Governo anuncia antecipação do 13º para aposentados

O  governo anunciou ontem (24) o adiantamento de 50% do  13º salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o final de setembro.  A quantia restante será paga normalmente em dezembro, na folha de novembro.

Desde 2006 essa antecipação era realizada no mês de agosto. A CUT divulgou nota criticando a mudança. “É um desrespeito com aqueles que contribuíram durante muitos anos para o crescimento e desenvolvimento do País e se programaram para receber o 13º entre o final de agosto e início de setembro (…) A justificativa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi a de sempre: falta de recurso em caixa para fazer o pagamento, que custa aos cofres públicos R$ 15 bilhões. Para pagar os juros da dívida pública federal, que só no primeiro semestre de 2015 foi de R$ 180,6 bilhões, Levy nunca alegou falta recurso em caixa”, afirmou a nota da central, que concluiu exigindo a manutenção do pagamento conforme foi negociado entre as centrais e o governo Lula.

Cecut deve discutir política de ajusts fiscais

A CUT de São Paulo iniciou hoje (25) a 14ª edição de seu congresso estadual, o Cecut, e para o analista político, Paulo Vannuchi, o principal tema dos debates será a política de ajustes fiscais comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele é enfático ao afirmar que “a CUT deve exigir a derrubada do Levy, há um consenso de que tem de trocar”.

Vannuchi diz ainda que o Cecut paulista pode ter um papel fundamental contra o golpismo – que perdeu parte do espaço que já teve na mídia e no anseio dos setores conservadores da sociedade, mas que ainda pode ser considerado “preocupante”, sobretudo por causa da conjuntura econômica e social.

“A tentativa golpista vai ter alguma chance se a situação econômica e do emprego seguir na rota de piora, e faz muito tempo que não se anuncia com clareza quando será retomado o crescimento, o emprego, os programas de crédito. Entretanto, Dilma tem promovido uma reviravolta, sacudindo aquela paralisia dos últimos meses, e se ela seguir no ritmo das últimas semanas, como o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), a participação na Marcha das Margaridas, o diálogo social com os movimentos populares. Tudo isso mostra a possibilidade de mudanças.”

O congresso terá como tema “Por um projeto popular para mudar São Paulo” e reunirá cerca de 800 delegados, na cidade de Águas de Lindoia, para debater, elaborar e aprovar um plano estratégico de ação. Durante o congresso também será eleita a nova direção estadual da CUT e definidos o plano de lutas e as estratégias para o período 2015-2019.

Encerrados os congressos estaduais, a central realizará seu congresso nacional, de 13 a 17 de outubro, em São Paulo.

Para ouvir o comentário completo de Paulo Vannuchi, clique aqui.

Cecut começa amanhã

Começa amanhã o Cecut (Congresso Estadual da CUT/SP) em Águas de Lindóia, São Paulo. O tema deste ano será “Por um Projeto Popular para Mudar São Paulo” e deve reunir mais de 700 delegados e delegadas. Durante o encontro, que vai até o dia 28 (sexta-feira), também será eleita a nova direção que ficará à frente da entidade no próximo período. 

VIII Copa Sindquim em fase decisiva

A VIII Copa Sindquim está em sua reta final. Foram classificados os quatro times que disputarão as semifinais no dia 30 de agosto (domingo): Sintequímica, Dileta 1, Zaraplast 1 e Allpac. Os times disputarão as vagas para a grande final, que acontece dia 13 de setembro (domingo) a partir das 9h. No dia 6 de setembro não teremos jogos por conta do feriado.

Venha prestigiar os craques da categoria. O campeonato acontece na Playball da Pompéia, na Avenida Nicolas Boer, 66 (no final do Viaduto Pompéia, esquina com a Avenida Marquês de São Vicente). Para acompanhar os resultados de todas as rodadas, acesse o link: http://tinyurl.com/VIIICopa

Sindicato dos Químicos de Extrema e Região já nasce filiado à CUT e à CNQ

Agora os trabalhadores da base química de Extrema, Itapeva, Toledo e Munhoz poderão contar com seu sindicato mais próximo: o STIQUIMI MG – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Tintas e Vernizes, Resinas. Sintéticas, Cosméticos e Produtos de Tocador de Extrema, Itapeva, Munhoz e Toledo – MG.

Na quarta-feira, 19/08, trabalhadores do ramo químico marcaram presença no auditório do? STIMEIC – Sindicato dos Metalúrgicos de Extrema e Região para a fundação de seu sindicato. A diretora executiva e da secretaria de organização sindical e política da CUT Minas, Lourdes Aparecida de Jesus Vasconcelos, abriu a assembleia enfatizando a importância da criação de um sindicato ativo e representativo, fez a leitura do edital de convocação e, ao final, pôs em votação a criação do STIQUIMI, que já nasce filiado à CUT e à CNQ.? Em seguida Lourdes leu o estatuto, explanando quais as atribuições dos sindicalistas ao criarem e assumirem tal cargo, e exercerem esta função frente às demandas e exercícios. Foi apresentada a chapa que se candidatou, que foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores presentes.

Todas as atividades ocorridas durante a assembleia contaram com o apoio do Sindicato dos Químicos de São Paulo; Sindicato dos Químicos do ABC; Sindicato dos Vidreiros de São Paulo; Sindicato dos Papeleiros de Jaú – SP; CUT MG e CUT Nacional, e do STIMEIC que, além disso, apadrinhou a criação deste novo sindicato, disponibilizando suas dependências para o início das atividades sociais e legais do STIQUIMI MG.

“Os patrões explorando cada vez mais, pagamentos muito ruins, pouca valorização e descaso com a saúde. Que esta direção possa representar bem os trabalhadores do ramo químico de Extrema e região e conseguir ter uma negociação séria com os patrões para melhorar as condições de trabalho e de vida deles”, disse Lourdes Vasconcelos, ao destacar que está muito satisfeita e com a expectativa de que o sindicato recém fundado seja mais uma organização da classe trabalhadora para enfrentar nossos grandes desafios. “É para isto que existe a Central Única dos Trabalhadores. A criação do sindicato é só um passo, nós vamos estar o tempo todo juntos, ajudando eles a se estruturarem, organizar a pauta de reivindicações da categoria e oficializar a criação do sindicato junto ao sindicato patronal. Aqui na região não tem data base, tem péssimas condições de trabalho, acidentes de trabalho sempre acontecem e não há nenhuma indenização para o trabalhador. Por isso, um sindicato do ramo químico é fundamental”, afirmou.

Para a presidenta da CNQ, Lucineide Varjão, a criação do STIQUIMI MG ?contribuirá para uma melhor organização dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo: “?E?ste momento é de extrema importância para que eles consigam se organizar no local de trabalho e desenvolver o trabalho no sindicato que acabamos de fundar, porque eles estão no primeiro mandato e terão algumas dificuldades naturais do início. ?Mas nós da Confederação do Ramo Químico?, a CUT e o STIMEIC temos a missão de colaborar e ?nos solidarizar com estes trabalhadores, da?ndo todo o suporte para que eles possam fazer um mandato brilhante à frente do sindicato. Estou muito contente, pois é a realização de um sonho”, ?pontuou.

Lucineide destacou ainda que a fundação do sindicato é também o resultado da política de solidariedade que há no macrossetor indústria dentro da CUT. “Os trabalhadores químicos da região perceberam, ao verem os metalúrgicos organizados dando uma resposta aos da mesma categoria, que podiam se organizar, assim procuraram o STIMEIC para iniciar este embrião. Nós agradecemos toda essa solidariedade e nos colocamos à disposição. Estamos juntos, não somos metalúrgicos e nem químicos, somos a classe trabalhadora”.

O Secretário de Organização e Política Sindical da CNQ, Geralcino Santana Teixeira, e o coordenador executivo do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo da Silva Bezerra (Pipoka), também compareceram à assembleia de fundação.?

O presidente do STIMEIC, Vanderlei Marques, disse que a entidade dará todo o apoio na efetivação das pautas e lutas dos químicos. “Nós do ramo metalúrgico sabemos muito bem o quanto é difícil a nossa labuta do dia a dia para conquistar direitos, ser reconhecido enquanto trabalhador e trabalhadora, principalmente os de chão de fábrica que são os mais atingidos. Por isso sabemos da importância de se mobilizar, de se sindicalizar para o enfretamento dos desmandos patronais. O Sindicato dos Químicos vem somar as nossas forças e garantir o que é nosso de direito”, afirmou.

Ato em defesa da democracia reúne 100 mil em São Paulo

Mais de 100 mil pessoas participaram ontem (20) do ato em defesa da democracia e contra os ajustes fiscais que penalizam os trabalhadores. Os manifestantes se concentraram no Largo da Batata e caminharam até o Masp, na Avenida Paulista. O Sindicato participou do ato, levantando a bandeira da pauta dos trabalhadores.

A manifestação de São Paulo foi organizada por mais de 50 entidades ligadas a movimentos populares. Outras 30 cidades também fizeram manifestações durante todo o dia.

Movimentos sociais saem às ruas em defesa da democracia

Trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais vão às ruas hoje (20) nas capitais do país, em mobilização pela defesa da democracia e das conquistas sociais, por uma nova agenda para o país e pelo afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O deputado deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção, acusado de pedir propina de US$ 10 milhões, segundo delação na Operação Lava Jato. O peemedebista tem sido o principal articulador da ofensiva contra direitos sociais no Congresso.

O Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo, que reúne mais de 50 entidades, convoca para concentração às 17h, no Largo da Batata, na zona oeste, com marcha até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Nas outras capitais do país, a concentração ocorrerá em diferentes horários. No Rio de Janeiro, será na Candelária às 16h, com caminhada até a Cinelândia (leia programação completa abaixo).

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, o momento é fundamental para discutir com a sociedade brasileira o caminho a seguir. “O ato é pelos direitos, contra a direita e de defesa da classe trabalhadora. Chegou a hora de virar a página, acabar com esse terceiro turno, minar completamente o desejo pelo golpe de quem perdeu as últimas eleições. Quem vai às ruas tem proposta, quer democracia e que o Brasil retome uma conjuntura de criação de emprego e renda”, disse.

O sindicalista critica ainda a chamada “Agenda Brasil”, que vem sendo articulada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Defende que qualquer reforma deve passar por debates entre centrais, governo e empresários. “Não faz sentido o governo lançar um Fórum de Debates sobre Políticas de Trabalho, Renda, Emprego e Previdência, que terá sua primeira reunião em setembro, e definir uma pauta baseada num programa que não contou com a contribuição de qualquer trabalhador. Não basta a presidenta receber os movimentos sindical e sociais, como fez no dia 13, se não houver uma agenda de negociação conosco. Esse é nosso papel neste dia 20, pressionar para reequilibrar essa relação”, disse Freitas.

“Vamos às ruas por várias razões, entre elas, o enfrentamento à direita mais conservadora, que semeia intolerância, preconceitos e está representada por vários retrocessos”, disse o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, afirmou que as declarações do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso, que pediu a saída da presidenta Dilma Rousseff: “Muito triste ver um ex-presidente da República se manifestando de forma tão irresponsável ao sugerir a renúncia da presidenta”. Segundo ele, esse comportamento empobrece o debate político e desrespeita os milhões de brasileiros que a escolheram, de forma democrática, para conduzir o Brasil.

“O dia 20 vai significar, não um divisor de águas, mas talvez a ampliação de um diálogo melhor com a população, que ainda está bastante perdida, confusa, por ter a versão só de um lado, e muitas vezes de forma distorcida”, avalia Rosina Conceição, da União Brasileira de Mulheres (UBM). “Acho que temos uma mídia hoje que está jogando um papel muito ruim no sentido de diálogo com a sociedade.”

Perigos da Agenda Brasil

A bandeira por uma nova agenda para o país na mobilização de amanhã será colocada frente ao perigo de retrocesso com à agenda apresentada por Renan Calheiros. Entre as propostas, estão a “regulamentação do ambiente institucional dos trabalhadores terceirizados para melhorar a segurança jurídica face ao passivo trabalhista potencial”, revisar a legislação de licenciamento em zonas costeiras, simplificar procedimentos de licenciamento ambiental e revisar marcos jurídicos que regulam áreas indígenas.

Conforme destaca Vagner Freitas, todas as propostas têm o verniz de apoio ao desenvolvimento e à retomada do crescimento, mas, na prática, atacam conquistas da sociedade brasileira ao abrir brechas para a regulamentação da terceirização sem limites e à ocupação de terras sem parâmetros como respeito ao meio ambiente e à populações indígenas. Segundo ele, neste momento em que setores conservadores e empresários aproveitam a crise para enfiar retrocessos por baixo da porta dos trabalhadores, os movimentos sindical a sociais devem comprar o debate sobre qual agenda o governo de Dilma Rousseff deve abraçar.

Manifesto

Confira a seguir manifesto em defesa da mobilização de amanhã, lançado por movimentos sociais e representantes dos trabalhadores:

Contra o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!

A política econômica do governo joga a conta nas costas do povo. Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo ajuste as contas em cima dos mais ricos, com taxação das grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro, além de uma auditoria da dívida pública. Somos contra o aumento das tarifas de energia, água e outros serviços básicos, que inflacionam o custo de vida dos trabalhadores. Os direitos trabalhistas precisam ser assegurados: defendemos a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a valorização dos aposentados com uma previdência pública, universal e sem progressividade.

Fora Cunha: Não às pautas conservadoras e ao ataque a direitos!

Eduardo Cunha representa o retrocesso e um ataque à democracia. Transformou a Câmara dos deputados numa Casa da Intolerância e da retirada de direitos. Somos contra a pauta conservadora e antipopular imposta pelo Congresso: terceirização, redução da maioridade penal, contrarreforma política (com medidas como financiamento empresarial de campanha, restrição de participação em debates etc.) e a entrega do pré-sal às empresas estrangeiras. Defendemos uma Petrobras 100% estatal. Além disso, estaremos nas ruas em defesa das liberdades: contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

A saída é pela Esquerda, com o povo na rua, por reformas populares!

É preciso enfrentar a estrutura de desigualdades da sociedade brasileira com uma plataforma popular. Diante dos ataques, a saída será pela mobilização nas ruas, defendendo o aprofundamento da democracia e as reformas necessárias para o Brasil: reforma tributária, urbana, agrária, educacional, democratização das comunicações e reforma democrática do sistema político para acabar com a corrupção e ampliar a participação popular.

A rua é do povo!

20 de Agosto em todo o Brasil!

Assinam:

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) / Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) / Central Única dos Trabalhadores (CUT) / Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) / Intersindical – Central da Classe Trabalhadora/ Federação Única dos Petroleiros (FUP) / União Nacional dos Estudantes (UNE) / União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) / Rua – Juventude Anticapitalista / Fora do Eixo / Mídia Ninja / União da Juventude Socialista (UJS) / Juntos / Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL) / Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG) / Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet) / União da Juventude Rebelião (UJR) / Uneafro / Unegro / Círculo Palmarino / União Brasileira das Mulheres (UBM) / Coletivo de Mulheres Rosas de Março / Coletivo Ação Crítica / Coletivo Cordel / Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) / Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)

Confira a agenda de mobilização nesta quinta pelo país:

Cuiabá
16h – Praça Ipiranga

Curitiba
11h – Praça Santos Andrade

Florianópolis
16h – Largo da Alfândega

Fortaleza
14h – Praça da Bandeira

Goiânia
17h – Praça do Bandeirante

Macapá
15h – Praça da Bandeira

Manaus
16h – Teatro Amazonas

Natal
15h – Av. Salgado Filho

Porto Alegre
13h30 – Igreja Pompeia

Recife
16h – Praça  Derby

Rio Branco
9h – Teatro Plácido de Castro

Rio de Janeiro
16h – Concentração da Candelária, caminhada até a Cinelândia

Salvador
14h – Praça Piedade e passeata até a Praça Castro Alves

São Luís
15h – Praça João Lisboa

São Paulo
17h – Largo da Batata, de onde sairão em passeata até a avenida Paulista

Teresina
15h – Praça Pedro II

Vitória
16h – Praça Costa Pereira

Lula exclusivo: ‘Quem arrumou a casa fomos nós’

Parece que foi ontem, mas aconteceu em 2002. O metalúrgico, sindicalista e fundador do PT Luiz Inácio Lula da Silva tornava-se presidente da República, em sua quarta tentativa. Derrotou o partido que, hoje, 12 anos depois, diz ser o da “mudança.”

O PSDB de Aécio Neves já tem até ministro anunciado, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que insiste: é preciso “arrumar a casa”, a economia está uma bagunça. Como assim?, pergunta Lula. “Ele, na verdade, é um desarrumador de casa. Quem arrumou a casa fomos nós.”

Para o ex-presidente brasileiro, a expressão do economista é um eufemismo para aumentar o desemprego e reduzir ganhos salariais em nome da eficiência das contas públicas. Ou em sua definição: “Arrumar a casa é tirar aquilo que o povo conquistou neste período de 12 anos”.

Em meio ao vale-tudo desenfreado na reta final da eleição, Lula recebeu a Revista do Brasil para uma reflexão sobre a necessidade de aumentar a consciência política das pessoas. “Se ficar só na agressão pessoal ou partidária, eu acho que a gente não politiza a sociedade.”

Lula pede ao povo para ficar alerta em relação às propostas em jogo: manter uma política que busque reduzir as históricas desigualdades do país, projeto personificado por Dilma; ou devolver o poder a um grupo que governa para apenas uma parcela da população.

Segundo ele, a mídia tradicional trabalha diuturnamente contra o PT, esconde a comparação de projetos e despolitiza os debates. “Gostaria que a campanha, ao terminar, além do somatório de votos, tivesse um crescimento da consciência política da sociedade”, diz.

Pouco mais de um ano atrás, o senhor deu uma entrevista falando que “estava no jogo”. Agora, próximo do segundo turno, não acha que o jogo ficou mais bruto?

Os adversários, embora sejam os mesmos das outras disputas, estão mais raivosos. O que é uma contradição com todo o discurso que eles fazem ou faziam, que o PT era agressivo… Agora, é o PT que está muito tranquilo e eles que estão muito agressivos. Em alguns casos, com campanha de denúncias e difamações que somente a extrema-direita tinha competência de fazer em alguns momentos históricos do Brasil. Agora, de qualquer forma, o jogo sempre vai ser duro quando o PT está numa disputa de uma prefeitura, de um estado ou do Brasil. Porque o PT conseguiu mudar o jeito de governar o Brasil, conseguiu estabelecer uma nova relação entre o Estado e a sociedade, entre o governo e os setores organizados da sociedade. Isso incomoda essas pessoas, porque eles não querem que as pessoas participem. Chegamos ao cúmulo de estarem raivosos porque as pessoas que votaram na Dilma são “desinformadas”, “informados” são só os que votaram neles. Acho que esse ódio que está sendo divulgado, essa campanha feita diuturnamente contra o PT, que não é de hoje – isso é desde que nós nascemos, mas mais marcadamente depois que chegamos ao governo – fez com que a campanha fosse mais radicalizada. Nós temos uma estratégia de campanha, temos uma candidata competente, que tem experiência de vida, e estamos preparados para qualquer embate. Gostaria que a campanha, ao terminar, além do somatório de votos, tivesse um crescimento da consciência política da sociedade. Que as pessoas saiam do processo eleitoral gostando mais de política, se sentindo participativas, dispostas a exigir e a cobrar mais dos eleitos. Eu espero isso. Se ficar só na agressão pessoal ou partidária, a gente não politiza a sociedade.

Essa queda de qualidade na oposição, que não privilegia o debate de projetos, tem a ver com o perfil do Fernando Henrique, do estilo dele de ser oposição?

Neste momento, há um esforço muito grande, enorme, de uma parte da imprensa brasileira de tentar ressuscitar o Fernando Henrique Cardoso. Tem muita gente que tem 30 anos hoje e nem lembra que o Fernando Henrique Cardoso foi presidente da República. Há uma tentativa de ressuscitá-lo como porta-voz de um partido que não se comporta como partido de oposição, porque não tem um programa alternativo para a sociedade. O que tem, na verdade, é uma imprensa partidarizada. A grande oposição no Brasil hoje não é o PSDB, é a imprensa. Enquanto o candidato espera o ano inteiro para ter 45 dias, para ter o horário na televisão, eles fazem campanha 24 horas por dia durante o ano inteiro, não tem limite. O Fernando Henrique tem hoje pouca ascendência sobre a campanha eleitoral, tem pouco voto. E acho que é por isso que o PSDB, desde que ele deixou a Presidência, não utiliza ele em debate. O Aécio utilizou mais porque para ganhar dentro do PSDB, precisou do apoio do Fernando Henrique, que, como todo mundo sabe, historicamente não é muito simpático ao Serra. A qualidade da oposição caiu. Aliás, a qualidade do debate político caiu muito. E Fernando Henrique tem responsabilidade nisso, porque puxa para baixo o debate, quando poderia elevar. Essa que ele disse agora, que quem votou na Dilma é a parte mais desinformada da sociedade, do Nordeste, é de uma grosseria elitista que jamais poderia sair da boca de um sociólogo. O cara estuda, mas a massa encefálica tá pronta na cabeça dele. Ele não pode mudar. Ele pensa exatamente assim, que o Brasil tem de ter uma camada pobre que não tem direito a nada. Hoje, o cidadão tem mais cidadania, mais salário, política de transferência de renda, crédito consignado, crédito rural, tudo melhorou. Então, o mundo que ele vê é do tempo que ele governava. Por isso, rebaixa tanto o debate político e econômico.

Assim como em 2010, logo depois do primeiro turno houve manifestações nas redes sociais contra os nordestinos. A conscientização não avançou, vivemos uma certa separação, principalmente, entre Sudeste e Nordeste?

Acho que o nível de consciência política às vezes acirra esse debate. Mas se você olhar historicamente, grande parte dos políticos nordestinos sempre achou que São Paulo age com eles como os Estados Unidos age com outros países. Que São Paulo é uma espécie de Estado imperialista. E, ao mesmo tempo, São Paulo leva sempre vantagem, porque é o mais rico. O que nós começamos a fazer? Começamos a estabelecer uma política de desenvolvimento que levasse em conta a diminuição das desigualdades regionais. Permitir que o país fosse mais igual, tivesse mais escolas, diminuísse a mortalidade infantil, o analfabetismo, que tivesse mais empresas e mais emprego no Nordeste. E esse foi o grande mote que fez com que o Nordeste crescesse mais do que São Paulo. E você percebe que a importância da economia paulista em relação ao PIB tem diminuído. Não é só porque tem perdido empresa, é porque o Nordeste tem ganhado empresa e gerado desenvolvimento mais rápido. O que é normal. E as pessoas começam a ter direitos, a exigir mais, e aí fomenta essa divergência que eu acho absurda. Não é só no Brasil. No mundo inteiro, sempre foi assim. Quando a camada mais pobre ou uma região começa a ascender socialmente, aqueles que já ascenderam começam a ficar com raiva. É mais gente no restaurante, no avião, no aeroporto, viajando de trem, no shopping. E gente que eles não conheciam, que antigamente não conseguia entrar no shopping. Isso vai criando um certo rancor… Esse pensamento, graças a Deus, está na cabeça de uma minoria. E não tem preconceito com nordestino rico, contra o negro rico. O preconceito está ligado à possibilidade econômica das pessoas. Eu fico triste quando um homem como Fernando Henrique Cardoso abre a boca para falar uma bobagem dessa.

Como o debate de projetos escondido no noticiário, o destaque de todos os jornais são as “denúncias” do diretor da Petrobras investigado, do doleiro. De que forma esse clima afeta a campanha da presidenta Dilma?

Estou muito preocupado. Eu tenho a impressão de que neste país tem sempre uma tentativa de golpe. Tem sempre um Carlos Lacerda querendo derrubar alguém. Você tem um processo em que as pessoas estão fazendo delação premiada, esse processo está nas mãos de um ministro da Suprema Corte, porque não pode vazar, porque depois da delação é possível investigar se é verdade. Estranhamente, como a Suprema Corte reivindicou o processo para lá, o juiz convoca as pessoas para depor e colocar na internet o depoimento, quase como se fosse uma ação política, quase como se fosse “vamos fazer um depoimento agora para dar material de campanha para os adversários do PT”. Se daqui a três ou quatro meses for provado que não é verdade aquilo que ele falou, o prejuízo está feito. É gravíssimo o que está acontecendo, às vezes me cheira a tentativa de golpe mesmo, de colocar em risco o processo democrático. O que foi prometido para esses senhores na delação premiada? Será que foi só diminuir a pena ou será que foi prometido “se o PT for derrotado, poderá ter mais coisas?” A gente não sabe. É um processo insidioso, porque não tem nenhum momento na história do Brasil em que o governo investigou mais qualquer denúncia contra qualquer pessoa como neste governo, que tenha a quantidade de instrumentos, desde a transparência das coisas que o governo faz, até a fiscalização do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Controladoria Geral da República. Ou seja, é o governo que criou a Lei de Acesso à Informação. Eu me preocupo, porque acho que isso é uma tentativa de fazer interferência no processo eleitoral a 15 dias das eleições.

Ontem (quinta, 9 de outubro) houve um debate na GloboNews entre o ministro Guido Mantega e o Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central no governo FHC). Enquanto o ministro Mantega enfatizava os ganhos sociais decorrentes das escolhas econômicas que o governo fez, o Armínio insistia na necessidade de arrumar a casa. Como essas diferenças de pensamento podem ser traduzidas?

Quando o Armínio Fraga fala em arrumar a casa, é porque ele não tem coragem de dizer que é preciso ter um pouco de desemprego, na lógica dele, é preciso diminuir os ganhos salariais e o salário mínimo, acabar com essa política de transferência de renda, e é preciso dificultar o crédito. Se ele pudesse falar fora do processo eleitoral o que ele ia fazer, era exatamente isso. Por isso que ele fala “arrumar a casa”. Ele não é nenhuma arrumadeira, porque quando estava no Banco Central ajudou a desarrumar a economia deste país. A inflação estava 12,5% quando eu cheguei na Presidência da República, o Brasil devia US$ 30 bilhões para o FMI. Viviam, ele e o Malan (o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan), nos Estados Unidos buscando dinheiro para fechar a conta no final do mês, nós tínhamos um desemprego de quase 13%, o salário dos trabalhadores não aumentava, o salário mínimo não aumentava… Então, ele, na verdade, é um desarrumador de casa. Quem arrumou a casa fomos nós, que provamos que é possível aumentar o salário mínimo, o salário das categorias organizadas, que é possível fazer política de transferência de renda e, ao mesmo tempo, é possível controlar a inflação. É importante que o povo saiba claramente que o que está em jogo é um projeto de volta ao que nós já conhecemos há muito tempo neste país, a um passado em que os trabalhadores faziam greve e não ganhavam nada.

Eu cansei de fazer greve, às vezes nem inflação a gente recebia. Então, eu acho que o Guido e a presidenta Dilma têm dito, em todas as oportunidades que eu vejo eles falarem, que esta é uma crise do capitalismo, feita pelo sistema financeiro, no coração do sistema financeiro e que os trabalhadores não têm de pagar. Logo que saiu a crise, em 2008, o Gordon Brown (ex-primeiro-ministro do Reino Unido) fez uma visita ao Brasil e foi uma coisa que a imprensa deu muito destaque quando eu disse: olha, é importante que vocês saibam que não são os negros da África, os índios da América Latina os responsáveis por essa crise. Os responsáveis são os loiros de olhos azuis. E a Dilma tem dito categoricamente: não haverá prejuízo para o trabalhador brasileiro com essa crise. Apesar do negativismo da imprensa brasileira, há um reconhecimento no mundo inteiro do milagre que o Brasil fez. Embora o PIB não esteja crescendo tal como todos nós gostaríamos, a verdade é nós estamos com desemprego menor do que muitos países que conhecemos e são desenvolvidos. E esse é um valor extraordinário, emprego; e as pessoas ainda tendo aumento real de salário. Isso é muito importante. Todo mundo vê o Armínio falar de vez em quando “o salário mínimo está muito alto, cresceu em demasia”. O que ele quer? Não pode aumentar o salário mínimo? Fazer ajuste fiscal e fazer o trabalhador pagar o preço? No nosso governo não vai acontecer isso.

Ele também fala sobre diminuir os bancos públicos…

Mas é importante a gente lembrar que eles queriam privatizar todos os bancos públicos. O que incomoda para eles os bancos públicos? Quando estourou a crise em 2008, numa conversa que tive por telefone com o presidente Obama, comecei a mostrar que seria importante que os Estados Unidos tivessem um sistema financeiro mais ou menos igual ao nosso, que temos três bancos públicos fortes, e temos bancos privados fortes. Eu citava o Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES como os três instrumentos que me permitiram acionar para tirar o Brasil da crise.

Logo que veio a crise, nós liberamos R$ 100 milhões do compulsório na expectativa de que o sistema financeiro utilizasse o dinheiro para financiar o mercado. O que aconteceu? Pegaram e compraram títulos do governo. Ou seja, fomos obrigados a fortalecer os bancos públicos. Foram o Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES que não deixaram este país entrar na bancarrota. São esses bancos que fazem o crédito para a agricultura, que financiam Minha Casa, Minha Vida, a agricultura familiar. Esses bancos têm uma importância extraordinária para este país. E eles querem acabar.

Na nossa visão de Estado, os bancos públicos têm um papel extraordinário de equilíbrio no mercado financeiro. Eles se incomodam porque o BNDES está emprestando muito dinheiro que eles gostariam de emprestar. Emprestem! Agora, se tiver gente precisando de dinheiro e os bancos não querem emprestar, o governo vai ajudar, porque queremos que se empreste para o desenvolvimento do país.

Então, eu acho que o povo tem de ficar alerta. O “arrumar a casa” deles é tirar aquilo que o povo conquistou neste período de 12 anos. É diminuir o papel dos bancos públicos, ou vender. Eles já queriam fazer isso 12 anos atrás. Eles querem vender o patrimônio do país e, por isso, eu acho que eles não vão ganhar as eleições, porque o Brasil aprendeu que os bancos públicos têm um papel extraordinário no desenvolvimento da nossa economia.

Esse debate muito concentrado em inflação, superávit, PIB não acaba marginalizando a discussão sobre a política industrial?

Na verdade, se discute política industrial, o governo tem propostas de inovação. Nós demos um salto de qualidade na indústria automobilística. De vez em quando, vejo as pessoas dizerem que não tem investimento. Faz quatro anos consecutivos que o Brasil é o terceiro ou quatro país a receber investimento direto. Este ano, vamos chegar a US$ 67 bilhões. No tempo deles, acho que o máximo que conseguiram foi US$ 19 bilhões, e eles faziam festa.

Quando eu estava na Presidência, muitas vezes eu discutia com o Palocci (Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda), com o Meirelles (Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central), com o Guido (Mantega, então do Planejamento, hoje Fazenda), uma coisa que não é muito aceita pelos economistas. Você tem de discutir superávit e meta de inflação, sim, mas vamos discutir meta de inflação, e vamos discutir meta de crescimento. Tentar estabelecer compromisso de controlar a inflação e de fazer a economia crescer.

Não é uma discussão fácil, porque eles (economistas) acham que não combinam as duas discussões. É um debate que nós precisamos fazer. Se eu não tiver uma meta, eu não vou atrás. Quando eu estava na Villares (metalúrgica em que Lula trabalhou no ABC Paulista) a gente recebia um lote de peças e uma cartela que dizia em quantos minutos era pra fazer cada peça. Então, eu acho que, na economia, nós também precisamos inovar. Vamos estabelecer meta de crescimento, de investimento, ciência e tecnologia, dar desafios para a gente mesmo cumprir.

Entraria emprego na meta do Copom, que considera basicamente a situação inflacionária?

Veja, o governo estabelece meta. O Banco Central só tem como instrumento os juros. Ou seja, o governo tem outro instrumento, que é cortar ou estimular o crédito. Quando chegamos na Presidência da República, no Brasil inteiro tinha apenas R$ 380 bilhões em oferta de crédito. Hoje, só o Banco do Brasil deve ter R$ 675 bilhões ou mais. Então, você tinha uma opção. Reduzir a taxa Selic e cortar o crédito. Eu dizia: cortar o crédito é cortar na veia. A taxa Selic pode demorar seis meses para surtir efeito. Agora, quando você corta o crédito é no dia seguinte. O cara não vai na loja comprar.

Então, eu era favorável… Aumentava a taxa Selic e diminuía a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). A gente foi manuseando isso. E deu certo. A TJLP é bem menor que a taxa Selic. A gente não pode usar a palavra “subsidiado” porque a Organização Mundial do Comércio vai encher o saco, mas você pega a Caixa Econômica, o Minha Casa, Minha Vida, se a pessoa tivesse de comprar uma casa de R$ 60 mil pelo sistema financeiro normal ela pagaria R$ 900 por mês. Ela paga R$ 50 porque é subsidiado. E se não for subsidiado, como o pobre vai ter casa? O Estado tem de assumir.

É como o programa Luz para Todos. No tempo do Fernando Henrique Cardoso, tinha o Luz no Campo, em que o cara tinha de pagar tudo. Ora, mas o cara que está no meio do mato não pode pagar nada. Vamos levar pra ele. Isso custou quase R$ 20 bilhões aos cofres públicos, mas esses cidadãos têm o direito de serem tratados como o cara que mora na avenida Paulista, em Copacabana, ou na Marechal Deodoro… E nenhuma empresa privada vai levar energia se não tiver retorno. Então, o Estado tem de levar.

O debate econômico é estreito?

Acho que o debate econômico tem de ser mais plural. Hoje, nós não temos mais debate econômico porque você não tem economista, é só analista de mercado, analista de mercado, analista de mercado. O debate passa por isso. Tentamos fazer isso, e a Dilma tenta fazer, mapear quais os setores em que o Brasil é competitivo. Sabe o que acontece?

Vou te dar um exemplo. Na agricultura, o Brasil é altamente competitivo. Nós temos tecnologia, terra, água, sol. Esse é um setor em que o Brasil pode avançar. O setor de papel e celulose, podemos ter uma indústria extraordinária neste país. Na indústria química, o Brasil pode se tornar competitivo. Precisamos abrir novos mercados para que a gente possa competir com os chineses, os americanos, os alemães, naquilo que a gente pode competir.

E essa discussão de desenvolvimento tem de estar ligada ao debate econômico. Debate econômico não é só inflação, dívida pública… É discutir geração de emprego, poder do salário, ganhos sociais do povo brasileiro, industrialização, investimento em infraestrutura. A gente não pode deixar de lembrar que nós, em 12 anos, recuperamos a indústria naval brasileira. Em 1970, nós eramos a segunda indústria naval do mundo. Em 2000, a gente tinha acabado. E nós recuperamos, já está com 86 mil trabalhadores e vai continuar crescendo. Quando o Brasil tenta fazer, teima, consegue.

Governo Alckmin enterra R$ 29 milhões em rio seco

A Sabesp investiu R$ 29 milhões numa obra emergencial, no Alto Tietê, para retirar água do rio Guaió, mas o rio está seco e até agora a obra se mostrou inútil.  

 
Foram construídos nove quilômetros de dutos, com o objetivo de captar mil litros de água por segundo para levar a água até a barragem da represa Taiaçupeba, em Suzano. Mas a captação não começou porque não há água no rio. 

Torturador é tratado como celebridade em ato na Paulista

O investigador do (Departamento da Ordem Política e Social) DOPS, Carlos Alberto Augusto, acusado de tortura, participou do ato contra o governo Dilma Rousseff no último domingo (16), acompanhando o carro de som que  defendia a volta do regime militar. 

 
De acordo com a notícia veiculada pelo jornal Valor Econômico o torturador viveu “momentos de celebridade”, sendo requisitado para fotos com os manifestantes. 
 
O jornal lembrou ainda que no primeiro ato contra o governo petista, o ex-integrante desfilou em carro aberto
 
* Com informações do Jornal Valor Econômico