Nos próximos 35 anos, Brasil investirá R$ 1 trilhão em educação

Durante cerimônia de formatura de alunos do Pronatec, em Vitória, a presidenta Dilma Rousseff declarou que o Brasil terá R$ 1 trilhão para investir em educação nos próximos 35 anos, provenientes da autorização do governo para que a Petrobras explore entre 10 bilhões e 14 bilhões de barris de petróleo no pré-sal – sancionada em setembro de 2013, a Lei 12.858 destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do pré-sal para a educação.

“Queremos diminuir a desigualdade e dar continuidade a melhoria da distribuição de renda. Para isso, a gente precisa dar educação, para dar perenidade a essa conquista”, afirmou a presidenta, relacionando o investimento em educação ao combate à desigualdade social promovido pelo governo federal – segundo dados oficiais, 42 milhões de brasileiros já ascenderam à classe média.

Reforma política é fundamental para mudanças estruturais no país

Para o diretor executivo da CUT, Júlio Turra, mudanças profundas no país só serão possíveis após a realização de uma reforma política, da qual dependeriam outras modificações estruturais, como as reformas agrária e tributária, a democratização dos meios de comunicação e a luta pelos direitos trabalhistas. “Da maneira como as instituições políticas funcionam, em particular o Congresso Nacional, há um bloqueio permanente a essas reformas de fundo que interessam, sobretudo, à classe trabalhadora e aos setores mais pobres da população”, afirmou Turra, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Integrante do Comitê Plebiscito Constituinte pela reforma política, Turra defende mudanças que aprofundem a democracia no país, rompendo com aspectos herdados do passado. “Nosso objetivo é destravar as reformas. Como é que você vai aprofundar a reforma agrária em um Congresso dominado por latifundiários?”, afirmou o dirigente. No próximo dia 7 de julho, participantes do Comitê pretendem fazer pinturas em murais alusivas ao tema nas várias capitais brasileiras – para 12 de agosto, está programado um dia nacional de lutas.

Petrobras comemora a produção de 500 mil barris/dia

Aconteceu na terça-feira (1º) em Brasília um evento comemorativo à produção de 500 mil barris de petróleo por dia extraídos do pré-sal brasileiro. A cerimônia contou com a presença da presidenta, Dilma Rousseff, ministros e representantes da sociedade civil.

A reserva do pré-sal brasileiro, localizado entre a costa Sul e Sudeste do Brasil, uma das maiores reservas do mundo, está produzindo 520 mil barris de petróleo por dia, extraídos de 25 poços de produção. A importância e o tamanho da reserva chegaram a ser questionados quando da descoberta e no início das operações de extração. A estimativa era atingir 500 mil barris em 2015, mas essa meta foi alcançada em maio deste ano.

Durante a cerimônia Dilma ressaltou que “são feitos (como esse) que fortalecem essa grande empresa e trazem benefício para a população”. A Companhia foi escolhida dia 24 de junho passado para explorar o excedente da produção de óleo em quatro campos, o que deve trazer novos recordes de produção. “O recorde dos 500 mil barris por dia e essa nova contratação concorrem para um duplo objetivo: tornam irreversível o grande papel estratégico da Petrobras” afirmou a presidenta. 

Balança brasileira registra quarto superávit seguido

A balança comercial brasileira teve superávit em junho, de US$ 2,365 bilhões, foi o quarto mês seguido com resultado positivo, por conta das exportações (US$ 20,648 bilhões) e das importações (US$ 18,103 bilhões). Foi o melhor resultado para junho desde 2011.

No acumulado do ano, o saldo ainda é negativo: -US$ 2,490 bilhões. As vendas brasileiras ao exterior somam US$ 110,532 bilhões e as compras, US$ 113,022 bilhões. No primeiro semestre de 2013, a balança também apontava déficit, mas em valor menor (US$ 3,074 bilhões).  Nos últimos 12 meses – de julho do ano passado a junho deste ano –, a balança teve superávit de US$ 2,987 bilhões.

Pesquisa prevê falta de mão de obra em 2030

Até 2030 a carência de mão de obra deve chegar a 40,9 milhões de pessoas, conforme estudo do Boston Consulting Group (BCG) divulgado pelo jornal Valor Econômico.  Em 2020 a previsão é de um déficit de 8,5 milhões de trabalhadores mas, em dez anos, esse número será cinco vezes maior. 

O estudo analisou a oferta e a demanda de mão de obra em 25 países, que englobam 65% da população global e mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Com restrições no mercado de trabalho, o Brasil está ao lado de países como Alemanha (país cujo déficit deve ser de 2,4 milhões de trabalhadores até 2020 e de 10 milhões até 2030), Polônia, Rússia e Japão, nos quais a oferta de mão de obra já registra contração e deve continuar caindo até 2020, com uma piora desse quadro até 2030.

Centrais desejam debater decreto que aumenta participação popular

Favoráveis ao Decreto 8.243/14 – responsável por instituir a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e ampliar a participação popular efetiva nas esferas do poder público –, lideranças da CUT e outros representantes do movimento sindical estão em Brasília para cobrar que a nova lei seja debatida em audiências públicas espalhadas por todo o país. Ao assinar o decreto, a presidenta Dilma Rousseff institucionalizou espaços populares (fóruns, conselhos e outros locais de debate) como política de Estado – ou seja, independente de quem estiver no poder, a sociedade civil terá participação garantida em ambientes de discussão sobre a administração do país.

“A Política Nacional de Participação Social representa o avanço da democracia e, portanto, deve ser discutido de maneira democrática. Apesar de termos conquistado na Constituição de 1988 o conceito de cidadania, o país ainda está acostumado a dar voz somente a um grupo seleto de eleitos. Isso precisa mudar. Se os parlamentares não têm medo da população na hora de pedir voto, por que têm medo que participemos do cotidiano da nação? Quem disse que não temos capacidade para contribuir para que esse país cresça com justiça social e cidadania? A melhor forma de ouvirmos o que as pessoas têm a dizer é por meio da abertura do diálogo e por isso defendemos as audiências públicas”, argumentou Maria de Godói Faria, secretária-Geral Adjunta da CUT.

Alckmin corre contra o relógio para aprovar reajuste de funcionários

O Governador Geraldo Alckmin enviou essa semana à Assembleia Legislativa três projetos de reajuste aos funcionários públicos das carreiras dos policiais militares e civis, dos funcionários da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Planejamento e Gestão.

Pela legislação eleitoral em vigor, os agentes públicos estão proibidos de conceder aumento aos funcionários 180 dias antes das eleições. Pelo calendário eleitoral, o governador deveria ter enviado esses projetos até 8 de abril, mas não o fez, desrespeitando a data-base dos funcionários, que seria em março. Os projetos enviados não preveem reajustes, apenas correções da inflação do período, não atendendo portanto as reivindicações das categorias. Uma forte campanha de mobilização está em curso promovida pelos policias militares, que cobram do governador melhores salários e condições de trabalho.

De acordo com a Constituição Estadual, os trabalhos da Assembleia não podem ser interrompidos enquanto não acontecer a votação da LDO ( Lei de Diretrizes Orçamentárias) para o próximo ano. Como essa votação ainda não aconteceu, o recesso parlamentar que começaria dia 1º de julho está adiado até que os deputados votem a Lei. O envio de projetos de aumentos nesse período pode ser considerado uma manobra política do Governo, já que toda a tramitação acontecerá em regime de urgência, deixando pouco prazo para discussão da matéria.

Os projetos que foram encaminhados à Assembleia deverão ser votados pelos deputados e sancionados pelo governador até dia 5 de julho, quando começa oficialmente a campanha eleitoral.

CUT e movimentos sociais cobram solução para crise da água em São Paulo

Nesta quarta-feira (2), às 15h30, acontece uma reunião entre o secretário de Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, e representantes de movimentos sociais para discutir a crise da água no estado de São Paulo. Durante o encontro será entregue um documento ao secretário que além de cobrar medidas do governo estadual, apresenta propostas que possam auxiliar no enfrentamento da crise.

 
“O estado mais rico do Brasil está refém da chuva porque o governo tucano não investiu em obras, não aumentou a oferta hídrica e fez ouvidos de mercador para as propostas e estudos apresentados há mais de dez anos”, declarou Adi dos Santos Lima, presidente da CUT São Paulo, afirmando ainda que os transtornos gerados pela crise podem prejudicar também a oferta de empregos, na medida que a falta de água afeta a produção industrial. 
 
Abrangendo capital, região metropolitana de São Paulo e a região de Campinas, a escassez de água atinge cerca de 25 milhões de pessoas do estado – ou 62,5% da população paulista.

Partidos apresentam seus candidatos

Foi encerrado em 30 de junho o prazo para a realização das convenções partidárias para escolha dos candidatos que disputarão as eleições em outubro deste ano. O cenário da disputa já está desenhado, e os principais partidos definiram as suas chapas. 

O PTB escolheu São Paulo para realizar a sua convenção e decidiu apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo e a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República.

O PSB da ex-Senadora Marina Silva, agora candidata à vice na chapa que disputará a presidência da república ao lado de Eduardo Campos, realizou sua convenção em Brasília no sábado, dia 28.

O PSDB já havia realizado sua convenção em 14 de junho, e terá como candidato o mineiro Aécio Neves. Seu vice será o Senador Aloysio Nunes, que foi citado no caso de pagamento de propina às empresas Siemens-Alston em licitações fraudulentas do Metrô. O Senador ficou fora do processo enviado ao Supremo Tribunal Federal para apurar o caso.

Já o PT não encontrou grandes dificuldades em montar a sua chapa. Realizou sua convenção em 18 de junho em Brasília e indicou a Presidenta Dilma Rousseff à reeleição, com o apoio do PMDB. Michel Temer é o candidato à vice- presidente.

Na noite de segunda-feira (30) foi anunciado o acordo entre PCdoB e PT. Na chapa que disputará a eleição para o Governo de São Paulo, Alexandre Padilha contará com o apoio de Nivaldo Santana, funcionário público e ex-Deputado Estadual como seu candidato à vice.

De acordo com o calendário oficial a campanha começa dia 6 de julho, quando será permitida propaganda eleitoral.