Texto aprovado por Cunha tem problemas jurídicos

Após uma manobra política o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conseguiu aprovar o financiamento privado de campanha. Porém, o texto redigido às pressas, deixou passar uma aberração jurídica. Partidos políticos são pessoas jurídicas e estão liberados para receber financiamento privado de campanha mas não poderão repassar o dinheiro para os candidatos (pessoa física). A besteira de Cunha foi levantada pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL), que apelidou o texto de Frankenstein.

Os 61 deputados que votaram contra o projeto que regulamenta o financiamento privado de campanha entraram com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar suspender a tramitação da emenda que institucionaliza a corrupção no País. 

No mundo desenvolvido, até milionários apoiam taxação sobre grandes fortunas

O analista político, Paulo Vannuchi, comenta hoje (2) na Rádio Brasil Atual, o projeto de taxação sobre grande fortunas. Ele relata que a tributação é praticada em muitos outros países e tem o apoio de bilionários estrangeiros. “O imposto é aplicado na Holanda, Noruega, Suécia e até na Índia, que tem padrões sociais piores do que o Brasil. E também é defendido por alguns dos maiores bilionários do mundo, como George Soros, Bill Clinton, e Warren Buffet, que já se queixou de pagar 19% de imposto de renda, enquanto seus empregados pagam 30%.”

Para o analista, a elite se prejudica ao se opor a taxação sobre as suas fortunas. “Essa elite branca só pensa no lucro imediato, se afunda na lama. Qual é o melhor ambiente para negócios no país? É aquele tem uma sociedade consumidora e empregada, e os negócios inteligentes saem muito melhor.”

O comentarista lembra que enquanto no Brasil, apenas 4% é recolhido das heranças, nos Estados Unidos são 30%, e como os milionários sabem que os bens no futuro serão taxados, realizam grandes doações para universidades.

Paulo Vannuchi volta a destacar a pressão do governo Dilma para a aprovação das medidas que compõem o chamado ajuste fiscal e que contrariam os movimentos sindicais e sociais que a elegeram em 2014. “Esse ajuste não inclui nenhuma participação maior daqueles que teêm mais recursos, e que poderiam ser convocados, já que os trabalhadores vão terminar perdendo emprego e parte do seguro-desemprego, por conta do ajuste”, critica.

Para ouvir o comentário completo para a Rádio Brasil Atual, acesse o link.