Químicos unidos na Paulista pela pauta dos trabalhadores

A Avenida Paulista foi palco nesta quinta-feira (11) da manifestação das centrais sindicais e movimentos sociais. O Dia Nacional de Luta que reuniu cerca de 15 mil pessoas, contou com total apoio dos trabalhadores da categoria que engrossaram a marcha em favor da pauta dos trabalhadores.

 

Dentre as principais reivindicações: Redução da jornada para 40 horas, sem redução do salário; fim do fator previdenciário e combate ao PL da terceirização.  

É bom lembrar que a redução da jornada, sem redução de salários tem sido pauta constante das campanhas salariais do nosso Sindicato nos últimos anos e deve integrar a pauta da campanha salarial dos Químicos que começa a ser discutida na próxima semana, dia 19, em Cajamar, como os outros sindicatos que fazem parte da campanha unificada. 

Dia Nacional de Luta mobiliza São Paulo e reúne 15 mil na Paulista

Com as agências bancárias totalmente paralisadas, a Avenida Paulista foi palco nesta quinta-feira (11) da manifestação unitária das centrais sindicais e movimentos sociais. O Dia Nacional de Luta que reuniu cerca de 15 mil pessoas ecoou um recado direto ao governo e ao Congresso Nacional: o momento é de modificar os rumos do país, aprofundar as mudanças e priorizar a pauta da classe trabalhadora.

Somando as cores de todas as bandeiras, metalúrgicos, químicos, têxteis, professores, operários da construção civil, comerciários, motoboys, servidores públicos federais, estaduais e municipais, unificaram o seu protesto ao lado das lideranças dos sem-terra, estudantes e dos movimentos negro, indígena e feminino, enfatizando que este é o momento de realizar as reformas estruturais que o país necessita para fazer a roda da economia avançar, reduzindo os juros e ampliando os investimentos públicos.

Para que o país enfrente o impacto negativo da crise internacional com a pujança do seu mercado interno, milhares de manifestantes paralisaram as principais rodovias de acesso à capital e à região metropolitana, afirmando que é preciso por fim à sangria do superávit primário, que beneficia apenas o capital especulativo. A denúncia procede: de janeiro a maio, o governo federal desembolsou R$ 92,3 bilhões em juros – 3,6 vezes o que aplicou na Saúde, 6,3 vezes o que despendeu com Educação, 40 vezes o investimento orçamentário do período e três vezes o investimento das estatais.

 

DESENVOLVIMENTO – Centenas de paralisações, passeatas e manifestações cobriram o Estado de São Paulo, mobilizando os locais de trabalho, praças, ruas e aeroportos para destravar a Pauta da Classe Trabalhadora no Congresso Nacional, no Executivo e no Judiciário.

“O governo e o Congresso Nacional precisam ouvir as vozes das ruas, mudar a correlação de forças e levar em consideração as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras. Unidos, mobilizados e com muita energia e disposição, continuaremos lutando para que a classe trabalhadora seja ouvida”, declarou Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

A Pauta Unitária das Centrais possui um eixo de caráter emergencial: barrar o Projeto de Lei 4330/04, que sob o pretexto de regulamentar a terceirização, promove uma reforma trabalhista extremamente prejudicial aos trabalhadores do Brasil, causando demissões e precarizando ainda mais as relações de trabalho.  

O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, avalia que este PL é o início da flexibilização de direitos. “Para nós sempre foi um motivo de orgulho afirmar no movimento sindical internacional que o Brasil nunca fez alterações nos direitos trabalhistas. Não queremos que o nosso país adote a mesma prática política de países como a Grécia, Espanha, Portugal e tantos outros na Europa que fazem este tipo de flexibilização. Somos contra a aprovação deste projeto e vamos divulgar em todo o Brasil o nome dos deputados que votarem a favor disso”.

Além de liberar a terceirização para todos os tipos de atividades, o PL de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) e relatoria do deputado Arthur Maia (PMDB-BA) não estabelece a responsabilidade solidária das empresas contratantes e não garante a isonomia. O PL 4330 deverá entrar na pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara no dia 13 de agosto. “Vamos ampliar a nossa mobilização para retirar este projeto da pauta de votação, buscando uma alternativa que garanta todos os direitos dos trabalhadores”, pontuou Maria Godói Faria, secretária geral adjunta da CUT.

 

TIRAR DA GAVETA – Algumas reivindicações antigas da classe trabalhadora continuam engavetadas no Congresso Nacional, que se mantém insensível aos protestos. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231 de autoria do então deputado Inácio Arruda (PCdoB-CE), hoje senador, que institui a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários, tramita há 18 anos no Congresso. Em 2009, a comissão especial da Câmara responsável para analisar a proposta emitiu parecer favorável. Mesmo assim, pouco se avançou. De acordo com o calendário acertado com a presidenta Dilma, as 40 horas entrarão na pauta de discussões em setembro, juntamente com a correção da tabela do imposto de renda e do salário mínimo.

A redução da jornada de trabalho é um dos instrumentos para a distribuição de renda no país e, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), tem potencial para gerar mais de 2,5 milhões de postos de trabalho.

Outro ponto que continua engavetado pelo Congresso Nacional é o projeto que põe fim ao fator previdenciário. Instituído no período FHC, este redutor vem há anos lesando milhões de trabalhadores que se aposentam com a redução de até 40% nos seus benefícios.

 

Para o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, o fator previdenciário é um roubo. “A pessoa começa a trabalhar e paga pelo teto da previdência 35 ou 40 anos e quando vai aposentar se depara com o redutor, que desencoraja os trabalhadores. Isso é a mesma coisa que entrar num consórcio, por exemplo, de uma BMW – pagando as prestações até o final – e, quando termina de quitar, recebe um fusca no lugar. Isso faz com que a classe trabalhadora continue a trabalhar, porque não consegue sobreviver com a aposentadoria que é concedida. É uma grande injustiça que precisa ser corrigida já”.

 

FIM DOS LEILÕES E DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO – O diretor executivo da CUT, Julio Turra, condenou a política macroeconômica implementada pelo governo. Exemplo é o novo aumento de 0,5 ponto percentual que elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 8,5% ao ano, indicando a continuidade da política voltada a alimentar a ganância dos rentistas, banqueiros e especuladores. “Precisamos colocar um ponto final no superávit primário e investir esse dinheiro na melhoria das condições de vida e trabalho do nosso povo”, frisou. O dirigente cutista ressaltou, ainda, a necessidade de barrar os leilões do petróleo, “que representam uma entrega desse patrimônio estratégico do povo brasileiro às transnacionais”.

Segundo o presidente da CUT nacional, uma das pautas se refere à reforma política – reivindicação histórica da Central. “Entendemos que o Brasil precisa ter democracia participativa, o que não acontece com a estrutura política que temos hoje. Por isso, é preciso construir instrumentos para ouvir a população e o plebiscito é a resposta”, afirmou.    

 

Na avaliação do presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, a reforma agrária deve ser uma das prioridades do governo. “Distribuir terras aos trabalhadores do campo é urgente, bem como dar apoio à agricultura familiar. Incentivamos a aliança entre o campo e a cidade porque, junto com as mudanças necessárias e estruturais, está também a urgência da reforma urbana”.

 

Para João Felício, “a unidade é a garantia da vitória e, para isso, necessitamos ampliar a pressão para que a pauta dos trabalhadores, como a redução dos juros, o fim dos leilões do petróleo e do superávit primário, tome conta do país”.

 

A pauta de reivindicações da classe trabalhadora incluiu também as reformas agrária, tributária e urbana, a luta para que as reduções de tarifa do transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais; 10% do orçamento da União para a saúde pública;  10% do PIB para a educação pública e a valorização das aposentadorias. Acrescidos a esses pontos unitários, o movimento também levou às ruas a luta pela democratização da mídia, encerrando o dia com ato de protesto em frente à Rede Globo..

Além das centrais, do MST, UNE e UNEGRO, fizeram uso da palavra na Paulista lideranças partidárias do PT, PCdoB, PSB, PPL, PSTU, PSOL e PCO, coroando o ato unificado. As centrais voltam a se reunir nesta sexta-feira (12) para definir os próximos passos comuns.

Trabalhadores ocupam as ruas de todo o país

Por todo o Brasil, milhares de trabalhadores e trabalhadoras empunharam as suas bandeiras, faixas e cartazes nesse 11 de Julho, Dia Nacional de Luta, convocado pela Central Única dos Trabalhadores em conjunto com as centrais sindicais e apoiado por movimentos sociais e populares.



Além da pauta unitária – redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; contra o PL 4330, sobre terceirização; fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo – a CUT defendeu a proposta de plebiscito para a reforma política e a democratização da comunicação.



A mobilização conjunta e unitária fortaleceu a luta para que as reivindicações da classe trabalhadora tenham prioridade na agenda do governo e do Congresso Nacional. “Assim como privilegia a pauta dos empresários, queremos que o governo coloque pauta da classe trabalhadora na ordem do dia”, disse Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.

Químicos protestam em Santo Amaro

Trabalhadores químicos protestaram hoje cedo, dia 11, em Santo Amaro, nas imediações da Avon. Os companheiros seguiram em caminhada e pararam o trânsito na ponte João Dias. Logo mais, ainda hoje, às 12 horas, os trabalhadores se reúnem na Av. Paulista. 

A manifestação é em defesa da pauta da classe trabalhadora que incluí vários itens: redução da jornada para 40 horas, sem redução de salário; fim do fator previdenciário; combate ao PL da terceirização; combate à demissão involuntária; destinação de 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde pública; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.   

Lú Varjão, diretora do Sindicato, é a presidenta da CNQ

A companheira Lú Varjão, diretora do nosso Sindicato, foi reeleita e ficará na presidência da CNQ durante os próximos quatro anos.

Além da companheira Lú, outros diretores do nosso sindicato estão na direção da CNQ:  Edielson Souza Santos (secretaria de Relações do Trabalho), Alex Ricardo Fonseca (secretaria de Políticas Sociais), Geralcino Santana Teixeira (secretaria de Organização e Política Sindical), José  Isaac Gomes (secretaria Setorial Farmacêutica), Ronaldo Rodrigues de Lima (suplência) e Maria Aparecida Araújo Carmo, (suplência do Conselho Fiscal)  

Congresso da CNQ avalia conjuntura política

O VII Congresso da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), realizado de 2 a 4 de julho, contou com a participação de Vagner Freitas, presidente Nacional da CUT, e João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST ( Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Ambos contribuíram com informações e reflexões sobre a atual conjuntura do país.

Stedile lembrou que quando o PT perdeu a eleição em 1989 se instalou por aqui o neoliberalismo de Collor e posteriormente o de FHC. “Privatizaram tudo e impuseram um processo gigante de perda de direitos dos trabalhadores”, lembrou.  Ele explicou que o que vivemos hoje é herança daquele tempo e que os governos Lula e Dilma são de composição com outros partidos e por isso há dificuldades em avançar em alguns pontos.

Vagner ponderou que o atual governo significa um grande avanço na história do país. “Nós estamos nas ruas lutando por melhorias há 30 anos e isso independe de governo. Queremos representar essas pessoas e incorporar a pauta das ruas”, afirmou.  Vagner lembrou que o povo não concorda com os atuais políticos,  por isso defende uma constituinte específica para definir a reforma política.  “Somos a favor do plebiscito para discutir essa reforma. É preciso acabar com o financiamento privado de campanha e instituir o voto proporcional”, salientou. 

11 de julho: dia nacional de luta com greves e mobilizações

O Sindicato dos Químicos de São Paulo estará nas ruas apoiando as manifestações da CUT e demais centrais sindicais, no dia 11 de julho.

O objetivo é exigir do governo e do Congresso Nacional avanços na pauta dos trabalhadores.  

NOSSA PAUTA

Fim do Fator Previdenciário;

Jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial;

Reajuste digno para os aposentados;

Mais investimentos em saúde, educação e segurança;

Transporte público de qualidade;

Fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização;

Terceirização: CUT e demais centrais conseguem adiar, novamente, votação do PL

Depois de mais de três horas de reunião, a CUT e as demais centrais sindicais conseguiram abrir um processo efetivo de negociação e, mais uma vez, adiar a votação do Projeto de Lei nº 4330 que permite a terceirização em todas as atividades das empresas.

A primeira reunião de negociação quadripartite para discutir o PL 4330, que seria votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) no próximo dia 9, foi realizada nesta quarta-feira, 3, na Secretaria Geral da Presidência da República.

Depois de muito debate, foi decidida a formação de um grupo de trabalho composto por 3 trabalhadores, 3 parlamentares, 3 representantes do governo e 3 empresários, que vão se reunir nos dias 5, 8 e 9 para negociar alterações no PL 4330.  

Na tarde do dia 9, os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego), os parlamentares, empresários e os dirigentes sindicais vão avaliar se as negociações estão avançando.

Tanto parlamentares quanto empresários fizeram questão de afirmar que, caso não haja consenso até esta data, o PL será votado na CCJ no dia 10. Caso as negociações avancem, a votação pode ser adiada novamente por um período maior até que as partes cheguem a um acordo.

Durante a reunião desta quarta, os parlamentares e os empresários defenderam o PL 4330 argumentando, entre outras coisas, que o projeto garante segurança jurídica para os empresários e para os trabalhadores.

Já a bancada sindical, rebateu dizendo que o PL, na verdade, traz insegurança jurídica para todas as partes envolvidas e não atende os interesses da classe trabalhadora, representa mais precarização das condições de trabalho, com enormes prejuízos para a classe trabalhadora.    

Por tudo isso, os dirigentes consideraram a reunião positiva. Para a secretária Nacional de Relações de Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa, a abertura de diálogo e suspensão da votação, resultados da luta e determinação dos/as sindicalistas, foi um  avanço.

“A suspensão da votação do projeto na CCJ no dia 9 aliada ao processo de  negociação quadripartite é um passo importante para as centrais sindicais e para a classe trabalhadora. Agora, temos a chance de mudar o projeto. Do jeito que está, não aceitamos de jeito nenhum”.    

O ministro Gilberto Carvalho considerou a reunião histórica. “Pela primeira vez nos últimos anos construímos uma mesa quadripartite que pode chegar a um entendimento”.

Gilberto pediu o empenho de cada uma das partes para que o processo avance, de forma rápida e madura, pois se tiver entendimento a tramitação tanto no Congresso quanto no governo será muito mais fácil.

Par a o ministro Manoel Dias, “o ambiente atual é favorável ao entendimento tanto da parte dos trabalhadores quanto dos empresários”. Ele também pediu as bancadas que chegassem a um acordo em um prazo razoável.

O deputado Artur Maia (PMDB-BA), que mais defendeu o PL 4330 durante as três horas de reunião, foi também o que mais demonstrou disposição de negociar e fez várias propostas até chegar ao acordo de adiamento da votação e realização de três reuniões para tentar chegar a um consenso com a bancada dos trabalhadores.    

Participaram da reunião representantes de todas as centrais sindicais (pela CUT, além de Maria das graças Costa, Quintino Severo, Secretário de Administração e Finanças); os ministros do Trabalho e Secretaria-Geral; os deputados Artur Maia (PMDB-BA) relator do PL 4330, Sandro Mabel (PMDB-GO), autor do projeto, Ricardo Berzoini (PT-SP), entre outros e empresários da CNI, CNC e CNA.

Ato contra terceirização em São Paulo nesta quinta (4)

Químicos, petroleiros,  metalúrgicos, e bancários  se reunem  na manhã desta quinta-feira (4), às 9h, ao lado da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) (Avenida Paulista, 1337) para lutar contra o Projeto de Lei (PL) 4330/2004 que regulamenta a terceirização e corta importantes direitos dos trabalhadores.   


Como parte da mobilização, as agências bancárias da Paulista funcionarão apenas após as 12h. Antes do ato unificado, metalúrgicos de 14 sindicatos paulistas filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) entregarão a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2013 na Fiesp.

 

Congresso da CNQ elege nova direção

O VII Congresso da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), realizado de 2 a 4 de julho, em Campinas,  contou com a participação de 350 trabalhadores. Além de discutir  a conjuntura política atual do país e questões importantes como a questão da mulher trabalhadora, o congresso  elegeu a nova direção da confederação para os próximos quatro anos.  

 A companheira Lucineide Varjão Soares, a Lú, diretora do nosso Sindicato foi reeleita para a presidência da entidade.

Houve algumas mudanças de nomenclatura de pastas. A Coordenadoria Geral passou a se chamar presidência e foi instituída uma vice-presidência, que ficou  com Aurélio de Medeiros, do Traquimfar ( Sindicato dos Trabalhadores Químicos do Rio de janeiro).