Brasil liderará criação de empregos no continente, mostra pesquisa

O Brasil liderará a criação de emprego no segundo trimestre de 2013 no continente americano, segundo uma pesquisa divulgada pela empresa norte-americana de consultoria Manpower.

 

De acordo com a consulta, elaborada em 42 países e territórios do mundo, dez deles na América, a oferta de emprego no Brasil crescerá 30%. No continente, também aparecem com destaque Panamá (25%), México (18%) e Peru (17%).

 

A pesquisa, de apenas uma pergunta sobre a expectativa de aumento, manutenção ou queda dos postos de trabalho, foi respondida por quase 66 mil diretores de recursos humanos, entre os quais, em nível global, os resultados mostram que “a incerteza ainda pesa na confiança dos empregadores”.

 

“As tendências líquidas do emprego são mistas e parece que vários gerentes ainda estão à espera de uma solução mais clara para a crise de dívida soberana na Europa”, revela o documento apresentado em entrevista coletiva no Panamá pelo gerente regional de Vendas da Manpower América Central, o mexicano Erik López. 



Colômbia e Argentina, com uma expectativa de crescimento da oferta trabalhista de 16%, Canadá com 15%, Costa Rica e Estados Unidos com 13% e Guatemala com 12%, são os demais mercados examinados pela empresa no continente americano.



Enquanto isso, na região da Ásia e do Pacífico o país que liderará o crescimento da demanda de trabalhadores de abril a junho é Taiwan, com 33%, seguido de Índia (30%), Nova Zelândia e Japão (23%), China (18%), Cingapura (17%), Hong Kong (9%) e Austrália (8%).



Os 24 países consultados na Europa, no Oriente Médio e na África são liderados pela Turquia, com 18%, seguida por Israel (13%) e Bulgária (12%), enquanto nos últimos lugares estão Holanda (5%), Itália (10%) e Espanha (11%).

Lucro alto e salário baixo

 

Salários e direitos trabalhistas continuam sendo chamados de Custo Brasil pelo empresariado brasileiro, equivocadamente. Quando, na verdade, salários e direitos são fundamentais para o desenvolvimento do país, pois melhoram a qualidade de vida do trabalhador, aumentam o poder de compra e fazem girar a economia.

As margens de lucro das empresas no Brasil são as mais elevadas do mundo. Na indústria farmacêutica, por exemplo, as margens líquidas ficam acima de um dígito, entre 18% e 28%. Para estimular a produção nacional, o governo passou a priorizar, no ano passado, a aquisição de medicamentos com margem de preferência de até 25% sobre os produtos importados – compras que representam R$ 3,5 bilhões anuais.

Além disso, a indústria de fármacos e medicamentos foi beneficiada com a desoneração de 20% da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento e, a partir deste ano, as empresas poderão optar pela alíquota fixa de 1% sobre a receita.

Exemplos desse tipo não faltam em nenhum setor. O setor automobilístico, inclusive, já foi alvo de um estudo que revelou que a margem de lucro das montadoras instaladas no Brasil é três vezes maior que nos EUA.

Em contrapartida, os salários no Brasil estão entre os menores do mundo. Ainda assim, a indústria continua a usar o velho discurso de que a mão de obra encarece o custo dos produtos, mesmo após o governo Dilma Rousseff ter atendido várias reivindicações históricas do empresariado.

Recentemente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma lista com 101 sugestões que visam elevar a competitividade e a produtividade, diminuindo custos, burocracia e sugerindo mudanças nas leis trabalhistas que obviamente diminuem e flexibilizam direitos. É a mesma fórmula apresentada nos anos de 1990, com a justificativa de que essas medidas estimulariam a geração de postos de trabalho, mas hoje, com mais de 15 milhões de empregos gerados entre 2003 e 2011, a desculpa é que as medidas favorecem a competitividade, ou seja, produção a custos menores.

Só para refrescar um pouco a memória dos patrões, é importante relembrar que o atual governo promoveu a desoneração da folha de pagamento para 42 setores (inclusive químicos, plásticos e farmacêuticos). Elevou a alíquota de importação de inúmeros produtos para favorecer o produto nacional, reduziu o custo da energia elétrica, reduziu as taxas de juros e aumentou o crédito, além de inúmeras outras iniciativas.

Mas e do lado dos trabalhadores? O que foi feito? Sem salários, não há consumo e, sem consumo, as indústrias não conseguem produzir. Será que é tão difícil entender essa lógica?

Governo desonera todos os itens da cesta básica

A presidenta Dilma Rousseff anunciou a desoneração de todos os produtos da cesta básica, que passarão a ser isentos de impostos federais. A medida foi anunciada durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia Internacional da Mulher.



O governo também ampliou o número de ítens que compõem a cesta básica e a lista de produtos que terão impostos federais reduzidos a zero inclui: carnes (bovina, suína, aves e peixe), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes. Parte desses produtos já estava isenta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e agora será liberado da alíquota de 9,35% de PIS/Cofins. A desoneração será regulamentada por uma medida provisória e um decreto, publicados ontem em edição extra do Diário Oficial da União.



“Espero que isso baixe o preço desses produtos e estimule a agricultura, a indústria e o comércio, trazendo mais empregos. Com essa decisão, você, com a mesma renda que tem hoje, vai poder aumentar o consumo de alimentos e de produtos de limpeza e ainda vai ter uma sobra de dinheiro para poupar ou aumentar o consumo de outros bens”, disse a presidenta, falando especialmente às mulheres.



O governo espera que a isenção de impostos federais leve à redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga e do óleo de cozinha, e queda de 12,25% no preço da pasta de dentes e dos sabonetes.



Com a renúncia fiscal sobre os produtos da cesta básica, o governo vai abrir mão de R$ 7,3 bilhões por ano, segundo Dilma. “Mas os benefícios que virão para a vida das pessoas e para a nossa economia compensam o corte na arrecadação”, disse. A medida, segundo a presidenta, também terá impacto na redução de custos para produtores rurais e comerciantes, o que poderá beneficiar a expansão de pequenos negócios e ajudar a estimular a economia.



“Governo o país com a mesma responsabilidade que você e seu marido governam sua casa. Governo também com a mesma responsabilidade e cuidado que vocês devotam à sua família. É por isso que não descuido um só momento do controle da inflação, pois a estabilidade da economia é fundamental para todos nós”.



Durante o pronunciamento de 11 minutos, Dilma também adiantou que o governo irá anunciar, no próximo dia 15, um pacote de medidas em defesa do consumidor, entre elas, a criação de instrumentos legais para punir más condutas e o reforço dos Procons. “O Brasil vai fiscalizar com mais rigor, aplicar multas mais adequadas, vai conscientizar empresas, consumidores e toda a sociedade sobre as vantagens, para todos, da melhoria das relações de consumo”.



No terceiro anúncio feito para as mulheres, Dilma disse que o governo vai instalar em todo o país centros de Atendimento Integral à Mulher, um em cada estado. Os centros reunirão serviços especializados que vão desde a prevenção de violência doméstica a iniciativas de apoio à mulher empreendedora, como capacitação profissional e microcrédito.



“O Brasil, como único país emergente onde, nos últimos anos, diminuiu a desigualdade social, tem a responsabilidade de diminuir, ainda com mais rapidez,  a desigualdade entre homens e mulheres”, disse a presidenta. Além de garantir oportunidades para as mulheres, Dilma disse que a redução das diferenças de gênero passa pela intensificação do combate aos crimes contra as mulheres, que ela classificou de “monstruosos”, como a violência doméstica e o tráfico sexual.



“A violência doméstica, aliás, tem que ser varrida dos nossos lares e do nosso território. Já temos instrumentos poderosos para isso, como a Lei Maria da Penha, que é uma das melhores do mundo. É preciso agora maior compromisso e participação de todos nós”.



Dilma encerrou o pronunciamento com um apelo e um alerta para os homens que cometem violência contra a mulher: “Se é por falta de temor e compaixão que vocês agem assim, peço que pensem no amor, no sacrifício e na dedicação que receberam de suas queridas mães. Mas se vocês agem assim por falta de respeito ou por falta de amor, não esqueçam jamais que a maior autoridade deste país é uma mulher, uma mulher que não tem medo de enfrentar os injustos nem a injustiça, estejam onde estiverem”.

Impacto



A redução a zero de impostos federais para a cesta básica fará o governo deixar de arrecadar R$ 5,54 bilhões em 2013, informou o Ministério da Fazenda. Desse total, o maior impacto virá da desoneração do PIS e da Cofins para oito tipos de produtos, que resultará na perda de R$ 5,11 bilhões.



A desoneração restante virá da redução a zero da alíquota de IPI para o açúcar e o sabonete, que reduzirá a arrecadacão de impostos em R$ 429,71 milhões neste ano. A partir de 2014, a renúncia total corresponderá a R$ 7,387 bilhões por ano – R$ 6,814 bilhões de PIS/Cofins e R$ 572,94 milhões de IPI.



A desoneração beneficiará oito tipos de produtos da cesta básica que ainda pagavam tributos federais: carnes, café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, pasta de dente e sabonete. Outros oito produtos – leite, feijão, arroz, farinha de trigo e massas, batata, legumes, pão e frutas – já eram totalmente desonerados.



Em relação ao PIS/Cofins, a maior redução de alíquota será para o sabonete e a pasta de dente, que pagavam 12,5% e terão as contribuições zeradas. Para os demais produtos, que hoje pagam 9,25%, a alíquota também será reduzida a zero. O mesmo ocorrerá com o IPI, o imposto para o açúcar e o sabonete, os únicos dois produtos sobre os quais esse tributo incidia, que passará de 5% para 0%.

Sindicato segue mobilizando fábricas

Para chegar com mais força nas rodadas de negociação com os patrões (que acontecerão nos dias 19, 22, 25 e 27 de março), o Sindicato tem se empenhado em mobilizar os trabalhadores. Na última semana, os dirigentes estiveram na Libb, na Novartis, na Biolab e na Bergamo.

As mobilizações continuarão nas próximas semanas, simultaneamente às rodadas de negociação.

Mulheres aumentam participação no mercado de trabalho

A proporção de mulheres no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou empregadas, aumentou entre 2011 e 2012 na região metropolitana de São Paulo, passando de 55,4% para 56,1%. Ainda assim, elas representavam, no ano passado, a maior parcela de desempregados (53,7%) e seu salário equivalia a 77% do dos homens, por hora.



É o que aponta o boletim Mulher e Trabalho, divulgado pelo Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). De acordo com os dados, a taxa de desemprego apenas entre as mulheres permaneceu estável entre 2011 e 2012, calculada em 12,5%. Já entre os homens houve um aumento de 8,6% para 9,4% no mesmo período.



“O declínio da taxa de desemprego feminina, na última década, foi resultado do crescimento econômico e do aumento do nível de ocupação, além de refletir as transformações nas relações familiares, em que o modelo de família baseado no chefe masculino provedor vem se alterando e criando novas dinâmicas nas relações dos membros da família com o mercado de trabalho”, aponta o estudo.



O rendimento médio das mulheres na região metropolitana de São Paulo foi em 2012 de R$ 1.363. O dos homens foi de R$ 1.990. Como a jornada média deles é de 43 horas semanais e delas de 39 horas, a pesquisa tomou por base a remuneração por hora, resultando em R$ 8,24 por hora para as mulheres e R$ 10,70 para os homens. Assim, o rendimento das mulheres equivalia, em 2012, a 77% do dos homens.



A menor diferença de rendimento resta no comércio, principalmente na reparação de veículos automotores e motocicletas. Em seguida vem os serviços e por último a indústria. Nos serviços, a diferença de salários aumenta justamente nas ocupações que exigem ensino superior, em especial na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais.

Banco Mundial prevê crescimento de 3,5% do PIB brasileiro

O presidente do Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, disse esperar um repique do PIB após o baixo crescimento econômico registrado no Brasil em 2012, e prevê expansão de 3,5% em 2013. “Nós entendemos a frustração pelo crescimento de 0,9% no ano passado, mas ele teve muito a ver com fatores externos, como a baixa demanda global”, disse Yong Kim, após reuniões com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social).



“A nossa expectativa é que o crescimento chegue a 3,5% neste ano”, afirmou. Yong Kim reconheceu que “precisamos de crescimento do setor privado”, mas destacou que “o compromisso do governo brasileiro com a inclusão social tem sido impressionante”. Segundo ele, “o sucesso do Brasil é extremamente importante para o sucesso do Banco Mundial”.



Yong Kim disse que “é extremamente difícil prever o impacto” do corte de gastos do governo dos EUA, que entrou em vigor em 1º de março. “Esperamos que os partidos políticos encontrem uma saída”, afirmou Yong Kim, sem fazer previsões sobre os riscos que isso pode ter para a economia global.



Segundo ele, o Banco Mundial está muito atento ao impacto que a fragilidade das economias americana e europeia ainda pode ter sobre os países em desenvolvimento. Yong Kim pediu que se evitem cortes nos gastos em educação e em infraestrutura, diante das dificuldades. “O que estamos fazendo é pedir que os países não ajustem todos os programas para reagir ao curto prazo. Pensem em investimentos em capital humano e infraestrutura”, afirmou o presidente do banco.

Banco Mundial vai compartilhar experiência do Brasil sem Miséria

O Plano Brasil sem Miséria vai servir de base para o Banco Mundial (Bird) e os países parceiros produzirem e compartilharem conhecimento sobre a implementação de políticas públicas. A Iniciativa de Conhecimento e Inovação para a Redução da Pobreza vai disseminar experiências como a brasileira em âmbito nacional e internacional.



A parceria envolve o Banco Mundial, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, além do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e está dividida em três etapas. A primeira servirá como um repositório de conhecimento, reunindo informações sobre a implementação do Brasil sem Miséria e do Programa Bolsa Família.



A segunda etapa se refere à análise e ao aprendizado de instrumentos, como as avaliações e os estudos de caso, que permitem abordagens multidisciplinares na implementação da política.



Segundo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, que esteve reunido ontem como ministro Guido Mantega (Fazenda), essa fase irá examinar as especificidades que envolvem as ações. Na terceira etapa haverá a busca de soluções para os problemas de implementação, considerando experiências relatas por profissionais brasileiros e estrangeiros.



Jim Yong Kim afirmou que a iniciativa reconhece o Brasil como um líder global na redução da pobreza e da desigualdade. Kim destacou ainda que o percentual de pessoas na extrema pobreza no país caiu de aproximadamente 20%, no início da década de 1990, para cerca de 7% nos últimos anos.



Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebeu, ontem, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim



“O estabelecimento e a expansão de programas sociais robustos, incluindo o mundialmente conhecido Bolsa Família, também exercem uma influência fundamental e ajudaram não apenas a fornecer uma rede de proteção social, mas estimularam um comportamento positivo como as visitas das mães aos postos de saúde, para receber assistência pré-natal, e a frequência escolar de crianças das famílias que recebem transferências condicionais de renda”, disse presidente do Bird.



Para a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), Tereza Campello, a experiência do Bolsa Família serve como base de políticas públicas para superação da extrema pobreza no mundo, pois já envolve atualmente a participação de mais de 50 milhões de pessoas.



“O Bolsa Família é hoje a base do Brasil sem Miséria, pudemos superar a pobreza dentro do Bolsa Família e hoje podemos afirmar que o fim da miséria é só um começo.



Queremos garantir o fim da miséria do ponto de vista monetário, mas queremos principalmente garantir melhoria das condições de vida para população e oportunidades de inclusão econômica para população pobre”, destacou a ministra.



Lançado em junho de 2011, o Brasil Sem Miséria já retirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza por meio da transferência de renda. Estima-se que ainda seja necessário encontrar 700 mil famílias que não têm acesso às políticas governamentais e encontram-se na miséria, vivendo com menos de R$ 70 mensais por pessoa.



Além da distribuição de renda, o plano agrega ações de acesso a serviços públicos –nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica– e de inclusão produtiva.



Balanço

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, participam amanhã, a partir das 9h30, dos Diálogos Governo e Sociedade Civil: Plano Brasil Sem Miséria, no Palácio do Planalto, em Brasília. Eles apresentarão os resultados do plano de superação da extrema pobreza e os desafios e metas até 2014.



Este é o terceiro encontro com membros da sociedade civil que o governo realiza para discutir o Plano Brasil Sem Miséria. Os anteriores debateram a formulação do plano e apresentaram os resultados do primeiro ano.

OIT quer retirar do trabalho escravo 6 milhões de pessoas até 2015

 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu como meta a recuperação de cerca de 6 milhões de vítimas de trabalho escravo até 2015, o que corresponde a 30% das pessoas nessa situação atualmente. A ação foi definida na última reunião da OIT sobre o tema, em fevereiro, em Genebra, na Suíça, e terá um custo de cerca de US$ 15 milhões. O Brasil está entre os países-alvo da OIT para a recuperação de vítimas, ao lado de outros países da América Latina (Bolívia e Peru, por exemplo), da Ásia (China, Índia, Paquistão), da África (Etiópia, Nigéria, Zâmbia) e do Oriente Médio (Jordânia, Líbano).

O Sudeste asiático é a região que aparece nas estimativas da organização como a que mais reuniu casos de trabalho escravo em 2012, com mais de 11,7 milhões de pessoas. Em seguida estão a África (3,7 milhões), América Latina (1,8 milhões), Ásia (com 1,6 milhões, excluídos o Sudeste Asiático e o Oriente Médio), América do Norte e Europa (1,5 milhões) e o Oriente Médio (600 mil).

Dados divulgados pela OIT, anteriormente à reunião, existem quase 21 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado no mundo – o que ainda é possível por causa da ausência de punições rígidas na maioria dos países.

As estratégias da organização para 2013 e os próximos anos, de acordo com o documento A Estratégia da OIT, obtido pela Agência Brasil, são agrupadas em três prioridades: pesquisa e administração do conhecimento, eliminação do trabalho forçado de cadeias de produção globais e implementação de intervenções nacionais.

Sobre pesquisa e administração do conhecimento, a organização propõe a implementação de um observatório global, com informações estatísticas atualizadas sobre o tema e a publicação de pesquisas sobre trabalho forçado, com o foco na economia.

Em relação à eliminação do trabalho escravo das cadeias produtivas, as propostas são o apoio ao diálogo global e ao desenvolvimento de iniciativas em parceria entre os setores privado e público. No que diz respeito à implementação de intervenções nacionais, a OIT menciona o fortalecimento de capacidades nacionais, que empoderem vítimas em potencial; a prevenção do trabalho escravo; a documentação de experiências; e a mensuração dos impactos.