Presidente da ANA critica ação da Sabesp

Em audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo, o presidente da ANA (Agência Nacional de Águas), Vicente Andreu, declarou que a utilização da segunda cota do volume morto no Sistema Cantareira garantirá água até março de 2015, porém, não haverá a possibilidade de se recorrer a uma terceira cota. “Eu acredito que tecnicamente será inviável. Do ponto de vista ambiental, essa água terá problema. Se a crise se acentuar é bom que a população saiba que não haverá alternativa a não ser ir no lodo”, declarou, também criticando o plano que a Sabesp apresentou para exploração do volume morto, por não equilibrar a retirada de água ao aumento ou diminuição das reservas.

“Agora, a quantidade de água que nós temos nos reservatórios é tão pequena que qualquer problema que a gente venha a ter no futuro, a Sabesp não terá controle sobre o sistema de distribuição de água. Portanto, as medidas restritivas tem que ser feitas quando você tem condição de atuar e não quando você perde o controle absoluto”, analisou Andreu. Até o momento, a única medida realizada pelo governo para enfrentar a crise foi o bônus para consumidores que economizassem água, instituído em março. A prática, contudo, gerou perdas de R$ 1,3 bilhão na Sabesp, e pretende-se compensar o valor através de reajuste na conta dos consumidores – procedimento que, para Carlos Tadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec ( Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), seria ilegal.

Ainda sobre a crise de abastecimento em São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff (PT), na última segunda-feira (20), lembrou do apagão elétrico de 2001 e 2002 – durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso – e criticou o modelo de gestão representado pela política do PSDB. “Aqui em São Paulo, mais uma vez, se mostram as consequências da visão contra o investimento planejado, que não tem responsabilidade com a questão pública do abastecimento fundamental para a população. A energia elétrica é um caso, a água é outro”, apontou.

“Dança da chuva” dos desinformados de São Paulo ocorre hoje

Organizado pela CUT, ativistas, movimentos sociais e sindicatos, um ato ocorrerá hoje, às 16h, na Praça da Sé, para cobrar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a má gestão das bacias hídricas paulistas – que culminou com a pior crise de abastecimento já enfrentada pelo estado. A atividade contará ainda com a participação do povo Guarani Mbyá, comunidade indígena de Parelheiros, e os manifestantes organizarão uma “dança da chuva”, fazendo uma crítica bem-humorada às atuais condições da distribuição de água em São Paulo – o problema já atinge residências, comércios, fábricas, escolas, postos de saúde e hospitais.

O Sistema Cantareira, que abastece 9 milhões de pessoas na grande São Paulo, atingiu no último domingo (20) um nível de 3,6% da sua capacidade total, e, segundo o secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, será capaz de abastecer a população somente até o dia 21 de novembro, caso não ocorram chuvas.

Centrais cobram voz em julgamento sobre terceirização

A CUT e as centrais sindicais CTB, Força Sindical e Nova Central enviaram, ao STF (Supremo Tribunal Federal), um pedido para participarem do processo que julgará a validade da prática de terceirização na atividade-fim – as entidades não seriam parte na ação, mas ofereceriam contribuições ao julgamento. Além de serem ouvidas no processo, as centrais também cobram que se faça uma audiência pública sobre o tema e que possam indicar especialistas que apontem as consequências da prática aos trabalhadores.

“Faremos a defesa da classe trabalhadora com argumentos e provas que mostrem o risco que a terceirização na atividade-fim trará ao mercado de trabalho brasileiro, tendo em vista os mais de 20 mil processos no TST (Tribunal Superior do Trabalho) sobre direitos que foram negados aos trabalhadores com essa forma de contratação”, esclareceu Maria das Graças Costa, Secretária de Relações do Trabalho da CUT. Entre as alegações dos sindicalistas contra a terceirização, está o fato de que a prática visa a redução de custos, e esta incide diretamente sobre o nível salarial, o aumento da jornada de trabalho e da taxa de rotatividade, precarizando os empregos no país.

Sindicatos realizam ato em defesa dos bancos públicos

Um ato em defesa dos bancos públicos brasileiros foi realizado na tarde de ontem (20), em São Paulo, organizado por lideranças sindicais e políticas. A manifestação ocorreu como resposta a Armínio Fraga, aliado do candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) – e provável ministro da Fazenda em caso de vitória deste –, que declarou que os bancos públicos atrapalham o desenvolvimento do país. Para Vagner Freitas, presidente da CUT, essa visão objetiva apenas beneficiar os grandes empresários e as instituições financeiras privadas.

“Na crise de 2008, se não fosse os bancos públicos para manter a oferta de crédito, o país teria entrado em recessão. E aí todo mundo sofreria com desemprego, inflação, falta de crédito”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários e de São Paulo, Osasco e Região. Concordando com essa linha de pensamento, o ex-presidente Lula, em entrevista à Revista do Brasil, afirmou que o “Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES não deixaram este país entrar na bancarrota. Eles querem acabar com eles. Na nossa visão de Estado, os bancos públicos têm um papel extraordinário de equilíbrio no mercado financeiro”.

Outro ponto lembrado no evento foi a possibilidade de privatização dos três bancos públicos, pois, embora Aécio diga que irá “profissionalizar” as instituições, os manifestantes recordaram que, ao assumir o governo de São Paulo, Mario Covas (também do PSDB) enviou uma carta aos funcionários do Banespa usando o mesmo termo para garantir que o banco seguiria sob gestão do estado – porém, após eleito, realizou a privatização.

Institutos de pesquisa apontam Dilma como vitoriosa dia 26

Há poucos dias do segundo turno das eleições  para presidente, dois grandes institutos de pesquisa apontam a presidenta Dilma Rousseff com vantagem para ganhar as eleições. 

O Datafolha divulgou ontem (20) uma pesquisa que aponta Dilma com 52% das intenções de voto contra 48% do tucano. O Vox Populi divulgou pesquisa com o mesmo resultado:  Dilma (52%), com quatro pontos percentuais a mais que o candidato Aécio Neves (48%). Nos dois casos, são considerados apenas os votos válidos, descontando-se brancos, nulos e eleitores indecisos.

Outros dado importante da pesquisa do Datafolha se refere à aprovação do governo Dilma. Para 42% dos entrevistados, o governo é bom ou ótimo.

Com relação à rejeição aos candidatos, na pesquisa Datafolha, 40% dos eleitores não votariam no tucano “de jeito nenhum”. Dos entrevistados, estão “convictos” que votarão em Dilma 45% dos eleitores.

A pesquisa do Datafolha, entrevistou 4.389 pessoas em 257 municípios ontem (20). O Vox Populi ouviu 2.000 eleitores entre o último sábado (18) e domingo (19) em 147 cidades do País.

Dilma vence eleições com 52% dos votos

A pesquisa Datafolha divulgada ontem (20) traz a presidenta Dilma Rousseff (PT) com 52% dos votos, à frente de Aécio Neves (PSDB) que tem 48% dos votos.  O resultado se refere aos votos válidos, com a exclusão dos nulos, brancos e das respostas dos eleitores indecisos.  Na última semana Dilma cresceu três pontos porcentuais.  

Servidores acusam Aécio de abandonar saúde em Minas

Em carta escrita pelos trabalhadores dos hospitais e postos de saúde estaduais de Minas Gerais, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) foi acusado de ter realizado uma má gestão dos recursos públicos relacionados à saúde, durante seus 8 anos de governo no estado. Segundo o documento, Aécio e Antonio Anastasia (PSDB), seu sucessor, deixaram de investir cerca de R$ 8 bilhões de reais na área, levando em conta os valores mínimos que a Constituição Federal determina que sejam repassados ao setor.

Outra crítica presente na carta afirma que, ao longo da administração do candidato, foram contabilizados como gastos na saúde despesas relativas à erradicação da febre aftosa e outras doenças que afetam rebanhos bovinos, construção de praças, saneamento básico e até mesmo o aluguel de serviços de limpeza para um hotel no município de Araxá. O texto aponta também que os Ministérios Públicos Federal e Estadual investigam a gestão de Aécio pelo superfaturamento na compra de medicamentos entre 2008 e 2012. “Enquanto Aécio era governador, em 2008 e 2009, foram R$ 17 milhões pagos a mais, trata-se de 60% do valor total da denúncia”, observa a carta, cujo conteúdo, na íntegra, pode ser lido em: http://www.cutmg.org.br/destaques/729/aecio-abandonou-a-saude-em-minas-gerais

Ministério do Trabalho e Dieese firmam parceria

Na última quinta-feira (16), uma parceria foi assinada entre o Ministério do Trabalho e Emprego Dieese, com o objetivo de investir na utilização de estatísticas e dados do governo para a formulação de políticas públicas – além de avaliar as iniciativas já em andamento. “O Dieese vai trabalhar as informações que possuímos e nos apresentar indicadores e novos caminhos para novas ações”, explicou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

A cooperação será fundamentada em nove eixos, entre os quais estão a realização de estudos sobre o mercado de trabalho, assim como políticas públicas de emprego e renda. “O objetivo central da iniciativa é avançar no processo de criação de capacidade estatal para a gestão de políticas públicas, não só porque a sociedade brasileira cada vez mais demanda este compromisso, mas também porque o cenário atual, do ponto de vista dos indicadores do mercado de trabalho, permitem avançar em agendas voltadas à populações vulneráveis, reafirmando nosso compromisso com a geração de mais e melhores vagas de emprego”, acrescentou o ministro.

Evo Morales reeleito na Bolívia

O Presidente Evo Morales da Bolívia foi reeleito para mais um mandato. O resultado das eleições que aconteceram no dia 12 de outubro foram declarados no sábado (18) pelo Tribunal Supremo Eleitoral do país.

Morales governará a Bolívia de 2015 a 2020. Os mandatos presidenciais na Bolívia são de 5 anos, permitida reeleição.

Evo teve 61% dos votos. Seu principal oponente, o empresário Samuel Doria Medina, obteve 24% dos votos. O ex-presidente Jorge Quiroga recebeu 9% dos votos.

Em seus dois mandatos, Evo erradicou o analfabetismo, reduziu a pobreza e a desigualdade e garantiu alto índice de crescimento econômico, mantendo a inflação e os gastos públicos sob controle. 

Químicos garantem reajustes acima da inflação

Os trabalhadores do ramo químico lotaram a plenária do Sindicato, no último dia 17 de outubro, para debater a proposta de reajuste salarial que garante a reposição da inflação mais um ganho real que pode variar de 1,1% a 1,9%, dependendo da faixa salarial. “Se a estimativa do Banco Central para o INPC se confirmar em 6,46%, o reajuste total ficará em 7,63%. Mas o índice de ganho real de 1,1% está garantido para todas as faixas salariais e independe da inflação do período”, explica Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador-geral do Sindicato.

Para o piso, o reajuste proposto é de 8,48% (para empresas acima de 49 trabalhadores) e de 8,06% (para até 49 trabalhadores). Nesse caso, o ganho real varia de 1,5% até 1,9%, aproximadamente. “Repusemos as perdas e garantimos ganho real, a exemplo das últimas negociações. Neste momento de incertezas políticas avaliamos o desfecho desta Campanha Salarial como vitorioso”, avalia Pipoka.

Nos últimos dez anos, a categoria conquistou ganhos reais de mais de 20% acima da inflação. “O aumento real é muito importante porque amplia o poder aquisitivo do trabalhador”, avalia Adir Gomes Teixeira, secretário Geral.

Conheça a proposta:

Reajuste salarial

Aumento real de 1,1%, independentemente do INPC na data-base 1º de novembro, com aumento real do teto igual ao dos salários.

A estimativa do BC para o INPC está em 6,46%. Se a estimativa se confirmar, o reajuste total ficará em 7,63%.

 

Piso salarial

De R$ 1.160,00 para R$ 1.258,40, o que representa um reajuste de 8,48% (para empresas com mais de 49 trabalhadores).

De R$ 1.136,00 para R$ 1.227,60, o que representa um reajuste de 8,06% (para empresas com até 49 trabalhadores).

 

PLR*

De R$ 930,00 para R$ 1.030,00, o que representa um reajuste de 10,75% (para empresas com mais de 49 trabalhadores).

De R$ 850,00 para R$ 930,00, o que representa um reajuste de 9,41% (para empresas com até 49 trabalhadores).

*Valores mínimos adotados por empresas que não têm programa próprio de PLR