Cantareira entra em colapso

A Sabesp divulgou na  última semana que o nível do Sistema Cantareira, que abastece 9 milhões de pessoas em São Paulo, está em 18,5% de sua capacidade.

Em maio deste ano, quando a Sabesp executou uma obra de emergência para combater a crise de abastecimento, o nível do Cantareira estava em 8,2%. Com a captação do volume morto, chegou a atingir 26,7%. Mas, no último período, caiu 8,2%, ou seja, exatamente a quantidade que tinha no reservatório antes do volume morto.

O Governo do Estado e a Sabesp insistem em dizer que a crise foi provocada pela falta de chuvas e pelo alto consumo da população. Especialistas, no entanto, afirmam que o problema foi a falta de planejamento.  Com a seca no Cantareira, a companhia estuda agora, começar a captar água de outros reservatórios, como o volume morto do sistema Alto Tietê.

 

Vendas em alta

As vendas do varejo cresceram  0,5% de abril para maio e a receita nominal aumentou 1%, de acordo com o IBGE. Na comparação com maio do ano passado, as vendas subiram 4,8% e a receita, 11,4%. No ano, as altas estão acumuladas em 5% e 4,9%, respectivamente. Em 12 meses, o volume aumentou 11,2% e a receita, em 11,7%.

BRICS Sindical reafirma integração por soberania e desenvolvimento sustentável

Durante o primeiro dia do III Fórum BRICS Sindical, ontem (15), dirigentes reafirmaram a necessidade de integração do bloco – composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – como maneira de combater a crise internacional, fortalecendo a soberania e o desenvolvimento sustentável em cada um dos cinco países. Na visão de Vagner Freitas, presidente da CUT, a participação dos trabalhadores na consolidação do bloco é fundamental para que o crescimento econômico das cinco nações seja acompanhado por distribuição de renda e valorização do trabalho.

“Vivemos um momento de agravamento da crise, em que nunca os ricos ganharam tanto e os trabalhadores perderam tanto. Nossa unidade é extremamente importante para enfrentar o capital e dar um basta na hegemonia de alguns poucos países, que querem nos manter tutelados, sem soberania”, afirmou João Antonio Felicio, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI). Já para Zwelinzima Vavi, secretário geral da central sul-africana COSATU, uma agenda comum entre os trabalhadores dos cinco países é necessária “para que tenhamos voz”, sobretudo na batalha “contra as disparidades, o desemprego, a desigualdade e a degradação ambiental”.

Dilma defende participação dos trabalhadores no BRICS

Em reunião ontem (15), no Centro de Convenções em Fortaleza, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de atender a reivindicação dos sindicalistas de ter assento no BRICS. “Na próxima reunião acho que já dá para vocês participarem. Eu assumo com vocês esse compromisso”, garantiu Dilma.

Na visão da presidenta, a questão é importante para manter uma simetria, já que empresários organizam um fórum em paralelo à reunião dos BRICS, no qual expõem suas propostas, sem que um espaço semelhante seja oferecido aos trabalhadores. João Antonio Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), considerou a atitude da presidenta “um reconhecimento de que na sociedade existem duas partes em contradição permanente, os empresários e os trabalhadores, que devem ter direito ao mesmo espaço de debate e de proposta”, apontando, assim, para uma valorização por parte dela da negociação coletiva.

Conselheiro do TCE acusado de receber propina está de volta ao Tribunal

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Robson Marinho, retomou na terça-feira (15) sua vaga como Julgador de Contas no TCE. Marinho é investigado pelo Ministério Público por ter recebido propina da multinacional francesa Alstom no valor de R$ 2,7 milhões. 

Segundo apuração do MP, a propina teria sido paga a Marinho por meio de uma conta aberta em Genebra, na qual ele e sua mulher são detentores de direitos econômicos. As investigações realizadas na Suíça sobre o esquema de fraude em licitações na compra de trens do Metrô e da CPTM levou ao bloqueio pela justiça local de US$ 3,059 milhões em nome de uma offshore com a qual Marinho tem ligações.

Robson Marinho estava afastado do TCE desde o dia 4 de junho. Está no Tribunal há 18 anos por uma indicação do ex-governador Mario Covas, de quem foi Chefe da Casa Civil. Seu patrimônio pessoal é composto de imóveis de alto valor e uma ilha em Paraty. Em entrevista ironizou os deputados do PT que pedem seu afastamento da função: “Vou convidar o pessoal do PT para ir lá (na ilha de Paraty)”.

No final de maio, o Ministério Público pediu o afastamento cautelar do conselheiro, atribuindo a ele participação em um “esquema de ladroagem de dinheiro público”. Até agora, porém, a Justiça não decidiu se afasta Marinho do TCE. 

CUT organiza manifestação contra “vagão rosa”

O coletivo das mulheres da CUT-SP, em parceria com a Marcha Mundial das Mulheres, organiza um apitaço na Praça da República nesta quarta-feira (dia 16), a partir das 17h, contra o “vagão rosa”.

A atividade é em repúdio ao Projeto de Lei nº175/2013, do deputado Jorge Caruso (PMDB), que obriga empresas de transporte urbano a reservar espaços exclusivos para as mulheres, com ao menos um vagão dos trens ou metrôs. O projeto foi aprovada no último dia 3 e espera ser sancionada pelo governador Geraldo Alckimin.

Segundo a CUT  esta medida, é um  retrocesso, pois restringe o espaço das mulheres num serviço público e não diminui o assédio sofrido pelas mulheres.  A preocupação também é que o assédio aumente, pois com a lotação do vagão exclusivo, as mulheres estarão “no lugar errado” se ocuparem outros espaços. É importante ressaltar que as mulheres representam 60% dos usuários do metrô nos horários de pico.

Copa é bem avaliada por estrangeiros

A Copa do Mundo no Brasil surpreendeu positivamente a maioria dos estrangeiros que vieram ao país acompanhar o evento. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha 92 % dos visitantes elogiaram tanto o conforto quanto a segurança nos estádios da Copa.

A hospitalidade brasileira também foi destaque na pesquisa: 95% dos entrevistados avaliaram esse ponto como bom ou ótimo. A grande maioria dos estrangeiros buscou informações sobre o país antes de viajar e se surpreendeu positivamente com o que viveu nos quase 30 dias da Copa.

A organização da Copa foi avaliada como ótima/boa para 83% dos entrevistados e 51% achou a organização em torno do Mundial melhor do que o esperado. A segurança foi aprovada por 60%. Para 42% dos visitantes o que o país tem de melhor são a hospitalidade, amabilidade e simpatia. 

Depois de alguns dias no país, questionados se morariam no Brasil, 69% disseram que sim.

Copa injeta R$ 30 bilhões na economia

Segundo dados da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a Copa do Mundo injetou cerca de R$ 30 bilhões na economia. O resultado equivale a 0,6% do PIB nacional. O evento também gerou cerca de 1 milhão de vagas, equivalente a mais de 15% dos 4,8 milhões de vagas criadas no governo Dilma Rousseff. 

PSDB paulista envolvido em doações irregulares

O PSDB paulista recebeu doações à campanha eleitoral de prefeitos e vereadores de 2012 intermediadas pelo Secretário de Habitação do governador Alckmin, Marcos Rodrigues Penido. As doações foram realizadas pela empresa Tejofran, acusada de participar do esquema de cartel de licitações fraudulentas ocorridas nos governos tucanos de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

As doações, de R$ 25 mil cada, são investigadas por agentes federais e estão descritas em emails trocados entre uma diretora da Tejofran e o Secretário de Habitação. Penido era diretor executivo da CDHU e a empresa mantinha um contrato dentro de um consórcio com a companhia. Logo após as eleições de 2012, o consórcio conseguiu em aditivo contratual no valor de R$ 3 milhões. 

Na eleição de 2012, o ex-governador José Serra era o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Diretores da Tejofran ocuparam cargos de alto escalão nos governos de Serra e Alckmin e o dono da empresa, foi padrinho de casamento do filho de Mario Covas.

Cartel de trens: provas produzidas na Suíça serão válidas

Para os promotores que acompanham e investigam o esquema de propina no Cartel dos trens em São Paulo, ligado ao governo do PSDB,  todas as provas produzidas na Suíça têm validade no processo instaurado para investigar o caso.

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, ex-Chefe da Casa Civil do Governo Covas é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões de propina da empresa francesa Alston no esquema de licitações fraudulentas da CPTM e do Metrô. O conselheiro está com US$ 3,059 milhões bloqueados na Suíça.

A declaração dos promotores feita na semana passada foi estimulada por um pedido da defesa de Robson Marinho para que um mecanismo jurídico suíço fosse ignorado e favorecesse Marinho. Os promotores foram taxativos e ponderaram que a utilização das provas está prevista nas convenções europeias e na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.