Cenário econômico é positivo para Campanha Salarial 2013

Os dirigentes do nosso Sindicato estiveram reunidos na última sexta-feira, dia 19, em seminário da Fetquim, realizado em Cajamar, para preparar a campanha salarial do setor químico, que este ano negocia apenas as cláusulas econômicas.

O técnico Victor Pagani, da subseção do DIEESE do Sindicato,  afirmou que, apesar dos indicadores econômicos estarem tímidos, o momento é de recuperação.

Segundo ele, o contexto internacional ainda é difícil. Os Estados Unidos tiveram uma tímida recuperação com crescimento de 1,8%, a China apresenta desaceleração e a Europa está estagnada. No Brasil, O PIB em 2010 chegou a 7,5%, teve uma queda vertiginosa em 2012, chegando a 0,9%. No entanto, a estimativa para 2013 é de 2,31%. “Apesar da base de comparação ser rebaixada, está havendo recuperação”, afirmou.

Pagani também afirmou que essa recuperação e o clima positivo de mobilizações no país são elementos que podem favorecer a manutenção do patamar de conquistas que a categoria química obteve nos últimos anos. Entre 2008 e 20012, houve um aumento real de salário de 10,14%, numa média de 1,95% ao ano. 

Dilma: há dados que desmentem análises negativas da economia


A presidente Dilma Rousseff rechaçou nesta quarta-feira, em Brasília, o que chamou de “posturas pessimistas” relacionadas à economia brasileira. Na avaliação da presidente, ainda há o que ser melhorado, mas os avanços não podem ser ignorados.


“Aproveito para repelir as posturas pessimistas quanto à economia brasileira, hoje e num futuro próximo. Há dados concretos que desmentem as análises mais negativas”, disse a presidente a uma plateia formada por empresários, representantes do governo e da sociedade civil, reunidos na reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

“Temos mais condições na nossa economia do que tivemos em anos passados e isso é uma verdade que tem sido ignorada”, acrescentou. “Não estou dizendo que não temos o que melhorar, mas temos a força necessária para fazê-lo, porque a conquistamos e a construímos”.

Na avaliação de Dilma, o maior obstáculo que o País sofreu para seu desenvolvimento foi a desigualdade, “sob todas as formas”. Ela mencionou, por exemplo, disparidades regionais, raciais, de gênero e também a desproporção entre as empresas.

“Temos de perceber que a nós cabe enfrentar nossas carências mesmo num cenário e conjuntura internacional”, disse a presidente. “A crise não é uma justificativa para que nós não as enfrentemos. Aliás, é um motivo para que as façamos com maior força, determinação”.

Análises

Na última segunda, a pesquisa do Banco Central junto a instituições econômicas mostrou que os agentes consultados reduziram pela 9ª semana consecutiva a previsão de crescimento da economia brasileira em 2013. Na semana passada, a projeção era de alta do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no País) de 2,34%, e passou para 2,31% na previsão divulgada nesta segunda-feira. Não houve mudança na estimativa de alta para 2014, que se manteve em 2,8%.

Nível de emprego na indústria paulista cai em junho


O nível de emprego na indústria paulista recuou em junho, com fechamento de 4.500 postos de trabalho, sendo 2.670 no segmento de cana-de-açúcar, segundo dados divulgados hoje (16) pela Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias (Ciesp). As entidades registram 59.500 vagas abertas no ano, mas estimam que esse número cairá ao menos pela metade até dezembro. Em 12 meses, o setor industrial fechou 28 mil empregos.


De acordo com a Fiesp, o resultado do mês passado deve-se, em parte, à antecipação da colheita de cana. O mesmo setor manteve desempenho positivo nos três anos anteriores. Também fecharam vagas em junho os segmentos de veículos automotores (-1.008) e confecção de artigos de vestuário (-763). Abriram vagas produtos diversos (1.490), com destaque para brinquedos, produtos de metal (791) e máquinas e equipamentos (516).

Nas variações acumuladas no ano, o resultado de 2013 (crescimento de 2,31%) supera apenas o de 2009, quando o primeiro semestre fechou com queda de 1,86%. O melhor ano foi o de 2010, com expansão de 6,7%.

Deputados federais se posicionam contra projeto da terceirização sem limites

 

Os deputados federais Margarida Salomão, Jô Moraes, Odair José da Cunha, Leonardo Monteiro, Weliton Prado e Padre João assinaram documento enviado pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG) e assumiram o compromisso de combater o Projeto de Lei 4.330/2004, que está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

A Central seguirá cobrando dos demais deputados, dos senadores por Minas Gerais, do governo federal e do ministro do Trabalho, Manoel Dias, um posicionamento contrário ao projeto do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), conforme proposta feita pela presidenta da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, em Debate Público realizado na Assembleia Legislativa, no dia 10 de junho.

Beatriz Cerqueira destacou, na ocasião, que é preciso criar estratégias que impeçam o projeto de prosperar no Congresso Nacional. De acordo com ela, os movimentos sociais têm se mobilizado e querem que o Governo Federal e os deputados, em especial os que compõem a bancada mineira, se posicionem. “Não queremos terceirização melhorada, tampouco um projeto que seja menos pior para o trabalhador. Não é hora de mediação, mas de posicionamento por parte de quem efetivamente irá apreciar a matéria”, cobrou.

O Projeto de Lei 4.330/2004 permite  prática a terceirização de serviços em todas as atividades das empresas e órgãos públicos, sem limites à atividade-meio, sendo, por isso, um atentado à dignidade do trabalhador brasileiro e uma forte ameaça à organização impessoal da Administração Pública

 

 

Grupo dos Trabalhadores da Comissão da Verdade será oficializado dia 22 de julho

Um ato sindical unitário está marcado para a próxima segunda-feira (22), às 9h, no Sindicato Nacional dos Aposentados (R. do Carmo, 171, Sé – São Paulo) para apresentar oficialmente o Grupo dos Trabalhadores da Comissão da Verdade. Instalado no dia 13 de abril, o colegiado tem a tarefa de subsidiar as investigações da CNV através do resgate da história e memória de trabalhadores que foram perseguidos, torturados e assassinados, 

A data para a apresentação foi escolhida por sua simbologia. No dia 21 de julho de 1983, há 30 anos, ocorria a primeira greve geral durante o regime militar, que contou com adesão direta de mais de dois milhões de trabalhadores do setor público e privado, do campo e da cidade.

 “É um momento importante da sociedade brasileira reforçar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, em apoio ao Grupo dos Trabalhadores e sua coordenadora, Rosa Cardoso, para que possamos neste um ano de trabalho que a CNV ainda tem pela frente, ampliar a democracia e aprofundar o resgate da verdade histórica”, salientou Expedito Solaney, secretário nacional de Políticas Sociais da CUT.

O evento unitário das centrais, acredita Solaney, “vai colaborar para sensibilizar nossa base, cada entidade, cada dirigente sindical, a buscar informações sobre o período da repressão, ajudando na reconstituição da história para que possamos ao final apresentar um completo e consistente relatório que colabore na reparação política e material a todos os dirigentes sindicais, trabalhadores e familiares de trabalhadores vítimas do golpe”.

FGTS: tire suas dúvidas sobre a correção

1)  O que é o FGTS? Quando foi criado?

Até 1966, o empregado que completasse 10 anos de trabalho só poderia ser demitido por justa causa após a confirmação de falta grave por meio de inquérito administrativo. Era uma estabilidade garantida.

 

O FGTS foi criado em 1966 em substituição a essa tal estabilidade. Foi instituído pela Lei nº 8.036/1990 e é regido “por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho Curador, composto por representantes de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo” (art. 3º Lei 8.036/90 com redação dada pela Lei nº 9.649/1998).

 

2)  Como é formado o FGTS?

É formado por depósitos mensais, efetuados pelo empregador, em contas individuais e vinculadas em nome de cada trabalhador, correspondentes a 8% da remuneração mensal do empregado, incidindo também sobre o 13º salário e sobre o adicional de 1/3 de férias.

 

3)  Quais são as funções do FGTS?

Seguro social para o caso de aposentadoria, morte ou invalidez e desemprego do trabalhador; e fonte de financiamento para habitação, saneamento e infraestrutura urbana.

 

4)  A correção monetária do FGTS está garantida em lei?

A correção monetária das contas do FGTS está garantida em lei, no art. 2º:

 

“Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações.”

 

5)  Além da correção monetária sobre o FGTS, também incidem juros?

Além da correção mensal, a lei do FGTS mantém a determinação de que sobre o saldo das contas vinculadas e de outros recursos a ele incorporados devem ser aplicados juros:

 

“Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e capitalização juros de 3% (três) por cento ao ano.”

 

6)  O FGTS sempre foi corrigido pela TR (Taxa Referencial)?

Não. Desde a criação do FGTS, os depósitos na conta dos trabalhadores estavam sujeitos a correção monetária, de acordo com a legislação específica, e capitalização de juros.

 

As formas de correção dos depósitos vinculados ao FGTS sofreram várias mudanças ao longo dos anos. Essa correção foi trimestral até 1969, semestral de 1969 a 1972, anual de 1972 a 1975, trimestral de 1975 a 1989 e, finalmente, mensal a partir de 1989. As correções trimestrais e semestrais dos saldos das contas foram extremamente danosas, representando perdas significativas para os trabalhadores. Além disso, nem sempre os índices utilizados para a correção dos saldos representavam a verdadeira evolução dos preços da economia.

 

Tudo isso se constituía em confisco do patrimônio do trabalhador, especialmente durante a segunda metade dos anos de 1980 e início dos anos de 1990, período de inflação muito elevada e de vários planos de estabilização, quando ocorreram diversas mudanças nos critérios de cálculo da inflação, que resultaram em expurgos de parte da correção monetária devida sobre o saldo das contas vinculadas dos trabalhadores. Em setembro de 2000, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a reposição de 68,90% dos expurgos ocorridos, relativos aos Planos Verão (16,65%) e Collor (44,80%), nas contas existentes entre dezembro de 1988 e abril de 1990. 

 

A Taxa Referencial (TR) foi instituída na economia brasileira pela Lei nº 8.177, de 31/03/1991, que ficou conhecida como Plano Collor II. Seu objetivo foi estabelecer regras para a desindexação da economia. À época, foi extinto um conjunto de indexadores que corrigiam os valores de contratos, fundos financeiros, fundos públicos, bem como as dívidas com a União, entre outros.

 

Assim, foram extintos, a partir de 1º de fevereiro de 1991, o Bônus do Tesouro Nacional (BTN) Fiscal, instituído pela Lei nº 7.799, de 10/07/1989; o BTN referente à Lei nº 7.777, de 19/06/1989; o Maior Valor de Referência (MVR) e as “demais unidades de conta assemelhadas que são atualizadas, direta ou indiretamente, por índice de preço”, conforme o art. 3º da Lei em questão. Simultaneamente, o art. 4º determinou que “a partir da vigência da medida provisória que deu origem a esta lei, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deixará de calcular o Índice de Reajuste de Valores Fiscais (IRVF) e o Índice da Cesta Básica (ICB), mantido o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)”.

 

A TR é calculada pelo Banco Central, a partir do cálculo dos juros médios pagos pelos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e RDB (Recibos de Depósito Bancário) pelos 30 maiores bancos. Em 1995, o Banco Central introduziu na fórmula um redutor sobre esse cálculo.

 

7)  Quando o FGTS passou a ser corrigido pela TR (Taxa Referencial)?

A partir de fevereiro de 1991, quando a TR foi criada por meio da Lei nº 8.177/91, que passou a corrigir os saldos do FGTS conforme art. 17:

 

“Art. 17. A partir de fevereiro de 1991, os saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) passam a ser remunerados pela taxa aplicável à remuneração básica dos depósitos de poupança com data de aniversário no dia 1°, observada a periodicidade mensal para remuneração.”

 

8)  Por que o trabalhador perdeu com a correção do FGTS através da TR (Taxa Referencial)?

O FGTS, assim como tudo o que foi corrigido pela TR entre 1991 e 2013, ficou abaixo do índice de inflação. Somente nos anos de 1992, 1994, 1995, 1996, 1997 e 1998 a TR ficou acima dos índices de inflação.

 

9)  Por que só agora os sindicatos perceberam que os trabalhadores perderam com a correção do FGTS pela TR?

Desde 2005, a CUT vem propondo e discutindo, tanto no Conselho Curador do FGTS quanto no Congresso Nacional, a alteração na forma de correção das contas, considerando inclusive a utilização de parte do superávit como forma de melhorar a remuneração do sistema. Existem diversos projetos em tramitação no Congresso Nacional. O problema da escolha da TR como fator de correção e atualização do FGTS ganha força agora porque a distância entre a TR e a inflação tem aumentado (desde setembro de 2012 a TR é zero).

 

10)              Por que é tão complicado resolver a questão do reajuste do FGTS pela TR?

É complicado porque não se trata apenas do FGTS, é todo um sistema inter-relacionado; por exemplo, a TR também é utilizada para a correção monetária dos empréstimos de financiamento de bens imóveis.

 

Assim, os trabalhadores de menor renda, que são beneficiários em programas de financiamento subsidiados pelo FGTS, poderiam sofrer impactos; o mesmo aconteceria aos trabalhadores com financiamento pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação), que têm sua dívida corrigida pela TR.

 

Além disso, o critério é legal e exige, portanto, uma alteração na lei para que se repense o sistema de remuneração global e as contas do FGTS.

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendimento consolidado por meio de Súmula (decisões reiteradas do tribunal sobre o mesmo tema) de que a TR é o índice aplicável para correção do FGTS:

 

Súmula nº 459:

“A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhidos pelo empregador mas não repassados ao fundo.”

 

11)              O trabalhador teve alguma perda com a correção do FGTS pela TR a partir de 1991?

 

É fato que o trabalhador perdeu ao longo dos anos com a correção do saldo de seu FGTS pela TR; todavia, essa correção não é ilegal, pois atualmente a legislação e o STJ reconhecem a aplicação da TR para correção monetária do saldo do FGTS.

 

Entretanto, o direito é dinâmico e muda conforme os anseios da sociedade. Apesar de a situação atual ser esta, não significa necessariamente que daqui alguns anos o cenário não possa mudar.

 

12)              Algum trabalhador já ganhou alguma ação nesse sentido?

Até o momento nenhum trabalhador ganhou alguma ação nesse sentido. É preciso ter muita cautela sobre notícias que têm circulado com ganho de causa. Isso não é verdade.

 

13)              Vale a pena o trabalhador propor ação individual?

O Sindicato não recomenda que o trabalhador proponha ação individual, pois, se não ganhar o processo, corre o risco de ter que arcar com as custas do processo e com os honorários advocatícios.

 

Além disso, poderia haver decisões individuais conflitantes, ou seja, uma que conceda o direito e outra que o negue.

 

Essa situação não é como tem sido noticiada, de simplesmente entrar na Justiça para buscar as perdas. Existe a necessidade de discutir em profundidade a questão da TR.

 

Como a questão envolve direitos dos trabalhadores, ela exigirá uma definição geral, não sendo viável que o trabalhador ingresse com a ação individualmente para reclamar diferenças.

 

14)              Como os sindicatos devem agir?

Os sindicatos estão acompanhando de perto esse assunto e avaliando se os ganhos potenciais da categoria valem os riscos da ação.

 

Atualmente estão aguardando um posicionamento da CUT, que busca uma solução negociada para o problema, a fim de evitar a demora na solução pelo Judiciário e o risco de uma perda da ação, já que a matéria é complexa e envolveria alteração na legislação e no posicionamento do STJ.

 

15)              E em relação ao passado?

A CUT defende os interesses dos trabalhadores e nesse sentido vai usar todos os meios para evitar perdas e recompor os saldos. No momento defendemos que a correção seja aplicada nos meses em que começaram as perdas e deve continuar da mesma forma para os meses futuros a partir de julho de 2013. Mas esse é o nosso posicionamento e não sabemos o que o Judiciário entenderia caso fosse proposta essa ação. 

 

 

 

CUT e outras 7 centrais decidem novas manifestações

A CUT e outras sete centrais sindicais se reuniram nesta sexta-feira (12), em São Paulo, para avaliar o Dia Nacional de Mobilizações e definir os próximos passos. Foi consenso entre todos os sindicalistas que as manifestações de ontem foram um sucesso, com mobilizações nos 27 estados do País e em centenas de cidades do interior, o que contribuiu para reafirmar e dar mais visibilidade à pauta da classe trabalhadora. Além disso, os atos deram ao movimento sindical mais condições de negociar com o governo e o Congresso Nacional, onde todos os projetos de interesse dos trabalhadores são engavetados.

A entrada da classe trabalhadora, de forma organizada, na luta por melhores condições de vida, deu ao movimento sindical mais condições de pressionar o parlamento e o governo e conquistar itens da pauta de reivindicações entregue em março.

“Ficou claro para o Congresso Nacional e para o governo que é preciso atender à nossa pauta”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que falou sobre o poder que a unidade das centrais representa e sobre o calendário de mobilizações definido e aprovado na reunião dos sindicalistas.

 “As centrais sindicais têm unidade na defesa da classe trabalhadora. E pela conquista dos itens da pauta de reivindicações que entregamos para o governo e para o Congresso, vamos até o fim”, concluiu o dirigente.

Os principais itens da pauta são o fim da terceirização, redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, 10% do PIB para educação, 10% do orçamento para a saúde o fim do fator previdenciário, fórmula matemática criada pela equipe econômica do ex-presidente FHC, que reduz o valor das aposentadorias. O fator é calculado levando-se em consideração a idade, a expectativa de sobrevida (que vem aumentando nos últimos anos) e o tempo de contribuição do segurado.

CALENDÁRIO DE LUTA

No dia 6 de agosto serão realizados atos contra a terceirização nas portas das federações patronais em todas as capitais do Brasil e também nas confederações de empresários (CNI, CNC, CNC), em Brasília. O objetivo é pressionar os empresários a retirar da pauta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização da mão de obra, precarizando ainda mais as relações e as condições de trabalho.

Os atos foram marcados para este dia porque, no dia 5, terminam as   negociações da Mesa Quadripartite, que reúne trabalhadores, empresários, governo e deputados federais, que está discutindo alterações no texto do PL da terceirização. Na mesa, a bancada dos trabalhadores está tentando alterar o texto para proteger os direitos dos trabalhadores, mas há muita resistência da bancada patronal.      

Na reunião desta sexta também foi acordado entre todos os dirigentes dar um prazo ao governo e ao Congresso para atender as reivindicações ou abrir um processo de negociação. Caso isso não aconteça, decidiram marcar uma paralisação nacional no dia 30 de agosto.

Multidão nas ruas reivindica mais direitos

Poucas vezes na história do país tivemos mobilizações tão grandes. O que desencadeou tudo isso? Essa é uma pergunta que estudiosos, políticos, historiadores e a própria população têm tentado responder nos últimos dias. Mas não é uma pergunta simples, e ela tem várias respostas.

Tudo começou com o MPL (Movimento Passe Livre) reivindicando a redução do preço das passagens do transporte coletivo. É importante observar que esse movimento existe há anos e que a discussão pelo passe livre foi pautada pela primeira vez na gestão de Luiza Erundina (PT), na década de 1980, sem sucesso.

Transporte público de qualidade e acessível aos trabalhadores é uma bandeira antiga que conta com o total apoio dos partidos de esquerda, da CUT e do nosso Sindicato, mas que até então não vinha conquistando avanços.

Desta vez a voz do povo foi ouvida. Prefeitos de diversas capitais tiveram de voltar atrás em suas decisões e baixar a tarifa do transporte público.

Antes, no entanto, numa das manifestações organizadas pelo MPL, a polícia agiu de forma truculenta ao agredir manifestantes, jornalistas e pessoas que estavam nas imediações tentando voltar do trabalho para casa.

A partir desse fato, o movimento parece ter tomado um novo rumo. As pessoas se solidarizaram com os agredidos e o clamor popular passou a ser por liberdade de expressão. Gente de todos os partidos, credos e tribos tomou conta das ruas gritando por mudanças.

Mudanças, aliás, que há muito tempo os movimentos sociais e a CUT vinham pedindo para os sucessivos governos – Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma – sem trégua. Saúde, educação, transporte público de qualidade e reforma política fazem parte da extensa lista de reivindicações que sindicatos e movimentos sociais têm apresentado exaustivamente aos governos democráticos, nos últimos 20 anos.

O movimento cresceu muito rápido nas redes sociais. Muitos jovens querendo expor suas ideias foram para as ruas, mas ali também estavam militantes partidários dos movimentos sociais, de moradia e de saúde.

Assim, a mobilização passou a agregar de tudo um pouco, e faixas e cartazes muitas vezes pareciam contraditórios. Uma mistura de bandeiras e reivindicações concretas, como a luta pelo transporte gratuito, por saúde e educação de qualidade e pela reforma política, com outras conservadoras que tentaram surfar na onda de reivindicações antigas.

Esse processo contribuiu para que o governo desencadeasse um conjunto de iniciativas relevantes, como a reforma política, recursos para mobilidade urbana e investimentos no SUS. A propósito, bandeiras históricas dos partidos de esquerda e do movimento sindical. Mas, como todos sabem, reformas de tamanha proporção dependem do apoio da maioria do Congresso, e muitos dos nossos parlamentares preferiram ignorar essas questões.

Diante das pressões também foi votada a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Os que eram contra não tiveram coragem de se manifestar.

Foi um bom começo e, para nós do movimento sindical, a confirmação do que sempre dizemos para a categoria: só com união e luta vamos garantir conquistas.

 

Diretoria Colegiada

CUT divulga relato das mobilizações ocorridas no Dia Nacional de Luta

Na última quinta-feira, 11 de julho, milhares de trabalhadores e trabalhadoras saíram às ruas no Dia Nacional de Luta, convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em conjunto com as centrais sindicais e apoio dos movimentos sociais e populares.



Entre as reivindicações estão: redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; contra o PL 4330, sobre terceirização; fim do fator previdenciário; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.

A CUT, juntamente com os movimentos sociais, também defendeu a proposta de plebiscito para a reforma política e a democratização da comunicação.



A mobilização conjunta e unitária fortaleceu a luta para que as reivindicações da classe trabalhadora tenham prioridade na agenda do governo e do Congresso Nacional. “Assim como privilegia a pauta dos empresários, queremos que o governo coloque pauta da classe trabalhadora na ordem do dia”, disse Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.



Abaixo, um relato das principais mobilizações que ocorreram pelo país:

ACRE

Concentração na Praça em frente ao Palácio do Governador, às 8h30, seguindo em caminhada até a Prefeitura de Rio Branco.

ALAGOAS

Manifestação reuniu mais de 10 mil. Trabalhadores da Eletrobrás realizaram uma caminhada. Houve mobilização dos servidores da educação e saúde e ocupação da Secretaria Estadual de Gestão Pública. Cinco rodovias foram fechadas, além da via de acesso ao aeroporto.  Em seguida, os trabalhadores saíram em caminhada pelo Porto de Maceió e realizaram um ato na parte da tarde.

AMAZONAS

Categorias: Servidores Públicos, Federais, Estaduais e Municipais, Professores, Estudantes, Jornalistas, Assistentes Sociais, Trabalhadores de Transportes Especiais, Transportes Urbanos, Urbanitários, Petroleiros, Saúde, Camelôs, MotoTaxistas, Taxistas, Pescadores, Trabalhadores Rurais, Artesãos, Setor de Hotelaria, Construção Civil, Setor Naval, vigilantes.

Em Manaus foram bloqueadas as estradas BR 174 (Manaus-Boa Vista/RR), AM 010 (Manaus-Itacoatiara) e AM 070/Manuel Urbano (Manaus-Manacapuru).

AMAPÁ

Ato na Pça da Bandeira, seguido de passeata pela orla até o centro de Macapá

BAHIA

Categorias: químicos, petroleiros, rodoviários, radialistas, bancários, comerciários, professores, servidores, trabalhadores da saúde, policiais civis, entre outras.

Ato em frente à Rede Bahia, afiliada à Rede globo, em Salvador. Foi entregue um documento à emissora em defesa da democratização da comunicação.

Marcha: do bairro Campo Grande até a Praça Municipal no centro.

Bloqueios rodovias federais e estaduais: BR 324, BA-526, BA-093 e BA-099.- Manifestações na BA 522, BR 101 e BR 242.

CEARÁ

Categorias, como portuários, professores, servidores públicos municipais, rurais, construção civil. Os rodoviários fecharam estradas federais que cortam o estado. Comerciários paralisaram atividades por 24 horas.

– Ato político no Tabueiro do Norte (Vale do Jaguaribe).

DISTRITO FEDERAL

Cerca de 5 mil pessoas participaram do ato no Museu da República, seguido de passeata até o Congresso Nacional e em seguida até a Esplanada dos Ministérios. O MST ocupou a sede do Incra.

ESPÍRITO SANTO

Categorias: Ferroviários, rodoviários, metalúrgicos, educação pública e particular, comerciários, bancários, eletricitários, construção civil  – universidade federal, repartições públicas – exceto hospitais.

– Bloqueio de todas as entradas da capital, estradas e pontes de acesso.

– Cerca de mil CUTistas participaram do ato em frente à Assembleia Legislativa

GOIÁS

– Bloqueio de rodovias federais em Goiânia e em cidades do interior.

– Paralisação de órgãos públicos em Goiânia

MINAS GERAIS

Cerca de 10 mil pessoas participaram de ato na Praça Sete, seguido de marcha pelas ruas da capital de Belo Horizonte. Atos públicos foram realizados em pontos de protesto e a passeata foi encerrada, por volta das 18h, em frente à Rede Globo Minas, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da cidade.

Durante o dia, várias categorias paralisaram as atividades, total ou parcialmente. Os metroviários paralisaram o serviço a partir da 1h de quinta-feira (11).

Trabalhadores em educação e da saúde do Estado, profissionais da educação de Contagem, servidores municipais, eletricitários, bancários, petroleiros, técnico-administrativos da UFMG, metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e de outras cidades também pararam.

Também foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa a pauta da classe trabalhadora.

MARANHÃO

São Luis: ato às 15 horas: 2500 participantes

Categorias: SINDSPREV (paralisação com assembleia do Hospital Materno Infantil; Eletronorte – urbanitários (paralisação/assembleia na entrada); SINPAF (Embrapa): paralisação durante a manhã; CAEMA (saneamento), greve e mobilização.

Imperatriz:  paralisação da BR (rurais, professores e municipais)

Vargem Grande: paralisação da BR (rurais)

MATO GROSSO

Participação de mais de 20 entidades – trabalhadores da educação básica, professores/as e funcionários/as da UFMT, servidores/as públicos federais, estaduais, bancários/as, trabalhadores da saúde, agricultores/as familiares e caminhoneiros.

Ato na praça 08 de abril (Praça do CHOPÃO) e caminhada passando pelas avenidas Isaac Póvoas, Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Getúlio Vargas, até chegar à Praça Alencastro.

As atividades acadêmicas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) foram suspensas. O movimento contou com a adesão dos professores, técnicos e servidores da UFMT e do IFMG.

Houve bloqueio em algumas rodovias estaduais (MST) e caminhoneiros.

Rondonópolis e Cáceres: atos políticos

MATO GROSSO DO SUL

Mais de 20 mil trabalhadores do campo, da cidade, jovens do movimento estudantil e indígenas fizeram um verdadeiro mar de bandeiras dos movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul no Dia Nacional de Luta.

As centrais sindicais, puxadas pela CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul), realizaram uma grande marcha nas ruas do centro de Campo Grande e no final realizaram um grande ato público na principal praça da cidade, a Rádio Clube. Mais de 30 sindicatos cutistas participaram da manifestação que foi chamada de Movimento da Classe Trabalhadora de Mato Grosso do Sul.

No plano estadual foram cobradas ações para a celeridade na demarcação das terras indígenas, um drama dos direitos humanos no estado, a valorização dos servidores públicos pelo governo estadual e a punição à máfia do câncer, que foi descoberta pela Operação Sangue Frio, que escandalizou o país.

 

 

PARÁ

Em Altamira (PA), a 740 km da capital, CUT e movimentos sociais exigiram cumprimento imediato das condicionantes de Belo Monte, serviços públicos de qualidade, mais condições de trabalho nos bancos, mais infraestrutura, reforma agrária, saúde e transporte público de qualidade.

Bancários pararam todas as agências do município. Mobilizações de rua tiveram participação dos urbanitários, trabalhadores e trabalhadoras rurais, Fetagri, MAB-Movimento dos Atingidos por Barragens e Levante Popular da Juventude, foram de manhã e à tarde nas ruas.

PARAÍBA

Cerca de 10 mil pessoas participaram dos atos.

Categorias: Comerciários, Bancários, Professores, Construção civil, previdenciários, saúde, entre outros. O MST bloqueou diversas rodovias no interior.

PARANÁ

Ato no Calçadão da XV no centro de Curitiba. Empresas paradas, rodovias com bloqueios temporários, praças de pedágio abertas e trabalhadores e trabalhadoras nas ruas pela pauta da classe trabalhadora. As manifestações ocorreram simultaneamente em todas as regiões do Estado.

Atos também em Londrina.

PERNAMBUCO

– Bloqueio no Complexo Industrial de Suape, em Ipojuca.

– Em Palmares: ato dos trabalhadores da Educação

– Petrolina: passeata até Juazeiro.

– Bloqueio em rodovias federais e estaduais: PE-60, BR-101 e BR 232.

– Ato público no centro de Recife reuniu cerca de 15 mil pessoas – com caminhada da Av. Conde da Boa Vista, seguindo pela Rua da Aurora até a Assembleia Legislativa, onde foi entregue a pauta de reivindicações.

PIAUÍ

Teresina: Ato Político com 1500 militantes, sendo 800 da CUT. Melhor manifestação dos últimos 10 anos, empolgou os manifestantes.

Policiais Federais paralisaram; Bancários atrasaram entrada dos bancos; a ADUFPI (docentes) manifestação na Universidade e urbanitários (água e energia) fizeram manifestação

RIO DE JANEIRO

Ato na Candelário com cerca de 20 mil pessoas, seguido de caminhada até a Cinelândia. Confronto com a PM que ocorreu não teve envolvimento com os manifestantes da CUT, centrais e movimentos sociais, mas sim, de um grupo isolado de mascarados infiltrados nos atos.

No Norte-Fluminense, petroleiros ocuparam a ponte que liga Rio das Ostras a Macaé.

RIO GRANDE DO NORTE

Cerca e 30 mil participaram dos atos em Natal. Houve paralisação de ônibus, nos bancos, comércio e órgãos municipais e estaduais.

Bloqueio da BR 101, além das avenidas Senador Salgado Filho, Bernardo Vieira e Eng. Roberto Freire.

Em Mossoró, cerca de 500 cutistas participaram das manifestações que reuniu 1.200 pessoas. Escolas municipais e estaduais pararam.

RONDÔNIA

Em Porto Velho, cerca de 800 trabalhadores fecharam as Avenidas Jorge Teixeira, Carlos Gomes, Presidente Dutra e Sete de Setembro. Depois fizeram um ato público em frente ao Palácio do Governo e entregaram a pauta de reivindicações.

Ao longo da BR-364, foram feitas manifestações em Jaru, onde 2 mil trabalhadores bloquearam a ponte; Pimenta Bueno, com 500 trabalhadores em passeata e em Vilhena, com 700 trabalhadores fechando a BR 364.

RORAIMA

Os trabalhadores percorreram a Avenida Capitão Ene Garcez, em direção à Praça do Centro Cívico e finalizaram a caminhada em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.

RIO GRANDE DO SUL

Mobilizações em Porto Alegre, Região Metropolitana, Missões, Vale dos Sinos, Bagé, Pelotas, Celeiro, Vale do Rio Pardo, Caxias do Sul, Passo Fundo, além do Litoral Sul e Ijuí, na região noroeste.

Paralisação de ônibus em Porto Alegre e em várias cidades da região metropolitana.

Bloqueios da ponte do Guaíba e da BR-116. Houve fechamento de agências bancárias em várias cidades.

No Vale dos Sinos, bloqueio da BR 116,seguido de ato em frente à Gerdau.

Ato no Laçador seguido de caminhada até o Lgo. Glênio Peres.

Os professores fizeram caminhada até a prefeitura e ocupação. Manifestação de rurais nas BRs e no Detran. Ato na Funai.

No litoral Sul, Paralisação no Porto e parada nos terminais do Pólo Naval

SANTA CATARINA

Paralisação em empresas e órgãos públicos: trabalhadores da CELESC, previdenciários, IBGE, educação, polícia civil, motoristas e cobradores de ônibus, entre outros.

Bloqueio na rodovia BR 101, nas quatro principais entradas de Chapecó, pedágio da BR 116 e na principal ponte de Florianópolis.

Caminhada nas principais ruas da capital.

Mais de 14 mil pessoas participaram dos atos em todo o Estado

SÃO PAULO

Diadema – Químicos do ABC paralisaram a fábrica Davene; manifestação dos servidores municipais em frente à prefeitura.

São Bernardo do Campo – cerca de 4 mil metalúrgicos ocuparam a Via Anchieta e seguiram em caminhada até o Paço Municipal para ato, reunindo-se aos químicos, vidreiros, municipais, servidores públicos, saúde, construção civil. Cerca de 20 mil participaram do até.

Os químicos do ABC paralisaram a Basf  (Demarchi e em unidades da Akzo Nobel)

Petroleiros fizeram ato no terminal da Petrobrás em São Caetano.

Em Mauá, químicos e petroleiros paralisaram a RECAP.

Na capital, bancários, municipais, químicos de SP e gasistas se reuniram na AV. Paulista em ato que reuniu 15 mil pessoas.

Também houve manifestações em Osasco, Baixada Santista, Campinas, Limeira, Paulínea, Jundiaí, Mogi das Cruzes, São Carlos, Sorocaba, Pindamonhangaba, Taubaté, Caçapava e São José dos Campos.

SERGIPE

Concentração às 14h na Praça Fausto Cardoso – Aracaju, seguida de Ato Político.

Participação: CUT, Levante Popular da Juventude, do MOTU, Unidade Classista, MST, Força Sindical, CTB, CSP/Conlutas, do Movimento

Centrais aguardam negociação com o governo

Nesta sexta-feira (12) as centrais sindicais fizeram uma reunião de avaliação do Dia Nacional de Luta e concluíram que ganharam mais condições de negociar com o governo após os protestos realizados ontem em todo o país.

Para o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, a manifestação é para atender às reivindicações e não em favor ou contra determinado governo. “Não estamos nos manifestando contra ou a favor de governo nenhum. É para que se atenda às nossas reivindicações”.

As centrais esperam que o governo negocie a pauta de reivindicações dos trabalhadores e, caso não haja avanços nesse sentido, não está descartada uma paralisação nacional no dia 30 de agosto.