Polícia investiga ataque ao Instituto Lula

O Instituto Lula informou, em nota divulgada em seu site na internet, ter sido “alvo de um ataque político com artefato explosivo” por volta das 22 horas de ontem (30). A Polícia Civil foi ao local.

“O objeto foi arremessado contra o prédio do Instituto de dentro de um carro. Felizmente, não houve feridos”, diz a nota.

Além das polícias Civil e Militar, o instituto informou ter comunicado o ataque ao secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que afirmou que “espera que os responsáveis sejam identificados e punidos”.

O Instituto Lula se localiza no bairro do Ipiranga (zona sul da cidade). Seu presidente é Paulo Okamotto, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o presidente de honra.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse na tarde de hoje (31) que acionou a Policia Federal (PF) para participar das investigações do atentado. Ele afirmou que podem ser necessárias medidas de proteção ao instituto, devido à conotação política do caso.

De acordo com o portal GGN, dois carros participaram do atentado e as imagens foram registradas pela webcam da porta do instituto. O primeiro passa lentamente e atira a bomba, que continha inúmeros parafusos, informa a publicação.

O artefato tinha o potencial de matar uma pessoa. Ainda segundo o GGN, em seguida um outro automóvel passa pelo local, lentamente, como se estivesse analisando os estragos.

O Instituto Lula deverá divulgar as imagens para ajudar na identificação dos autores.

(Com informações da Agência Brasil)

Governo Alckmin rescinde contrato de construção da Linha 4-Amarela

O governo de São Paulo rescindiu hoje (30) o contrato com o consórcio Isolux Córsan-Corviam, para construção das estações restantes da Linha 4-Amarela do Metrô – Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire. O consórcio foi notificado ontem (29), e a multa pode chegar a R$ 23 milhões. Segundo o governo, a medida foi tomada devido ao descumprimento dos prazos para entrega das estações, abandono de obras, violações de cláusulas contratuais e falta de pagamento das empresas subcontratadas.

O valor total dos contratos, que correspondem a dois lotes de obras, era de R$ 559 milhões. Essa fase das obras foi iniciada em 2012 e as estações estavam previstas para ser entregues – após vários adiamentos – em 2016 (Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire), 2017 (São Paulo-Morumbi) e 2018 (Vila Sônia). A previsão agora é que as duas previstas para 2016 só sejam entregues em 2017. A primeira previsão de entrega de toda a linha era 2010.

Em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia ameaçado romper o contrato e abrir uma nova licitação, mas não o fez. Agora, o governo informou que lançará um novo edital de licitação nos próximos dias. O consórcio Isolux Córsan-Corviam, no entanto, continua alegando que o Metrô não entregou projetos executivos que seriam indispensáveis para a continuidade das obras.

A linha 4-Amarela começou a ser construída em setembro de 2004 e é a única operada por uma empresa privada. Além dos atrasos, houve um acidente em 2007, quando uma cratera se abriu nas obras da estação Pinheiros, matando sete pessoas. Até hoje ninguém foi responsabilizado pelo acidente.

Marcha das Margaridas vai levar 100 mil mulheres a Brasília

Mais de 100 mil mulheres devem ocupar Brasília nos próximos dias 11 e 12 de agosto para  participar da 5º edição da Marcha das Margaridas, grande referência na luta por direitos das mulheres do campo e da cidade, e que acontece a cada três anos.

A Marcha é uma ação coordenada pela CONTAG em parceria com a CUT, outras centrais e vários movimentos sociais. O nome Margaridas é em homenagem à Margarida Maria Alves,  pioneira  nas lutas por direitos dos trabalhadores rurias, e  brutalmente assassinada em Agosto de 1983.

Dieese avalia Dialoga Brasil como avanço

 

O site Dialoga Brasil, lançado no último dia 28, pela presidenta Dilma Rousseff, foi avaliado pelo diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, como “um passo muito grande do país na transparência e participação”. A avaliação foi feita em sua coluna semanal na Rádio Brasil Atual. 

O espaço de participação on line já está em funcionamento e inicialmente abre consulta a respeito de temas na área da saúde, educação, segurança pública e combate à pobreza. “Os programas estão abertos para qualquer cidadão apresentar sua visão”, diz.

A respeito da eficácia do debate no ambiente da internet, o diretor comentou: “Este processo será permanentemente acompanhado. Estamos atuando em uma forma para que a sociedade possa monitorar e acompanhar o programa”.

 

Alckmin acumula déficit de R$ 1,7 bilhão em 2015

 Desde que assumiu o governo paulista, em 2011, o governador  Geraldo Alckmin (PSDB) não consegue tirar o estado do vermelho. O déficit do orçamento neste ano é ainda pior do que os anos anteriores.  A previsão, publicada ontem (29) no Diário Oficial, é de um  déficit nas contas  de R$ 1,7 bilhão.

É o quinto ano seguido que o governo Alckmin gasta mais do que arrecada. Em 2014, os gastos superaram as receitas em R$ 355 milhões. O valor foi menor do que nos anos anteriores: R$ 994 milhões, em 2013; R$ 982 milhões em 2012 e R$ 1 bilhão em 2011.

A situação impactou severamente no caixa do governo Alckmin. E o Tesouro Estadual caiu de R$ 7,9 bilhões, em 2012, para R$ 1,8 bilhão em 2014, devido ao uso desse dinheiro para compensar o déficit.

Pedalada fiscal

Para arrecadar mais dinheiro e reduzir o déficit  o governo vai dar um calote na  Nota Fiscal Paulista Os pagamentos que seriam realizados em outubro deste ano foram adiados para abril de 2016. E o total dos créditos caiu de até 30% do valor do ICMS tributado, para até 20%. A ação pode ser classificada como “pedalada fiscal”, já que vai garantir um caixa maior do que o governo Alckmin realmente teria se efetuasse o pagamento na data correta.

Porém, para o conselheiro, a arrecadação vai ser afetada pelas mudanças na Nota Fiscal Paulista. “As pessoas podem pensar: já que o governo mudou uma vez, pode mudar de novo. E vão deixar de se preocupar em pedir a nota fiscal”, observou. A arrecadação de ICMS corresponde a 86% da verba que o governo paulista tem para compor o orçamento anual, realizando obras, pagando salários e mantendo em funcionamento os serviços de saúde, transporte, educação e outros.

 

Lula vai à justiça contra a revista Veja

 

O ex-presidente Lula entrou com uma ação judicial por reparação de danos morais contra os responsáveis pela matéria de capa da revista Veja desta semana, que chegou às bancas em 25 de julho. Os jornalistas Robson Bonin, Adriano Ceolin e Daniel Pereira, que assinaram a reportagem são alvos da ação, além do diretor de redação Eurípedes Alcântara.

Os advogados do ex-presidente afirmam no texto que a reportagem da Veja “ é repugnante, pela forma que foi escrito e pela absoluta ausência de elementos”.  Eles também destacam que a “liberdade de comunicação e de imprensa pressupõe a necessidade de o jornalista e/ou o veículo pautar-se pela verdade”.

Na matéria a revista se refere a uma suposta  delação premiada de José Adelmiro Pinheiro, da OAS, já desmentida pelo próprio.  Denuncia ainda uma conta bancária em nome do senador Romário (PSB-RJ) na Suíça com R$7,5 milhões. O senador também negou e ameaçou processar a revista.

 

Política suicida do Banco Central trava a economia

Nota da CUT sobre o aumento da taxa de juros

Mais uma vez o Banco Central erra no diagnóstico da conjuntura econômica e, em vez de baixar a taxa de juros, aumenta – para 14,25% –  maior patamar desde agosto de 2006. 

 

A CUT entende que em um cenário como o atual, de recessão econômica e aumento do desemprego, mais um aumento na taxa de juros é completamente ineficaz no combate à inflação, principal argumento do governo para manter essa política suicida. Pior que isso, contribui para acelerar o desaquecimento da atividade econômica, uma vez que encarece o crédito, desestimula a criação de emprego e renda e, consequentemente, paralisa o mercado interno.

 

O resultado deste diagnóstico errado é o aprofundamento da recessão econômica, milhares de pessoas desempregadas, a redução da arrecadação do governo e, por outro lado, mais concentração de renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.

 

Para a CUT, a inflação corrói o poder de compra dos/as trabalhadores/as, desestimula o investimento privado e agrava a recessão. Todo país que enfrenta crise econômica reduz a taxa básica juros para incentivar a produção, o consumo e reativar a economia, como os EUA, por exemplo, cuja atual taxa é de 0,25%. Por isso, a CUT defende uma nova política econômica que ataque de fato as causas da inflação e tenha como objetivo principal o crescimento econômico a geração de empregos e a distribuição de renda.

 

São Paulo, 29 de julho de 2015.

 

Executiva Nacional da CUT

CUT protesta em frente ao ministério da Fazenda contra o “Plano Levy”

 

Na manhã desta terça-feira (28), a CUT protestou contra a política econômica do governo em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Nosso Sindicato também participou do protesto levando para Brasília uma comitiva de trabalhadores e de dirigentes.

Mais de mil pessoas estiveram no local lembrando que os ajustes promovidos pelo atual ministro da pasta, Joaquim Levy, estão prejudicando a classe trabalhadora.

O protesto ocorre na mesma data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa Selic e a tendência é que ela sofra novo aumento, segundo Quintino Severo, secretario de Administração e Finanças da CUT.

“Esse ato tem uma importância muito grande, mais uma vez virá um aumento da taxa de juros. Estamos aqui para demonstrar que somos contra o aumento da taxa de juros, estamos lutando contra isso, para que a classe trabalhadora não seja ainda mais prejudicada. Entendemos que dessa forma, o governo segue investido na especulação financeira”, afirmou Quintino, que elencou os prejuízos à classe trabalhadora.

“Em primeiro lugar, o desemprego, que vem crescendo. Depois, as medidas de ajuste que retiraram direitos dos trabalhadores, restringindo o Seguro Desemprego, mexendo no abono salarial e outras sanções. Por último, a redução do consumo, que desacelera a produção e faz girar a roda do desemprego”, explicou o secretario de Administração e Finanças da CUT.

Para Rosane Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, o foco da política econômica de Levy está equivocado. “Ele [ministro da Fazenda] coloca o mercado no centro da suas ações, nós entendemos que a classe trabalhadora deva estar no centro. Não vamos tolerar a retirada de nossos direitos.”

Junéia Martins Batista, secretária da Saúde do Trabalhador da CUT, lembrou da MP 656 para explicar o impacto que as medidas econômicas atingem o funcionalismo público. “Essa medida provisória autoriza a entrada do capital estrangeiro na saúde, no SUS (Sistema Único de Saúde). Isso vai contra tudo que temos lutado nos últimos 25 anos para garantir, por exemplo, um plano de carreira aos trabalhadores da Saúde. O que vai ocorrer é mais precarização e terceirização.”

A política econômica adotada pelo atual governo tem afastado a presidenta Dilma Rousseff (PT) das bases populares, afirma Julio Turra, diretor executivo da CUT. “Trocar o rumo da economia no País é uma questão de sobrevivência política. O Ministério da Fazenda quer provocar a recessão para retomar o crescimento, é uma roda sem fim, isso nunca vai acabar”, afirmou o dirigente, que pediu a “urgente baixa da taxa de juros e lembrou que impeachment e tentativas de golpe não serão toleradas pela CUT. “Seremos os primeiros a sair às ruas para defender a democracia e ir contra os golpistas.”

Projeto que libera a terceirização está no Senado

Projeto que libera a terceirização está no Senado

 

O projeto que libera a terceirização para todas as atividades das empresas foi aprovado em abril pela Câmara dos Deputados, como PL nº 4.330/04, e seguiu como PLC nº 30/15 para o Senado, onde deverá passar por cinco comissões antes da análise pelo Plenário da Casa. Posteriormente, seguirá para sanção ou veto pela presidenta Dilma Rousseff.

 

Se aprovado, o PLC vai eliminar vários direitos trabalhistas e mudar completamente as formas de contratação, deixando os trabalhadores muito vulneráveis e sem garantias. Acompanhe abaixo as principais dúvidas sobre o projeto:

 

 

O que é o projeto que regulamenta a terceirização?

 

É uma espécie de reforma trabalhista que não protege os atuais terceirizados e retira direitos dos trabalhadores atualmente contratados segundo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com o claro objetivo de diminuir o custo da mão de obra.

 

Hoje os direitos dos trabalhadores com carteira assinada estão garantidos pela CLT e pela Constituição Federal. Com a liberação total da terceirização, serão permitidas outras formas de contratação, sem vínculo de emprego ou carteira assinada e, portanto, sem o pagamento de 13º salário, férias, FGTS, direitos estipulados em convenções coletivas de trabalho, convênio médico ou contribuição para o INSS (que, no futuro, garante a sua aposentadoria).

 

 

Trabalhadores terceirizados não têm carteira assinada?

 

Em alguns casos os terceirizados têm carteira assinada, sim. São empresas que contratam os trabalhadores para prestar serviços em outras empresas. Mas, apesar da carteira assinada, terceiros costumam ganhar menos e não ter benefícios como vale-alimentação, plano de saúde e direitos da convenção coletiva aplicada aos contratados diretos, entre tantos outros. Também costumam trabalhar mais horas e estão mais sujeitos a acidentes de trabalho.  

 

 

Que outros tipos de contratação poderão ocorrer?

 

O projeto da terceirização que está para ser aprovado libera novas formas de contratação que vão deixar o trabalhador muito vulnerável.

 

O trabalhador poderá ser contratado por empreitada, por época do ano, por um dia, por um mês etc. Também poderá ser contratado por produção (quantidade de produtos, por exemplo), por cooperativas, por associações e como PJ (pessoa jurídica ou microempresa).

 

Nessas modalidades, não há pagamento de 13º salário, férias, FGTS, aposentadoria, alimentação, convênio médico ou direitos negociados pelos sindicatos de empregados em convenções ou acordos coletivos – enfim, nada daquilo que o trabalhador teria caso fosse contratado direto da empresa, como é feito hoje.

 

 

 

Qual será a base legal desses novos contratos?

 

Hoje os direitos dos trabalhadores são regidos pela CLT e pela Constituição Federal. A partir da liberação dessas novas formas de contratação, os contratos passarão a ser regidos pelo Código Civil Brasileiro, como era no início do século passado, em que as relações de trabalho eram vistas como uma mercadoria e eram objeto de um contrato civil.

 

Isso é péssimo para o trabalhador. A Justiça do Trabalho enxerga que o trabalhador é a parte mais fraca da relação entre capital e trabalho. Por isso a legislação é protetiva. Já o Direito Civil prega a igualdade entre as partes. Portanto, no caso de uma ação judicial entre o trabalhador e a empresa, ele será visto como igual à empresa, na disputa.

 

A CLT e a Constituição serão mantidas, mas não terão efetividade porque as empresas poderão adotar contratos regidos pelo Direito Civil, diante do qual os direitos trabalhistas não têm vez.

 

 

Como ficam os sindicatos e a representação sindical?

 

Os sindicatos negociam melhores condições de trabalho por meio de acordos e convenções coletivas. Mas, sem a aplicação da CLT, os sindicatos perdem sua função.

 

Não existe nenhuma representação para os trabalhadores terceirizados. Isso ocorre porque os trabalhadores deixam de pertencer a uma determinada categoria para se tornarem terceiros. Além disso, como mudam de empresa conforme a demanda, a mobilização dos trabalhadores se torna cada vez mais difícil.

 

 

Há exemplos de terceirizados na categoria química?

 

Temos alguns exemplos, principalmente no ramo plástico, que costuma adotar o sistema de cooperativas de trabalho. Muitas delas são fraudulentas.  

 

 

O que são cooperativas?

 

Numa cooperativa, todos os trabalhadores são cooperados. Ninguém tem vínculo nem carteira assinada.

 

A cooperativa é regida por todos os associados, que decidem em assembleias qual vai ser o papel de cada um dentro da cooperativa e como vão ser o trabalho de cada um, as jornadas de trabalho e o capital social dessa cooperativa.

 

Para que a cooperativa não seja considerada fraudulenta, ela não pode ter dono.

 

Não deveriam existir cooperativas com dono, mas nós temos, sim, na categoria, e principalmente no setor plástico, cooperativas que têm dono.

 

O que é responsabilidade solidária?

 

Em tese, a empresa que contrata trabalhadores terceirizados deve ser corresponsável por eles. Ou seja, no caso de a terceira não pagar os salários, a empresa que contratou deve pagar. Porém, da forma como o projeto libera as contratações, a responsabilidade solidária não terá utilidade nenhuma, porque a tendência é o registro em carteira sumir do mercado de trabalho e as empresas fornecedoras de mão de obra passarem a contratar de outra forma (por tarefa, por dia, por mês, por associação etc.).

 

 

Com a terceirização, como ficam os processos trabalhistas?

 

Nesse contexto, muitas vezes o patrão é oculto. Na hora de propor uma ação, vai ser bem difícil identificar o patrão. E, sem ele, o trabalhador não tem de quem cobrar a responsabilidade.

 

Hoje, quem tenta burlar as leis trabalhistas acaba perdendo na Justiça do Trabalho. O trabalhador que recorre à Justiça consegue o reconhecimento do vínculo e recebe seus direitos. A partir da liberação da terceirização, não haverá mais ilegalidade.

 

 

 

 

 

 

 

Governo lança site para ouvir população

A presidenta Dilma Rousseff lançou hoje (28) um novo canal de comunicação com a população na internet. O site Dialoga Brasil, visa estimular a participação digital da sociedade nas atividades governamentais.

De acordo com informações do governo, o Dialoga Brasil vai apresentar 14 temas e 80 programas prioritários do governo “para que a população proponha melhorias nas políticas públicas e na vida dos brasileiros”. A partir de novembro de  2015, o governo federal deve começar a responder às três propostas mais apoiadas de cada programa.