Na visão de Ernane Silveira Rosas, presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas de São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco e Alagoas, a proposta de extinção da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, defendida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), atenderia apenas às multinacionais que possuem patentes no setor agrícola. A avaliação foi exposta durante o ato promovido pela CUT, em São Paulo, em virtude do Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos. “Neste ano, a secretaria lançou a primeira semente do milho orgânico brasileiro, o que significa independência para os produtores, mas para essas multinacionais isso é ruim e representa menos pagamentos de royalties pelos agricultores”, afirmou.
O evento – realizado em forma de rádio – contou com entrevistas e comentários sobre o tema, alertando a população sobre os perigos do consumo de agrotóxicos, responsável por causar doenças como câncer, depressão, esterilidade, problemas neurológicos e mentais. “Além disso, os fungicidas, inseticidas e herbicidas vão acabando com o solo. No Brasil, só na área rural, há o registro de 300 mil hectares de terra degradadas, onde não nasce nem mais mato”, observou Jasseir Fernandes, secretário nacional de Meio Ambiente da CUT, também orientando que as pessoas evitem o consumo de produtos que contenham essas substâncias (a informação é indicada nas embalagens).