Em São Paulo, Lula convoca militância e trabalhadores a participarem da campanha eleitoral

Em encontro realizado na sexta-feira (5) em São Paulo, o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva convocou a militância petista e de esquerda e os trabalhadores a politizarem o debate sobre as eleições deste ano. Lula defendeu o Governo Dilma e suas conquistas.

No encontro que contou com a participação de várias lideranças políticas, Lula discursou por mais de uma hora para a platéia de mais de 1400 pessoas, entre militantes e convidados.

Segundo Lula, o importante é esclarecer a população e politizar a campanha. “O pessoal não quer mais discutir política. Como é que se explica numa fábrica o Skaf estar na frente do Padilha? No meu tempo, imaginar numa fábrica um peão votar no seu empregador era impensável. E isso a gente tem que construir agora. A gente tem que ir na porta da fábrica e conversar com as pessoas”, disse Lula. 

Lula procurou enfatizar que a politização das campanhas nacional e estadual passa por questões econômicas. De acordo com ele, é preciso mostrar que o governo Dilma  “não joga no bolso do trabalhador a crise econômica mundial causada pelos ricos”. “Mandar peão embora é fácil. Duro é manter a inflação 12 anos dentro da meta aumentando salário e gerando emprego. Enquanto a Europa rica, de 2008 pra cá, fechou 62 milhões de postos de trabalho, essa Dilma que eles não gostam gerou em quatro anos 5,5 milhões de empregos com carteira assinada”, ressaltou.

 

Eleições: Atenção às propostas e ao papel de cada um pode fazer a diferença

Em 2014, o Brasil vai às urnas com o objetivo de escolher representantes para cinco cargos diferentes: presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. O número de candidatos é grande, e isso pode causar confusão na cabeça do eleitor. Principalmente quanto às atribuições de cada cargo.

A campanha política já começou, e os debates têm ganhado mais espaço nos veículos de comunicação, nas redes sociais e nas ruas. No entanto, em geral a propaganda se resume a trocas de ofensas, e também a promessas que em alguns casos serão difíceis de serem cumpridas.

Falta esclarecer ao eleitor qual o verdadeiro papel de cada função. Com esse objetivo, o Sindiluta desenvolveu um roteiro com as principais atribuições de cada cargo. Assim, o eleitor conseguirá identificar com facilidade o que é responsabilidade do governo e da presidência e qual o papel de deputados e senadores.

O 1º turno das eleições acontecerá no dia 5 de outubro, e se houver 2º turno, será no dia 26 de outubro. O 2º turno só é realizado quando a eleição para presidente ou governador não é definida no 1º turno; para que isso ocorra, é preciso que o candidato favorito tenha 50% mais 1 dos votos válidos.

É importante observar ainda que o governador e o presidente dependem do poder legislativo (deputados e senadores) para que possam tocar seus projetos. Portanto, é preciso escolher representantes que estejam alinhados com as propostas dos candidatos ao governo e à Presidência.

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Debates finais do 7º Congresso acontecem neste fim de semana

Nos Próximos dias 12, 13 e 14 de setembro, a categoria se reúne em Atibaia para os debates finais do 7º Congresso dos Químicos. Centenas de trabalhadores participaram dos debates regionais e sugeriram emendas que serão discutidas na etapa final. Foram eleitos 293 delegados para representar a base nas discussões finais.

O congresso acontece a cada gestão da diretoria e tem como objetivo analisar as conjunturas política e econômica e apontar as prioridades para os próximos três anos.

 

Em ato, Dilma destaca realizações do governo em relação às mulheres

Em ato no último sábado (6), diante de diversos grupos femininos e movimentos sociais, a presidenta Dilma Rousseff destacou as conquistas de seu governo, e do ex-presidente Lula, que melhoraram as condições de vida das mulheres. “Vivemos hoje no Brasil uma campanha de desinformação, mentiras e, em alguns casos, ódio e pessimismo. Mas a verdade é que, nos últimos doze anos, nós tiramos da extrema pobreza 36 milhões de brasileiros. Uma parte expressiva desses brasileiros era mulheres, mães, que tinham sob sua guarda sua família e seus filhos, muitas delas chefiando sua família”, afirmou a presidenta.

Entre os avanços alcançados, Dilma enfatizou que 93% das famílias que recebem o Bolsa Família têm o cartão em nome da mulher, assim como 83% da titularidade dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida e 59% das matrículas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec) – reforçando, assim, a autonomia das mulheres mais pobres. “Nós criamos o ministério que busca garantir e que luta pelo direito das mulheres. E a verdade é que quando eles [concorrentes à presidência] falam que vão diminuir os ministérios, você pode ter certeza absoluta que um dos ministérios cortados será o das mulheres”, concluiu.

Dilma defende reforma política e apuração de denúncias

Em encontro com integrantes de movimentos de juventude no Palácio do Alvorada, ontem (7), a presidenta Dilma Rousseff mais uma vez defendeu a necessidade de uma reforma política no Brasil. Na visão de Dilma, a medida seria fundamental para garantir um diálogo entre as conquistas econômicas, sócias e culturais dos últimos anos com a estrutura política brasileira, gerando uma modernização.

Em entrevista após o evento, a presidenta também manifestou sua posição de tomar todas as medidas cabíveis a respeito das denúncias envolvendo a Petrobras, após receber informações oficiais sobre o caso. “Não posso tomar nenhuma providência enquanto não tiver todos os dados oficialmente entregues. Ao ter os dados tomarei todas as medidas, inclusive se tiver que tomar medidas mais fortes”, afirmou.

Campanha Salarial e Desenvolvimento Econômico

Campanhas salariais são processos complexos nos quais os trabalhadores se mobilizam para estabelecer as regras que definirão os salários e as condições de trabalho no próximo período de um ano ou mais. A mobilização e a organização sindical influenciam o clima das mesas de negociação, que buscam os acordos.

O momento da negociação é fundamental para definir (e garantir) as condições de produção, os salários, os benefícios (alimentação, saúde, creche, entre outros) e condições laborais (jornada, segurança, saúde etc.), disputando parte da riqueza gerada pelo trabalho. No primeiro semestre de 2014, para os trabalhadores, a negociação foi exitosa. Segundo pesquisa do Dieese, houve aumento salarial em 93% das Convenções ou Acordos Coletivos celebrados no período. A maioria dos ganhos reais variaram entre 1% e 3%.

Esses resultados, um dos melhores da série histórica da pesquisa para o primeiro semestre, ocorreu porque há um ambiente econômico favorável no Brasil. A grave crise internacional colocou, já há algum tempo, as maiores economias em recessão e trouxe para os trabalhadores desemprego, arrocho salarial e perda de direitos. A economia brasileira resistiu à conjuntura adversa que assolou diversos países, isso porque privilegiou o mercado interno de consumo e de produção, gerando emprego e renda, consumo de massa, o que animou a produção e manteve os ganhos das empresas.

Nesse cenário, o emprego cresceu, o desemprego e a informalidade diminuíram, o que trouxe de volta o ânimo dos trabalhadores para a luta sindical. O ambiente das mesas de negociação repercutiu o ganho de lucro por parte das empresas e a disposição dos trabalhadores para buscar melhores salários, benefícios e condições de trabalho.

O desempenho da economia é a base para o avanço dos resultados das negociações coletivas. Colocar, como foi feito no Brasil, o emprego e o salário na frente da estratégia de desenvolvimento econômico é fato raro na história econômica do País. É urgente fortalecer essa estratégia com investimentos para ampliar a capacidade produtiva das empresas, para a inovação, para a agregação de valor na industrialização, articulada com a produção no campo, os serviços e o comércio, bem como ampliar a capacidade do Estado para ofertar serviços públicos de saúde, educação, transporte, moradia e infraestrutura econômica (estradas, energia, portos, aeroportos etc.).

Lutar para favorecer essas dimensões do desenvolvimento econômico é essencial para o acordo que melhorará a vida dos trabalhadores.

*é sociólogo, diretor técnico do Dieese e membro do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social)

Para justiça, contrato da linha 6 do metrô é ilegal

A Justiça de São Paulo barrou parte do processo de desapropriação para a implantação da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo, que vai ligar a Brasilândia, na Zona Norte, à região central de São Paulo, passando por bairros como Higienópolis e Perdizes.  Para a Justiça, as desapropriações não podem ser feitas com verba do governo estadual e deveriam ser feitas com dinheiro do consórcio que toca a obra.

São R$ 673 milhões que sairão dos cofres públicos para o pagamento de indenizações aos donos das propriedades. O governo decidiu pagar as desapropriações após o primeiro edital de licitação da linha, publicado em julho de 2013, não atrair interessados.

A Concessionária Move São Paulo, que venceu a licitação após o lançamento do segundo edital, é formada pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos. O contrato é de 25 anos e a obra custará cerca de R$ 9,6 bilhões. A concessionária afirmou que vai recorrer das decisões.

O grupo terá seis anos para construir a linha, que deverá funcionar em 2020, mas dificuldades nas desapropriações poderiam atrasar a obra.

As decisões nem sequer julgaram o mérito dos pedidos de desapropriação, entendendo que o contrato de parceria entre a empresa e o governo do estado é nulo.

A Linha 6-Laranja terá inicialmente 15 estações e vai percorrer cerca de 16 km. A expectativa é transportar 633 mil passageiros por dia

Para CNI, indústria volta a crescer

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou nesta quinta-feira (4) que a atividade industrial cresceu em julho. A Utilização da Capacidade Instalada avançou 0,6 ponto percentual, registrando no mês 81%, ante os 80,4% registrados em junho.

Na avaliação da CNI, os indicadores foram afetados pela Copa do Mundo, com menor número de dias úteis em junho na comparação com julho. 

Para analista, Padilha é o candidato que mais cresceu nas pesquisas

O comentarista político Paulo Vannuchi analisa que nas próximas pesquisa de intenção de voto para Governador, o candidato que deve apresentar melhor desempenho é Alexandre Padilha. “O Padilha, como está lá embaixo, teve o maior crescimento, cresceu 40% e quebrou a barreira artificial, eleitoreira, que a Rede Globo criou no seu principal jornal com a agenda dos candidatos. A Globo criou uma regra casuística, criada para um caso só: como o Padilha tinha 5% e a Globo é contra o projeto do PT, criaram a regra de que só entra no quadro quem tem mais de 5%. Então, agora, ele deve começar a aparecer na TV, a não ser que eles mudem as regras novamente. Acho que não fariam algo tão escandaloso”, avalia.

Com a queda dos dois candidatos que estão à sua frente, quem deve surpreender nas próximas semanas, com possibilidade de impedir a vitória de Alckmin no primeiro turno, é Alexandre Padilha, avaliou o analista.

Plebiscito Constituinte já tem mais de 30 mil urnas em todo o País

O Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político já conta com mais de 30 mil urnas distribuídas por todos os cantos do País.  

 
A votação segue  até o dia 7 de setembro, e tem como objetivo criar uma força social capaz de pressionar o Congresso Nacional pela convocação de um plebiscito oficial para discutir questões como o financiamento privado de campanhas, a representatividade no Parlamento e os mecanismos de democracia direta.
 
Nesta quarta-feira (3), o ex-presidente Lula votou pelo sim em campanha na Bahia. A expectativa é de que os candidatos às eleições deste ano também aproveitem o período eleitoral para marcar posição a favor da mudança nas regras do sistema político Nos próximos dias, a presidenta e candidata Dilma Rousseff (PT), além de Eduardo Jorge (PV) devem registrar o “sim” a favor do plebiscito. A candidata Luciana Genro (PSOL) também já registrou sua manifestação favorável à consulta popular.
 
* Com informações da CUT