14ª Plenária começa com encontros de coletivos

No primeiro dia da 14ª Plenária Nacional da CUT, coletivos que integram a Central reuniram-se para debater pontos estratégicos e futuras ações. Logo durante a manhã, a reunião do coletivo de trabalhadoras contou com grande mobilização para abordar os planos para 2015, além de demandas importantes, como a luta por paridade. “O momento é de articular e mostrar ao conjunto de dirigentes que as mulheres têm protagonismo, acúmulo político e programático, e estão preparadas para ocupar os espaços de poder”, declarou Rosane Silva, secretária nacional de Mulheres da CUT.

Já na Plenária Nacional da Juventude cutista, as discussões giraram em torno de renovar as direções das entidades sindicais, atraindo jovens para o movimento sindical. Para Alfredo Santos Jr., secretário nacional de Juventude da CUT, os jovens conseguiram ampliar sua atuação em “espaços externos, como por exemplo, no Conjuve (Conselho Nacional de Juventude)”, mas ainda enfrentam dificuldades para debater dentro da Central. Na próxima quarta-feira, duas emendas serão votadas nesse sentido, limitando os dirigentes da entidade a dois mandatos na mesma Secretaria, e estabelecendo a idade máxima de 35 anos no ato da posse para o dirigente que assumir a secretaria de juventude da CUT Nacional e das Estaduais. Finalizando, o Coletivo de Combate ao Racismo da CUT também se reuniu ontem, decidindo por um enfoque sobre o aprofundamento das políticas de combate à discriminação, com maior envolvimento de dirigentes e sindicalistas para uma mudança real na implementação de políticas de igualdade racial.

Químicos participam do Seminário Nacional do Macrossetor

Nosso Sindicato participou nos dias 24 e 25 de julho do Seminário Nacional do Macrossetor Indústria, uma iniciativa da CUT em conjunto com cinco confederações de trabalhadores da indústria, dentre elas a CNQ.

Durante o evento o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, defendeu a maior participação dos trabalhadores nos Conselhos de Competitividade do Plano Brasil Maior. Para tanto, assinalou a importância de se construir uma pauta consistente, unificada e articulada entre todos os setores envolvidos.

O Plano Brasil Maior foi uma resposta do governo Dilma ao movimento em defesa da produção nacional conduzido pela CUT e alguns setores do empresariado. “O País estava perdendo empregos por conta do alto índice de importações e o Plano Brasil Maior veio justamente no sentido de garantir o apoio à produção nacional”, afirmou o dirigente da CUT.

Preparação – Antes do seminário, o Sindicato promoveu um encontro entre os dirigentes da entidade e o coordenador do Dieese, Airton Santos,  com o objetivo de avaliar o macrossetor indústria.

Além de fazer uma retrospectiva sobre os diversos planos econômicos adotados no país nas últimas duas décadas e os reflexos no setor produtivo, Santos explicou que a partir de 2003, com a entrada do governo petista, os investimentos na diminuição da desigualdade passaram a ser prioridade. “Temos carências, mas temos vários projetos – Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e valorização do salário mínimo, entre outros – que visam diminuir as diferenças e incluir uma parcela grande da população no mercado consumidor”, explicou.

De acordo com o técnico, a economia vem crescendo 2% ao ano, e o grande desafio do momento é aumentar a produtividade da indústria brasileira, para torná-la mais competitiva. “Tem uma parcela da elite que defende o desaquecimento da economia, para gerar desemprego e  a mão de obra ficar mais barata. Mas é um discurso que não se sustenta. Precisamos de investimentos em tecnologia e crédito mais barato, principalmente para as pequenas e médias indústrias”, avaliou. 

Sabesp aumenta o uso de caminhões pipa

A Sabesp nega que esteja faltando água nas cidades onde opera, e nega a existência de racionamento. Entretanto, desde o início da crise de abastecimento a companhia ampliou a contratação emergencial de caminhões-pipa para distribuição de água potável para atender imóveis da Grande São Paulo e do interior.

A contratação mais recente aconteceu há dez dias no valor de R$ 1,84 milhão por um ano, para abastecimento emergencial de água na região sul da capital paulista, que já havia recebido água por caminhões-pipa em fevereiro deste ano, num contrato de R$ 475 mil. Existem pelo menos mais três contratos de distribuição que somam R$ 2,45 milhões. Em abril, a companhia já havia firmado contrato de R$ 144 mil para distribuição terceirizada na região de Jundiaí, que é abastecida pelo Sistema Cantareira e também sofre com a estiagem do principal manancial paulista. Os contratos de abastecimento emergencial somam quase R$ 5 milhões.

Além de caminhões-pipa, a SABESP está utilizando o volume morto do Sistema Cantareira e chegou a informar que utilizaria o volume morto do Sistema Alto Tietê a partir de agosto. Contudo, o  Governador Alckmin afirmou no sábado (26)  “não pretendemos usar o volume morto do Alto Tietê, nem em agosto, nem em setembro, nem outubro. Mas é preciso deixar tudo preparado”. Alckmin havia negado, em junho, a utilização de mais uma cota do volume morto do Cantareira. Em meados de julho, a companhia pediu nova autorização aos órgãos reguladores para retirar mais 100 bilhões de litros do agonizante Cantareira.  

Conselho de Segurança da ONU pede cessar fogo imediato na Faixa de Gaza

O Conselho de Segurança da ONU convocado para uma reunião de emergência neste domingo (27) na Jordânia sobre o conflito entre Israel e a Palestina, pediu um cessar fogo imediato e incondicional nas terras que compõem a Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira (28), é comemorado um feriado religioso.

Mais de sessenta palestinos foram mortos em ataques promovidos pelas tropas de Israel no domingo (27). Desde o início da ofensiva, os mortos somam mais de 1.100, na sua maioria mulheres, crianças e anciãos.

Na declaração lida pelo presidente rotativo do Conselho, o embaixador de Ruanda, o órgão diz que a trégua permitiria a entrega de “ajuda urgente” à região que conta com milhares de feridos. Israel está cada vez mais isolado perante a comunidade internacional.

Apoio brasileiro  – A OLP (Organização para a Libertação da Palestina) deve enviar ao governo brasileiro uma carta agradecendo a condenação enérgica feita pelo Itamaraty ao uso desproporcional da força por Israel. Segundo informações do Jornal Folha de S.Paulo, o documento escrito em nome do Presidente Palestino Mahmoud Abbas diz que o Brasil será lembrado por “estar do lado certo da história”. 

O Papa Francisco também manifestou-se e fez um apelo em seu discurso semanal na Praça de São Pedro: “Parem, por favor” pediu o pontífice argentino.

Plenária da CUT começa hoje, com a presença do ex-presidente Lula

Hoje, no Centro Cultural Adamastor, em Guarulhos (SP), começa a 14ª Plenária Nacional da CUT, centrada no mote “Organizar, Lutar e Avançar nas Conquistas”. A abertura oficial do evento, às 20h, contará com a participação do ex-presidente Lula.

Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT, ressalta que a plenária ocorrerá num momento de disputa eleitoral que definirá os rumos do país nos próximos anos, e que a maior e mais representativa central sindical brasileira deve ser protagonista no debate. “Vivenciamos nos últimos 12 anos o melhor período para a classe trabalhadora, com crescimento do emprego, da participação popular, avanços sociais e isso veio da luta dos trabalhadores”, afirmou o dirigente, defendendo “a continuidade do atual projeto com desenvolvimento sustentável, distribuição de renda e valorização do trabalho”. O evento, além de discutir alterações estatutárias, estratégias de luta e ações para o próximo período, também será um espaço para análise das conjunturas nacional e internacional.

CUT defende a adoção de medidas estruturais para a indústria

Na última sexta-feira (24), dirigentes nacionais da CUT e de cinco confederações cutistas entregaram um documento ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, no qual defendem a adoção de medidas estruturais para estimular a produção nacional. Os trabalhadores reivindicam, entre outras coisas, a criação de mecanismos que prevejam a exigência de contrapartidas sociais para desonerações fiscais, empréstimos e licitações públicas. “O Estado tem de ser o indutor do crescimento da indústria e tem de adotar medidas que prevejam proteção aos trabalhadores. Se a política de desoneração da indústria for permanente, as contrapartidas trabalhistas e sociais também têm de ser”, afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT.

Na avaliação da Central e das cinco confederações do MSI – metalúrgicos, têxteis, químicos, trabalhadores na alimentação e na construção –, a implementação do Plano Brasil Maior foi necessária para tornar a indústria nacional competitiva, porém seus resultados ainda são insuficientes, “muito em função do prolongado período de desestruturação do parque produtivo nacional, materializado em sua crescente defasagem tecnológica, além da desnacionalização de suas cadeias produtivas, ‘reprimarização’ das exportações, aumento das importações e desadensamento produtivo”.

Plebiscito vai ouvir a população sobre reforma política

Durante a Semana da Pátria, entre os dias 01 e 07 de setembro, será realizado o Plebiscito Popular por uma Constituinte Soberana do Sistema Político. A iniciativa de movimentos sociais, que conta com total engajamento da CUT,  visa consultar a população sobre a realização de uma reforma política – através de uma única pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”

 
Em todo o Brasil, urnas serão espalhadas e qualquer pessoa poderá responder à questão. O objetivo da campanha é entender se o povo deseja ou não mudanças nas regras que definem o funcionamento do sistema político no Brasil.
 
Hoje,  no Congresso, as mulheres ocupam 9% das vagas, embora correspondam a mais da metade da população; 70% são fazendeiros e empresários, mesmo com  a maior parte da nação formada por trabalhadores e camponeses; apenas 8% são negros, ainda que 51% dos brasileiros se autodeclarem afrodescendentes; e, por fim, 3% das cadeiras são ocupadas por jovens, grupo que compõe 40% do eleitorado.
Para mudar essa realidade, porém, mais do que substituir os políticos eleitos, é necessário alterar os mecanismos que regem a política. Participe do Plebiscito, em setembro e ajude a mudar essa realidade! Para mais informações, acesse http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/

Secretário de Alckmin não apresenta plano de enfrentamento à crise de água

O secretário de Recursos Hídricos do governo Geraldo Alckmin, em entrevista a Rádio Estadão, nesta quinta-feira (24),   não apresentou uma alternativa à crise de abastecimento que atinge São Paulo, apostando apenas na chegada das chuvas para solucionar o problema.

Questionado por jornalistas, não respondeu se a Sabesp e o governo tinham um “plano B” para enfrentar a crise. Disse que apostava no fim da estação seca com a chegada do mês de agosto e o provável aumento de chuvas. Comemorou o pequeno volume de chuvas do dia que ficou entre 8 e 10 milímetros, bem distante da média histórica de 120 milímetros do mês. 

O secretário de Alckmin  também reforçou a importante colaboração dos consumidores que têm economizado água. Sobre a possibilidade de racionamento de água, mais uma vez desconversou.

O secretário disse ainda ter “confiança que com a ajuda da população vamos atravessar esse momento”. Negando a possibilidade de uma sobretarifa para aumento do consumo, concluiu: “a cada dia em que a gente acorda, estamos mais próximo do dia que vai começar a chover”.

Brasil buscará apoio do Mercosul contra os ataques de Israel

Após emitir uma nota condenando “energicamente o uso desproporcional da força” por Israel em conflito na Faixa de Gaza, o Brasil vai pedir aos cinco países componentes do Mercosul (Mercado Comum do Sul) que apoiem sua posição. Compõem o Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

O tema será debatido na 46ª Cúpula do Bloco, marcada para a próxima terça-feira (29), em Caracas, Venezuela. O Governo Dilma manifestou-se contra o massacre iniciado há 18 dias por Israel à Faixa de Gaza, que já matou mais de 800 pessoas e deixou mais de 5.200 feridos. Os mortos são em sua maioria  mulheres e crianças.

Entenda o caso

O conflito histórico entre a Palestina e Israel pela disputa das terras da Faixa de Gaza teve nova escalada de violência desde junho deste ano, quando três jovens judeus foram sequestrados e mortos na Cisjordânia. O grupo Hamas (considerado o mais violento grupo de resistência à Israel) não assumiu a autoria do crime, mas dias depois um jovem palestino foi morto por extremistas judeus.

Depois desses episódios, em 8 de julho, forças israelenses e o Hamas passaram a se atacar incessantemente por meio de bombardeios e foguetes. Dia 17 de julho, Israel promoveu uma operação terrestre que multiplicou o número de mortos. O Hamas jurou vingança e essa já é considerada a batalha mais sangrenta entre os dois povos nos últimos anos. A ONU e diversas nações estão empenhas em encontrar uma solução para o conflito e conseguir um cessar fogo de ambos os lados.

Novas denúncias contra Aécio e os aeroportos de sua família

Uma nova denúncia contra o candidato tucano Aécio Neves mostra que sua família tem pelo menos duas pistas de pouso construídas com recursos do Governo de Minas Gerais, quando o candidato à presidência era governador do Estado.

No município de Cláudio, onde a família de Aécio possui uma fazenda,  foi construído um aeroporto de R$ 14 milhões em seu último ano de mandato. Pelas novas denúncias, o terreno utilizado para a obra pertencia ao ex-prefeito Múcio Tolentino, irmão de Risoleta Neves.

Na década de 1980, o então prefeito Múcio utilizou o mesmo terreno para construir uma pista de pouso de terra batida, em uma parceria com o então governador, seu cunhado, Tancredo Neves. Para realizar a obra, a prefeitura comandada por Múcio deveria desapropriar o terreno, mas não o fez. O aeroporto que custou R$ 497,5 (em valores atuais) ao erário foi utilizado pela família Tolentino-Neves por 25 anos, o que para o Ministério Público foi apropriação de bem público.

Em 2008, quando Aécio decidiu fazer o aeroporto, declarou à Justiça urgência e conseguiu a liberação do terreno, pagando à seu tio-avô R$ 1 milhão de indenização. Para ter direito à esse pagamento, a Justiça determinou que a ação de improbidade em que é réu tenha um desfecho. O tio-avô pede ainda R$ 9 milhões ao Estado pela desapropriação do terreno do aeroporto.

O município de Montezuma onde a família de Aécio possui propriedades teve uma pista de pouso reformada quando Aécio era governador. A pista de pouso na cidade onde o pai de Aécio tem uma agropecuária custou R$ 309 mil aos cofres públicos.