Varjão, presidenta da CNQ e diretora do Sindicato dos Químicos de São Paulo. Outra proposta da plenária foi a análise dos acordos e convenções do ramo químico para que seja feito um balanço dos avanços já conquistados. A ideia é incluir estes avanços  na pauta nacional unificada.
 
Lucineide destacou ainda o desejo de aproximação com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para discutir a importância do ramo químico para o desenvolvimento da indústria brasileira.