HPV: segunda dose da vacina deve ser tomada por meninas de 11 a 13 anos

O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta terça-feira (11) os números da campanha nacional de vacinação contra o papiloma vírus humano (HPV): 2,2 milhões de meninas com idade entre 11 e 13 anos receberam o reforço da imunização. O número representa 45% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de adolescentes

A pasta reforçou a importância da segunda dose para garantir proteção contra o HPV, responsável pela maior parte dos casos de câncer de colo de útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina e terceira causa de morte entre mulheres por câncer no Brasil. A estimativa é que 14 mulheres morram todos os dias no país vítimas da doença.

A pasta ressaltou ainda que, embora a vacina faça parte do Calendário Nacional de Imunização do SUS ( Sistema Único de Saúde) e esteja disponível durante todo o ano nos postos de vacinação, as adolescentes devem seguir o cronograma de intervalo previsto entre uma dose e outra. “A primeira dose sozinha não protege contra o vírus” destacou em entrevista o Ministro da Saúde, Artur Chioro.

O SUS oferece a vacina quadrivalente, que protege contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.

Tomar a vacina na adolescência, segundo a pasta, é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer de colo de útero. A imunização não substitui a realização do exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais. A orientação é que mulheres de 25 a 64 anos façam o exame preventivo conhecido como papanicolau a cada três anos.

Frente nacional faz manifesto em apoio à relatora da ONU

Após críticas do governador Geraldo Alckmin à relatora especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, Catarina de Albuquerque, a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental divulga manifesto, com o apoio de dezenas de entidades (veja abaixo).

Depois de passar meses negando a crise da água o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na segunda quinzena de outubro, enviou um duro ofício ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrando que a entidade corrija suas conclusões sobre a crise da água no Estado. 

A motivação do Governador foi a visita da portuguesa Catarina de Albuquerque, Relatora Especial para Água e Saneamento da ONU a São Paulo em agosto último. Na ocasião, a relatora afirmou que a crise era responsabilidade do governo estadual e apontou como uma das razões da crise, a falta de investimentos no setor. 

Manifesto da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental

A Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental vem por meio deste manifestar total solidariedade à Relatora Especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, Sra. Catarina de Albuquerque, em razão do ofício enviado pelo Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alkmin ao Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon em que pede “correção” das declarações da relatora que, em visita a São Paulo no mês de agosto último, atribuiu como motivo da crise hídrica por que passam os paulistas a inoperância do Poder Público, em especial do Governo do Estado. 

Lamentamos o fato do Governador, que em vez de procurar soluções para a crise de água que afeta as Regiões Metropolitana de São Paulo e Campinas, sobretudo as populações mais pobres, busca inquirir e condenar autoridades federais, parlamentares, entidades populares e sociais e todos aqueles que ousam dizer que a trágica situação que se instala com a escassez de água é responsabilidade do atual Governo que não tomou as medidas necessárias, depois de 20 anos no comando do Estado de São Paulo. 

Acreditamos que a visita da Relatora, bem como suas afirmações se coadunam com a função exercida por ela, que é de defender água como direito humano fundamental e qualquer situação em que se configure seu cerceamento, caracteriza-se como violação de direitos. 

Encontro abre Mês da Consciência Negra da CUT-SP

A CUT São Paulo iniciou, nos dias 6 e 7 de novembro, a programação do Mês da Consciência Negra com o Encontro Estadual de Combate ao Racismo, realizado no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Durante as discussões, foram celebradas conquistas dos últimos 12 anos – como o Estatuto da Igualdade Racial – porém, não se ignorou a necessidade de ampliação dos êxitos alcançados. Um dos pontos considerados cruciais para o Brasil seguir avançando no combate ao racismo é a aprovação do Projeto de Lei 4471/2012, que prevê a investigação de mortes e lesões corporais causadas por policiais, ação que enfrentaria o ininterrupto extermínio da juventude negra no Brasil.

“A direita está se articulando e indo às ruas. A imprensa brasileira ainda está em cima do muro ainda porque tem um passivo por conta do período militar, mas se esse grupo tomar corpo, a mídia vai se posicionar e não será a nosso favor. Temos muito o que fazer”, alertou o presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, que apontou a reforma política e a democratização da mídia como medidas necessárias para que ocorra o aprofundamento das políticas de igualdade racial. “Estou convencida que combater o racismo no Brasil só será possível com a educação, quando estivermos conscientizados de que a cor da pele não é razão para discriminar alguém. Isso só será possível com a aplicação efetiva da Lei 10.639”, afirmou Maria Julia Reis Nogueira, secretária de Combate ao Racismo da CUT, pedindo o cumprimento da lei – sancionada pelo ex-presidente Lula – que tornou História e Cultura Afro-Brasileira um tema obrigatório nos currículos escolares nacionais.

Para Lula, movimento sindical não deve se restringir a “chão dos locais de trabalho”

Realizada ontem (11), no auditório do Sindicato dos Químicos de São Paulo, a reunião da Executiva Nacional da CUT contou com a participação do ex-presidente Lula, que, em sua fala, cobrou que a ação sindical agregue mais política dentro de sua prática. “Hoje me espanto quando vou na porta de fábrica e vejo muito jovem que quer fazer faculdade, não quer ser mais apenas um peão. Esse jovem sabe qual foi o papel do pai e da mãe dele? Ele sabe qual foi e qual é o papel da CUT?”, questionou, afirmando que uma parcela da sociedade brasileira não têm associado as conquistas sociais do país ao processo político – sendo necessário, portanto, que o movimento sindical não se limite à conquista de cláusulas econômicas.

Lula ainda defendeu que os novos mandatos – com governos que se iniciarão no próximo ano – adotem uma política de conversação, aproximando-se dos movimentos sindical e sociais para a definição de ações. “Toda a política de desoneração tem de passar por negociação com os sindicatos, para saber se vai haver ganhos para os trabalhadores do setor beneficiado”, disse, também pontuando a necessidade de convocação de uma Constituinte para realizar a reforma política no país. “Constituinte exclusiva é a única forma de fazer uma reforma democrática. Não dá mais para fazer política com essa estrutura podre. A reforma política é fundamental para realizarmos as outras mudanças que queremos”, avaliou.

Movimentos saem às ruas nesta quinta (13) por reformas no sistema político

A Avenida Paulista entra novamente em cena. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diferentes organizações populares marcham nesta quinta (13) por reformas estruturais no Brasil. A atividade terá concentração no vão Livre do Museu de Arte de São Paulo, às 17h, na Avenida Paulista.

Para os movimentos social e sindical, a reforma política é a mãe de outras reformas necessárias no país, tal como a agrária e a urbana. Entre as bandeiras para avançar no processo democrático apontam também a democratização dos meios de comunicação. A reforma do sistema político, contudo, só se dará com uma assembleia Constituinte com representantes exclusivamente eleitos pelo povo.

Em reunião realizada pelos movimentos na última semana, a avaliação dos dirigentes sindicais e militantes é que as ruas e as redes sociais serão os caminhos para pressionar por bandeiras progressistas para a classe trabalhadora.

O presidente da CUT São Paulo, Adi dos Santos Lima, avalia que um dos principais enfrentamento dos trabalhadores se dará por conta da nova composição do Congresso Nacional. Enquanto os ruralistas e empresários se fortaleceram, os representantes sindicais reduziram pela metade, de 83 parlamentares para 46.

“O Congresso estará ainda mais conservador, atrelado a grupos de direita e que tem como objetivo colocar as organizações na defensiva. Nossa resposta será dada nas ruas”, afirma o dirigente.

Os movimentos sociais destacam para o próximo período a bandeira da Constituinte como central na luta da classe trabalhadora. Esse período, apontam, será de solidariedade, participação e construção de atos unitários.

Serviço
Ato Nacional pela Reforma Política
Local: vão livre do Masp – Avenida Paulista
Data: 13 de novembro 2014
Horário: 17h00

Governador Alckmin pede R$ 3,5 bilhões para combater a crise hídrica em SP

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu, nesta segunda-feira (10), com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para tratar da crise hídrica que afeta o estado. Após o encontro realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, Alckmin disse precisar de R$ 3,5 bilhões para a realização de oito obras. Segundo ele, as construções servirão para o enfrentamento da crise do abastecimento de água na região a partir de 2015.

“O que nós propusemos ao governo federal foram novas obras, oito obras, e o valor será de R$ 3,5 bilhões. O governo de São Paulo precisará do máximo que (o governo federal) puder dar. Pode ser recurso a fundo perdido, do Orçamento Geral da União, ou pode ser financiamento, e nós temos uma boa capacidade de financiamento,” explicou.

Em coletiva após a reunião, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, informou que o governo de São Paulo ainda não apresentou projetos para algumas obras e que, por isso, ainda não foi definido se o governo federal repassará toda verba solicitada pelo estado.

Além disso, a ministra afirmou não ter sido discutido de onde serão retirados os recursos para o envio à São Paulo. “Se nessa conversa estiverem claras as importâncias dessas obras poderemos até apoiar tudo, mas isso vai depender de uma discussão”, disse.

Segundo Alckmin, o governo construirá dois reservatórios em Campinas, a adução dos reservatórios, a Estação de Produção de Água de Reuso Sul de São Paulo, a interligação do Jaguari com o Atibaia, a interligação do Rio Grande com o Guarapiranga e poços artesianos no Aquífero Guarani.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, das oito obras solicitadas pelo governo de São Paulo, a de menor tempo levaria 9 meses para ser concluída e a maior, 30 meses.

A ministra lembrou o trabalho feito pelo governo federal desde o início de 2014 para alertar o governo de São Paulo sobre a seca. Além disso, ela ressaltou que o governo está em sistema de alerta em relação à crise hídrica paulista.

“É importante ressaltar que o sistema Cantareira é operado pela Sabesp. Estamos conduzindo a melhor administração possível da água que chega ao Cantareira”, explicou Izabella.

Trabalhadores levam sugestões à CNV

Após dois anos e meio de trabalhos, a CNV (Comissão Nacional da Verdade)está a um mês de entregar seu relatório final, e, para a realização do texto, um grupo composto por trabalhadores contribuiu com uma lista de 43 recomendações, entre as quais a desmilitarização das polícias militares, a revisão da Lei da Anistia e a punição de empresários e empresas que colaboraram com a ditadura – entre as punições sugeridas para companhias que apoiaram o golpe militar, estão previstas sanções financeiras.

Além disso, outras medidas propostas são a apuração de responsabilidades em episódios que causaram mortes de trabalhadores e a revogação de artigos do Código Penal que interferem no direito de greve. Para monitorar o cumprimento das recomendações, após o fim da CNV, o grupo também sugere a criação de um novo organismo. “Não é para ficar na gaveta do Arquivo Nacional. A nossa disputa começa agora”, destacou Expedito Solaney, secretário de Políticas Sociais da CUT, que ainda reforçou a necessidade de ratificação da Convenção 158 OIT, norma que trata da proteção contra demissões imotivadas (a estabilidade no emprego prevista em lei foi extinta pela ditadura), assim como a regulamentação da Convenção 151, a respeito da organização sindical e negociação coletiva no setor público.

Para OIT, Brasil é referência no combate ao trabalho escravo

Segundo Luiz Machado, coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o Brasil é referência mundial no combate ao trabalho escravo, a despeito dos vários desafios que ainda precisa superar na área. “Nós temos mecanismos que não encontramos em nenhum outro lugar no mundo como os grupos especiais de fiscalização que atendem a todo o território”, afirmou, durante o 3º Encontro das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes), realizado ontem (10).

Outro mecanismo destacado por ele foi o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, do governo federal, que tem contribuído no resgate de trabalhadores em condições degradantes – apesar disso, Machado pede ainda mais prevenção e assistência às vítimas, para que estas não voltem à condição de escravas. “Isso ainda acontece porque temos um perfil de produção que não garante isonomia às pessoas. Há sempre um grupo mais explorado e um que explora. Não conseguimos evoluir do ponto de vista de estruturas econômicas capazes de acompanhar os problemas sociais”, analisou Juliana Felicidade Armede, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, também presente no evento.

Fim de ano abre novas oportunidades de trabalho

O Brasil deverá ter pelo menos, 138,9 mil novas vagas de emprego temporárias no final deste ano, prevê uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). De acordo com o levantamento, 57,4% dos empresários devem pagar até um salário mínimo por mês para os empregados. As informações são do site Brasil 247.

Das vagas que serão abertas, a estimativa é que 66% sejam preenchidas pelo comércio. A média de contratações é de quase três funcionários (2,98) por empresa. Para a elaboração da pesquisa, o SPC Brasil consultou 623 empresários em todas as regiões do País. “As festas de fim de ano costumam movimentar praticamente todos os setores da economia, mas o varejo chama a atenção por concentrar cerca de 66% das vagas temporárias geradas em todo o País nesse período”, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.