Copa do Mundo: menos de um mês para a festa começar


A Copa do Mundo deve movimentar cerca de R$ 64,5 bilhões a mais no PIB brasileiro neste ano de 2014. Mesmo com os principais investimentos concentrados nas cidades sede dos jogos, não se pode desconsiderar os reflexos positivos em todo o país. 


No Distrito Federal , os investimentos passam a casa dos R$ 9 bilhões. O governador do Distrito Federal,  Agnelo Queiroz, em reunião de balanço sobre as obras da  Copa do Mundo, a 30 dias da abertura do mundial, afirmou que o Estádio Mané Garrincha está pronto,mas reconheceu que ainda faltam ajustes.


O clima da Copa  já  está tomando conta do Brasil. Grandes indústrias investem em anúncios publicitários alusivos ao  mundial. O varejo faz promoções de televisões e o  comércio popular  reforça o estoque de adereços e objetos com as cores do Brasil, O setor hoteleiro também está otimista com a expectativa de receber 600 mil turistas nos próximos dias. 


Em São Paulo, a Arena Corinthians, conhecida como  Itaquerão, recebe os últimos retoques. No último dia 8 de maio, a presidenta Dilma Rousseff fez uma visita ao estádio que fica na zona leste de São Paulo e  recebe a abertura do mundial, no dia 12 de junho, com o jogo entre Brasil e Croácia.

Emprego formal e valorização do salário reduzem desigualdade

A formalização do mercado de trabalho e o aumento do salário dos trabalhadores são os fatores que mais contribuíram para redução da desigualdade social, entre 2002 e 2012, segundo dados apresentados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

O trabalho foi responsável por 54,9% da diminuição da desigualdade no período, enquanto o programa Bolsa Família, o pagamento da Previdência acima do piso e a aposentadoria com base no salário mínimo colaboraram com 12,2%, 11,4% e 9,4%, respectivamente.

Já a valorização do salário, de acordo com analistas, aumenta a renda dos trabalhadores assalariados – detentores de uma renda intermediária –, complementando, assim, os êxitos alcançados através de programas de transferência de renda, direcionados à parcela mais carente da população.

Dengue registra crescimento mensal acima de 60% em São Paulo

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos de dengue cresceu 61,92% no estado, apenas no mês de abril – totalizando 54.423 registros ao longo do ano. Os registros da doença se concentram em oito municípios: Americana, Campinas, São Paulo, Jaú, Taubaté, Votuporanga, Santa Bárbara d’Oeste e Osasco.

A situação mais crítica encontra-se em Campinas, com 18.484 ocorrências, recorde histórico na cidade. Já o maior número de mortes, até o momento, foi apontado em Jaú, com sete óbitos. Na capital, quatro pessoas faleceram em decorrência da dengue, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde. Os bairros mais afetados são Jaguaré e Tremembé, com 733 e 323 pessoas contaminadas, respectivamente, desde janeiro.

São Paulo pode ficar sem água durante a Copa

Com apenas 8% de sua capacidade, o nível do Sistema Cantareira que abastece o município de São Paulo chegou a mais baixa marca de toda a sua história no último dia 11 de maio.

Segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Nos últimos sete dias, o reservatório perdeu 1,2 pontos percentuais de sua capacidade. O sistema está ameaçado de secar durante a realização da Copa do Mundo, que receberá os jogos das oitavas de final no estádio Arena Corinthians (Itaquerão).

A saída encontrada pela Sabesp é a utilização do volume morto, um reservatório que abriga 400 milhões de metros cúbicos de água e que nunca foi usado. A Cetesb  tinha prazo para entregar um relatório de utilização do volume morto  até o dia  8 de maio.

Seminário – Acontece amanhã, dia 13 de maio, na Assembléia Legislativa (no auditório Paulo Kobayashi, às 14hs) o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, ao Meio Ambiente e à Energia”. Promovido pela CUT, movimentos sociais e pela bancada do PT na Assembleia, o objetivo é discutir os reflexos da falta de água para a população e também para a economia do país. O risco de desabastecimento ameaça cerca de 14 milhões de pessoas no estado mais rico do Brasil.

Crise da água em São Paulo é tema de seminário no dia 13, na Alesp

 

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), movimentos sociais e a bancada do PT na Assembleia Legislativa (Alesp) realizarão no dia 13 de maio (terça), na capital, o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”, em evento das 14h às 17h no auditório Paulo Kobaiashi, na Av. Pedro Álvares Cabral nº 2001. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail juliana@cutsp.org.br
 
O objetivo é discutir os reflexos da falta de água para o conjunto da população e também sobre como a crise afeta o emprego e a economia, uma vez que a água é insumo vital para muitas empresas. O risco de desabastecimento ameaça cerca de 14 milhões de pessoas no estado mais rico do Brasil.
A mesa, coordenada pelo deputado João Paulo Rillo (PT), terá como expositores o ex-prefeito de Diadema, Mario Reali; o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima; o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski e o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Eduardo Cardoso. 
 
A forte estiagem permanece e a situação se agrava a cada dia não só pela falta de chuvas, mas pelas quase duas décadas nas quais a gestão estadual do PSDB não investiu em obras, nem em planejamento ou planos de contingência para aproveitamento dos recursos hídricos.
 
“A CUT São Paulo defende outro modelo de gestão estadual por conta irresponsabilidade do governo Geraldo Alckmin com os serviços públicos, não só em relação à água. A classe trabalhadora vem sentindo na pele os problemas causados pela falta de investimento no transporte público. Falta prioridade em diversas políticas públicas”, aponta o presidente da CUT-SP. 
Saiba mais – Falta de investimento do PSDB gerou a crise da água em São Paulo, afirma especialista
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume do Sistema Cantareira chegou hoje a 9,6% e o governador Geraldo Alckmin continua descartando o racionamento. Entretanto, o tucano insiste em aplicar multa de 30% àqueles que ultrapassarem o limite de consumo, com cálculo a partir de uma média mensal realizada em 2013. A intenção é iniciar a cobrança já a partir de junho.
 
A proposta está em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE) e, partir de do parecer da entidade, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) decidirá sem a medida entrará ou não em vigor.
 
“A multa não resolve porque atinge a população de menor poder aquisitivo”, critica o presidente estadual da Central, que também alerta para o comprometimento do meio ambiente e da qualidade de vida da população.
 
Além de deixar os cidadãos e cidadãs sob o risco de desabastecimento e de punir os consumidores com multa, outro anúncio do governo estadual do PSDB é para início do uso do volume morto de água, aquele abaixo do nível da captação das comportas, que passará a ser bombeado no próximo dia 15. A Sabesp prevê usar 200 bilhões de litros dos 400 bilhões da reserva estratégica.
 
“Usar o volume morto de água é raspar o fundo do tacho. Quando o tacho não tiver mais fundo, o governo estadual vai raspar o quê?”, questiona o dirigente.
 
SERVIÇO
Seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”
Dia/hora: 13 de maio de 2014, das 14h às 17h
Local: Assembleia Legislativa de São Paulo – Auditório Paulo Kobaiashi
Av. Pedro Álvares Cabral nº 2001 – São Paulo – SP
Inscrições: juliana@cutsp.org.br
Informações: (11) 2108-9242 com Juliana Cambuy

São Paulo pede água!

Desde 2004, o governo estadual sabia da urgência em ampliar a disponibilidade hídrica da Sabesp, para além dos atuais reservatórios do Sistema. Nos últimos dez anos, os velhos problemas só se agravaram

 
O Sistema Cantareira da Sabesp, que abastece 47% da Região Metropolitana de São Paulo, dá provas de um colapso há pelo menos dez anos. Desde 2004, o governo estadual sabia da urgência em ampliar a disponibilidade hídrica da Sabesp, para além dos atuais reservatórios do Sistema. Nos últimos dez anos, os velhos problemas só se agravaram, e ameaçam agora levar à exaustão o fornecimento de um dos bens mais essenciais à vida humana: a água.
 
Em 2004, como vereador de São Paulo, tive a oportunidade de presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar “serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário” prestados pela Sabesp, empresa já então controlada pelo governo do PSDB. As preocupações se voltavam, desde aquela época, à péssima qualidade dos serviços oferecidos e à ameaça de corte de fornecimento que pairava sobre as cidades abastecidas pelo Sistema.
 
Diante da inércia da Sabesp em atender as recomendações para ampliar sua capacidade de distribuição e reduzir desperdícios, como os frequentes vazamentos nas tubulações, a questão do abastecimento de água e do esgotamento sanitário continuou encabeçando a lista de preocupações da população de muitas cidades do estado. Por isso, em 2010, promovi na Câmara Municipal de São Paulo o seminário “Universalização do Saneamento no Brasil”, que reuniu gestores e entidades especializadas em torno da proposta de mobilizar a opinião pública e buscar soluções para a manutenção e garantia, para todos, do acesso à água e ao esgotamento sanitário.
 
Mas estamos a léguas de distância, em São Paulo, da universalização que queremos. Uma pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada na quarta-feira (7), na Folha de S. Paulo, associa os maiores índices de falta de água à população mais pobre do estado. De acordo com o estudo, 25% das pessoas que ganham até um salário mínimo por mês sofreram interrupção no abastecimento, em casa ou no trabalho, nos últimos três meses. Já entre a população que recebe dez salários ou mais, esse número cai para 12%.
 
A pesquisa revela, ainda, que 41% dos entrevistados credita à gestão Geraldo Alckmin (PSDB) a responsabilidade pela falta de água, enquanto outros 29% mencionam a Sabesp como responsável. O Governo Federal (9%) e a falta de chuvas (7%) foram os menos citados.
 
No momento em que concluo este artigo, o nível do reservatório do Sistema Cantareira registra, segundo relatório da própria Sabesp, 9,6% de sua capacidade total.
 
Francisco Chagas, é diretor licenciado do Sindicato dos Químicos e Deputado Federal (PT)
 

7 de maio: Dia de Mobilização Nacional da CUT

A CUT realizará ações em todo o Brasil nesta quarta-feira, dia 7 de maio, em defesa do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.  “É um processo que tem que ser construído coletivamente, para que possamos conquistar essa nossa reivindicação com ampla mobilização e pressão popular”, avaliou Sergio Nobre, secretário-geral Nacional da CUT.

Serão realizados atos em todas as capitais do País, em conjunto com os movimentos sociais e também uma grande manifestação em Brasília.

 

LGBTT reúne milhares contra a homofobia

Na abertura da 18ª Parada do Orgulho LGBTT de São Paulo, no último domingo, dia 4, os manifestantes cobraram das autoridades a aprovação de leis contra a homofobia e a favor dos direitos transexuais.   Como acontece todos os anos, nosso Sindicato participou da manifestação com um grupo de trabalhadores. Acompanhe os detalhes na galeria de fotos.   

Trabalhador discute saúde em conferência

A 4ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador acontece nos próximos dias 8,9 e 10 de maio, em São Pedro,  à 180 Km de São Paulo. O tema central da Conferência será: Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, direito de todos e todas e dever do Estado.

 

 

Trabalho excessivo e precário é herança neoliberal de FHC, diz estudo da Unicamp

Apesar de a Constituição de 1988 trazer dispositivos para regulação do tempo de trabalho, na prática isso não acontece. Os brasileiros estão cada vez mais atrelados ao trabalho, fazem muitas horas extras e ainda levam tarefas para fazer em casa. Para complicar, a tendência é que essa prática se estenda a um número cada vez maior de profissionais, de diversas categorias, uma vez que o empresariado, em suas relações com os sindicatos, dão sinais claros de se esforçarem para criar mecanismos que transformem em hora de trabalho até mesmo momentos em que o trabalhador está em casa com a família.

 
De acordo com uma pesquisa do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas divulgada esta semana, as longas jornadas e o trabalho precário têm origem na política neoliberal adotada nos anos 1990, marcados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A estabilidade do período de Luis Inácio Lula da Silva, que reduziu o desemprego e permitiu aos sindicatos lutarem pela redução da jornada, porém, foi insuficiente para atenuar as condições de trabalho dos brasileiros.
 
Para chegar a tais conclusões, o economista Eduardo Martins Ráo, autor da pesquisa, analisou microdados do período entre 1992 e 2009 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
 
Segundo ele, entre 1992 a 1998, houve no Brasil o alongamento da jornada em todos os setores, ramos de atividade e ocupações. Enquanto a Alemanha, Austrália, Bélgica e Canadá tinham jornada abaixo de 1.800 horas por ano – aqui já superava  2.000 horas. Nos anos 1990, além de ampliada, começou a se flexibilizar. Era o surgimento de uma nova jornada.
 
De 1995 em diante, época de desemprego alto, a jornada continuou ampliada por mecanismos como o just in time, a polivalência, os trabalhos em grupo, as metas de produção atreladas a PLR, o banco de horas, o trabalho a tempo parcial e aos domingos e feriados, a terceirização, a recomposição das escalas e turnos de revezamento, os sistemas de controle de qualidade e outros mecanismos mais sofisticados de controle do ritmo de trabalho.
 
Frente a altas taxas de desemprego, as centrais sindicais não conseguiam colocar em pauta a questão da redução da jornada na mesa de negociação  porque era preciso manter os postos de trabalho.
 
De 1999 a 2003, quando o desempenho da economia era baixo, 39,6% da população economicamente ativa declarou cumprir horas excepcionais. Com maior ajuste fiscal, o governo passou a fiscalizar mais e com isso houve aumento da formalização. A jornada se mantinha então dentro das normas legais.
 
A jornada começou a ser reduzida entre 2004 a 2009, com redução das horas extras de 38% para 31,8%, tornando-se mais padronizada, permanecendo assim dentro das normas constitucionais [44 horas semanais]. Para o pesquisador, a retomada do crescimento econômico criou mais empregos formais e aumentou da formalização das relações de trabalho. Ele constatou que alguns setores passaram a trabalhar menos, como os autônomos.
 
Apesar da redução, as empresas não perderam tempo e logo ampliaram mecanismos de flexibilização para manter seus empregados cada vez mais conectados ao trabalho, como metas a serem cumpridas ou de tarefas a serem feitas em casa. Os empresários trabalham agora para legalizar essas práticas para controlar o tempo do trabalhador.
 
Mesmo assim, a conjuntura atual levou à retomada da discussão, pelos trabalhadores, da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com a consequente manutenção dos salários.
 
Em 2003, as centrais sindicais fizeram uma campanha nesse sentido, que chegou a ser transformada em projeto de lei, mas que não foi votado pelo Congresso. Ainda segundo o pesquisador, contribuem para uma discussão mais qualificada em torno da redução tanto da jornada quanto do tempo de trabalho.
 
Além disso, com boa parte da população economicamente ativa está estudando mais, é possível pensar em um mecanismo que estenda o período de formação dos jovens, que passariam a ingressar no mercado de trabalho um pouco mais tarde, entre 25 e 27 anos.
 
É possível também, conforme o economista, é possível pensar num modelo que retire as pessoas mais cedo do mercado de trabalho, embora essa medida seja um pouco mais complicada, em razão do impacto que causaria na Previdência Social. Entretanto, de acordo com o pesquisador, não se pode deixar de considerar que, em 20 anos, o país terá um número elevado de idosos. A questão é: melhor um grande número de idosos pobres trabalhando ou uma população idosa em uma posição mais confortável em termos de rendimento, que não trabalhe?
 
O economista reconhece que tal pensamento vai na contramão de um movimento em curso para ampliar o tempo de trabalho com vistas à aposentadoria. Há propostas, inclusive, de igualar o tempo de serviço das mulheres ao dos homens.  No Brasil, o indivíduo tem que trabalhar até os 65 anos de idade ou contribuir por 35 anos para poder se aposentar, o que é inviável num mercado de trabalho marcado pela alta rotatividade.
 
Ele defende que a questão da jornada e do tempo de trabalho seja atrelada à qualidade de vida, já que inúmeras pesquisas vêm demonstrando o crescimento das chamadas doenças ocupacionais. Ou seja, as condições e o ritmo do trabalho têm influenciado cada vez mais na saúde do trabalhador. Tais preocupações, presentes dentro dos sindicatos, devem ser expandidas para o conjunto da sociedade – o que não é fácil.