São Paulo e Rio de Janeiro entramem acordo pela água do Rio Jaguari

São Paulo e Rio de Janeiro chegaram a um acordo sobre os volumes de água que serão liberados nos mananciais que abastecem 15 milhões de pessoas entre os dois estados. Entre as medidas, está o aumento de 10 mil para 43 mil litros por segundo na vazão que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) libera na usina hidrelétrica do Rio Jaguari, em São José dos Campos, para o Rio Paraíba a partir do dia 20 (quarta-feira).

A crise teve início no dia 6, quando a CESP reduziu em um terço o volume exigido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) da vazão do Rio. A decisão foi amparada pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), órgão paulista, alegando que a prioridade da água seria para abastecimento humano. O Governo paulista alegou ainda que a medida seria uma ação contra o desabastecimento que atinge São Paulo. 

O ONS disse que a decisão da Cesp causaria o “esvaziamento” dos demais reservatórios da bacia, que enfrenta uma das piores estiagens da história, e provocaria “o colapso do abastecimento” de cidades paulistas, mineiras e fluminenses. A medida representa uma derrota para o governo paulista, que pretende fazer transposição de água do Jaguari para a Represa Atibainha, como uma forma de tentar recuperar o Sistema Cantareira.

O acordo foi patrocinado pelo Governo Federal. “Produzimos um acordo. Estamos assegurando as condições de abastecimento”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em entrevista ao Jornal Estadão, após reunião realizada durante toda a tarde desta segunda-feira com representantes dos governos federal e de Rio, São Paulo e Minas. Segundo ela, as decisões tomadas não teriam implicações sobre a geração de energia elétrica.

Justiça diz que crimes de cartel do Metrô de São Paulo não prescreveram

Para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), os crimes de cartel e de fraude na licitação ocorridos em contratos da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não estão prescritos. Embora o contrato entre as empresas envolvidas e o Metrô tenha sido assinado em 2005, o Ministério Público (MP) argumentou que pagamentos fundamentados no documento foram efetuados em 2013.

“Enquanto tais contratos ativos estiverem vigentes, ainda estarão, em tese, sendo perpetrados atos do mesmo ‘cartel’, sendo, dessa forma, crime de natureza permanente”, afirmou o desembargador-relator, Edison Brandão. Graças à decisão do TJ, executivos das empresas poderão ser processados criminalmente por formação de cartel e fraude à licitação – segundo o MP, as irregularidades abrangem contratos firmados com 12 empresas em cinco projetos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os prejuízos aos cofres públicos são avaliados em R$ 834,8 milhões.

Criação de empregos formais cresceu em 2013

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada ontem (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a geração de empregos formais em 2013 superou os números do ano anterior, atingindo quase 1,5 milhão de vagas e um total de 48,9 milhões. A variação no período foi de 3,14%.

Entre os diversos setores, ocorreu uma “expansão generalizada do emprego”, segundo o levantamento. No setor de serviço houve um crescimento de 3,46%, 558.628 vagas, enquanto administração pública, comércio e indústria de transformação cresceram 4,51% (402.966), 3,09% (284.939) e 1,77% (144.411), respectivamente. Além desses números, também se verificou que o rendimento médio sofreu um aumento real (acima da inflação) de 3,18%, atingindo R$ 2.265,71.

Cessar-fogo prorrogado na Faixa de Gaza por 24 horas

O cessar-fogo em vigor desde 11 de agosto na Faixa Gaza vai ser prorrogado por 24 horas, anunciou nesta segunda-feira (18) a delegação de negociadores palestinos no Cairo, pouco antes da trégua expirar.

“As facções palestinas e o Egito concordaram em estender o cessar-fogo durante mais 24 horas para facilitar que as negociações possam acabar em um acordo”, informou em um comunicado, em sua página do Facebook, Izat Al Resheq, membro do Hamas que participa da delegação palestina que negocia no Cairo.

Um cessar-fogo de 72 horas, que entrou em vigor no dia 11 de agosto, foi prorrogado por cinco dias na quarta-feira passada, prazo que terminaria na noite desta segunda-feira (18) e está sendo prorrogado por mais 24h.  As informações são do site EBC Brasil. 

Governo de São Paulo sucateia o Butantan

A fachada imponente do edifício Vital Brazil tem significado duplo para o Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Inaugurado em abril de 1914 para abrigar laboratórios para pesquisar soros, principalmente contra a peste bubônica, o centro de pesquisa deu origem a uma instituição que se tornaria uma das maiores referências em saúde, ciência e inovação no país. Cem anos depois, o avançado processo de sucateamento é evidenciado por rachaduras, infiltrações e mofo que tomaram conta das paredes e de partes do teto que parecem prestes a desabar, pelas imensas portas de madeira que apodrecem e por visíveis gambiarras na parte elétrica – como a de um aquecedor, segundo a perícia, que teria causado o incêndio no laboratório de répteis, em maio de 2010.

O descaso que destruiu o acervo e indignou a opinião pública resultou no indiciamento, pela Justiça, do então diretor-geral Otavio Azevedo Mercadante, ex-chefe de Gabinete de José Serra (PSDB) no Ministério da Saúde, além do diretor administrativo, Ricardo Braga de Souza, o diretor de um dos laboratórios, Otávio Augusto Vuolo Marques, da pesquisadora Selma Maria de Almeida Santos e do engenheiro Carlos Ely Almeida Correia.

Em condições precárias, o prédio abriga hoje a biblioteca, fechada ao público há anos e com parte do acervo no porão, além de salas onde pesquisadores se espremem para continuar trabalhando.

Na rua de trás, outras construções antigas, que deram lugar à produção de vacinas, como a BCG, contra a tuberculose, também estão abandonadas, carecendo de restauro urgente. A poucos metros dali, outro monumento ao descaso com o patrimônio público: numa área onde uma creche para filhos de funcionários e a sede da associação de servidores foram demolidas, um prédio moderno, de dois pavimentos, teve a obra embargada recentemente. Uma placa na entrada informa que os recursos vieram da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – o logotipo do governo federal está apagado. O espaço seria suficiente para abrigar diversos laboratórios e tantas outras salas para finalidades afins.

Nas imediações do Hospital Vital Brazil, construído na década de 1940 e que até hoje atende pessoas picadas por cobras, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos, cientistas trabalham em laboratórios apertados, com paredes mofadas, mobília e equipamentos carentes de manutenção. Pudera. As oficinas onde eram fabricados e reformados estão desativadas. Há ainda o desmonte do núcleo residencial de servidores, instituído há mais de 40 anos por decreto do governo estadual. Muitos dos antigos moradores não conseguiram resistir às pressões e deixaram as casas, que aos poucos vão sendo adaptadas em instalações administrativas e até mesmo laboratórios. Outros resistem.

Obras frenéticas

Nem tudo, porém, é sucateamento. Bem perto do hospital e do macacário, onde são criados os macacos rhesus para pesquisas com vacinas contra o vírus da aids, estão prédios novos, cujas placas indicam ser fábricas de vacinas e soros, além de modernas oficinas de manutenção e contêineres transformados em escritórios. Há grande movimento de veículos e pessoas, a maioria seguranças terceirizados, engenheiros e outros trabalhadores da construção. Frenéticas, as obras avançam sem limites, chegando a cortar árvores como o pau-brasil, o que é proibido por lei. A intervenção criminosa em área de preservação permanente está sendo investigada pela promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual.

Quem passa por ali tem a impressão de ser um complexo biotecnológico produzindo a todo vapor, mas não é preciso entrar para constatar exatamente o contrário: praticamente nada produzem atualmente. “Há dois anos, não se faz vacina contra hepatite. A única coisa que tem lá é o concentrado em pó, no congelador, que logo perde a validade. A água estava contaminada e a Anvisa não deu certificado de boas práticas. Teve de parar”, conta uma trabalhadora do setor. Como outros servidores, ela pede para não ser identificada, já que o assédio e as ameaças são frequentes.

Há paralisação também na produção do imunizante contra difteria e tétano. O Butantan está colocando a marca em rótulo de vacina de uma empresa canadense, a Intervax, que compra de um laboratório da Bulgária, a BB-NCIPD. E existem vacinas cujo rótulo ­indica produção em 2013, período em que a fábrica desse imunizante estava interditada pela Anvisa.

Também está parada a produção dos soros antirrábico humano, antitetânico, antibotrópico (contra o veneno da jararaca), anticrotálico (da cascavel), antielapídico (coral) e antiloxoscélico e antiaracnídico, contra veneno de aranhas. Conforme a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (MS), “as instalações não estão de acordo com as normas legais vigentes das boas práticas de fabricação (BPF) exigidas pelas agências regulatórias e não puderam produzir”. Maior comprador, o ministério está recorrendo aos estoques da Organização Pan-Americana de Saúde para abastecer os postos de saúde, que, há pelo menos um ano, tem os estoques abaixo do necessário.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no início deste ano o Butantan obteve certificado de boas práticas de fabricação em algumas linhas. Já a produção de insumos monovalentes da vacina fragmentada e inativada contra gripe tipo A/H1N1, A/H3N2 e tipo B expiram em novembro próximo. Quanto aos registros, vacinas e soros estão dentro do período de validade. A maioria vence a partir de 2017, exceto as da gripe, da raiva e o soro contra botulismo.

O aracnólogo Rogério Bertani, do Laboratório de Ecologia e Evolução, ressalta que a autorização é dada a partir das condições constatadas em inspeções. “Mas isso não garante que os produtos estão sendo fabricados ali. Parece que o instituto usa essas brechas entre as competências dos diversos órgãos”, diz. Segundo ele, a Anvisa fiscaliza as condições do local, o MS paga e recebe as vacinas e soros, mas não sabe de onde vieram, se de indústria nacional ou de fora.

O médico aposentado do Hospital Vital Brazil, João Luiz Costa Cardoso, autor de diversas obras sobre animais peçonhentos, explica que o problema na produção de vacinas vai ganhar a devida importância quando afetar diretamente a elite. “Enquanto pessoas pobres atendidas no serviço forem prejudicadas, a coisa cai rapidamente no esquecimento.”

A falta de transparência nas informações, segundo ele, pode esconder esquemas para elevar o preço no mercado. Ele menciona o caso da vacina Onco BCG, distribuída pelo SUS para o tratamento de pacientes com câncer de bexiga, que deixou de ser fabricada pelo Butantan há cinco anos, sob pretexto de modernização da fábrica. Coincidência ou não, passou a ser fabricada pela Fundação Ataulpho de Paiva, do Rio de Janeiro, que hoje fornece as vacinas BCG para o Ministério da Saúde. Segundo o médico, o custo de cada dose ao SUS, que era de R$ 3 quando produzida em São Paulo, subiu para R$ 100.

Por meio do governo federal, o Butantan assinou acordo de transferência de tecnologia com o laboratório Merck, Sharp & Dohme para a produção da vacina contra quatro tipos de vírus da família HPV. Com isso, segundo o MS, o faturamento do instituto será quase que triplicado em cinco anos, passando de R$ 348 milhões em 2013 para R$ 1,1 bilhão em 2018 – valor correspondente a 36 milhões de doses da vacina.

Bertani, porém, é cético quanto ao preparo do Butantan para a parceria. Isso porque, segundo ele, há histórias mal contadas, como problemas na transferência de tecnologia para vacina Influenza, com o laboratório francês Sanofi, que levou mais de dez anos para se concretizar parcialmente, a ponto de as vacinas virem da França apesar dos recursos federais para a fábrica da vacina da gripe H1N1, que foram mal empregados e estão sendo investigados pela Justiça. “A impressão que tenho é que são criados aqui problemas com a produção para atrasar a vacina nacional”, opina.

Reconstruir as fábricas

Ex-presidente da fundação e ex-diretor do instituto, o médico Isaías Raw diz que o Butantan saiu de uma crise em 1984 e que, em 2009, entrou em outra, apesar do padrão internacional. “Sair delas não é fácil. Além de faltarem recursos, tem a concorrência dos grandes laboratórios, a quem não interessa que um laboratório público, que desenvolveu tecnologias e produz muita pesquisa, continue operando e vendendo mais barato”, comenta Raw, que não acredita na lisura dos contratos de transferência de tecnologia. “É preciso inovar porque tecnologia não se compra. Tecnologia vendida é um mecanismo perverso em que não se transfere tudo e quem recebe é controlado pelo resto da vida pelo dono da tecnologia que quer o país como comprador e não como fabricante, como parceiro.”

Segundo ele, ainda não há recursos nem instalações para produzir a vacina contra HPV no Butantan. Nem vacina, nem fábrica. “Precisamos reconstruir todas as fábricas, fazer o prédio da pneumonia porque a vacina que está aí não presta, mas é necessário dinheiro, que ninguém dá.”

Controverso, Raw foi afastado da fundação em 2009, durante o escândalo dos R$ 30 milhões que vinham sendo desviados desde 2007 – para funcionários, a cifra chega a R$ 100 milhões. Na época, o Ministério da Justiça descobriu que o dinheiro ia para uma conta inativa, que não aparecia na contabilidade, para a qual eram enviados os recursos pagos pelo Ministério por lotes de vacinas e soros. A superintendente técnica da fundação, Hisako Higashi, que acumulava o cargo de diretora do instituto, foi exonerada.

Em dezembro de 2011, ele publicou artigo em que afirmava que a Sanofi, gigante multinacional de medicamentos, ofereceu ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), R$ 4,5 bilhão pela compra da divisão bioindustrial do instituto. A notícia não foi confirmada nem pela farmacêutica, nem pelo governo estadual, que chegou a afirmar que o Instituto Butantan estava à venda. Em nota, o governo ainda chamou de irresponsável a afirmação de Raw.

Para os trabalhadores, muitos dos quais integram a Frente em Defesa dos Institutos de Pesquisa e Fundações de São Paulo, que conta também com deputados estaduais, as palavras de Raw têm um fundo de verdade. E o que se assiste ali é a criatura engolindo o criador. Constituída em 1988 para apoiar o instituto do ponto de vista administrativo e financeiro, a fundação tem hoje mais de 60% dos funcionários, todos contratados pela CLT, não realiza concursos, gasta dinheiro com carros de luxo e dá todas as cartas com mão de ferro.

Segundo o Sindicato dos Químicos de São Paulo, a fundação não dialoga, não abre as contas, persegue quem se manifesta e demite quem pode demitir. Entre janeiro e julho, 59 trabalhadores foram demitidos. À frente da defesa dos institutos, trabalhadores disseram que, além da dificuldade de fixação dos servidores, está em curso um processo de desvalorização profissional e desvios de função, no qual os concursados para postos de nível médio são pressionados a atuar em áreas que exigem formação superior.

Presidente do Instituto e da Fundação Butantan, o médico Jorge Kalil não atendeu a reportagem. Em junho, em reunião com o presidente da frente, deputado Carlos Neder (PT), e alguns integrantes, ele afirmou que são discutidos diversos aspectos em termos de recursos humanos, como a dificuldade de reposição do quadro de funcionários, mérito e remuneração. E que há estudos para recuperar toda a estrutura, que padece da redução de investimentos. Disse, ainda, que, além da carreira, é debatida a figura jurídica do Butantan. Segundo relatório da reunião, a tendência é o Butantan se tornar autarquia especial e, assim, unificar a gestão.

Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ex-diretor do Incor e amigo do ex-secretário de Saúde do governo Alckmin, Giovanni Cerri, Kalil assumiu o Butantan depois da morte do ex-secretário Luiz Barradas, em 2010. Na época, segundo pesquisadores, havia mais dinheiro para a pesquisa e tudo parecia entrar nos eixos.

Porém, nada melhorou. Um ex-pesquisador, hoje professor na USP, vê o sucateamento como pretexto para a venda do setor de vacinas. Exatamente como foi com outras empresas do setor financeiro, elétrico e de telefonia, privatizadas no anos 1990. Num futuro próximo, ele prevê a placa de uma multinacional do setor no portão do instituto público símbolo de pesquisa em saúde no Brasil durante quase 100 anos.

 

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Pesquisa Datafolha: Dilma mantém 36% das intenções de voto

Pesquisa divulgada hoje (18) pelo Datafolha sobre a disputa à Presidência da República traz a Presidenta Dilma com 36% intenções de voto. A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 15 de agosto, logo após a morte do presidenciável Eduardo Campos que ocorreu no dia 13, em Santos.

A pesquisa considerou a possibilidade de a candidata a vice de Eduardo ser a nova candidata do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Se for a escolhida pelo PSB para concorrer à Presidência da República, Marina Silva teria 21% das intenções de voto. O terceiro colocado na pesquisa tem empate técnico com o segundo lugar, com 20% das intenções de voto. 

Propaganda eleitoral gratuita: Começa nesta terça-feira (19) a propaganda eleitoral gratuita na TV e no Rádio, e deve se estender até o dia 2 de outubro. De acordo com a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), a propaganda eleitoral dos candidatos a presidente da República, no horário eleitoral, deve ocorrer às terças e quintas-feiras e aos sábados das 7h às 7h25 e das 12h às 12h25 no rádio. Na TV o horário é das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55.

Aprovação do governo Dilma sobe 6 pontos

A aprovação do governo da presidenta Dilma Rouseff subiu 6 pontos percentuais em pesquisa realizada pelo Datafolha entre 14 e 15 de agosto. Segundo a pesquisa divulgada hoje (18), 38% dos entrevistados avaliam a a administração da presidenta Dilma como boa e ótima.

Dados segmentados da pesquisa mostram que o crescimento da popularidade de Dilma é consistente. A aprovação do governo Dilma cresceu em todos os segmentos: sexo, idade, escolaridade, renda, região do país e tamanho do município. Entre os eleitores de 16 a 24 anos do Norte, a aprovação de Dilma subiu 11% (de 40 para 51%). Entre os eleitores com ensino médio do Sudeste, a subida positiva foi de 8% de aprovação (de 24% para 32%). Para as famílias com renda entre 5 e 10  salários mínimos, a aprovação de Dilma subiu 8% (de 21% para 29%). Para 46% dos entrevistados da pesquisa com ensino fundamental, o governo Dilma é bom ou ótimo.

Participaram da pesquisa 2.843 eleitores em 176 municípios.

Frente em defesa dos terceirizados cobra audiência com STF

Após dois dias de discussões, o Fórum Nacional em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Terceirizados se encerrou com duas metas para cumprir, além de um plano de lutas. A primeira delas é a defesa de uma audiência pública com o  STF (Supremo Tribunal Federal), que está prestes a julgar uma ação que definirá a legalidade da terceirização da atividade-fim. O evento visa apresentar pesquisas e análises que associam a terceirização à precarização, adoecimento e morte de trabalhadores. Outro objetivo é cobrar a presidenta Dilma Rousseff quanto à aprovação do Projeto de Lei 1621/2007, do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que proíbe a terceirização na atividade-fim, a intermediação da mão de obra e a subcontratação – a proposta se encontra parada na Casa Civil.

“No último registro do Ministério do Trabalho, as centrais representavam 33 milhões de trabalhadores. Não é possível numa democracia representantes de tantas pessoas serem desconsiderados num debate tão importante. Tudo leva a crer que teremos de negociar, denunciar e mobilizar ainda mais”, argumentou Patrícia Pelatieri, economista do Dieese. Maria das Graças Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT, por sua vez, declarou que a Central e seus sindicatos devem aproveitar o período eleitoral para cobrar que seus candidatos se comprometam com as propostas dos trabalhadores, além de afirmar que as categorias em campanha salarial devem acrescentar a questão às suas pautas.

Disputa pela água entre São Paulo e Rio de Janeiro pode ir ao STF

O Governo Alckmin quer fazer uma transposição de 5 mil litros por segundo para a Represa Atibainha, que segundo o governador, ajudará a recuperar o Sistema Cantareira e beneficiará as duas regiões. O governo já apresentou esse projeto ao Comitê da Bacia do Paraíba do Sul. 

O Secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, criticou a medida de São Paulo e classificou a redução em um terço da vazão do reservatório do Rio Jaguari de “violação completa do pacto federativo”. O Secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, declarou que aumentar a vazão “coloca em risco o abastecimento de toda a população do Vale do Paraíba”. 

O conflito entre os Estados deve-se a um compromisso assumido na década de 1960, pelo qual as represas do Jaguari e do Paraibuna, no trecho paulista, garantiriam a liberação necessária para que um volume de 190 m³ por segundo de água seguisse para o Rio. Em 2003 houve uma situação semelhante de disputa pela água

A 2ª Vara Federal de Campos que analisava ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra a transposição do Rio Paraíba do Sul e seus afluentes declinou nesta quinta-feira (14) da competência de julgar a ação, que deve seguir agora ao Supremo Tribunal Federal. No entendimento da Justiça Federal, a competência para julgar a ação é do STF por tratar-se de conflito federativo, já que envolve três estados (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais).

Para o procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira, autor da ação, o processo se refere a “qualquer intervenção que possa causar prejuízos à vazão do Rio Paraíba do Sul, incluindo seus afluentes (como o Jaguari)”. Para o procurador, ao reduzir a vazão do reservatório, “São Paulo desconsiderou o caráter sistêmico da bacia e trata a questão como se um afluente (Jaguari) pudesse ser desconectado do rio que ele alimenta (Paraíba do Sul)”. “Sem contar que não resolvem o problema do Sistema Cantareira e a crise da água em São Paulo, pois são paliativos.” 

Epidemia do vírus Ebola se espalha rapidamente, alerta OMS

O Médicos Sem Fronteira, depois de uma visita de dez dias à África Ocidental, região afetada pelo vírus Ebola, alerta para o fato de a epidemia estar se alastrando e a situação se deteriorar mais rapidamente do que a capacidade de resposta. A advertência foi dada hoje (15) por uma diretora da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), Joanne Liu. 

“Estamos perante uma total falência das infraestruturas”, disse Liu, considerando que, se a situação não for estabilizada na Libéria, nunca se estabilizará a região. “Trata-se apenas da ponta do icebergue”, advertiu a médica responsável pela organização não-governamental de prestação de cuidados médicos a pessoas contaminadas.

A MSF está presente nos três países mais afetados: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa. A ONG tem na região 692 pessoas, incluindo 72 estrangeiros.

A doença, que se transmite por contacto direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infetados, causa graves hemorragias e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%.