Prefeitura divulga regras do Bilhete Único Mensal

Foram anunciadas ontem (21), pelo prefeito de São Paulo Fernando Haddad, as regras do Bilhete Único Mensal, que entra em vigor no dia 30 de novembro. O bilhete era uma promessa de governo do prefeito e vai beneficiar mais de 800 mil passageiros.

O  bilhete poderá ser integrado ao trem e ao metrô, permitindo ao  usuário fazer quantas viagens quiser durante 31 dias, pagando o valor fixo de R$ 230. Se o passageiro usar somente ônibus, a tarifa mensal fica R$ 140. O mesmo preço é pago para aqueles que optarem apenas por utilizar metrô e trem.

Aqueles que pretendem usar o serviço, devem se cadastrar no site (http://bilheteunico.sptrans.com.br/cadastro/). Estudantes também poderão se cadastrar e pagarão metade da tarifa, mas só poderão começar a utilizar o benefício em fevereiro de 2014.

Termo Aditivo a Convenção Coletiva De Trabalho 2013/2014

Termo Aditivo a Convenção Coletiva De Trabalho 2013/2014

 

SINDICATO TRAB. IND. QUIM. FARM. PLAST. SIMILARES DE SÃO PAULO, CNPJ n. 00.151.610/0001-96, neste ato representado (a) por seus Membros de Diretoria Colegiada, Srs(as). OSVALDO DA SILVA BEZERRA e ANTENOR EIJI NAKAMURA;

E

SINDICATO DA IND. DE PRODUTOS QUIMICOS PARA FINS INDUSTRIAIS E DA PETROQ E S P, CNPJ n. 62.652.318/0001-04, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). ENIO SPERLING JAQUES;

SINDICATO DA INDUSTRIA DE TINTAS E VERNIZES NO EST S P, CNPJ n. 62.649.637/0001-60, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

SINDICATO DA IND DE ADUBOS E CORRETIVOS AGRIC NO EST S PAULO, CNPJ n. 62.660.352/0001-20, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). JOSE ROBERTO SQUINELLO;

SINDICATO DA INDUSTRIA DE MATERIAL PLASTICO DO ESTADO DE S P, CNPJ n. 62.506.175/0001-22, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). JOSE ROBERTO SQUINELLO;

 

SINDICATO DA IND. DE PERFUMARIA E ARTIGOS DE TOUCADOR NO EST DE S PAULO, CNPJ n. 62.635.644/0001-03, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

SINDICATO NAC DA IND. DO RE REFINO DE OLEOS MINERAIS, CNPJ n. 48.392.054/0001-76, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

SINDICATO DA INDUSTRIA DE ABRASIVOS DOS ESTADOS DE SP, MG, RJ, ES, PR, SC E PE – SINAESP, CNPJ n. 62.300.421/0001-95, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

SINDICATO NACIONAL DA INDUSTRIA DE PRODUTOS PARA SAUDE ANIMAL – SINDAN, CNPJ n. 62.566.096/0001-07, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

SINDICATO DA IND. DE RESINAS SINTETICAS NO ESTADO DE S PAULO, CNPJ n. 62.300.439/0001-97, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

SINDICATO NACIONAL DA INDUSTRIA DE PRODUTOS PARA DEFESA VEGETAL SINDIVEG, CNPJ n. 62.267.760/0001-17, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). IVAN AMANCIO SAMPAIO;

 

SINDICATO NAC IND MATERIAS PRIMAS FERTILIZANTES SINPRIFERT, CNPJ n. 62.660.345/0001-29, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). JOSE ROBERTO SQUINELLO;

 

SINDICATO DA INDUSTRIA DE EXPLOSIVOS NO ESTADO DE SAO P, CNPJ n. 62.548.763/0001-29, neste ato representado(a) por seu Procurador, Sr(a). FLAVIO MAZZEU;

 

celebram o presente TERMO ADITIVO DE CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas nas cláusulas seguintes:

 

CLÁUSULA PRIMEIRA – VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência do presente Termo Aditivo de Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de novembro de 2013 a 31 de outubro de 2014 e a data-base da categoria em 01º de novembro.

 

CLÁUSULA SEGUNDA – ABRANGÊNCIA

O presente Termo Aditivo de Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) das indústrias representadas pelos Sindicatos Patronais signatários, não sendo reconhecida pelas partes qualquer outra forma de representação delas, e a todos os trabalhadores representados pela entidade de trabalhadores, ficando garantida a prevalência do Acordo Coletivo de Trabalho, celebrado pela empresa e os seus empregados, representados pelo Sindicato signatário na forma da Lei, com abrangência territorial em Caieiras/SP, Embu-Guaçu/SP, Embu das Artes/SP, São Paulo/SP e Taboão da Serra/SP.

 

Salários, Reajustes e Pagamento

 

Piso Salarial

 

CLÁUSULA TERCEIRA – SALÁRIO NORMATIVO

O salário normativo será de R$ 1.136,00 (um mil cento e trinta e seis reais), por mês, para empresas com até 49 (quarenta e nove) empregados e de R$ 1.160,00 (um mil cento e sessenta reais), por mês, para empresas com 50 (cinquenta) ou mais empregados, sendo, neste último caso, considerado o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2013.

Ficam, excluídas desta cláusula os menores aprendizes, face ao disposto em cláusula específica contida na presente Convenção.

 

Reajustes/Correções Salariais

 

CLÁUSULA QUARTA – AUMENTO SALARIAL

 

 

            I –         Sobre os salários de 01/11/12, será aplicado, em 01/11/13, o aumento salarial da seguinte forma:

            a)         Para os salários nominais até R$ 7.375,25 (sete mil trezentos e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), o percentual único e negociado de 7,5% (sete vírgula cinco por cento), correspondente ao período de 01/11/12, inclusive, a 31/10/13, inclusive.

            b)         Para os salários nominais superiores a R$ 7.375,25 (sete mil trezentos e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), o valor fixo de R$ 553,14 (quinhentos e cinquenta e três reais e quatorze centavos).

            II – COMPENSAÇÕES

            Serão compensados todos e quaisquer reajustamentos, antecipações, abonos e/ou aumentos, espontâneos ou compulsórios, incluídos os decorrentes da aplicação do aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho, acordos coletivos, sentenças normativas e da legislação, concedidos desde 01/11/12, inclusive, e até 31/10/13, inclusive, exceto os decorrentes de promoção, equiparação salarial, transferência, implemento de idade, mérito, término de aprendizagem e aumento real concedido expressamente com esta natureza.

            III – ADMITIDOS APÓS A DATA-BASE

            PARA OS EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS A DATA-BASE (01/11/12), em função com paradigma, será aplicado o mesmo percentual de aumento de salário, concedido ao paradigma nos termos desta cláusula, desde que não se ultrapasse o menor salário da função.

 

            Tratando-se de funções sem paradigma e para as empresas constituídas após a data-base (01/11/12), será aplicado os percentuais indicados na tabela abaixo até a parcela de R$ 7.375,25 (sete mil trezentos e setenta e cinco reais e vinte e cinco centavos), dos salários nominais, considerando-se, também, como mês de serviço, a fração superior a 15 dias, incidente sobre o salário da data de admissão, desde que não se ultrapasse o menor salário da função, após as compensações de que trata o item II desta cláusula, desde a admissão, se for o caso, de forma proporcional:

MÊS DE ADMISSÃO:

SALÁRIO ATÉ R$ 7.375,25: PERCENTUAL A SER APLICADO EM 01.11.13, SOBRE O SALÁRIO DE ADMISSÃO.

SALÁRIO ACIMA DE R$ 7.375,25: ACRÉSCIMO EM REAIS A SER APLICADO EM 01.11.13, SOBRE O SALÁRIO DE ADMISSÃO.

NOVEMBRO/12

7,50%

R$ 553,14

DEZEMBRO/12

6,85%

R$ 505,20

JANEIRO/13

6,21%

R$ 458,00

FEVEREIRO/13

5,57%

R$ 410,80

MARÇO/13

4,94%

R$ 364,34

ABRIL/13

4,31%

R$ 317,87

MAIO/13

3,68%

R$ 271,41

JUNHO/13

3,06%

R$ 225,68

JULHO/13

2,44%

R$ 179,96

AGOSTO/13

1,82%

R$ 134,23

SETEMBRO/13

1,21%

R$   89,24

OUTUBRO/13

0,60%

R$   44,25

 

 

 

Gratificações, Adicionais, Auxílios e Outros

 

Participação nos Lucros e/ou Resultados

 

 

CLÁUSULA QUINTA – PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS

 

Considerando o crescimento do índice de produtividade e qualidade do setor, comparados os mesmos períodos 2012 e 2013, fica estipulado relativamente ao ano de 2013 quanto a participação dos empregados nos lucros ou resultados das empresas (PLR), nos termos do art. 7o, XI, primeira parte, e do art. 8º, VI, da Constituição Federal, e da Lei 10.101, de 19/12/2000, que dispõem sobre este assunto, que:

Esta participação (PLR):

a)         não será devida pelas empresas que já a tenham implantado, estejam implantando ou venham a fazê-lo, nos termos da Lei 10.101, de 19/12/2000, até 31/12/2013, devendo fazer, nestes dois últimos casos, a respectiva comunicação prévia à entidade sindical representativa dos seus empregados, ficando convalidadas, portanto, estas implantações por empresas;

b)         corresponderá ao valor de R$ 850,00 (oitocentos e cinquenta reais), para empresas com até 49 (quarenta e nove) empregados, e R$ 930,00 (novecentos e trinta reais), para empresas com 50 (cinquenta) ou mais empregados, sendo, neste último caso, considerado o número de empregados existentes nas empresas a partir de 01/10/2013, a ser pago em 02 parcelas iguais à metade deste valor cada uma, sendo a primeira até 31/01/2014 e a segunda 06 meses após ou, alternativamente, a critério das empresas, numa única parcela, até 30/03/2014;

c)         deverá ser paga aos empregados com contrato vigentes entre 01/01/2013 a 31/12/2013;

d)         para os empregados afastados será paga proporcionalmente aos meses efetivamente trabalhados durante o período, à razão de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 15 dias, excluídos desta proporcionalidade os afastados por acidente do trabalho;

e)         no tocante aos empregados admitidos e demitidos durante o período de 01/01/2013 a 31/12/2013, será aplicada proporcionalmente, à razão de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 15 dias.

 

Jornada de Trabalho – Duração, Distribuição, Controle, Faltas

 

Duração e Horário

 

CLÁUSULA SEXTA – JORNADA DE TRABALHO

 

Para apuração do salário-hora, fica estabelecido o divisor de 220 (duzentos e vinte) horas mensais.

A jornada de trabalho será de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, em média, considerando-se apenas as horas efetivamente trabalhadas.

As empresas poderão adotar sistemas alternativos de controle da jornada de trabalho, entendendo-se como tais, o mecânico, magnético, manual ou ótico (Portaria 373, de 25/02/2011).

 

 

Relações Sindicais

 

Contribuições Sindicais

 

CLÁUSULA SÉTIMA – FONTE DE CUSTEIO DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

As empresas abrangidas pelo presente Termo Aditivo, recolherão às suas expensas o valor correspondente ao custeio da negociação coletiva, referente a cada empregado, iguais para associados ou não, a favor do respectivo Sindicato dos trabalhadores, a serem recolhidos nas datas, percentuais e forma abaixo indicados:

a)         recolhimento para o Sindicato representativo dos trabalhadores, signatários do presente Termo Aditivo:

3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7.375,25, ou seja, até o teto de R$ 221,26 por trabalhador representado, recolhidos até 25/12/2013 .

3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7.375,25, ou seja, até o teto de R$ 221,26 por trabalhador representado, recolhidos até 25/01/2014.

3% dos salários já reajustados, até o limite salarial de R$ 7.375,25, ou seja, até o teto de R$ 221,26 por trabalhador representado, recolhidos até 25/02/2014.

As empresas fornecerão no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data de recolhimento do presente custeio da negociação, à respectiva entidade sindical profissional, em caráter confidencial, mediante recibo, uma relação contendo os nomes e valores do referido custeio, excluídos os pertencentes às categorias profissionais diferenciadas e liberais, que exerçam opção na forma da lei, bem como cópia da guia própria e/ou ordem bancária devidamente quitada.

Se não recolhido o custeio da negociação coletiva previsto nesta cláusula, nas datas estabelecidas, a multa será de 4% (quatro por cento) do salário normativo por empregado, por mês de atraso, revertendo em benefício da parte prejudicada.

 

 

Disposições Gerais

 

Outras Disposições

 

CLÁUSULA OITAVA – RATIFICAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA 2012-2014

Ficam efetivamente ratificadas as Cláusulas não tratadas no presente Termo Aditivo e que compõem a Convenção Coletiva de Trabalho celebrada em 14.11.2012, com vigência de 2 (dois) anos, firmada no processo SRTE/SP sob o nº 46219.000640/2013-98.

Para os efeitos de aplicação das Cláusulas do presente termo aditivo, considera-se “ano”, o período compreendido entre 01.11.2013 a 31.10.2014.

 

São Paulo, 14 de novembro de 2013.

 

 

 

RAIMUNDO SOUSA SUZART LIMA

Coordenador Político

FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DO RAMO QUÍMICO DA CUT NO ESTADO DE SÃO PAULO – FETQUIM-CUT/SP

 

OSVALDO DA SILVA BEZERRA

Membro de Diretoria Colegiada

SIND. TRAB. IND. QUIM. FARM. PLAST. SIMILARES DE SÃO PAULO

 

ANTENOR EIJI NAKAMURA

Membro de Diretoria Colegiada

SIND. TRAB. IND. QUIM. FARM. PLAST. SIMILARES DE SÃO PAULO

 

ENIO SPERLING JAQUES

Procurador

SINDICATO DA IND. PRODS. QUIMICOS P FINS INDUSTRIAIS E DA PETROQ E S P

 

 

FLAVIO MAZZEU

Procurador

SINDICATO DA INDUSTRIA DE TINTAS E VERNIZES NO EST S P

SINDICATO DA IND DE PERFUMARIA E ART DE TOUCADOR NO EST DE S PAULO

SINDICATO NAC DA IND DO RE REFINO DE OLEOS MINERAIS

SINDICATO DA INDUSTRIA DE ABRASIVOS DOS ESTADOS DE SP, MG, RJ, ES, PR, SC E PE – SINAESP

SINDICATO NACIONAL DA INDUSTRIA DE PRODUTOS PARA SAUDE ANIMAL – SINDAN

SINDICATO DA IND DE RESINAS SINTETICAS NO ESTADO DE S PAULO

SINDICATO DA INDUSTRIA DE EXPLOSIVOS NO ESTADO DE SAO PAULO

 

 

JOSE ROBERTO SQUINELLO

Procurador

SINDICATO DA INDUSTRIA DE MATERIAL PLASTICO DO ESTADO DE S P

SINDICATO NAC IND MATERIAS PRIMAS FERTILIZANTES SINPRIFERT

SINDICATO DA IND DE ADUBOS E CORRETIVOS AGRIC NO EST S PAULO

 

 

 

IVAN AMANCIO SAMPAIO

Procurador

SINDICATO NACIONAL DA INDUSTRIA DE PRODUTOS PARA DEFESA VEGETAL SINDIVEG

É possível reduzir o preço dos medicamentos

Leia o artigo do deputado federal e dirigente do Sindicato Francisco Chagas:

Apresentei recentemente à Câmara Federal a PEC 301 – Medicamentos Mais Baratos, que retira os impostos dos medicamentos de uso humano, bem como sobre os insumos utilizados na produção, exportação e comercialização, desde que produzidos no Brasil ou sem similar nacional.

Hoje a carga tributária dos medicamentos é de cerca de 33,9%, ou seja, um terço do valor do produto.

Retirando os impostos de toda a cadeia produtiva haverá redução significativa do preço final. Isso é possível porque existe a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que estabelece o preço máximo dos medicamentos, cuja lista é pública e consta no site da ANVISA.

Em função dessa alta carga tributária, o usuário de medicamentos no Brasil além de não ter, em muitos casos, acesso ao medicamento, gasta mais que o usuário de outros países. Na Colômbia, México, Venezuela, Suécia, Canadá, EUA e Reino Unido o imposto é zero.

O governo brasileiro já vem promovendo uma desoneração tributária, pois reconhece a necessidade de reduzir impostos de vários setores estratégicos, como: automóveis; produtos da linha branca; materiais para construção; alimentos da cesta básica; “tablets”; energia elétrica. Chegou a hora de desonerar os medicamentos de uso humano, que são fundamentais para a economia e geração de empregos, e essenciais para a saúde. As vozes das ruas e todas as pesquisas de opinião indicam que a saúde é a principal preocupação dos brasileiros.

O setor farmacêutico movimenta mais de 50 bilhões de reais, emprega direta ou indiretamente mais de 600 mil trabalhadores. Essa proposta de Emenda Constitucional fortalecerá a produção e comercialização no Brasil, atraindo investimentos, ampliando vigorosamente os empregos neste setor e em toda a sua cadeia produtiva.

A PEC 301 também colocaria fim à guerra fiscal entre os Estados, que cobram hoje ICMS diferenciados. O estado de São Paulo tem um dos mais altos ICMS, 19%.

Quando se fala em redução de impostos a pergunta é: quanto o governo deixará de arrecadar? É importante lembrar que hoje o maior comprador de medicamentos é o próprio governo, ou seja, ele paga impostos para ele mesmo. Além disso temos que pensar a médio e a longo prazo, pois uma população com acesso aos medicamentos é uma população com mais saúde, menos internações e sequelas, e consequentemente trará menos gastos para o SUS.

A PEC 301/2013 já foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara do Deputados, segue agora para uma Comissão Especial, que será criada pelo Presidente da Câmara, onde será analisado o mérito, e em seguida será remetida ao Plenário da Câmara para votação. 

Dia 20 de novembro é feriado em São Paulo

O dia 20 de novembro é feriado em São Paulo e em alguns outros municípios, como o caso de Embu. Portanto, os trabalhadores dessas duas cidades têm o direito de folgar nesse dia e, caso os patrões queiram impor jornada normal, o fato deve ser denunciado ao Sindicato. Nas cidades de Embu-Guaçu, Caieiras e Taboão da Serra não é feriado.

O dia 20 de novembro foi escolhido como o Dia da Consciência Negra, e o feriado foi instituído no município de São Paulo em 2003, por ser a data da morte de Zumbi dos Palmares. Zumbi morreu em 1695 e representa a luta dos negros contra a escravidão, abolida somente em 1888. “A criação dessa data foi um importante marco na história do movimento negro e tem o objetivo de ampliar a discussão sobre a desigualdade e o preconceito que ainda persistem, além de valorizar a importância dos negros na formação cultural do país”, avalia Deusdete José das Virgens, o Dedé, secretário de Imprensa do Sindicato.

Dados do último Censo do IBGE mostram que 30% da categoria é negra. O setor de transformados plásticos tem a maior participação de trabalhadores negros (46%), seguido do setor químico (29%) e do farmacêutico (20%). 

Estudo mostra que negros ainda têm salários menores

O estudo “Os negros e o trabalho” divulgado no último dia 13 pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos ) mostra que, em média, os negros recebem 68,89% do salário de um não negro.

A pesquisa também aponta que o nível de escolaridade dos negros ainda é menor.  Entre 2011 e 2012, 27,3% dos negros empregados não tinham concluído o ensino fundamental e 11,8% tinham diploma de ensino superior. Entre os não negros, o percentual é de 17,8% e 23,4% respectivamente.

Movimentos sociais lançam plebiscito por reforma política e apontam que Congresso não reflete sociedade

No dia da Proclamação da República, a CUT e outras cerca de 100 entidades dos movimentos sociais, lançaram no auditório da Universidade Católica de Brasília um plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político.

Para as organizações, ao contrário do que ocorreu em 15 de novembro de 1889, é preciso construir uma estrutura política com base na ampliação da participação da sociedade. E isso não acontecerá se o processo ficar nas mãos do Congresso Nacional.

“O plebiscito popular luta por um sistema que efetivamente nos represente. Esse Congresso, branco, masculino e ligado aos empresários, não é o reflexo da população brasileira”, disse o secretário da Juventude da CUT, Alfredo Santos Júnior, que falou em nome da Central.

Alfredo lembrou que no último CONCUT (Congresso Nacional da CUT), em 2012, os trabalhadores cutistas haviam tirado como um dos pontos de pauta a pressão para convocação de uma Constituinte exclusiva. Para a Central, as transformações estruturais capazes de alterar a correlação de forças na sociedade não acompanharam os avanços sociais da última década.

O que significa constituinte exclusiva e soberana – Em junho deste ano, como resposta às manifestações que tomaram o país, a presidenta Dilma Rousseff propôs a convocação de uma constituinte exclusivamente para debater a reforma política. A ideia, porém, não avançou. Diante disso, os movimentos sociais se articularam e resolveram, no mês seguinte, retomar a proposta.

Do ponto de vista prático, ocorreriam eleições diretas para que a população pudesse eleger representantes e formar uma assembleia para discutir a mudança do sistema político. Nesse processo, as campanhas dos candidatos já iniciariam com financiamento público e voto em lista, que também consideraria e paridade entre gêneros – mesmo número de homens e mulheres em cada chapa.

A constituinte, então, seria soberana e tomaria decisões que não dependeriam do aval do Congresso para avançar. “Não adianta nada você tirar uma série de propostas e mandar para a Câmara e o Senado, que barraram as outras. Se for assim, teremos arremedos como essa minirreforma recente, que preserva o financiamento privado e permite que os candidatos continuem sendo eleitos com o patrocínio de grandes empresas e, claro, tenham o rabo preso com elas”, afirmou o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra.

Para os movimentos sociais, a reforma do sistema político deve atuar em duas frentes: no aperfeiçoamento da democracia representativa, com a reforma do sistema eleitoral, e também no fortalecimento da democracia direta, incentivando mecanismos como a realização de referendos e plebiscitos. Para isso, precisa ser autônoma em relação aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

O plebiscito nas ruas – Até setembro do ano que vem, ocorrerão cursos de formação de formadores, em âmbito local, que incentivarão tanto a formação de comitês para discutir o tema, quanto a divulgação da campanha. O plebiscito, em si, ocorrerá entre os 1º e 7 de setembro de 2014 e trará uma única pergunta à população: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”.


Para auxiliar no diálogo com a sociedade, a militância também contará com uma cartilha elaborada pelas entidades, dentre as quais a CUT, que compõem a Plenária dos Movimentos Sociais. Clique aqui para baixar.

Paridade – O encontro na capital federal começou com a batucada da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), que estive presente em grande número para cobrar igualdade nos espaços de poder, a começar pelo próprio processo de construção do plebiscito, como disse a representante da Marcha Mundial de Mulheres, Adriana Vieira.

“Esse é o momento de construir um Brasil onde caibam todos e todas. Para nós da Marcha Mundial de Mulheres, será um projeto intenso de educação e formação política, que se dá no cotidiano das lutas.”

Para a representante da Associação de Mulheres Brasileiras, Silvia Camurça, falar da reforma do sistema político é discutir como ela exerce o poder. Da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, Guacira Oliveira, ressaltou que não interessa a inclusão dessa proposta no sistema como este está e alertou para a necessidade de como as forças conservadoras atuam para manipular por meio da velha mídia. “Precisamos também discutir outros pontos como a transparência do poder Judiciário e a democratização da comunicação, pois a mídia atual está nas mãos de meia dúzia de famílias”, citou.

Juventude e unidade – Vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mitã Chalfun, defendeu a importância de os movimentos sociais dialogarem com a juventude, ao passo que o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, ressaltou que o plebiscito cumprirá o papel de fazer a crítica ao atual modelo de Estado.

“É uma democracia representativa na qual não nos sentimos representados e que não consegue envolver o povo brasileiro, em especial a classe trabalhadora. Mas também será importante para ajudar a unificar os movimentos sociais do campo e da cidade.”

Para o representante da Consulta Popular, Mario Neto, a crítica citada por João Paulo deve considerar a formação de um sociedade sem participação das massas. “Devemos retomar a discussão do projeto político que abandonamos.”.

O projeto deve ter também um recorte étnico-racial, destacou a representante da Pastoral Afro, Vera Lopes. “Falamos de Proclamação da República? Que república? Falamos de abolição? Que abolição? Não dá mais para discutir problemas sociais sem discutir qual grupo está mais excluído e sofrendo abaixo da linha da pobreza.”
 

PT E PSOL aderiram – No encerramento, representantes do PT e do PSOL assumiram o compromisso de apoiar o plebiscito.


Misa Boito lembrou que as manifestações de junho deixaram claro a insatisfação do país, especialmente dos jovens com as instituições, e aproveitou para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Precisamos de mudanças em setores como o STF, que foi conivente com a ditadura, protege torturadores e manda para a cadeia pessoas sem crimes comprovados.”

Parlamentares também do PT, os deputados federais Renato Simões (SP), Erika Kokay (DF) e Padre Ton (RO) defenderam que somente as mobilizações nas ruas serão capazes de fazer a reforma que o Congresso rejeita. Ainda, apontaram como o sistema político afeta a democracia.

Kokay lembrou que 75% dos parlamentares que compõem a comissão responsável por discutir as mudanças do Código da Mineração foram financiados com recursos privados e, ainda, ressaltou que as mulheres, apesar de maioria na sociedade, são minoria entre parlamentares – 9% na Câmara e 12% no Senado. “Temos representatividade menor do que a de parlamentos onde mulheres usam burca.”.

Para o deputado federal do PSOL, Chico Alencar, o Brasil precisa proclamar a República de novo para que haja, de fato, uma democracia real. “Dos 513 deputados, 400 foram financiados por grandes empresas e somente 1% por pessoa física. Por isso, temos as bancadas dos banqueiros e do agronegócio, dos empreiteiros e a evangélica, da bala e da bola, ou seja, de tudo que significa poder”, concluiu.

Se ainda restam dúvidas, afirmaram alguns dos participantes, basta observar um dos dados que constam na cartilha: empresários têm três vezes mais representantes que sindicalistas no Congresso: 273 contra 91
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Marco Civil na pauta dos deputados: entenda o projeto

Ainda com alguns impasses em seu texto, a Câmara dos Deputados pretende votar ainda nesta terça-feira (19) o Marco Civil da Internet, que pode mudar a forma como as pessoas utilizam e pagam pelos serviços de conexão.

O assunto gerou uma série de dúvidas, principalmente em relação aos conceitos de neutralidade e universalidade. A CUT preparou este texto, que explica os principais pontos do Marco Civil.

O que é o Marco Civil da internet?
É um marco regulatório que visa definir e consolidar direitos, deveres e princípios para o uso e o desenvolvimento da internet no Brasil, de forma livre e aberta, e as regras de proteção aos usuários. Define tambémas diretrizes para a atuação dos Poderes Públicos ma regulação do uso da internet no Brasil.

Qual é o seu objetivo principal?
A universalização do direito de acesso à internet, como uma mídia livre e democrática, e a promoção da inovação na área.

Por que o Marco Civil da Internet é importante?
O Marco traz princípios fundamentais para garantir que a internet não seja apropriada por interesses comerciais e que não sirva de instrumento para a discriminação social, o cerceamento da livre manifestação do pensamento e para o desrespeito à garantia da privacidade. O Marcoassegura a preservação dos princípios da internet livre e aberta, protege os direitos daqueles que utilizam a rede e assegura os instrumentos necessários para que prestadores de serviços de telecomunicação realizem o gerenciamento de seus serviços e redes preservando o princípio da neutralidade (leia mais abaixo) de rede.

Como surgiu a proposta da lei do Marco Civil da Internet?
O texto é inspirado na resolução de 2009 do Comitê Gestor da Internet no Brasil “Os princípios para a governança e uso da Internet”. Com base neste documento, o Ministério da Justiça em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro lançou a proposta também em 2009.

Como e quando o Marco vai ser implementado?
O Marco Civil da Internet foi proposto pelo Executivo, em agosto de 2011, por meio do Projeto de Lei 2116, que tramita em regime de urgência constitucional, na Câmara dos Deputados. A última versão do texto, relatado pelo deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) – foi divulgada em 6 de novembro deste ano. O PL aguarda votação, mas enfrenta oposição de empresas de telecomunicação. Depois de votado pela Câmara, o projeto irá para o Senado.

Há quanto tempo o projeto tramita na Câmara?
O PL está no Legislativo há um ano e quatro meses. Durante esse período, o texto incorporou outros 37 projetos de lei similares e já foi retirado da pauta quatro vezes, em consequência de manobras de parlamentares contrário ao Marco Civil.

A proposta do Marco Civil foi debatida/tem o apoio da sociedade?
O texto foi debatido com representantes da sociedade por meio da Comissão Especial (instalada pela Câmara para discutir a proposta), de audiências e duas consultas públicas. Os movimentos sociais, que participaram da construção colaborativa da primeira versão encaminhada pelo Executivo à Câmara, apoiam amplamente a nova versão do texto apresentada está semana. ­ Esse debate foi iniciado em 2009

Então, por que o PL não foi votado e aprovado até agora?
Os grupos econômicos veem na internet uma fonte inesgotável de lucros.
As empresas de telecomunicação têm se mobilizado para impedir a aprovação do projeto, respaldada na ação de parlamentares conservadores e representativos do poder econômico, que dominam o Congresso Nacional.  Em 20 de novembro de 2012, quando o projeto foi retirado pela quarta vez, o voto foi acolhido pela maioria dos partidos, menos do PT, PSOL e PC do B.

Por que as teles são contra o projeto do Marco Civil?
Elas querem discriminar o tráfego de pacotes de dados na internet, de acordo com o valor pago pelos consumidores e, ao contrário do que estabelece o projeto, querem ter o direito de guardar e usar as informações privadas daqueles que usam suas redes. Muitas delas vendem pacotes de tráfego de dados que permitem o acesso somente a sites e serviços específicos, como email e redes sociais, bloqueando o acesso a páginas em geral. Com o projeto, isso não seria mais permitido.

 Qual é a posição da CUT sobre o Marco?
A CUT nacional, em conjunto com movimentos sociais, apoia a aprovação do projeto na íntegra, com destaque para a neutralidade de rede e a liberdade de expressão. A Central Única dos Trabalhadores encaminhou aos deputados federais, em 29 de outubro deste ano, mensagem na qual pede a aprovação do Marco Civil da Internet (PL 2126/2011). No documento, a CUT afirma que a aprovação do marco “elevará o Brasil a um patamar de protagonismo mundial em relação ao tema, tornando-o referência no âmbito das leis democráticas de interesse do conjunto da sociedade brasileira”.

Como o Marco vai proteger o usuário/internauta?
Marco Civil da Internet prevê a garantia da privacidade e a proteção dos dados pessoais em cinco artigos, entre eles, o que garante a neutralidade da rede, que tem causado mais polêmica e oposição.

Mas o que significa neutralidade da rede?
É a garantia de que todos os conteúdos e usuários sejam tratados da mesma maneira. Como exemplo prático, as operadoras de telecomunicações, que são provedoras de acesso à internet, podem ter uma oferta diversificada de banda, mas não podem bloquear ou limitar a velocidade de tráfego, dentro do pacote de banda contratado, para determinados aplicativos, sítios ou conteúdos na rede. Diferenciar por tipo de serviço ou de usuário, o que pode ou não ser acessado, eliminando a possibilidade de escolha de empresas e pessoas na internet, é uma quebra inadmissível da neutralidade.

Há exemplo prático disso?
Em um prédio com vários elevadores, todos são neutros, ou seja, ninguém é impedido de usar elevador A, B ou C, isso é neutralidade. Não há razão em acessar apenas uma parte da internet, com uma operadora  que só vende acesso a serviços de email ou apenas ao Google e outros buscadores e serviços de conteúdo. Seria como comprar um carro que só pode ir até um raio de 1 km em torno da sua casa e quando chega perto, o veículo para de funcionar.

Por que a neutralidade é tão importante e criou tanta polêmica?
A neutralidade da rede garante que a internet seja uma plataforma livre e sem restrições para inovação. É a chave para o desenvolvimento e a criação de novas aplicações e uma ferramenta popular por meio da qual as relações se estabelecem de forma voluntária. Princípios que estão de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que incluiu o uso da internet e da web como um direito humano.

Então o Marco Civil e a neutralidade podem garantir uma internet livre, mas o que isso quer dizer?
As provedoras de internet não poderão oferecer planos de acesso que permitam aos usuários utilizar só email, redes sociais ou vídeos. Isso porque a transmissão de informação pela internet deverá tratar todos os dados da mesma forma, sem distinção de conteúdo, origem e destino ou serviço. Esta é a chamada neutralidade de rede, tema que tem contrariado as empresas de telecomunicações.

Além da neutralidade, que outros pontos são importantes?
Privacidade, dados pessoais, armazenamento de dados (os chamados datacenter), vigilância na web; internet livre; fim do marketing dirigido; liberdade de expressão; conteúdo ilegal.

Sobre a privacidade dos usuários/internautas
Em um cenário sem nenhuma regulamentação sobre os limites e a garantia da privacidade na internet, o Marco Civil busca dar ao usuário o direito de privacidade da intimidade e da vida. Assim, o sigilo de comunicações de usuários da internet estaria garantido, salvo em casos de ordem judicial. Além disso, o usuário passa a ter o direito de não fornecer dados de navegação para terceiros. Este ponto pode garantir a proteção de privacidade em alguns casos.

E como essa garantia de privacidade e sigilo do usuário será feita?

O Marco Civil determina que o sigilo das comunicações dos usuários da internet não pode ser violado. Provedores de acesso à internet serão obrigados a guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários pelo prazo de um ano, mas isso deve ser feito em ambiente controlado. A responsabilidade por esse controle não deverá ser delegada a outras empresas. Não fica autorizado o registro das páginas e do conteúdo acessado pelo internauta. A coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais pelas empresas só poderão ocorrer desde que especificados nos contratos e caso não sejam vedados pela legislação.

Mas a Constituição Federal e o Código de Defesa do Consumidor já não estabelecem a privacidade do usuário da internet?
A Constituição e o Código defendem de forma genérica a privacidade, mas não tratam de formas específicas os limites de uso de uma informação e também de prazo de uso

Como o Marco irá proteger os dados pessoais?
Provedores de acesso e aplicações não poderão ceder dados a terceiros sem que os usuários permitam. O projeto estabelece proteção aos dados pessoais do internauta – nome, endereço, telefone, fotografias ou outros que possam identificá-lo. Também será obrigada a exclusão de dados pessoais de usuários que termine uma relação com uma aplicação na internet. Por exemplo, alguém que encerrar um perfil em uma rede social terá os dados apagados. Hoje, a rede social pode seguir usando os dados pessoais do usuário. É comum na internet a oferta de um serviço gratuito para, em contrapartida, aquele prestador ficar com a informação do cliente.

E sobre a retirada de conteúdo da internet?
Atualmente, não existe nenhuma lei específica que trate da retirada de conteúdos da internet. Assim, os provedores (ou administradores de serviços) tem liberdade para agir como quiserem e podem “retirar”qualquer conteúdo cada vez que algum usuário/internauta solicita ou denuncia uma publicação. O Marco Civil quer criar um mecanismo que regulamenta a ação dos servidores em relação à retirada de conteúdos, que não precisariam ser excluídos de imediato, exceto sobre ordem judicial. A intenção é tirar dos provedores a quase atribuição de juiz e deixar essa ação para o Judiciário.

O Marco Civil exige que seja obrigatório o armazenamento de dados no país, os chamados datacenter, por quê?
Pelo projeto de lei, o governo poderá, por meio de decreto, obrigar empresas que oferecem conexão e sites (como Google e Facebook, por exemplo) a armazenar e gerenciar dados no Brasil. O PL estabelece que é preciso que as empresas tenham finalidade econômica e que se considere o seu “porte”. Isso exclui da exigência, por exemplo, blogs e garante liberdade de expressão. A exigência de “datacenter” no País foi um pedido da presidente Dilma Rousseff. O governo acredita que omarco será uma ferramenta legal para livrar o Brasil da ‘ciberespionagem’ estrangeira, como a feita pelos Estados Unidos envolvendo a presidenta e membros do seu Planalto.

E o PL do Marco fala das redes  digitais (sociais)
Pelo projeto do Marco Civil, sites como Youtube e Facebook não podem ser responsabilizados por conteúdos publicados por terceiros, a não ser que desobedeçam ordem judicial para remover conteúdo infringente.

Pelo projeto, o que acontece se o usuário decidir sair de uma rede social?
 De acordo com o texto do marco civil da internet, se houver solicitação do usuário, as redes sociais não poderão mais manter informações pessoais após este usuário excluir seu perfil. Caso infrinjam as determinações, provedores e aplicações estarão sujeitos a sanções cíveis, criminais e administrativas. A retirada da informação não será obrigatória se o usuário não solicitar

As empresas vão poder espiar o conteúdo de informações trocadas pelos usuários na rede?
Não. Hoje, isso é feito com objetivos comerciais, como para publicidade, nos moldes do que Facebook e Google fazem para enviar anúncios aos seus usuários de acordo com as mensagens que trocam. O Marco não permitirá, por exemplo, a formação de bases de clientes para isso, que é chamado de marketing dirigido.

O Marco Civil vai garantir uma internet com a mesma velocidade, mesmo que a não se pague por isso?
Pela proposta, as regras estabelecidas pelo Marco não inviabilizam a oferta de pacotes com diferentes velocidades, mas esses detalhes sobre regras para pacotes não entraram no texto do PL por se tratar de modelo de negócios.

No caso de pacotes, o que será proibido em favor dos usuários/internautas?
Será proibido monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes, salvo em hipóteses previstas por lei.

O Marco Civil da Internet garante liberdade de expressão?
Provedores de conexão à web e aplicações na internet não serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da rede. Conteúdos publicados pelos usuários só serão retirados, obrigatoriamente, após ordem judicial. As entidades que oferecem conteúdo e aplicações serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros apenas se não acatarem a ordem judicial. Isso acabaria com o que é chamado de “censura privada”.


Quantos brasileiros têm acesso à internet. E no mundo?
Cem milhões no Brasil. No mundo, segundo a União Internacional das Telecomunicações(UIT), 2,7 bilhões de pessoas estarão conectadas à internet até o final deste ano, o que representa 40% da população mundial.

GLOSSÁRIO

Banda larga-Linha de alta velocidade de transmissão de dados usada para o acesso à internet. NoBrasil convencionou-se chamar de Banda Larga o acesso à internet mais rápido que o convencional, por linha discada

Ciberespaço- denomina o espaço eletrônico onde as informações da Internet circulam.

Comunidade virtual- pessoas com mesmos interesses que fazem parte de grupos na Internet.

Comércio eletrônicoé a venda de produtos e serviços através da Internet.

Domínio público- Algo que está no domínio público (software, p. ex.) é algo que se pode copiar, cortar, colar, queimar, distribuir, e nomeadamente utilizar sem pagar o que quer que seja. Normalmente deve ser dado o devido crédito ao(s) autor(es).

Multimídia- conceito usado para designar a existência de imagens, sons, textos e animações em um programa.

Mecanismo de busca- site utilizado como referência para buscar outros sites ou informações pela Internet. Exemplos : google, cade, yahoo, radaruol entre outros

Plataformaé o sistema operacional utilizado pelo internauta (Windows 95, NT, Unix, etc.).

Protocolo -informações e procedimentos técnicos que possibilitam a transferência de dados pela rede.

Provedor de acessoé uma empresa que provê acesso à Internet aos seus clientes por meio da manutenção de uma central de linhas telefônicas exclusivas ligadas aos seus servidores de serviços Internet.-. Pode ser paga ou gratuita.

Provedores (ou fornecedores) de informação-Empreendimentos que disponibilizam informações na rede para os usuários.

Servidoré o computador que administra e fornece programas e informações para os computadores conectados em sua rede.

Web- abreviação de WWW (World Wide Web ) -e é o ambiente multimídia da Internet, a reunião de texto, imagem, som, vídeo e movimento na Internet.

Datacenter – centro para armazenamento e manutenção de dados

Projeto de medicamentos mais baratos tem texto aprovado

A PEC 301 – Medicamentos Mais Baratos –  de autoria do deputado federal Francisco Chagas, que também é diretor do Sindicato,  teve sua admissibilidade aprovada, na última terça-feira dia 12, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara do Deputados.

O deputado ressaltou a importância do projeto, que beneficiará toda a população: “Essa proposta vai ao encontro das manifestações de junho, pois as pesquisas divulgadas apontam a saúde como o principal tema a ser enfrentado”.

A proposta segue agora para uma Comissão Especial, que será criada pelo Presidente da Câmara, onde será analisado o mérito, e em seguida será remetida ao Plenário da Câmara para votação

CUT faz manifestação contra fator previdenciário

Manifestações em todo o país marcaram o Dia Nacional de Luta contra o fator previdenciário, organizado pela CUT e demais centrais sindicais ontem (12). Em São Paulo a manifestação aconteceu no centro da cidade, em frente ao posto do INSS no Viaduto Santa Ifigênia.

Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, a manifestação de São Paulo foi vitoriosa: “Aqui em São Paulo o ato está bem expressivo, mostrando a força das centrais sindicais. Agora, a agenda continua”. Nobre se refere à manifestação que acontecerá no dia 26 de novembro em Brasília contra o aumento da taxa de juros.