Falta de água atinge 13,7 milhões de pessoas no estado

A falta d`água já atinge 13,7 milhões de pessoas em 68 municípios de São Paulo, fora a capital. Desse total, 38 já adotaram o racionamento, três estão em situação de emergência e um em calamidade pública.

Grandes cidades do interior, como Campinas, Piracicaba e Americana sofrem com a falta de água, mas não assumiram o racionamento. Na terça-feira, 14, atendendo a pedido do prefeito Jonas Donizete (PSB), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autorizou o aumento na liberação de água do Sistema Cantareira de 3 metros cúbicos por segundo para 3,5 m3/s para evitar o colapso no abastecimento de Campinas. Em Itu foi decretado estado de calamidade pela falta de água no município.

A capital paulista passa por um momento crítico com a falta de água, e a Sabesp continua negando o racionamento. 

A liderança do PT na Assembleia Legislativa promoverá um debate sobre o tema na próxima semana, dia 21 de outubro, às 10h sobre a falta de água na capital. Estão convidados Vicente Andreu – Presidente da ANA, José Eduardo Ismael Lutti – Promotor de Justiça do Meio Ambiente, Júlio Cerqueira César Neto – Poli USP e Laércio Benko – Presidente da CPI da SABESP na Câmara Municipal de São Paulo. O mediador será o Deputado Adriano Diogo.

Dilma promete valorizar professores

Durante ato no Dia do Professor, em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a política de valorização dos educadores que pretende implementar caso seja reeleita – a proposta se baseia no fortalecimento dos salários de professores e no investimento em formação contínua dos profissionais. Dilma também destacou a aprovação do PNE (Plano Nacional de Educação) – em junho deste ano –, que prevê a utilização de 10% do PIB na educação nacional dentro de 5 anos.

“O Plano Nacional de Educação que eu sancionei, sem nenhum veto, prevê que em 2016 nós tenhamos universalizado a pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos. Falta muito pouco para nós chegarmos a isso, em torno de 11%, que nós temos que levar para a sala de aula”, afirmou a presidenta. “Para um futuro menos desigual temos que consolidar as transformações sociais e investir em educação. São mudanças que vão colocar o Brasil de fato na sociedade do conhecimento”, concluiu.

IPC-S cai em cinco capitais

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) pesquisado pela Fundação Getúlio Vargas caiu em cinco das sete capitais onde são realizadas a pesquisa. A queda aconteceu na primeira e na segunda semana do mês de outubro, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (16) pela Fundação.

A maior queda da taxa de inflação foi registrada em Salvador: 0,31 ponto percentual, ao cair de 1,08% na primeira semana para 0,77% na segunda semana. 

Também tiveram queda as cidades de Belo Horizonte que caiu 0,12% (de 0,51% para 0,39%), Porto Alegre queda de 0,12% (de 0,67% para 0,55%), Brasília queda de  0,05% (de 0,73% para 0,68%) e do Recife queda de 0,02% (de 0,48% para 0,46%).

A média nacional do IPC-S também apresentou queda e ficou em 0,49% na segunda semana de outubro, 0,02 ponto percentual abaixo da primeira semana.

Emprego formal cresce em setembro

Apesar do ritmo menor de crescimento, o número de trabalhadores com emprego formal registrou um aumento de 123.785 vagas ocupadas entre agosto e setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Desde 2011, início do governo Dilma, o total de empregos com carteira assinada gerados atingiu 5.784.991 – assim, ao final da gestão, ficará próximo de 6 milhões, resultado superior ao do primeiro mandato do presidente Lula (4,6 milhões) e dos 8 anos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na presidência (menos de 800 mil).

“Foram 123 mil novos empregos em setembro no Brasil. O Banco Mundial levantou que há 100 milhões de trabalhadores desempregados na zona do euro. O mundo desemprega 900 milhões de trabalhadores. Está tudo para baixo no mundo inteiro”, afirmou Manoel Dias, ministro do Trabalho, avaliando o resultado do levantamento e enaltecendo a força do Brasil na proteção ao trabalhador em meio à crise econômica mundial.

Sabesp está utilizando segunda cota do volume morto sem autorização

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) está retirando água do volume morto do reservatório Atibainha, que faz parte do Sistema Cantareira, desrespeitando ordem judicial.  

Dois ofícios encaminhados hoje pelo diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, fazem essa acusação ao  DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão responsável pela fiscalização dos recursos hídricos no Estado de São Paulo, e pedem a “imediata cessação” do uso da segunda parte da reserva técnica do reservatório.

Em 10 de outubro, segundo um dos ofícios, o DAEE transmitiu à ANA um requerimento da Sabesp para usar uma parte adicional da reserva técnica. No requerimento, a estatal teria argumentado que o uso de mais água do reservatório de Atibainha seria compensado pela economia equivalente nas demais represas. “Independentemente do volume ainda disponível no Sistema Equivalente [Cantareira], a utilização de volumes abaixo da cota de 777,00 metros necessita de autorização da ANA e do DAEE e configura ampliação dos volumes já autorizados com utilização de parte da Reserva Técnica II”, diz Andreu na correspondência. 

A autorização concedida e julho, deveria respeitar o limite de 777,0 metros para retirada. Nesta quarta-feira, o reservatório estava com um nível de 776,62 metros. Uma decisão da  3ª Vara Federal de Piracicaba (SP) determinou que a Sabesp começasse a retirar a segunda cota do volume morto somente em novembro.

Dilma defende que movimentos sociais participem de políticas públicas

Em agenda de campanha pelo dia dos professores nesta quarta-feira (15) a presidenta Dilma Rousseff defendeu a participação dos movimentos sociais na elaboração e execução de políticas públicas.

“Eu tenho mais do que um compromisso, eu tenho uma retrospectiva de relacionamento com os movimentos sociais”, disse. 

Para a presidenta, várias ações do governo foram construídas discutindo-se com os movimentos sociais. “Em todos os anos, eu fiz discussões com os movimentos sociais ligados à terra. Todos os nossos planos Safra de Agricultura Familiar são fruto de um processo de discussão, inclusive sugestões dos movimentos sociais”. Dilma destacou ainda outras parcerias em vários setores, destacando o programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades, que  “foi construído pelo pessoal de todos os movimentos de moradia do Brasil”, enfatizou.

Com relação à educação, Dilma destacou a destinação dos royalties do Petróleo recebidos pela União para a educação. “Eu acredito que nós demos uma passo imenso”, concluiu.

IBGE aponta crescimento das vendas em agosto

O IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje (15) a Pesquisa Mensal do Comércio que aponta aumento das vendas do comércio varejista entre os meses de julho e agosto. O comércio acumula altas de 2,9% no ano e de 3,6% no período de 12 meses. 

A receita nominal de vendas também teve crescimento, de 1,3%, depois de duas quedas consecutivas. Na comparação com agosto do ano passado, a alta foi 5,2%. A receita acumula taxas de 9,2% no ano e 10,1% no período de 12 meses.

As maiores altas foram nos itens de tecidos, vestuário e calçados (3,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); combustíveis e lubrificantes (1,4%); móveis, eletrodomésticos (1,3%); e livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%).

NR 12 é tema de curso no Sindicato

O Sindicato promoveu nesta semana o curso “Aplicação da NR 12 pelos sindicatos”. O objetivo é divulgar a importância da Norma Regulatória nº 12, que se refere aos mecanismos de proteção de máquinas para garantir a integridade física dos trabalhadores.

Confira também o artigo da Junéia Martins Batista, secretária Nacional da Saúde do Trabalhador da CUT, sobre o assunto. Ela explica que a  Confederação Nacional das Indústrias está fazendo uma campanha com o intuito de revogar a norma, alegando que as indústrias não tiveram condições de se adequar às mudanças necessárias para garantir a segurança no trabalho.

“Revogar a NR 12 seria um retrocesso do ponto de vista da proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores”, afirma Junéia. Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://quimicosp.org.br/noticias/nr-12-sob-ataque-dos-patroes-3763/

OIT destaca Brasil como exemplo de proteção ao trabalhador

Durante a 18ª Reunião Regional Americana da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Lima, no Peru, o Brasil foi citado como exemplo na defesa dos direitos sociais e do emprego diante da crise econômica mundial iniciada em 2008. A entidade ainda destacou as políticas implementadas de proteção aos mais necessitados.

Para Laís Abramo, representante da OIT no país, embora a América Latina, de forma geral, tenha adotado uma postura em favor do emprego, do salário e da proteção social, o Brasil “se destacou nesse período pelo vigor das suas políticas de combate à pobreza, redução da desigualdade social, diminuição da concentração de renda, diminuição do desemprego e geração de emprego formal e do aumento do salário mínimo”. Ela ainda celebrou os incentivos criados pelo governo para micro e pequenos empreendedores, gerando a entrada de quatro milhões de pessoas no mercado formal de trabalho.

FAO classifica como exemplar combate brasileiro à fome

Recentemente, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) retirou, pela primeira vez, o Brasil do chamado “Mapa da Fome”. Representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic comentou ontem (14) os êxitos do combate à fome no país. “Nenhum país no mundo tem diminuído a fome tão rápido quanto o Brasil”, afirmou, classificando os resultados brasileiros como “exemplares”. Hoje, menos de 5% da população nacional permanece em condição subalimentar.

“Os programas de alimentação escolar, por exemplo, são fundamentais nesse processo. São mais de 43 milhões de crianças que recebem alimentação todos os dias”, ressaltou Bojanic, enaltecendo também a valorização do salário mínimo para o sucesso das políticas federais na redução da fome. “Podemos fazer para o futuro o que o Brasil fez nos últimos dez anos; e acreditamos que estamos em condições de fazer isso”, concluiu.