Consumo brasileiro é motivo para otimismo, diz ministro

Embora a indústria nacional atravesse um momento de incertezas, o mercado consumidor brasileiro dá motivos para que sejamos otimistas sobre o futuro da economia local. Essa é a avaliação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, em declarações durante o 9° Encontro Nacional da Indústria, promovido pela  CNI (Confederação Nacional da Indústria).

O ministro lembrou que o setor industrial foi o mais afetado pela crise global em 2008, porém enfatizou as propostas do governo federal para estimular a área nos próximos quatro anos. “Nunca ouvi, nem concordaria, que a economia brasileira tem problemas com demanda agregada ou demanda doméstica. O mercado de consumo brasileiro é dinâmico”, destacou Borges, que considera fundamentais alterações nas áreas tributária e trabalhista e o aperfeiçoamento da infraestrutura de transporte para que a indústria brasileira enfrente as dificuldades mundiais – além da realização de tratados que ampliem o comércio exterior com países e blocos econômicos de várias regiões.

Dilma critica oposição e nega Brasil dividido

Durante evento ontem (5), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que o governo reeleito tem condições de promover as mudanças pedidas pela sociedade – enfatizadas ao longo da última campanha eleitoral – e criticou a oposição que não tem aceitado a derrota nas urnas.

A presidenta lembrou que  todos os brasileiros, sem importar o candidato que escolheram, devem ser ouvidos, e que o País não está dividido. “É um governo que tem de governar para todos os eleitores, independentemente de qual seja o voto daquele eleitor ou o que ele represente. É decisivo que se entenda isso, é parte do processo democrático. Qualquer tentativa de retaliação por parte de quem ganhou, ou ressentimento por parte de quem perdeu, é uma incompreensão do processo democrático”, avaliou.

Dilma lembrou ainda que faz parte da democracia os partidos transitarem entre a situação e a oposição com o passar das eleições. “Desmontar os palanques significa perceber que na democracia – em toda e qualquer democracia – no processo eleitoral se disputam visões, propostas, as mais diferentes, e essas propostas e essas visões são levadas ao escrutínio popular. O povo vai decidir o que ele considera que seja a proposta que ganhará majoritariamente apoio e aquela que não ganhará”, disse a presidenta.

13º injetará cerca de R$ 158 bilhões no país

De acordo com cálculos do Dieese, o pagamento do 13º salário deverá injetar um valor de R$ 157,7 bilhões na economia brasileira no final do ano – registrando um crescimento de 10,1% em relação a 2013. O levantamento considerou o total de trabalhadores do mercado formal no país (51,9 milhões), assim como o de aposentados e pensionistas (32,7 milhões).

Entre os setores, o maior valor médio do benefício foi encontrado em serviços (R$ 2.500), seguido por indústria (R$ 2.321), construção (R$ 1.870), comércio (R$ 1.479) e agropecuária (R$ 1.348). Somente no estado de São Paulo, 22 milhões de pessoas receberão o 13º, representando, assim, um montante de R$ 46 bilhões que entrará na economia local – 2,7% do PIB.

Em São Paulo, movimentos pedem constituinte para reforma política

Membros de diversos movimentos sociais se reuniram ontem (4) na Avenida Paulista, em São Paulo, para levantar a bandeira em prol da convocação de um plebiscito popular para a reforma política – por meio da instalação de uma Assembleia Constituinte soberana e exclusiva. Apesar da adesão da presidenta Dilma Rousseff à iniciativa, o Congresso já demonstra resistência à proposta e sugere a realização de um referendo sobre a questão – contrariando as 7,7 milhões de assinaturas favoráveis à medida, recolhidas entra a população.

“A questão central é que haja uma constituinte para que as regras do jogo sejam efetivamente mudadas. A polêmica entre referendo e plebiscito cria uma confusão na cabeça das pessoas, parece que tanto faz, desde que os eleitores possam opinar. Para nós, porém, é essencial que a reforma política não seja feita por lei ordinária, porque com esse Congresso, eleito com essa forma de financiamento, as mudanças estruturais que reivindicamos estão fadadas ao fracasso”, explicou Paola Estrada, membro da Consulta Popular e da Coordenação Nacional do Plebiscito Constituinte. “O Congresso só vai atender a essa reivindicação se fizermos muita pressão. A história mostra que há um processo dinâmico entre os movimentos sociais e a lógica do Congresso”, defendeu, classificando o atual quadro de deputados federais como um “dos mais conservadores desde a ditadura”.

Inflação desacelera em outubro, indica FGV

Segundo levantamento realizado pela FGV, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) sofreu uma desaceleração em alta no último mês de outubro – atingindo 0,43%, índice menor do que os 0,49% verificados em setembro. O indicador considerou os dados em seis capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília.

Cinco dos oito grupos pesquisados apresentaram quedas em seus índices, principalmente a alimentação (que passou de 0,57% para 0,49%). Além disso, também foram reduzidos os percentuais nas áreas de transportes (de 0,28% para 0,16%), refletindo nas tarifas de ônibus urbano (de 0,28% para 0,04%); habitação (de 0,52% para 0,48%), devido ao impacto da conta de luz (de 0,54% para 0,18%); e educação, leitura e recreação (de 0,19% para 0,09%) com efeito da passagem aérea (de -4,60% para -9,51%).

CUT cobrará agenda positiva de Dilma

Em entrevista disponibilizada no Portal da CUT, o presidente da Central, Vagner Freitas, comentou o resultado das eleições de 2014 – sobretudo a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) – e reafirmou a necessidade dos movimentos sociais se mobilizarem ainda mais para que propostas como o plebiscito pela reforma política e a democratização midiática avancem dentro do governo. “Os movimentos sociais foram importantíssimos na vitória da presidenta Dilma e serão importantíssimos para cobrar da Dilma que faça um mandato progressista e de esquerda”, ponderou o dirigente.

“O que iremos fazer (…) é cobrar a reforma política, a democratização da comunicação, a pauta trabalhista por mais direitos, mais salários, mais condições de trabalho, mais distribuição de renda, menos impostos para trabalhadores e mais para os mais ricos e os donos de fortunas”, prosseguiu o presidente da CUT, enumerando as reivindicações trabalhistas que farão parte da agenda sindical nos próximos anos. “A redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Criamos uma quantidade bastante grande de empregos, mas temos que criar muito mais. Temos que discutir uma forma de substituir o fim do fator previdenciário para não penalizar mais quem começou a trabalhar mais cedo. Precisamos construir mecanismos de negociação dos governos com servidores públicos, já que o gestor não é obrigado a negociar com o funcionalismo”, apontou.

A entrevista completa pode ser acessada em http://www.cut.org.br/noticias/dilma-venceu-com-agenda-positiva-que-defenderemos-e88b/

Ato em defesa do plebiscito pela reforma política ocorre hoje

Hoje (4), às 18 horas,  acontece no vão livre do MASP, um ato nacional em defesa do Plebiscito oficial Constituinte – ou seja, a convocação de uma assembleia de representantes eleitos pelo povo para debater a reforma política no país. A manifestação, organizada por movimentos sociais e sindical, é uma resposta a parlamentares e setores da mídia que – apesar da intenção de realizar a consulta popular demonstrada pela presidenta Dilma Rousseff (PT) – passaram a se posicionar favoráveis a um referendo.

“O plebiscito é uma consulta popular em que o povo determina o que o Congresso vai fazer. No referendo, o Congresso decide e depois submete ao povo o resultado da sua decisão. Todas as constituintes tiveram como traço comum, a exclusão do povo no processo de decisão, e não é isso que queremos. Acreditamos que o Congresso atual e o eleito não irão legislar contra a os próprios interesses e, por isso, defendemos a formação de uma Constituinte exclusivamente eleita para debater esse tema”, esclareceu Júlio Turra, diretor Executivo da CUT. João Batista Gomes, secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, foi ainda mais enfático em sua avaliação sobre a rejeição ao plebiscito dentro do Congresso. “O plebiscito é uma ameaça ao Congresso conservador, cuja maioria é de latifundiários e empresários, porque tratará de questões que darão maior autonomia e soberania ao povo brasileiro”, afirmou.

Governador Geraldo Alckmin segue negando racionamento

Em evento de entrega de apartamentos do CDHU no sábado (1º) o governador Geraldo Alckmin voltou a afirmar que não haverá racionamento de água em São Paulo, dizendo que seria um “erro técnico”.

Segundo o governador, diversas medidas foram adotadas para garantir “da melhor forma” o abastecimento no estado, como a adição em outubro de um metro cúbico por segundo proveniente do sistema Guarapiranga, que vai reduzir a demanda do sistema Cantareira de 19 para 18 metros cúbicos por segundo. Entretanto, não elencou quais foram as medidas.

Alckmin declarou que tem “uma expectativa positiva”, sobre a parceria com o governo federal para atravessar a crise da água. Ele citou que o Estado tem “inúmeros” projetos com o governo federal. Alguns deles poderiam envolver recursos do Tesouro Nacional, por meio do (PAC) Programa de Aceleração do Crescimento. “Estamos falando de questões que envolvem três Estados: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. É perfeitamente possível compatibilizar e garantir o abastecimento dos três Estados”, disse o governador.

Sistema Cantareira – Apesar das chuvas que atingiram o Estado de São Paulo neste final de semana, o nível do Sistema Cantareira caiu 0,1% no domingo (2). A  segunda – e última – cota do volume morto está com 12,1% do total. 

(Do Globo e Agência Brasil)