Assembleia define delegados para o Concut

No dia 17 de julho (sexta-feira), às 19h, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348), serão eleitos os  trabalhadores que irão representar o Sindicato dos Químicos, como delegados, nas discussões do 14º  Cecut (Congresso Estadual da CUT SP) e do  12º Concut (Congresso Nacional da CUT). Os Congressos, que acontecem a cada quatro anos, definem o plano de lutas e elegem as novas diretorias.  O Cecut será realizado de 25 a 28 de agosto, em Águas de Lindóia, São Paulo e o  Concut será realizado de 13 a 16 de outubro, em São Paulo.  

Eleonora Menicucci pede providências contra produção, comercialização e uso de adesivos lesivos às mulheres

A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), Eleonora Menicucci, solicitou nesta quarta-feira (1º/07) ao Ministério Público Federal, à Advocacia Geral da União e ao Ministério da Justiça providências no sentido de investigar e responsabilizar quem produz, divulga e comercializa adesivos para carros lesivos aos direitos e garantias das mulheres e, em especial, da Presidenta da República.

A motivação foi o recebimento de dezenas de denúncias na SPM-PR da comercialização, em uma página de compras na internet, de material com a violenta deturpação da imagem da Presidenta Dilma Rousseff.

“Recebi as denúncias com muita indignação. É intolerável o material que violenta a imagem da Presidenta Dilma. Ele fere a Constituição ao desrespeitar a dignidade de uma cidadã brasileira e da instituição que ela representa, para a qual foi eleita e reeleita democraticamente”, destacou Eleonora.

A ministra solicitou que os órgãos adotem diligências para impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do referido material, bem como a apuração de responsabilidades civis e penais dos autores.

“Esclareço que a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República tem como principal objetivo promover a igualdade entre homens e mulheres e combater todas as formas de preconceito e discriminação herdadas de uma sociedade patriarcal e excludente”, enfatizou Eleonora Menicucci.



Comunicação Social

Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM

Presidência da República – PR

Adesivo machista contra Dilma é contra todas as mulheres

 

Desde o dia 30 de junho está circulando nas redes sociais uma imagem machista contra a presidenta Dilma Rousseff. O objetivo era protestar contra o aumento dos combustíveis, mas a imagem é extremamente ofensiva não só contra a presidenta, mas contra todas as mulheres.

O adesivo retrata a presidenta de pernas abertas e, colados na boca dos tanques de combustíveis, quando abastecidos, insinuam a inserção da bomba de gasolina nas partes íntimas da presidenta.

Para a secretária das mulheres trabalhadoras, Rosane Silva, isso é uma atitude machista. “Não se pode relacionar o protesto contra o aumento da gasolina com a violência sexual contra a mulher. Isso é um absurdo”, afirma Rosane.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) irá denunciar o anúncio e exigir a apuração dos responsáveis.  “Seja qual for a mulher, nós não aceitaremos este tipo de violência”, finaliza Rosane.

 

Cunha manobra e aprova redução da maioridade penal

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), conseguiu reverter a decisão sobre a redução da maioridade penal na madurada desta quinta-feira (2). Na primeira votação o tema foi rejeitado, mas ele colocou o assunto em votação novamente e aprovou,  com 323 votos favoráveis e 155 contrários, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos (estupro, sequestro e latrocínio).

A manobra indignou vários parlamentares que acusaram Cunha de golpista e antidemocrático.   As bancadas do PT, PDT, Psol, PSB e PCdoB lançaram mão de instrumentos de obstrução para impedir a votação da proposta e criticaram a nova votação. Os deputados deixaram claro que vão recorrer ao Judiciário, mais uma vez, contra a emenda. Para Alessandro Molon (PT-SP), que rebateu o presidente, “qualquer um que vença vossa excelência vence por, no máximo, uma noite”. Porque se encerra a sessão e vossa excelência passa a madrugada articulando a derrota da proposta vencedora”, acusou.

O que mais foi citado pelos deputados foi uma comparação com a mesma estratégia usada durante a votação da reforma política, quando numa noite o plenário votou contra o financiamento privado de campanhas e no dia seguinte, após articulação semelhante do grupo de Cunha, a votação foi revertida e o financiamento privado, aprovado.

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

 

Dieese exalta redução do endividamento das famílias, mas alerta para juros altos

Em sua coluna para a Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, destacou ontem  (1º) a redução no percentual de endividamento das famílias brasileiras, fato que segundo ele ocorre pela primeira vez em quatro meses, mesmo com a economia do país desaquecida. “Ainda com condições adversas da economia, a população continua cumprindo com o pagamento de seus compromissos e houve um leve recuo”, aponta. “Este é um resultado importante porque mostra de alguma maneira que as famílias conseguem organizar seus orçamentos.”

O percentual de endividamento das famílias brasileiras passou de 62,4% em maio para 62% em junho. No mesmo mês do ano passado, a porcentagem atingiu 62,5%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O diretor técnico enfatiza a necessidade de atenção aos juros quando for realizar um parcelamento ou solicitar um empréstimo. “É bom ficar atento para as taxas. Por exemplo, se estiver usando cartão de crédito, ele tem uma taxa de juros embutida de até 70%. Já no cheque especial, a taxa é um escândalo: até 300% ao ano.”

Clemente classifica as taxas de juros como “extorsivas”. “Os juros retiram boa parte da renda do trabalhador. Ele está fora do contexto internacional, onde as taxas são muito menores. Isso faz com que este endividamento das famílias fique mais comprometido, justamente pela capacidade que o sistema financeiro tem de retirar renda do trabalhador.”

Para reduzir o endividamento familiar, Clemente recorda a questão econômica do país. “Do ponto de vista macroeconômico, a manutenção de empregos é fundamental para que o comportamento de redução seja preservado. Por isso, nós insistimos na importância de termos crescimento econômico como condição para a produção de bem-estar e qualidade de vida”, diz.

CUT quer mudança imediata na política econômica

 

Nesta terça-feira (30), durante a reunião de sua Executiva, a CUT, atacou a política econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy e pediu unidade da esquerda na luta contra a direita e as elites.

“Nós temos que mudar essa politica econômica já. Ela vai provocar uma recessão e nos impede de avançar nos salários. Se entramos em recessão, a direita passa por cima da gente”, analisou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

A crítica aos rumos da economia brasileira foi acompanhada pelo coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, que foi convidado para participar do encontro. Segundo o dirigente, as massas podem voltar às ruas protestando contra a perda de seus direitos. “Há uma insatisfação popular e ela vai estar nas ruas em breve, isso é certo.”

Para Stédile, há uma coincidência de três fatores que justificam o difícil momento enfrentado pelo País, são as crises econômica, social e política.   

Primeiro, Stédile falou da crise econômica. “A nossa economia não cresce há um ano. Essa crise nos mostrou como somos dependentes do capital estrangeira. Por mais ufanista que sejam os discursos, dizendo que somos a sétima economia do mundo, somos uma economia periférica.”

Stédile lembrou que o Brasil tem investido na economia apenas 14% do PIB, o que, segundo ele, impede o crescimento do País e deixa uma mensagem pessimista à nação. “A China pra crescer investe 30%, nos bons anos de Lula o Brasil investia 23%. Não precisa ser economista para saber que com essa taxa de investimento vamos ficar ainda uns dois anos estagnados.”

Sobre a crise social, o dirigente do MST lembrou que a classe trabalhadora tem sofrido para acessar direitos básicos, como moradia, transporte e saúde. Porém, Stédile foi enfático na crítica ao acesso, pela juventude, às universidades e voltou a falar na volta das mobilizações populares.

“Neste ano, se inscreveram quase 9 milhões de jovens nos vestibulares para 1,7 milhões de vagas em universidades. A sociedade brasileira não está apresentando alternativas aos jovens. Isso está criando um substrato de indignação que vai levar os jovens às ruas novamente. O que precisamos saber é: será conosco ou contra nós?”, perguntou.

A crise política tomou a maior parte do tempo usado por Stédile, que lamentou o fato do Congresso estar entregue aos empresários. “A democracia burguesa representativa virou uma farsa no Brasil. Os eleitores se lembram em quem votaram mas não reconhecem seus representantes. Há uma crise de representação política.

Há, segundo o debatedor, um esgotamento do “neodesenvolvimentismo”, modelo de gestão adotado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e pela atual presidenta Dilma Rousseff, “focado no pacto social”.

Segundo o dirigente do MST, há incoerência na insatisfação das elites brasileiras. “A classe média desse País nunca ganhou tanto dinheiro. Os médicos e professores universitários são as profissões que mais representam a classe média. Os médicos, por exemplo, ganham R$ 30 mil em média, mesmo assim 90% fez campanha contra a Dilma”, analisou.

Porém, diante da atual crise, Stédile apontou o que, para ele, é o projeto da burguesia para que o País saia do cenário atual. “Recompor o neoliberalismo, eles recompõe o projeto sugerindo, por exemplo, perda de direitos dos trabalhadores. Para concorrer com a burguesia internacional, precisa-se aumentar a taxa de lucro, nada melhor do que deixar de gastar com trabalhadores. Segundo, é o Estado mínimo. Para resolver a corrupção, eles pedem redução de gastos com servidores. Por último, o realinhamento da burguesia com os EUA.”

Por fim, Stédile elogiou a atuação da CUT nas ruas durante os meses de março, abril e maio. “Foi fundamental para que a crise não fosse, hoje, ainda maior”.

Unidade da esquerda

Seguindo o discurso de coalização dos setores de esquerda, colocado em prática durante o 1º de maio da CUT e na criação da Frente Nacional de Esquerda, que alcançou diversos movimentos sindical e sociais, Vagner pediu que os movimentos sindical e sociais dialoguem. 

“O dia que nós conseguirmos realizar aqui o que acontece na Argentina e na Venezuela, onde as pessoas se unificam para defender seu pensamento, podemos avançar. Nós precisamos nos unir não para disputar eleição, mas para disputar a atual conjuntura”, afirmou Vagner.

 

Redução da maioridade penal não passa na Câmara

Por 5 votos, a Câmara dos Deputados rejeitou a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para crimes graves na noite desta terça-feira (30). Na lista dos que votaram, 303 deputados foram a favor (porém eram necessário 308 votos para a aprovação),  184 votaram contra, e três se abstiveram.