Segundo OIT, 12,6% dos jovens no mundo estavam desempregados em 2012

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) enfatizou a preocupação com os 12,6% da população jovem desempregada no mundo em 2012, no relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013. De acordo com os dados da organização, a falta de emprego atinge 74 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos, cerca de 37,5% de todas as pessoas sem emprego formal. A taxa de desemprego entre a população acima dessa faixa etária foi 4,5% no mesmo período.



Para a OIT, um dos pontos considerados preocupantes no âmbito do desemprego entre jovens é o tempo prolongado que estes ficam afastados do trabalho. Na Europa, por exemplo, 35% dos jovens desempregados ficaram seis meses ou mais nessa situação. As consequências mais sérias disso, segundo a organização, são a desmotivação e o afastamento do mercado laboral.



“Ter a experiência de períodos de desemprego tão longos ou abandonar o mercado de trabalho no começo da carreira profissional prejudica as perspectivas a longo prazo, o que contribui para a erosão da qualificação profissional e social e impede que os jovens acumulem experiência laboral”, informou o relatório.

 

As taxas médias de desemprego entre jovens e entre adultos no mundo, se comparadas, chegam a ter diferença de até oito pontos percentuais. Enquanto o desemprego atinge, em média, 12,6% da população entre 15 e 24 anos, afeta 4,5% dos adultos. No Oriente Médio, onde as taxas de desemprego entre jovens são as mais altas no mundo, atingem 28,1%, o percentual entre os adultos é 7,5%, ou mais de 20,6 pontos percentuais de diferença. No Norte da África, com 23,8% dos jovens sem ocupação, a diferença para os adultos é 16,7 pontos percentuais (7,1% desempregados adultos).



A América Latina apresentou resultados pouco acima da média maundial: 4,9% de desempregados na população geral e 13,5% entre os mais jovens. Os melhores resultados, quase todos abaixo da média ficaram nas regiões da Ásia Oreintal, Sudeste Asiático e Sul da Ásia.



O grupo das economias desenvolvidas – que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão, a Espanha, Portugal e outros países – a diferença chega a 10,6 pontos percentuais, com 17,9% dos jovens, em média, desempregados. Segundo a OIT, há países da Europa Ocidental em que a taxa chega a 50% nas pessoas entre 15 e 24 anos.

Brasil lidera conteúdo nacional em exportação, aponta estudo

Brasil e Rússia são os países que têm mais conteúdo nacional no valor agregado de suas exportações. A constatação é de uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo o estudo, 90,7% do valor das exportações brasileiras é nacional. O porcentual é bem superior à média dos demais países, de 72,6%.



Em outras palavras, enquanto as exportações brasileiras têm menos de 10% do valor em componentes estrangeiros, a média dos outros países é quase 30%. “Em média, o conteúdo em valor agregado estrangeiro das exportações brutas brasileiras e a parcela dos seus insumos importados que são usados na exportação são inferiores aos níveis registrados em todos os países da OCDE”, destaca a pesquisa.



No estudo, o Brasil ficou apenas atrás da Rússia, que teve 91,9% do valor produzido no próprio país. Entre os demais mercados estudados, a Alemanha, por exemplo, tem 72% do valor agregado com origem nacional. Ou seja, as exportações alemãs têm 28% de componentes importados. Entre os outros países, China e México têm 67,9% do valor agregado nacional, Estados Unidos têm 82,5% e Japão, 83,6%.



A explicação para a elevada participação nacional nas exportações brasileiras, porém, não é das mais positivas: o Brasil tem pouco conteúdo importado porque boa parte das exportações é de itens básicos como as commodities agrícolas e minerais, que não dependem de componentes de outros países, ou produtos com reduzido processo de manufatura, que, por isso, requerem menos tecnologia e têm baixo valor agregado. A mesma explicação pode ser atribuída à Rússia, que depende muito das vendas externas de petróleo e gás.



“O alto conteúdo nacional reflete a envergadura do País e a sua especialização em produtos de base e nas etapas iniciais das cadeias de abastecimento”, diz o relatório no trecho dedicado ao Brasil. Para citar três exemplos: o setor agropecuário brasileiro tem 94,3% de conteúdo nacional, o segmento de minério registra 92,3% do valor das exportações com origem brasileira e o segmento de alimentos, bebidas e tabaco, 93,5%.



Outro setor com elevado conteúdo nacional é o de serviços. Na intermediação financeira, por exemplo, 96,5% do valor agregado das exportações é brasileiro. Na indústria, os níveis de participação estrangeira são maiores. Em material de transporte, como veículos, caminhões e aviões, o porcentual nacional é de 85,7%. Portanto, 14,3% do valor agregado das exportações têm origem no exterior. No segmento elétrico e óptico, os valores são semelhantes: 85% do valor agregado são de componentes nacionais e 15% são de importados.

OIT prevê 200 milhões de desempregados no mundo em 2013

Com atividade econômica menos intensa, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) avalia que o mercado de trabalho seguirá se deteriorando neste ano, superando a marca de 200 milhões de desempregados. Serão 5 milhões a mais em relação a 2012 e 33 milhões a mais desde 2007, ano anterior ao início da crise financeira mundial. Em relatório divulgado hoje (21), a OIT afirma que a economia mundial perdeu força em 2012 e o desemprego voltou a crescer, após dois anos em queda. O número de trabalhadores pobres continua diminuindo, mas em ritmo menor.



De 2011 a 2012, o número estimado de desempregados cresceu em 4,2 milhões, atingindo 197,3 milhões, com uma taxa média de desemprego de 5,9%. A entidade acredita que essas taxas se manterão em torno de 6% pelo menos até 2017. De 2007 a 2012, houve acréscimo de 28,4 milhões de desempregados. Para este ano, a previsão é de que esse número chegue a 202,5 milhões, atingindo 210,6 milhões em 2017.



Na avaliação da OIT, a recuperação prevista para os próximos anos não será suficiente para recuperar o mercado de trabalho. Depois de crescer 3,8% em 2011 e 3,3% em 2012 (ante 5,1% em 2010), a economia mundial deverá crescer gradualmente nos próximos anos, chegando a 3,6% neste ano até atingir 4,6% em 2017. Nas economias desenvolvidas, a taxa, pelas estimativas, deve passar de 1,4% em 2013 para 2,5% daqui a quatro anos, enquanto na América Latina e no Caribe ficará estável, de 3,9% para 4%.



Dos 197,3 milhões de desempregados em 2012, 58% são homens e 42%, mulheres. Pouco mais de 20% (43,9 milhões) estão concentrados em economias desenvolvidas e países da União Europeia, o que teve consequências negativas nas demais regiões. Em torno de 19 milhões desempregados, quase 10% do total mundial, estão na América Latina e no Caribe. O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, criticou o que chamou de “políticas inadequadas” de combate à crise.



“A incerteza em torno das perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que foram implementadas para lidar com isso debilitaram a demanda agregada, freando os investimentos e as contratações”, afirmou. “Isso prolongou a crise do mercado de trabalho em vários países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego em alguns países que antes tinham taxas de desemprego baixas e mercados de trabalho dinâmicos.” O relatório da OIT recomenda três ações de combate ao desemprego: investimentos públicos em infra-estrutura, programas de formação e capacitação e atenção especial ao público jovem.

Perspectivas



Quase 74 milhões de desempregados têm de 15 a 24 anos – a taxa de desemprego nesse segmento chega a 12,6%, mais que o dobro da média geral. “Cerca de 35% dos jovens desempregados nas economias avançadas ficaram sem emprego durante seis meses ou mais. Como consequência, um número crescente deles perde a motivação e se retira do mercado de trabalho”, diz a OIT. “Ter a experiência de períodos de desemprego tão longos ou abandonar o mercado de trabalho no começo da carreira profissional prejudica as perspectivas a longo prazo”, acrescenta.



A entidade afirma que as “condições de crise” voltaram rapidamente às economias desenvolvidas “e a perda de interesse dos investidores por causa do risco na Europa está se difundindo de forma mais extensa”. A taxa média de desemprego, que ficou em 8,6% no ano passado, deve subir ligeiramente este ano, para 8,7%, e recuar nos anos seguintes. “O desemprego juvenil é particularmente grave na Europa, superando 50% em alguns países. Um número cada vez maior de jovens abandonou a busca por trabalho”, observa a entidade, citando outro dado preocupante: “Quase 34% dos que buscam trabalho estavam desempregados por 12 meses ou mais, diante de 28,5% antes da crise”.



Na América Latina e no Caribe, a taxa foi de 6,5% em 2011 para 6,6% em 2012, deve subir a 6,7% neste ano e permanecer em 6,8% nos quatro anos seguintes, percentuais considerados baixos em relação a 2009 (7,8%). “A região se recuperou mais rapidamente da crise do que outras e as condições do mercado de trabalho continuam melhorando”, observa a OIT. Mas a entidade acrescenta que “a produtividade melhorou moderadamente e está previsto que diminua ainda mais, o que constitui uma limitação importante para as futuras melhorias nas condições de vida e trabalho”.



Um dado positivo é o da diminuição dos trabalhadores considerados em situação de extrema pobreza (menos de US$ 1,25 por pessoa/dia), mas eles ainda somam 397 milhões, enquanto outros 472 milhões “não podem satisfazer suas necessidades básicas com regularidade”. A OIT detecta ainda “indícios de uma classe emergente de consumidores entre os trabalhadores nos países em desenvolvimento, que potencialmente poderia compensar uma parte da redução do consumo nas economias avançadas”.

Procuradoria da República apresenta três ações no STF contra novo Código Florestal

A Procuradoria Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três ações contra o novo Código Florestal. Na visão da procuradora-geral em exercício, Sandra Cureau, o texto aprovado no ano passado pelo Congresso e parcialmente vetado por Dilma Rousseff resulta em uma série de infrações à Constituição.



A procuradora pediu que o STF dê tramitação rápida ao julgamento levando em conta a relevância do tema. Os pontos questionados são as determinações quanto às áreas de preservação permanentes (APPs), a redução da reserva legal e a anistia para quem desmatou além dos limites permitidos pela legislação.



Sandra Cureau vê claro retrocesso ao extinguir uma série de proteções garantidas pelo código anterior. “A criação de espaços territoriais especialmente protegidos decorre do dever de preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, de forma que essa deve ser uma das finalidades da instituição desses espaços”, descreve, em uma das ações.



A procuradora também questiona a possibilidade de computar áreas de preservação permanente como reserva legal, o que resulta em uma menor exigência quanto à preservação da mata original nas propriedades agrícolas. Outro ponto sobre o qual pesa a contestação é o perdão a quem tenha desmatado, até 22 de julho de 2008, além dos limites legais. Graças à articulação da bancada de representantes do agronegócio no Legislativo foram retirados do texto original todos os artigos que diziam respeito ao pagamento de multas decorrentes de infrações. 



“A criação de espaços territoriais especialmente protegidos decorre do dever de preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, de forma que essa deve ser uma das finalidades da instituição desses espaços”, diz Sandra Cureau, segundo comunicado emitido pelo Ministério Público Federal.

Brasil é o país que mais deve contratar em 2013

A maioria das empresas brasileiras pretende aumentar o quadro de funcionários em 2013, fazendo do Brasil o país com empregadores mais otimistas entre as dez maiores economias do mundo. Os dados são de uma pesquisa da CareerBuilder com mais de seis mil profissionais de RH.



No Brasil, 71% das empresas pretendem aumentar o número de trabalhadores neste ano, enquanto 20% não esperam mudanças em relação a 2012 e apenas 5% planejam diminuir o quadro de funcionários. Os outros países do BRICs são os que seguem o Brasil no raking dos mais otimistas, com a Índia em segundo lugar, com 67% de empresas contratando, a Rússia em terceiro, onde 48% pretendem contratar, e a China em quarto, com 52% das empresas planejando contratar, mas 27% indicando demissões.



A pesquisa não inclui contratações temporárias ou com jornada de trabalho parcial. No Brasil, as áreas que mais devem contratar, dentro das empresas, são serviços ao consumidor, tecnologia da informação e administração.



As economias europeias apresentam a maior perspectiva de demissões ou de manter os números de 2012. Na Itália, país na última colocação, um terço das empresas espera diminuir o número de colaboradores, enquanto 43% não preveem mudanças. Na Alemanha, país mais bem-colocado depois dos BRICs, 29% esperam contratar mais, 15% preveem cortes e a maioria, 53%, não espera mudanças.



As expectativas para 2013 refletem o nível de satisfação dos empresários em relação a 2012, também medido pela pesquisa. No Brasil, 80% dos entrevistados disseram que a companhia está melhor financeiramente em relação a um ano atrás. Junto com a Índia (81%), o país sai na frente no nível de satisfação, seguido da China e da Rússia, com índices próximos dos 65%.

Justiça obriga empresa a cumprir cota para pessoas com deficiência

O Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou termo de ajuste de conduta (TAC) com a empresa Equipe Administração e Serviços, de Minas Gerais, que deverá cumprir integralmente cota para pessoas com deficiência.  O acordo resultará na inclusão de 15 pessoas com deficiência ou reabilitados no mercado de trabalho. A cota, prevista na Lei 8.213/1993, determina que a empresa reserve 4% de seus postos de trabalho para esses profissionais.

 

“O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) foram comunicados da assinatura do TAC. Nosso objetivo é consolidar uma rede de inclusão envolvendo as diversas entidades, para quebrar resistências e vencer dificuldades que de fato existam”, explica a procuradora do Trabalho, Ana Cláudia Nascimento, responsável pelo caso. Em caso de demissão, as vagas da cota deverão permanecer ocupadas por pessoas com deficiência ou reabilitadas. 

 

Oportunidade

Profissionais reabilitados ou com deficiência que desejarem se candidatar a vagas no mercado de trabalho, podem procurar o banco de empregos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), localizado na Rua Tamoios, 596, em Belo Horizonte, e a Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência (Caade), do Governo de Minas Gerais.

Marta: ´Trabalhador tem liberdade para escolher como usar Vale Cultura´

Em meio às críticas da imprensa tradicional a respeito da capacidade do trabalhador brasileiro fazer “bom uso” do Vale Cultura – instituído em dezembro pela presidenta Dilma Rousseff – a ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmou nesta quinta-feira (17) que as pessoas tem liberdade para comprar “o que bem quiser”. Em artigo no jornal Folha de S. Paulo, Marta já havia classificado a visão dos jornais de “elitista”.

As declarações desta quinta foram feitas ao programa de rádio “Bom Dia Ministro”, produzido pela EBC, mas com participação de emissoras de todo o país.

O Vale Cultura é um benefício de R$ 50 por mês a trabalhadores contratados em regime CLT que recebam até cinco salários mínimos (R$ 3.390, considerando o valor a partir de 2013) para gastar em eventos ou produtos culturais. O vale pode ser usado em ingressos para shows, cinema, teatro e compra de produtos como livros, DVDs e revistas.

“Se ele quiser comprar revista de quinta categoria, assim ou assado, pode. Vai poder comprar o que quiser. O bom disso é a liberdade do trabalhador. Ele vai fazer o consumo como ele desejar”, disse Marta durante a entrevista.

A ministra disse “não ser censora” e afirmou que o “trabalhador decide se quer comprar revista porcaria ou não”.

Receberão o benefício os empregados das empresas que aderirem ao projeto, e o trabalhador terá um desconto de até 10% (R$ 5) do valor do vale. O funcionário pode optar por não receber o valor. Segundo a ministra, cerca de 17 milhões de pessoas estão aptas a receber o benefício.

A quantia passará a ser recebida a partir de julho. Até lá, disse a ministra, o governo negociará com empresas de maneira a garantir adesão ao projeto. O governo federal vai desembolsar cerca de R$ 500 milhões em 2013 em incentivos.

Se o beneficiário não gastar R$ 50 em um mês, ele pode acumular a quantia. “No final de dezembro, ele pode gastar com presentes de Natal”, disse Marta.

Sistema Nacional de Cultura

Durante o programa, Marta também anunciou que o Distrito Federal vai integrar o Sistema Nacional de Cultura (SNC). O sistema permite que o governo envie dinheiro aos estados, municípios e o Distrito Federal para incentivar atividades culturais.

“Temos instituído uma organicidade na cultura como nós temos, por exemplo, no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje não temos como repassar”, disse a ministra. Para que o estado ou município consiga receber o dinheiro, é obrigado a aderir ao SNC e promover ações de cultura, como o Conselho de Cultura. “Precisamos saber onde está indo aquele recurso”, disse a ministra.

No final do mês, afirmou, o ministério vai receber grupos de prefeitos para explicar as condições para entrar no SNC.

A luta da classe trabalhadora no Carnaval 2013

A festa em homenagem aos trabalhadores/as do país será grande e, na ocasião, serão celebrados os 30 anos da maior central sindical do Brasil: a CUT. Essas são as afirmações de Leandro Donato, presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Colorado do Brás (GRES), para o Carnaval 2013.

Em conjunto com a CUT Nacional e a CUT São Paulo, a tradicional escola levará para o Anhembi, no dia 11 de fevereiro, o enredo que tem como tema “O Trabalho enobrece o homem… lutas, direitos e conquistas de um povo vencedor“, do carnavalesco Danilo Dantas. A letra procura retratar o dia a dia do trabalhador – que é árduo, as batalhas enfrentadas por ele e as conquistas obtidas pela classe trabalhadora – que elegeu um operário e uma mulher à Presidência da República.

“A parceria com a Central nasceu em 2011 e hoje já estamos indo para o terceiro carnaval. E isso para a escola é de uma importância sem tamanho. Não posso deixar de agradecer aos presidentes Vagner Freitas, da CUT Nacional, e ao Adi dos Santos Lima, da CUT São Paulo. Vale ressaltar que tanto a Central como a nossa escola estão localizadas no Brás e querem o melhor para o bairro, que muitas vezes é lembrado apenas pelo seu comércio, mas não é só isso. A região traz em si outras tantas coisas como clubes de várzea e moradores com muitas histórias”, afirma Donato.

Segundo o atual presidente da Colorado, o nascimento do grupo e a história do bairro do Brás são intrínsecos, pois a escola foi fundada em outubro de 1975, a partir de um time de várzea da região tendo, portanto, 37 anos de vida. “Em todo esse tempo os principais momentos no carnaval foram nos anos de 1986, 1987, 1988, 1992 e 1993, quando a escola esteve no grupo especial do carnaval de São Paulo”, diz.

Um pouco de história

Donato relata, ainda, que dois fundadores da escola, Sr. Albertino Guedes e Dona Marta, residem no mesmo local desde aquela época. Segundo ele, a Colorado passou por momentos difíceis em sua trajetória, quando foi rebaixada no carnaval de 2004. Outro episódio foi em 2009, quando caiu para o grupo 2 da União das Escolas de Samba de São Paulo (Uesp) e, em 2010, para o grupo 3 – período em que muitos já não tinham tanta confiança em sua  continuidade.

Isso se modificou quando a administração “Juventude e Transparência” assumiu a dianteira, em meados de 2010.  “Nossa relação com moradores e comerciantes está cada vez melhor uma vez que muitos haviam se afastado por alguns problemas administrativos que a escola vinha enfrentando e desde que assumimos a administração estamos conseguindo retomar nossa credibilidade”, explica o presidente atual da escola.

No carnaval de 2011, em parceria com a CUT, a escola deu uma reviravolta, conseguindo subir para o grupo 2. Em 2012, faltando apenas 0,01 pontos, perdeu a chance de retornar ao grupo 1, mas garantiu um desfile excepcional. “Tenho certeza que em 2013 será um desfile emocionante e irá surpreender muita gente”, opina Donato.

Ensaios e desfiles

Os ensaios da Escola Colorado do Brás, com entrada gratuita, estão ocorrendo aos domingos, das 16h às 18h, no Clube Vasco da Gama, à Rua José Bernardo Pinto, nº486, na Vila Guilherme, ao lado do hipermercado Walmart.

No próximo sábado (19) haverá ensaio técnico aberto “rumo ao Carnaval 2013”, no Anhembi, a partir das 15h30. Os ônibus sairão do Clube Vasco da Gama.

O desfile oficial da tradicional Colorado do Brás vai ocorrer na segunda-feira, dia 11 de fevereiro – ela será a sétima escola a se apresentar. Neste dia, a concentração será às 14h na escola, com saída às 18h. O desfile oficial vai ocorrer no Anhembi, às 21h.

Para saber mais acesse o site da Escola (clicando aqui

A letra do samba

O título do enredo é “O trabalho enobrece o homem: Lutas, Direitos e Conquistas de um povo vencedor”. Segundo Leandro Donato, presidente da Colorado do Brás, trata-se de uma grande homenagem prestada a todos os trabalhadores/as no Brasil.

“Abordamos vários segmentos da classe trabalhadora e a parte mais comovente do nosso enredo e de nosso samba se dá ao fazermos memória de 30 anos atrás – quando no ABC surgiram os movimentos sindicais”, afirma Donato.

A letra se refere também aos dois últimos presidentes do Brasil. “Dentro do movimento sindical, brilhou ainda mais a estrela de um operário – fazendo uma alusão ao nosso Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mudou a história de nosso país. Logo após, entramos com uma homenagem a todas as trabalhadoras, na pessoa da nossa Presidenta Dilma Rousseff”, diz Leandro.

Segundo ele, a música quer dar um grande parabéns aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores. “A CUT é um exemplo de quem briga todos os dias pelos direitos dos nossos trabalhadores,  não tem como não se emocionar, pois nosso samba é realmente o retrato do dia a dia do nosso povo trabalhador”, realça.

Confira na íntegra a letra “O trabalho enobrece o homem: Lutas, Direitos e Conquistas de um povo vencedor”



Sou COLORADO DO BRÁS

Avante nessa avenida

Por lutas, direitos, conquistas

Há tempos o homem guerreiro

Caminhando com a evolução

Se dedicando de sol a sol

Em busca de seus ideais

Um trabalho é chegar ao trabalho

Vencendo barreiras o tempo não para

Brasil nossa pátria amada

No campo colhendo alegria

País da arte que reflete a magia

Vem ver meu povo vencedor

Que traz na alma seu valor

Na luta pelo seu quinhão

A sua garra é espelho da nação

Fazer valer seus direitos

Ter prosperidade com toda família

Aos filhos saúde, educação uma vida melhor

Paz e felicidade

Surgiram greves e movimentos

Brilhou a estrela de um operário

Brava mulher a lutar

Hoje é presidente do nosso país

Em uma só voz vamos agradecer

Povo guerreiro parabéns para você!

SERVIÇO

Ensaios da Escola

Quando: todos os domingos, das 16h às 18h

Onde: Clube Vasco da Gama, à Rua José Bernardo Pinto, nº486, na Vila Guilherme, ao lado do hipermercado Walmart

Ensaio Técnico no Anhembi

Quando: Dia 19 de janeiro de 2013, a partir das 15h30

Onde: Clube Vasco da Gama, à Rua José Bernardo Pinto, nº486, na Vila Guilherme, ao lado do hipermercado Walmart

Desfile Oficial

Quando: 11 de fevereiro de 2013, às 21h

Onde: Anhembi

Indústria deve ter desempenho melhor neste ano do que em 2012

A indústria de transformação deve ter um desempenho me­lhor neste ano do que em 2012, prevê o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. O setor começa 2013 com esto­ques mais ajustados e a produ­ção esboça, desde o fim do ano passado, uma retomada, ainda que em ritmo lento.



Assim, a atividade nas fábri­cas deve acompanhar mais de perto o ritmo de crescimento das vendas. “Devemos ter em 2013 uma relação mais estreita entre vendas e produção”, afir­mou Castelo Branco.



O ajuste dos estoques foi um dos maiores desafios da indústria no ano passado. Embora o faturamento real do setor, indi­cador que reflete as vendas, temário menor sem arriscar sua reputação duramente conquistada com a sobrieda­de fiscal. Mudar a meta seria uma maneira melhor de fazer isso do que recorrer à contabilidade criativa”, diz a revista.



A The Economist demons­tra, ainda, preocupação com um possível enfraquecimen­to da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).



O risco, diz o texto, é que com uma eleição presiden­cial em 2014 “as autoridades farão o que for preciso para atender sua previsão de cres­cimento de 4% este ano”.



nha avançado 2,8% no período entre janeiro e novembro de 2012, as horas trabalhadas nas fábricas caíram 1,5% e o nível de utilização da capacidade instalada caiu de 82,4% para 81,4%.



Agora, com a perspectiva de retomada da atividade econômica, a tendência é que o au­mento da demanda se reflita na produção, ainda que parte do consumo das famílias seja atendido pelos importados. “A atividade tende a crescer em 2013 mais próxima da demanda”, afirmou Castelo Bran­co.



Despesas. Mas os custos da indústria devem permanecer pressionados neste ano. Embo­ra os indicadores de produção tenham tido um resultado moderado, a massa salarial e o ren­dimento médio real apresenta­ram forte crescimento.



De janeiro a novembro de a massa salarial aumen­tou 5% e a renda, 5,2%. Isso deve continuar a ocorrer em 2013, já que o desemprego continua em um nível histo­ricamente baixo. Os indicadores da indús­tria no mês de novembro fo­ram positivos, em especial o faturamento, que aumen­tou 2,5% na comparação com outubro, enquanto as horas trabalhadas ficaram próximas da estabilidade, com alta de 0,2%. Já o nível de utilização da capacidade de produção das fábricas fi­cou em 81,4%, mesmo resul­tado de novembro de 2011 e o melhor desde março do ano passado.



Ainda assim, a GNI insis­tiu que a recuperação da ati­vidade permanece em um ritmo insuficiente. “Temos um quadro de recuperação, mas ainda moderado a len­to. Ainda não se caracteri­zou uma recuperação de magnitude mais expressiva para a indústria”, afirmou Castelo Branco.



Os dados relativos ao mer­cado de trabalho foram ain­da mais positivos.



O emprego teve o terceiro mês consecutivo de cresci­mento, com alta de 0,2% em relação a outubro, e o rendi­mento médio real teve um avanço de 7%, o maior para meses de novembro desde o início da série, em 2006.



A massa salarial teve ele­vação de 6,8%, resultado me­lhor que a média histórica para o mês.