Campanha Salarial 2013

Os trabalhadores químicos se reúnem no próximo domingo, dia 25 de agosto, em Cajamar, para aprovar a pauta da Campanha Salarial 2013.

 
A pré-pauta elaborada em conjunto com a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) contempla aumento real de 13%, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais com sábados e domingos livres, licença-maternidade de 180 dias e outras reivindicações. 
 
Para participar  da assembleia, entre em contato com a Subsede mais próxima da sua fábrica e se informe sobre o sistema de transporte.

Trabalhadores da Zaraplast são bicampeões da VI Copa Sindquim

O time dos trabalhadores da Zaraplast foi campeão da VI Copa Sindquim, encerrada no dia 18 de agosto, pelo segundo ano consecutivo. O segundo lugar ficou com a Cromaster, o terceiro com a Vita Derm e o quarto com a Avon.

 
Este ano foram 36 times inscritos e mais de 400 sócios da categoria envolvidos. Os times dos veteranos da Injectra, veteranos da Pulvitec e veteranos do Sindicato, o Dinos, também participaram da Copa em jogos amistosos.   

TVT completa três anos de comunicação progressista

A TVT completa três anos de existência na próxima sexta-feira, dia 23, e comemora a data com um programa especial de aniversário. Com transmissão ao vivo e um cenário especial, a atração irá ao ar das 19h às 20h30 pelo canal 13 da NET, pelo site tvt.org.br e em evento fechado no Centro de Formação Celso Daniel do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

“Estamos colaborando para construir uma comunicação mais democrática no País”, explicou a diretora de jornalismo da TVT, Nelma Salomão. “Por isso nosso programa será um show de reportagens”, disse.

O especial mostrará a comunicação progressista praticada pela TVT em vários setores por meio das iniciativas realizadas pelos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“Os trabalhadores são os construtores dessa comunicação no País. Esta será nossa homenagem a eles”, explicou Valter Sanches, diretor de Comunicação do Sindicato e presidente da Fundação Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, mantenedora da emissora.

O programa está dividido em seis blocos, que mostrarão a atuação dos movimentos sociais na construção de uma comunicação que fala sobre eles, as TVs e rádios comunitárias, os blogueiros com informações diferenciadas, as ações de comunicação na periferia e as iniciativas individuais de documentaristas.

“Mostraremos ainda como funciona o jornalismo colaborativo da TVT, que tem a participação dos trabalhadores no envio de seus vídeos”, continuou Sanches. 

Impossível no Brasil
A nova comunicação será outro tema em debate, com apresentação de aplicativos da TVT, explicações sobre redes sociais e como estas ferramentas têm um papel fundamental para formar politicamente e convocar as pessoas às manifestações populares.

“Por exemplo, o sociólogo e professor de Jornalismo na USP, Lalo Leal Filho, falará sobre uma comunidade indígena que vive no extremo sul da Argentina e transmite sua cultura por meio de um programa de rádio. Isto seria impossível no Brasil. Nesta questão estamos bem atrasados”, afirmou a diretora de jornalismo Nelma Salomão.

Além de Sanches, participarão do programa o ministro da Comunicação do governo Lula, Franklin Martins; a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Rosane Bertotti; a ex-deputada e autora da lei que criou as rádios e TVs comunitárias no Brasil, Irma Passoni; o jornalista e professor da Universidade de Brasília, Venício Lima; e Sérgio Vaz, da Cooperifa, cooperativa que divulga cultura na periferia paulistana.

Retrospectiva
Na inauguração da emissora em 2010, Lula, então presidente da República, afirmou que pela primeira vez na história do Brasil, uma emissora de televisão era outorgada a um sindicato de trabalhadores.

“Os trabalhadores não dependerão mais exclusivamente das emissoras mantidas por grandes grupos econômicos. A sociedade passará a dispor de outros ângulos de visão sobre a realidade brasileira e a conhecer opiniões alternativas sobre os seus problemas e soluções”, disse ele na ocasião.

Lula afirmou também que da mesma forma que o Sindicato teve papel indispensável nas lutas pela volta da democracia no Brasil, com a TVT dava mais um passo rumo a ampliação e consolidação dessa democracia.

CUT faz 30 anos e volta a palco histórico do movimento sindical

A CUT completa 30 anos em 28 de agosto e para comemorar volta às suas origens. Duplamente. Com ato político e jornada cultural, celebra três décadas de história e luta no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, local onde foi fundada. Quarenta e oito horas depois, a Central mobiliza o País e faz do 30 de agosto o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação em defesa da pauta da classe trabalhadora.

Em 28 de agosto de 1983, pela voz e voto de mais de cinco mil homens e mulheres que vieram de todas as regiões do País, surgia a Central Única dos Trabalhadores. Em números exatos foram responsáveis pela criação da CUT 5.059 delegados, representando 912 entidades – 335 urbanos, 310 rurais, 134 associações pré-sindicais e 99 associações de funcionários públicos, cinco federações, oito entidades nacionais e confederações. Trabalhadores que ocuparam o galpão que um dia sediou o maior estúdio cinematográfico brasileiro, o extinto Vera Cruz de Mazzaropi, Anselmo Duarte e companhia.

No ABC paulista, berço do novo sindicalismo, o 1º Conclat (Congresso Nacional da Classe Trabalhadora) deu origem à primeira entidade intersindical e intercategorias em nível nacional construída após o golpe militar de 1964. Para boa parte dos jovens de hoje, com liberdade de se manifestar em um País com inflação inferior a um dígito e quase pleno emprego, é difícil imaginar a conjuntura da época da fundação da CUT.

O Brasil enfrentava crise econômica com inflação de 150% e índices manipulados desde anos anteriores; devia mais de US$ 100 bilhões. O mesmo FMI (Fundo Monetário Internacional) que pediu dinheiro emprestado ao Brasil no governo Lula era o bicho papão dos países pobres naquela época. O Brasil se rendeu e estendeu o chapéu ao  Fundo rifando, assim, a sua soberania. Um mês antes de a CUT ser fundada, houve greve geral em todo o País. Pudera, como efeito da recessão, apenas nos dois primeiros meses de 1983, a indústria paulista demitiu 47 mil trabalhadores, quase o total das demissões do ano anterior. O brasileiro vivia sob repressão, recessão, desemprego e com salários achatados e corroídos pelos indíces inflacionários.

Um cenário que levou o congresso de fundação da CUT a aprovar as lutas pelo fim da Lei de Segurança Nacional e do regime militar, o combate à política econômica do governo (o general João Batista Figueiredo era o presidente da República, à época), contra o desemprego, pela reforma agrária sob controle dos trabalhadores, reajustes trimestrais dos salários e liberdade e autonomia sindical. Lutava também pelo direito à cidadania e contra o autoritarismo dentro e fora dos locais de trabalho, recheados por “olheiros” da ditadura disfarçdos de trabalhadores.

Para o primeiro ano de vida da CUT, foi eleita uma coordenação que elegeu como coordenador-geral Jair Meneguelli, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (hoje Metalúrgicos do ABC), que estava sob intervenção. Somente em 1984, a CUT elegeu uma direção com chapa completa e seu primeiro presidente também foi Meneguelli.

Começaria então a história de uma central que hoje está presente em todos os ramos de atividade econômica do país, com 3. 806 entidades filiadas, 7.847.077 de associados e 23.981.044 trabalhadores/as na base.

Tropa de choque, truculência e descaso: são as respostas do PSDB às denúncias de corrupção no governo estadual

Muita tensão, discussões, vaias e violência policial marcaram a sessão desta quarta (14) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Do lado de dentro, deputados da oposição tentavam discutir a abertura de uma CPI para apurar as denúncias de formação de cartel, pagamento de propinas e superfaturamento em contratos entre o governo tucano e multinacionais como a Siemens e Alstom.

Do lado de fora, a truculência da tropa de choque reprimindo com balas de borracha e bombas os manifestantes que, pacificamente, também cobravam a investigação dos desvios de recursos públicos.

Enquanto parte da militância cutista participava de ato na região central paulistana, outra parte, com cerca de mil representantes dos sindicatos dos municipais, da educação, bancários, químicos, metalúrgicos, escrivães de polícia e servidores da saúde, além de movimentos sociais, reivindicavam a investigação, já que os trabalhadores/as são as principais vítimas do desvio de dinheiro e da falta de investimentos em transporte público.

A luta da CUT São Paulo por mobilidade urbana, bem como o alerta às denúncias de corrupção no governo estadual, são antigos, e a Central realizou, inclusive, ato em junho de 2012, que reuniu cerca de 5 mil pessoas na Avenida Paulista.

O confronto começou quando a Policia Militar barrava a entrada da população na Alesp e impediu até que deputados passassem pelas grades para dialogar com membros dos movimentos sociais e sindical. O deputado Adriano Diogo (PT) teve que pular um gradil na parte externa e, na porta do plenário Juscelino Kubitschek, houve empurra-empurra quando o deputado João Paulo Rillo pediu aos policiais que liberassem a entrada de convidados, como mostra este vídeo http://tinyurl.com/q2mubxd

No fim do dia, o saldo da violência foram seis feridos, entre os quais Ednalva Franco, Manuel Otaviano da Silva, Gilson Sofia de França, Miriam Hermógenes dos Santos e Severina Amaral, todos da Central de Movimentos Populares do Estado de São Paulo (CMP). Outro foi o fotógrafo do Sindicato dos Químicos de SP, Eduardo Oliveira, ferido no rosto e na perna.

Pouco antes das 20h, os deputados abandonaram a sessão em solidariedade aos feridos e o líder do PT, Luiz Claudio Marcolino, informou que vai pedir sindicância para apurar os abusos da tropa da choque, “inclusive o uso da bala de borracha que estava abolida pela PM , conforme o governador Geraldo Alckmin recentemente noticiou”, disse. Por volta das 23h, Marcolino informou ao plenário que a militante Severina Ramos, atingida nos olhos por uma bala de borracha, fora internada no hospital São Paulo para avaliação do ferimento.

Sem democracia, tucanos dizem não à CPI – “O governo faz movimento para restringir acesso dos movimentos sociais num momento importante como este. Queremos que seja respeitada a democracia na Alesp, para que a população participe do debate sobre a CPI”, afirmou Rillo no plenário, ao lado de outros parlamentares da oposição que defenderam, insistentemente, a entrada dos manifestantes na Assembleia.

A sessão foi suspensa duas vezes diante do bate-boca entre tucanos e oposição, enquanto o público que conseguiu chegar às galerias alternava vaias, gritos e aplausos a cada discurso.

Para impedir o acesso à galeria dos plenários, a base de Geraldo Alckmin agiu desde o início da tarde. Restringiu e limitou a entrada da população com reserva de lugares, alegando “lotação”. Depois, impediu totalmente a entrada na Casa e posicionou a tropa de choque ao redor da Alesp. Segundo o líder tucano, Carlos Bezerra Jr, havia “fortes indícios” de que os manifestantes fariam ocupação e depredações, e não atendeu aos apelos para uma ação pacífica.

Outra estratégia da base governista de Geraldo Alckmin para fugir da CPI foi priorizar a votação da PEC 01/2013, de autoria do deputado Campos Machado (PTB), que simplesmente transfere ao procurador-geral de Justiça (chefe do Ministério Público) a prerrogativa de iniciar investigações  envolvendo o governador, o vice, os secretários e deputados estaduais, membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, além de conselheiros do Tribunal de Contas e prefeitos.

Descaso e desrespeito com o povo paulista – Ao longo dos debates, o tom foi aumentando e, na base tucana, o discernimento diminuindo a ponto do deputado psdbista Barros Munhoz generalizar a validade das Comissões. Questionou se as CPIs “feitas aos montes no Brasil” aumentaram ou diminuíram a corrupção e completou:  “A Alesp tem comissões próprias, como a de Transportes, de Orçamento, tem todos os instrumentos para fiscalizar”. E completou: “Se for fazer CPI para ver todas as irregularidades, esse país nunca terá atividade parlamentar”.

Em mais de um discurso, Munhoz preenchia o tempo com críticas ao governo federal e chegou a cobrar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para apurar “o cartel da citricultura, que trouxe fome aos produtores de laranja do interior paulista” na avaliação do deputado tucano.

Marcolino rebateu os tucanos e mostrou que desde 2008 o partido denuncia as fraudes envolvendo a Siemens e a Alstom, sem que qualquer medida fosse tomada pelo governo do PSDB.

Os debates seguiram até às 0h20 desta quinta (15), com a base governista insistindo na PEC 01/2013 e ignorando a proposta de abertura da CPI. Mesmo sem avanços, a propositura continuará na pauta até que haja acordo para liberação.

Contra corrupção tucana nos trens e metrôs, 4 mil ocupam o centro de São Paulo

Contra a máfia do transporte público em São Paulo e a corrupção tucana, quatro mil manifestantes protestaram no centro paulistano na tarde desta quarta-feira (14). Milhares de trabalhadores/as, entre professores, metalúrgicos, petroleiros, químicos, bancários, municipais e outras categorias, reivindicam a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para apurar denúncias de fraudes nas licitações de obras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A CUT/SP, demais centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e grupos organizados levantavam cartazes contra o sucateamento do transporte público na cidade. A manifestação cobrou resposta do governo do PSDB sobre formação de um cartel pelas empresas Siemens, Alstom, CAF, Bombardier, TTrans e Mitsui que, em troca de favores e contratos, teriam desviado recursos públicos e pago propina a políticos tucanos.

Os manifestantes se concentraram no Vale do Anhangabaú, fizeram protestos em frente ao Ministério Público do Estado e seguiram até a Secretaria estadual dos Transportes Metropolitanos, onde representantes do Sindicato dos Metroviários e do Movimento Passe Livre (MPL) entregaram uma carta de reivindicações cobrando apuração das denúncias de corrupção, punição dos responsáveis e redução das tarifas.

“Queremos que os fatos sejam apurados. Há denúncias sobre o recebimento de propinas por representantes tucanos e exigimos a abertura de uma CPI para que as investigações sejam aprofundadas. Pesquisa feita por deputados aponta que R$ 9 bilhões de propina significam aproximadamente 20 km de metrô ou 4 anos de tarifa zero”, afirmou o presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima.

Secretário de Políticas Sociais da CUT/SP e dirigente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep-SP), João Batista Gomes, afirma que o povo paulistano precisa entender com clareza as corrupções cometidas pelo PSDB nos últimos 20 anos. “Esta administração não atende às necessidades dos usuários, mas serve para dar lucro aos empresários. O sucateamento do metrô e do trem é reclamação cotidiana dos trabalhadores que merecem, no mínimo, que este dinheiro seja devolvido para investimento no transporte e para qualidade de vida da população”.

Após a marcha no centro, a Central se mobilizou junto a movimentos sociais para protestos que ocorriam em frente à Alesp. Segundo a secretária de Imprensa da CUT/SP, Adriana Magalhães, a conjuntura impõe a unidade na luta. “Ao contrário do que foi dito pelo Conlutas – que se negou a participar na Alesp, ir à Assembleia reivindicar a criação de uma CPI em caráter de urgência significa escancarar o quanto este governo desrespeita a população paulista e prejudica a classe trabalhadora”, criticou.

Na Alesp a tropa de choque da Polícia Militar jogou bombas de gás lacrimogêneo e utilizou balas de borracha para conter os manifestantes – que sofreram ferimentos.

Se a mídia mente, o povo vai pras ruas Durante a marcha, manifestantes queimaram catracas cenográficas, em uma performance que chamou a atenção da população transeunte, de jornalistas e fotógrafos. A grande imprensa estava presente para narrar os acontecimentos.

Para o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Júlio César Silva Santos, as manifestações demonstraram a insatisfação do povo paulistano. “Sabemos que a grande mídia tenta esconder o caos diário nos metrôs e trens com superlotação, atrasos, acidentes e passagens caras. Eu mesmo vivencio isso todos os dias da zona leste para o centro. Saímos pras ruas para mostrar os prejuízos que o governo tem causado aos trabalhadores”.

Segundo Luiz Felipe Grubba, da direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, os fatos apresentados pela mídia burguesa são distorcidos o tempo todo. “Existe uma denúncia de corrupção e o governo do PSDB precisa responder a isso. Exigimos uma CPI já”.

De acordo com Adriana, num momento em que são feitas denúncias de formação de cartel entre empresas estrangeiras do setor metroferroviário com aval de governos estaduais do PSDB, revistas da grande mídia colocam como destaque secundário o caso Siemens. “O destaque principal da Veja desta semana foi dado para os efeitos dos exercícios de musculação nas academias – isso é um absurdo. Por isso, se a mídia mente, o povo vai pras ruas”, destacou a dirigente cutista.

Representante nacional do Levante Popular da Juventude, Thiago Pará ressalta que o saqueio causado por governos tucanos é histórico, com privatizações causadas desde a presidência à época da gestão PSDB, até casos como o chamado mensalão tucano mineiro, ocultado por grandes veículos de comunicação. “Este governo não favorece o povo brasileiro e serviços essenciais à população, mas sim os seus cofres e interesses próprios e corporativistas. Infelizmente, isso tem conivência da mídia e do Judiciário”, afirma o militante que assumiu também recentemente a diretoria de Políticas Educacionais da UNE.

Para Jade Percassi, da direção estadual do MST, a criação de uma CPI é o mínimo que deveria existir neste momento. “Esperamos que a pressão unificada dos movimentos consiga romper com a blindagem da mídia, que as investigações sejam levadas adiante e o governo receba o tratamento devido por suas ações”, concluiu.

Protesto contra corrupção no Metrô reúne 4 mil no centro de São Paulo

Cerca de 4 mil pessoas protestaram contra a péssima qualidade do transporte público na cidade, na última quarta-feira, dia 14. A manifestação, pacífica, foi motivada pelas recentes denúncias de formação de cartel entre empresas estrangeiras do setor metroferroviário com a conivência de governos estaduais do PSDB.

Nosso Sindicato apoiou o protesto e esteve presente no ato ao lado de muitos trabalhadores. Infelizmente, sem motivo, a PM reagiu de forma truculenta e muitos companheiros saíram do ato feridos com balas de borracha.     

Votação do PL 4330, da terceirização, é adiada para setembro

O Projeto de Lei 4330, que precariza ainda mais a vida dos trabalhadores terceirizados, teve a votação adiada para o dia 3 de setembro – os patrões favoráveis ao texto queriam que fosse votado amanhã (14).  O adiamento foi decidido na tarde desta terça-feira- (13). O projeto, de autoria de Sandro Mabel (PMDB-GO), está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados e seria votado nesta quarta-feira (14) por pressão de empresários e parlamentares ligados ao empresariado – favoráveis à aprovação da matéria.

Segundo declarou o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, à vice-presidência da Câmara após a decisão da CCJC, o adiamento servirá como estratégia para melhorar o texto, tendo em vista que a sua aprovação não representa a vontade dos trabalhadores brasileiros. “Do ponto de vista da opinião pública, esse projeto é muito ruim para a imagem do Congresso Nacional. Nossa proposta é  melhorar o texto, dando garantias aos trabalhadores ou o conseguir o seu arquivamento e início de uma nova rodada de conversas”, disse Vagner Freitas.

“Queremos fazer um debate mais apropriado, que não ofereça apenas segurança jurídica para o empresário. A regulamentação da terceirização não pode piorar a legislação que temos hoje. Com esse tempo (adiamento), esperamos que o texto não coloque amarras nos trabalhadores, que tenha um melhor conceito de especialização, contratos de trabalho, tempo de duração do contrato com regras claras, salários dignos e decentes”, explicou o presidente nacional da CUT.

Neste momento, Vagner Freitas, o secretário-geral nacional da CUT, Sérgio Nobre, e outros dirigentes da Executiva Nacional da CUT, além de centenas de militantes e dirigentes cutistas de todo o Brasil estão no Congresso Nacional e imediações, em Brasília, em um ato, que será seguido por uma vigília, realizado pela CUT para pressionar os parlamentares a votar contra o PL 4330. Mesmo com o adiamento, a vigília prosseguirá até amanhã, segundo informou a secretária nacional de comunicação da CUT, Rosane Bertotti, que também está em Brasília.

Leia o gibi: Caiu na Rede é trabalhador

No dia 7 de agosto, quarta-feira, em São Paulo, as entidades envolvidas no Projeto Promoção de Direitos Trabalhistas na América Latina 2013 lançaram a cartilha “Caiu na Rede é trabalhador”. Com 16 páginas, a publicação em formato gibi retrata desde o momento de consciência do/a trabalhador/a na fábrica até a criação das Redes sindicais para a unificação das lutas em torno de direitos comuns. Na ocasiao, também aconteceu a formatura da segunda turma do Curso de Formação para as Redes dos Ramos Metalúrgico e Químico.

“A CNQ-CUT também assina a cartilha que deve atuar como uma ferramenta complementar para impulsionar o trabalho de Redes no ramo químico. Fruto do trabalho do Grupo de Gestão do Projeto CUT/DGBB/IOS/CNQ/CNM, o gibi de autoria do cartunista Márcio Baraldi sai do forno para ser disponibilizado pela Confederação e demais entidades”, orienta Fabio Lins.
Segundo João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT: “A cartilha servirá para divulgar o projeto de Redes sindicais, de forma didática e com uma leitura facilitada”. Foram impressos 10 mil exemplares.
 
Em defesa de interesses comuns
As Redes sindicais são organizações que reúnem lideranças de empresas multinacionais, com origem em países e regiões distintas, para trocar informações, experiências e reivindicar a uniformização dos direitos dos trabalhadores. A grande maioria das Redes foi criada no setor metalúrgico e químico e é composta por representantes de trabalhadores e sindicatos de diversas plantas da empresa. Além de garantir as mesmas conquistas para todos os trabalhadores do grupo, as Redes são uma forma de intercâmbio de informações e de experiências entre trabalhadores e trabalhadoras, a cooperação solidária e o reforço da cooperação internacional dos sindicatos envolvidos através do planejamento de ações comuns.

Para ler a cartilha, clique aqui.