Prefeitura promove capacitação de professores em direitos humanos

A prefeitura de São Paulo já capacitou, até esse mês, mais de 5 mil professores, para abordarem temas de direitos humanos nas salas de aula. Trabalhando valores democráticos e solidários com os alunos, os docentes podem especializar-se por meio de cursos como Direitos Humanos, Educação de Jovens e Adultos e Diversidade, Inclusão e Gênero na Escola.  A meta é capacitar 7.500 educadores (no total) até o final do ano.

 
O coordenador adjunto de Educação em Direitos Humanos da Secretaria ressalta a importância de um projeto como esse em nosso país, que tem um histórico de escravidão, genocídio indígena e ditaduras. “Tudo isso deixa um ranço cultural. Temos valores de autoritarismo e preconceito muito presentes ainda. Uma das maneiras de acabar com esse legado é construir cultura democrática e de solidariedade por meio da educação”, diz. O secretário-adjunto de Direitos Humanos, Rogério Sottili, caracteriza o projeto como uma revolução.
 
Para a capacitação dos professores, foram criados quatro centros de educação em direitos humanos, dentro de Centros Educacionais Unificados (CEUs) em diferentes regiões da cidade. Os espaços contam ainda com materiais para apoio em sala de aula e uma biblioteca sobre direitos humanos.
 
Para as crianças, foi elaborado um material didático em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, com o nome “Respeitar é Preciso”. Entre os temas de destaque abordados estão ahomofobia e transfobia, democracia na escola, respeito e humilhação e direitos e deveres.
 
O projeto também promove uma premiação anual para funcionários da educação que incentivem ações inovadoras sobre a tolerância e o respeito nas escolas. Neste ano, o prêmio será entregue no dia 10 de dezembro, no parque Ibirapuera. 

Festa para a criançada no Sindicato

Está se aproximando o Dia das Crianças e para celebrar a data, o Sindicato realizará sua tradicional festa de comemoração. Aberta para todos os sócios, será no Clube de Campo de Arujá, no dia 11 de outubro, a partir das 10h. Entre as atrações para as crianças estão o palhaço Tchutchuco, o teatro mamulengo (Simão e o Boi Pintadinho) e brinquedos como piscina de bolinhas, tobogã, cama elástica, entre outros. 

Dia Nacional de Luta é no próximo sábado, 3 de outubro

Neste sábado (3)  de outubro haverá  manifestações em diferentes cidades do Brasil, organizadas pela Frente Brasil Popular.  A defesa da Democracia e da Petrobrás e   o fim do ajuste fiscal, são os principais alvos dos protestos.  

 
A Frente Brasil Popular foi lançada no dia 6 de setembro de 2015 e tem como objetivo unificar diferentes movimentos em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
 
Em São Paulo, a concentração será a partir das 14h em frente ao prédio da Petrobrás, na Avenida Paulista, 901. Movimentos sociais, sindicais, estudantis e sociais estarão presentes no ato. Posteriormente os manifestantes seguem em caminhada até a  Praça da Sé.

Contra ajuste, economistas querem emprego e renda no centro da política econômica

Contra a “ditadura do pensamento único” de que somente o ajuste fiscal capitaneado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode apontar saídas para a recessão do país, foi lançado na tarde de hoje (28), em São Paulo, o documento “Por um Brasil Justo e Democrático”, que se propõe a ampliar o debate sobre os rumos do país, e apresenta alternativas de política econômica para a retomada do crescimento.

Os quase 200 profissionais que assinam o documento, entre economistas, advogados, urbanistas e outros profissionais formadores de opinião ligados ao pensamento progressista, têm como consenso o diagnóstico que o ajuste fiscal prejudica a atividade econômica em vez de tirar o país da recessão. “O documento se presta a evitar o terrorismo da lógica de curto prazo dos mercados especulativos”, afirmou o presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann. “Esse pensamento nos faz pensar pequeno. Precisamos ter clareza de que ao apontar para a lua não podemos ficar focados no próprio dedo.”

Entre as alternativas defendidas pelo documento, destacam-se mudanças para colocar a geração de emprego e renda no centro da política econômica do governo, para que o país volte a combater as graves desigualdades sociais com vistas à distribuição de riqueza. Em termos práticos, o documento defende que o papel do Banco Central seja ampliado – hoje a atuação monetarista do banco está focada em combater a inflação com elevação de juros, quando na verdade deveria olhar para a proteção social; e que o parâmetro da inflação deixe de ser o IPCA, “um índice ruim para a inflação, porque inclui produtos sobre os quais o governo não tem influência”, critica o professor de economia da Unicamp Guilherme Mello.

O documento defende ainda maior controle do governo sobre a política cambial, “pois hoje a regulamentação é frouxa e permite a especulação com a nossa moeda”, afirma Mello, e também uma visão do papel de longo prazo dos bancos públicos, voltada ao desenvolvimento, “já que hoje o que estamos vendo é um ataque do mercado aos bancos públicos”. Esse próprio mercado, segundo o economista, não teria condições de financiar o desenvolvimento se os bancos públicos acabassem.

O documento sugere também que o governo flexibilize o modelo do tripé macroeconômico, com base no controle da inflação, câmbio flutuante e metas de superávit primário; e também mudanças na estrutura tributária para promover justiça fiscal em um país em que as elites não pagam imposto e os pobres são sobrecarregados por impostos embutidos no consumo.

Ao ser indagado por jornalistas se o grupo defende a saída do ministro Joaquim Levy, Pochmann disse: “Não estamos aqui para defender esta ou aquela pessoa. A nossa proposição é de conteúdo sobre os rumos do Brasil. Nós já tivemos experiência no período recente com as mesmas medidas aqui defendidas e que deram resultados fundamentais: o país conseguiu o grau de investimento (durante o governo Lula) fazendo outro tipo de política”, afirmou em referência a “medidas voltadas para o crescimento e não para o aprofundamento da recessão, com receituário neoliberal, que deseja corte de empregos e de renda para combater a inflação”.

O documento é dividido em duas partes, uma focada em “Alternativas para o Brasil voltar a crescer” e outra em “Subsídios para um projeto de desenvolvimento nacional”. O documento reúne instituições que historicamente têm desempenhado papel ativo na defesa dos trabalhadores, como a Fundação Perseu Abramo, a Plataforma Política e Social, o Brasil Debate, o Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento e a Rede Desenvolvimentista.

Pochmann também criticou que “o ajuste fiscal reduz a atividade econômica porque cortam-se gastos públicos, aumentam-se os impostos, reduz a renda na economia e, portanto, a economia cresce menos, o Estado arrecada menos, e não se consegue reduzir as despesas no mesmo nível. Então, é um problema permanente”.

O economista lembrou que, em janeiro, o ministro Levy havia afirmado que haveria uma recessão de apenas três meses. “Agora, se fala em uma recessão que poderá durar até 2017, e o país não suporta essa magnitude”.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, afirmou à reportagem da RBA que a iniciativa do documento é mais do que necessária para ampliar a discussão sobre a grave crise que o país está vivendo. “A burguesia apresentou como saída a volta do neoliberalismo e o governo está equivocado”, disse ao destacar que a recessão tem sido vista como um problema de orçamento, o que tem como resultado ainda mais crise. “Essa iniciativa recoloca o debate em seus devidos termos, precisamos de uma nova política econômica para sair da crise. E só há saída se houver debate e mobilização em torno de alternativas concretas”.

Para Stedile, a opção de política neoliberal adotada pelo governo pode ter surgido de um “susto” com a crise política que se instalou a partir das eleições do ano passado e do agravamento da crise no cenário internacional, que desta vez afeta especialmente Brasil, Rússia e China. Stedile vê a opção do governo com a política de austeridade como um “aceno à burguesia” para tentar se proteger. Mas ele também considera que quanto mais o governo oferece, pior fica e vê como irreversível a necessidade de mudar a política econômica.

Um dos argumentos centrais que o documento pretende desmontar é o de que a culpa da recessão atual é do aumento “exagerado” de salários, ou da nova matriz econômica do país, com inclusão no consumo e expansão da classe média, graças às escolhas dos dois governos Lula e ao primeiro mandato de Dilma Rousseff. “Não aceitamos esse argumento”, afirma o economista da Unicamp Pedro Rossi, para quem o país viveu um ciclo virtuoso a partir de 2003, com distribuição de renda e crédito e também aumento de produtividade na indústria.

“Durante esse período, principalmente entre 2005 e 2011, houve um aumento do mercado consumidor e da capacidade de oferta; o investimento também cresceu sistematicamente, não foi um crescimentos artificial”, defendeu, ressaltando que a taxa de investimento no país chegou a 12% em 2008. Mas ele também critica que faltou sintonia entre a economia e o crédito, e que o padrão de consumo no país foi modernizado sem mudanças na infraestrutura da economia.

Para Rossi, um dos erros fundamentais do primeiro mandato de Dilma Rousseff foi a ausência de contrapartida dos empresários em relação às desonerações adotadas pelo governo, como medidas anticíclicas para reverter um quadro que já apresentava sinais de desaceleração. “Os empresários engordaram suas margens de lucro, mas não deram retorno. Seria mais importante ter um plano de gastos do que desonerações”, afirmou.

Segundo Rossi, o discurso da crise que se tornou dominante buscou fazer um clima de terrorismo fiscal já em 2014, quando ainda não havia nada que apontasse para uma crise grave. Sobre o resultado primário negativo no ano passado (-0,6%), depois de anos de resultados positivos, ele afirma que, apesar de negativo, esse desempenho foi melhor do que em outros países. “Nossa dívida caiu e hoje não estamos com o FMI na porta”, disse.

Com a redução atual nos ciclos de consumo e de crédito, as variáveis de demanda estão sendo fragilizadas, diz o economista. “O ajuste fiscal está piorando as contas fiscais, estamos piores hoje do que em dezembro de 2014”, afirma. “Irresponsabilidade fiscal é jogar o país numa recessão.”

Ato em defesa da democracia

Amanhã (26), será realizado um ato em defesa da democracia e do PT,  a partir do meio dia, na Praça da Sé, no centro de São Paulo.  O ato está sendo  organizado pela Frente Popular pela Democracia. Para o analista político, Paulo Vannuchi, o evento é uma oportunidade para o governo reagir a uma tentativa de golpe.

Também marcarão presença outros partidos políticos como PCdoB, PDT e movimentos sociais como CUT, CTB, Frente de Luta por Moradia (FLM), União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS) e Coletivo de Luta pela Água.

Pauta de reivindicações já está com os patrões

Os sindicatos filiados à Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no estado de São Paulo) entregaram na última quarta (23) a pauta de reivindicações da Campanha Salarial dos Químicos para o sindicato patronal. Dirigentes do Sindicato dos Químicos estavam presentes na reunião, que aconteceu na sede da Fetquim, no centro de São Paulo.

Entre as principais reivindicações estão: reajuste de 15%, piso salarial de de R$ 1.700,00 e PLR mínima de R$ 1.880,00. “Se a projeção do INPC para novembro se confirmar em 9,86%, vamos garantir um aumento real de 4,7%”, destaca Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador-geral do Sindicato.  

Este ano, além das cláusulas econômicas, estão em discussão as cláusulas sociais.

 

Confira a pauta:

• Aumento salarial de 15%

• Piso salarial de R$ 1.700,00

• PLR mínima de R$ 1.880,00

(para empresas que não têm um programa próprio)

• Cesta básica gratuita no valor de R$ 386,00

• Jornada de trabalho de 40 horas semanais

• Licença-maternidade de 180 dias

• Fim das terceirizações

Desvalorização cambial estimula criação de empregos na indústria

O dólar comercial rompeu ontem (22) o teto de R$ 4 e chegou a R$ 4,06. O economista, professor e escritor Marcio Pochmann, em comentário hoje à Rádio Brasil Atual, analisou a situação da alta da moeda norte-americana, identificando os fatores internos e externos que influem no câmbio.

“Há uma orientação por parte do governo federal de estabelecer um novo patamar da nossa moeda com a moeda externa, especialmente o dólar. Isso acontece porque o Brasil vem há duas décadas tendo o real muito valorizado em relação ao dólar. E esta valorização tem efeitos positivos, porque permitiu combater a inflação, por exemplo, mas ao mesmo tempo foi deprimindo e tornando mais difícil a produção interna no Brasil”, afirmou.

O período de valorização do real fez com que parte do crescimento da economia fosse atendida por consumo com importações. E agora, segundo Pochmann, o governo da presidenta Dilma Rousseff  promove a desvalorização com o objetivo de melhorar as contas externas. No caso da balança comercial, os resultados já apareceram. “O Brasil vive atualmente uma situação de superávit nas contas comerciais – as nossas exportações estão maiores do que as importações, revertendo um quadro desfavorável que o país vinha registrando nos últimos anos”, disse.

Mas também há fatores que não são de controle do governo federal. Internacionalmente, há um movimento especulativo, especialmente em torno da possibilidade de o governo norte-americano aumentar a taxa de juros nos Estados Unidos. “E toda vez que há uma elevação da taxa, isso acaba provocando um deslocamento de recursos em dólar de outros países para serem aplicados nos Estados Unidos. Isso faz com que exista um movimento especulativo contra as moedas nacionais.”

Há ainda um terceiro fator, diz o economista, associado à situação da China, que vinha até há pouco tempo sendo o dínamo do crescimento mundial e registra de 2014 para cá sinais de fragilidade. “Há um certo desânimo na possibilidade de crescer em função da China, e isso também fomenta uma saída de recurso, de escassez de dólares, e portanto desvaloriza a nossa moeda.”

De maneira geral, os analistas dizem que há apenas efeitos negativos derivados da elevação do dólar em relação ao real, porque produtos importados tornam-se mais caros, e isso termina de alguma forma repassado para preços, e torna também as viagens internacionais de turismo mais difíceis. “Mas há um outro lado”, diz Pochmann, para quem “é adequado que o Brasil tenha essa desvalorização frente ao dólar”.

Pochmann acredita, inclusive, que o país já deveria estar com essa cotação há mais tempo, porque a valorização cambial tem sido muito desfavorável para o parque produtivo brasileiro. “Hoje nós temos uma indústria que responde por apenas 9% da produção, o país é cada vez mais dependente da importação e, nesse sentido, a desvalorização faz com que se estimule a produção interna.” Para o economista, a substituição de importados por produtos nacionais vai criar empregos e impacto no investimento das empresas. “É importante que a taxa de câmbio se mantenha nesse patamar, para estimular a produção que anteriormente vinha do exterior”, disse.

Ouça o áudio na íntegra:

 

Em vez de cortes nos gastos sociais, melhor é alterar ajuste fiscal

A política de ajuste monetário e fiscal completou oito meses de duração sem ainda produzir resultados positivos, conforme inicialmente anunciados. Não apenas a inflação encontra-se acima da verificada no final de 2014, como a situação das contas públicas agravou-se.

A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando­ que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais – sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.

Explica-se que os neoliberais identificam que os interesses do conjunto do povo brasileiro não caberiam na economia nacional. Assim, a economia iria melhor se fossem cortados recursos destinados a expandir direitos sociais estabelecidos pela Constituição.

Em grande medida, essa proposição ganha relevância atual porque a adoção das políticas de corte neoliberal em 2015 não levou, pelo menos até o momento, à redução da relação da dívida pública com o Produto Interno Bruto (PIB), pelo contrário. Apesar dos cortes nos gastos e investimentos públicos, o endividamento do Estado tem crescido por força da elevação brutal na taxa de juros que remunera os títulos financeiros, ao passo que o encolhimento próximo de 2% do PIB do ano passado para este força o aumento da relação dívida/PIB.

Em síntese, o agravamento das contas públicas indica a dificuldade de fazer o ajuste fiscal paralelamente à contenção da economia. O desemprego aumenta rapidamente com a queda do poder aquisitivo das remunerações, tornando menor o nível de atividade e, por consequência, decadente a capacidade de arrecadação tributária governamental.

Com a contenção da arrecadação tributária em velocidade superior ao corte dos gastos e investimentos, a meta fiscal se mantém cada vez mais distante. Para os neoliberais, a razão do insucesso não está nos equívocos da política, mas na insuficiência dos cortes no orçamento governamental e nos custos dos direitos sociais estabelecidos pela Constituição. A sequência, nesse sentido, é o maior estímulo à recessão.

Tomando como comparação países com programas sociais estabelecidos, percebe-se que o Brasil detém ainda direitos que estão longe de permitir definir uma excelência em assistência social. Tomando-se, por exemplo, um programa de garantia de renda, como o Bolsa Família, registra-se que no ano de 2011 o valor médio pago pelo governo federal equivalia a apenas 9% da renda média do brasileiro.

Para o mesmo ano, programas de garantias de renda equivalentes ao Bolsa Família correspondiam a 63% da renda média na Dinamarca, 51% na Irlanda, 45% na Bélgica, 38% na Holanda, 36% na Espanha, 28% em Portugal e França, 23% na Alemanha e 22% na Inglaterra. Ademais de serem países com a renda média bem maior que a do Brasil, sustentam mecanismos de garantia de renda muito superior.

Esse singelo exemplo permite evitar argumentos neoliberais em favor da desconstituição dos direitos sociais brasileiros. O país não precisa de mais cortes nos gastos sociais e de investimentos, mas de alteração na política de ajuste fiscal e monetário, capaz de permitir a melhora nas contas públicas, com o crescimento do PIB, e a redução das despesas financeiras com o pagamento dos juros da dívida pública.

 

*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia da Unicamp (SP)

Representantes do Sindicato participam de Conferência Mundial da Mulher

Representantes da Secretaria da Mulher Trabalhadora do Sindicato participaram da 1ª IndustriALL Conferência Mundial da Mulher, que aconteceu entre os dias 14 e 16 de setembro, em Viena, na Áustria. O evento contou com a participação de mais de 300 mulheres de 58 países, sendo  a delegação brasileira a maior delas, com 35 mulheres.

As dirigentes Lucineide Varjão Soares, Celia Alves dos Passos, Clarineide Dorea da Silva e Regiane de Souza Gomes participaram das atividades. “Foi muito enriquecedor participar dos debates. Percebemos que a discriminação ainda ocorre em todos os países e que essa luta é mundial. Também aprovamos 40% de representação feminina da executiva da IndustriALL”, pontuou Celia Alves Passos, secretária da Mulher.

Durante os três dias de atividades, mesas temáticas discutiram problemas que as mulheres enfrentam em seus locais de trabalho, como saúde e segurança da mulher, proteção da maternidade e questões de sustentabilidade. Ao final da Conferência, o coletivo de delegações assinou a “Carta de igualdade”, que reforça a luta pela igualdade entre homens e mulheres.

Leia o documento na íntegra:

 

Carta de igualdade

Igualdade entre homem e mulher é um direito proclamado pelos instrumentos internacionais e um princípio universal consagrado em numerosos textos legais em todo o mundo. Nós, as participantes da 1ª IndustriALL Conferência Mundial da Mulher, consideramos a igualdade de direitos para mulheres e homens como fundamental e essencial para a justiça, equidade e tolerância na sociedade.

A igualdade de tratamento e de oportunidades para homens e mulheres tem de ser implementada e observada em todas as áreas políticas, econômicas, sociais e culturais. A incorporação da mulher no mercado de trabalho resultou numa transformação das relações na família, no trabalho e na sociedade. Mesmo assim, a igualdade de participação tem enfrentado obstáculos maciços enraizados na cultura, em tradições, mentalidades e estereótipos.

Baseado nos princípios universais da igualdade de direitos entre homem e mulher, manifestando explicitamente a nossa vontade de fomentar a igualdade verdadeira e combater a discriminação. O nosso objetivo é uma sociedade onde mulheres e homens podem desenvolver plenamente o seu potencial e alcançar participação efetiva. Para realizar estes objetivos, propomos que sejam tomadas medidas específicas no sentido de atingir o seguinte:

·        Capacitar mulheres para terem acesso a profissões dominadas por homens

·        Lutar pela igualdade de remuneração e aposentadorias

·        Conseguir contratos com jornadas de trabalho flexíveis e desenvolvimento da carreira

·        Garantir a proteção da maternidade

·        Empregos que garantem um salário de subsistência

·        Promover a formação de mulheres

·        Garantir uma abordagem referente à saúde e segurança no trabalho sensível à questão de gênero

·        Alcançar a tolerância zero para violência contra mulheres

·        Defender a liderança de mulheres

·        Proteger mulheres contra discriminação

·        Combater a dominância patriarcal

Comprometemo-nos a lutar pela igualdade junto com os nossos camaradas e parceiros animados pelo mesmo espírito.

Viena, 16 de setembro de 2015

Sindicato participa da festa de aniversário de São Miguel

No último fim de semana (dias 19 e 20 de setembro), o Sindicato dos Químicos participou da festa de aniversário do bairro de São Miguel, zona leste de São Paulo. Na atividade, o Sindicato tinha uma tenda com exposição de fotos históricas e divulgação de campanhas importantes para os trabalhadores, como a contra a terceirização e precarização do trabalho.

As histórias de São Miguel e do Sindicato dos Químicos sempre andaram muito próximas. A primeira subsede do Sindicato a ser criada foi a de São Miguel, na década de 1940, para atender os funcionários da empresa Nitro Química, considerada uma das maiores fábricas da capital paulista.

Sempre empenhado em proteger os trabalhadores da região, pode-se dizer que o Sindicato faz parte da história de São Miguel Paulista tanto quanto a Nitro Química.