Em ato unificado na capital paulista, trabalhadores apontam que não falta dinheiro, mas responsabilidade aos empresários

Desde as primeiras horas da manhã, cerca de dois mil de trabalhadores tomaram a Avenida Paulista, principal centro econômico do país, nesta quinta-feira (20) para um ato unificado convocado pela CUT e com a participação de representantes de outras centrais sindicais.



A manifestação diante de umas agências do Bradesco reuniu categorias em campanha salarial neste segundo semestre. Lideranças dos bancários, metalúrgicos, petroleiros, e funcionários dos Correios foram unânimes em destacar que não faltam recursos, mas comprometimento dos patrões para oferecer condições dignas de trabalho.



Presidente da CUT, Vagner Freitas, destacou que esse foi o primeiro de diversos atos que marcarão a unidade do movimento sindical pela distribuição dos lucros.



“O inimigo é o patrão e as centrais tem que estar fortes neste sentido. Hoje começamos a transformar a luta das categorias em luta de classes”, definiu.



O dirigente alertou ainda que o aumento salarial é um dos pilares para o Brasil sair da crise e que a Central cobrará do governo contrapartidas sociais diante das isenções e desonerações tributáriasferecidas aosempresários.



“A isenção de impostos deve servir para manter o nível de emprego e melhorar as condições de trabalho e não para aumentar o lucro do empresário. No Brasil, a participação do salário no PIB (Produto Interno Bruto) é muito menor do que em outros países.”



Ao final, Freitas alertou a classe trabalhadora para que esteja atenta às eleições municipais e acompanhe de perto a forma como o julgamento do Mensalão tem sido tratado pela velha mídia. Para ele, uma oportunidade que a imprensa golpista encontrou para atacar o PT e o ex-presidente Lula.



“Continuaremos apontando os equívocos como sempre fizemos. Prova disso é que nos governos de Lula e Dilma fizemos mais greves do que em qualquer outro. Acreditamos que o governo atende mais as reivindicações dos empresários do que dos trabalhadores, mas temos lado e vamos sempre defender aqueles que são mais salutares à classe trabalhadora”, decretou.



De olho nos patrões



Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), dos 370 reajustes analisados no primeiro semestre, 96,5% tiveram aumento acima da inflação registrada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), 3% apresentaram indice igual à inflação e 0,5% abaixo do índice.Os resultados obtidos são superiores ao do mesmo período de 2010, quando foi registrado o melhor índice até então, com 88,1% das campanhas salariais acima da inflação.



No segundo semestre, porém, os patrões têm dificultado as negociações. Secretário de Finanças da CUT, Quintino Severo, também citou em seu discurso a importância da mobilização para ampliar conquistas.



“Temos consciência de que a melhor saída para combater os impactos negativos da crise é valiorizando os salários, gerando empregos e garantindo os direitos da classe trabalhadora”, disse.



Secretária Geral Adjunta da CUT, Maria Faria destacou que a greve é fundamental para ampliar direitos de todos os trabalhadores. 



“Greve para melhorar a vida dos trabalhadores, mas para melhorar o desenvolvimento do país. Não é uma luta exclusiva de uma categoria, mas de um conjunto de atores que querem um país mais justo, solidário, com distribuição de renda e desenvolvimento social, que valorize os aposentados e respeite os jovens e crianças.“



Bancários –A greve dos bancários chegou nesta quinta-feira (20) ao seu terceiro dia, com cerca de 8 mil agências paralisadas em todo o país. Na Avenida Paulista, o Sindicato dos Bancários de São Paulo ocupou nesta manhã todos os bancos da região, com os trabalhadores se somando as categorias presentes ao ato unificado para cobrar da Fenaban uma proposta decente que contemple todas as reivindicações da categoria, entre elas 5% de aumento real.



A pauta de reivindicações foi entregue à Federação dos Bancos no dia 1º de agosto. O patronato apresentou uma única proposta no dia 28 com um índice irrisório de 0,58% de aumento real. “É inadmissível que o setor que obtém os maiores lucros, que utiliza as maiores taxas de juros e outros artifícios para engordar seus ganhos, apresente uma proposta de 0,58% de aumento real para os trabalhadores, ao mesmo tempo que remunera em 9,7% os seus executivos”, repudiou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).



A Contraf enviou cartas à Fenaban e aos bancos no dia 5 para reafirmar sua disposição em negociar, mas sem resposta, a alternativa foi o iniciar uma greve nacional por tempo indeterminado.



A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira Leite, passou durante o ato algumas informações que comprovam a ganância dos banqueiros. As seis maiores instituições financeiras lucraram R$25 bilhões somente no primeiro semestre. Enquanto HSBC e Santader cobram 7% de juros na Europa, no Brasil cobram um valor 10 vezes maior. Sem contar que o Brasil possui o maior spread bancário (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro de investidores e o que cobra de juros dos tomadores de empréstimos).



“Nada mais justo do que divisão dos lucros com quem ajuda a construir toda essa riqueza. Há executivos no Itaú que ganharam R$ 8 milhões, enquanto o piso do bancário é de R$ 1.400. E mesmo assim os banqueiros mantém a postura intransigente. A única forma de dobrá-los é com a greve”, declarou.



Além da questão econômica, incluindo um reajuste acima da inflação, valorização do piso salarial e PLR maior, os bancários querem também mais empregos e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

Metalúrgicos – os metalúrgicos da base da FEM-CUT/SP em todo o estado de São Paulo (ABC, Cajamar, Itu, Salto, Sorocaba, São Carlos, Taubaté e Sorocaba)iniciaram na semana passada greves, paralisações de advertências e atrasos nos turnos nas empresas onde o setor patronal ainda não avançou na proposta de reajuste salarial de 8%.



Presente ao ato unificado, Valmir Marques, o Biro Biro, presidente da FEM, reiterou que a categoria fortalecerá os atos e paralisações nas próximas semanas. “Só a nossa organização e unidade para quebrar a resistência do setor patronal”, exalta.



Para o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, o governo tem feito a sua parte, ao diminuir os impostos. E apontou que agora cabe às categorias pressionar os patrões para que não transformem esse benefício em concentração de renda.



“Crescer não é errado, errado é não dividir. Os empresários já receberam mais de R$ 1 bilhão em isenções. Só de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) foram R$ 800 milhões”, citou.



Petroleiros – com data base em setembro, os petroleiros intensificaram nesta semana suas mobilizações, após recusa da Petrobrás em atender as reivindicações da categoria. A empresa propôs a categoria 6,5% de reajuste salarial, o que representa ganho real entre 0,9% e 1,2%, dependendo do nível salarial da cada trabalhador.  A categoria reivindica 10% de ganho real.



Reunidos em frente à sede da Petrobras na Avenida Paulista na manhã desta quinta (20), os petroleiros repudiaram a proposta apresentada pela empresa e reafirmaram sua disposição de luta.



“Se nos curvarmos, a crise vai aumentar e chegar aqui. A saída é fortalecer o mercado interno e isso não acontecerá se aceitarmos propostas vergonhosas como a da Petrobrás, que ofereceu entre 0,9% a 1,2% de ganho real”, afirmou João Moraes, coordenador reral da Federação Única dos Petroleiros (FUP).



O dirigente aproveitou para convocar os trabalhadores a integrarem uma grande mobilização que a federação promoverá no dia 17 de outubro, no Ministério do Planejamento. No próximo dia 26, os petroleiros também farão uma paralisação de 24 horas como forma de advertência.

Químicos – A categoria química no estado de São Paulo dará a largada na campanha salarial nesta sexta (21) com assembleias em todo o Estado para a aprovação da pauta de reivindicações. O calendário inclui ainda a apresentação da pauta ao setor patronal na próxima semana e o início das negociações no começo de outubro.



“Reivindicamos 12% de reajuste salarial, piso de R$ 1.400,00, redução da jornada de trabalho, entre outros pontos. Se as nossas reivindicações não forem atendidas pelo setor patronal, vamos fazer igual aos companheiros e companheiras que estão em greve por aumentol real e melhores condições de trabalho”, afirmou Carlos Eduardo de Brito, o Carioca, dirigente do Sindicato dos Químicos de São Paulo.



Trabalhadores nos Correios



Como no ano passado, a direção dos Correios deixa o processo de negociação de lado para apostar na judicialização da greve dos trabalhadores, iniciada nesta semana em 23 regiões do país.



A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$ 200 linear, ticket de R$ 35, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores, o fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho.



Aeroviários, aeronautas e vidreiros – No dia 28 de setembro, os trabalhadores aeroviários e aeronautas entregarão sua pauta de reivindicações ao setor patronal. “Expectativa é de uma campanha muita dura e difícil, mas faremos todos os esforços para que as demandas da categoria sejam atendidas. Se for preciso, vamos à greve”, enfatizou Celso Klafke,presidente da Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil).



Com data-base em dezembro, os vidreiros de São Paulo estão ainda discutindo a sua pauta de reivindicações. José Fernando da Silva, o Cabeção, dirigente do Sindicato que representa a categoria,adianta que uma das demandas da categoria será a mudança da data-base.

Estudo mostra que custo industrial deve cair 14% em 2013

A redução média dos custos industriais em função das medidas adotadas pelo governo deve ser de cerca de 14% em 2013, segundo projeção do professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Francisco Eduardo Pires de Souza. O cálculo do professor levou em consideração informações disponíveis até julho e estimativas dos impactos da desoneração da folha de pagamento para diversos setores da indústria, da redução do custo de energia e da desvalorização cambial.

Rais mostra que Brasil criou 2,2 milhões de empregos formais em 2011

O país criou 2.242.276 empregos formais em 2011, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada hoje (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O total representa crescimento de 5,09% sobre o estoque do ano anterior e representou, segundo o MTE, a terceira maior quantidade na série histórica, iniciada em 1985, perdendo apenas para os resultados de 2010 (2,861 milhões) e 2007 (2,452 milhões). O relatório inclui contratados pela CLT e estatutários (serviço público). O total de trabalhadores em dezembro de 2011 atingiu 46,311 milhões.

De acordo com a Rais, a expansão do emprego formal foi puxada pelos celetistas, com alta de 5,96%, o equivalente à criação de 2,116 milhões de postos de trabalho. Já os estatutários cresceram 1,47%, com 126,3 mil vagas a mais.

Ainda segundo o documento, houve aumento generalizado entre os setores, com destaque para o de serviços, com 1.027.440 vagas criadas. Em seguida, vieram comércio (460.438), construção civil (241.251), indústria de transformação (228.103) e administração pública (180.221). Percentualmente, a maior expansão foi registrada na construção (9,62%). O setor extrativo mineral cresceu 9,55%, o equivalente a 20.173 empregos a mais.

O rendimento médio teve aumento real (descontada a inflação) de 2,93% (acima do ano anterior, 2,57%). O valor passou de R$ 1.847,92, em dezembro de 2010, para R$ 1.902,13, em dezembro de 2011. A remuneração das mulheres cresceu ligeiramente mais do que a dos homens (3,03%, ante 3%). Em média, elas receberam R$ 1.697,75 e eles, R$ 2.050,35.

 

Cresce número de empregados formais com alta qualificação

Os dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) divulgados pelo Ministério do Trabalho, mostram que a mão de obra formal do país está ficando cada vez mais qualificada. Em 2011, foram criados 2,242 milhões de empregos formais no país e, desse total, 25% possuíam ensino superior completo e 1,1% dos trabalhadores possuíam  mestrado ou doutorado, somando 26,1% com alta qualificação. Essa participação é bastante superior ao estoque de trabalhadores com o mesmo nível educacional. No fim de 2011 estavam empregados 46,3 milhões de trabalhadores de maneira formal no país, dos quais a soma de curso superior, mestrado e doutorado equivalia a 17% do total.

Sindicato dos Bancários anuncia greve

Com data-base em 1º de setembro, as negociações dos bancários não têm avançado. O sindicato patronal ofereceu uma proposta muito inferior ao reivindicado e tem se mostrado intransigente. Para fortalecer a Campanha Salarial, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e região aprovaram greve a partir do dia 18 de setembro, terça-feira.

Celular só conta como hora extra se houver sobreaviso

O uso do celular corporativo fora do horário de trabalho regular só conta como hora extra, quando houver sobreaviso dos empregadores. Pelo novo entendimento, o empregado que estiver  aguardando a qualquer momento um chamado, tem direito ao adicional de sobreaviso, correspondente a 1/3 da hora normal.

 

As alterações foram feitas pelo TST em razão da enorme demanda deste tipo de serviço, sem nenhuma garantia de direitos ao trabalhador.

CUT marca ato unificado para fortalecer campanhas salariais

Na próxima quinta-feira, dia 20, a CUT vai realizar, a partir das 10h00, em São Paulo, um ato público unificado com todos os ramos CUTistas – bancário, metalúrgico, químico, petroleiro e trabalhadores dos Correios -, com data base  no segundo semestre.

O objetivo é fortalecer a luta dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do setor público, que já iniciaram – ou iniciarão nos próximos meses –  suas campanhas salariais. Além das pautas específicas de cada categoria, como aumento real  e melhoria de benefícios, a manifestação vai reforçar a pauta nacional da classe trabalhadora, que está parada no governo e no Congresso Nacional, que reivindica, entre outros itens, isenção de imposto de renda na PLR – Participação nos Lucros e Resultados, a regulamentação da Convenção 151 e ratificação da Convenção 158, ambas da OIT, o fim da terceirização, não a rotatividade.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fundamental fortalecer a luta dos trabalhadores por aumento de salário e melhores condições de trabalho, até mesmo para ajudar o país a enfrentar os efeitos da crise econômica internacional.

 “Com mais salário, melhores condições de trabalho e parcela maior da PLR no bolso do trabalhador continuaremos contribuindo para o fortalecimento do mercado interno, que, desde 2008, vem sendo a principal âncora da nossa economia. Foi esta estratégia, iniciada no governo Lula que permitiu que o Brasil não sofresse tanto os efeitos da crise como a Europa e os Estados Unidos”, argumentou o dirigente.

Calendário Unificado de Luta

O calendário unificado de luta já tem dois atos marcados. O primeiro, em São Paulo, no dia 20/09, terá atos públicos em frente ao prédio da Petrobrás, ao Banco Central e outros e a Fiesp.

O segundo, em Brasília, no dia 17 de outubro, terá manifestação em frente ao Ministério do Planejamento que precisa intervir nas negociações dos petroleiros e do pessoal dos Correios.

O ato unificado do Rio de Janeiro, que será marcado pelo presidente da FUP, João Antonio Moraes, também deve ocorrer em meados de outubro.

Participaram da reunião, além de Vagner e Moraes, Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT; Juvândia Moreira Leite, presidente do Sindicato dos Bancários d São Paulo, Osasco e Região; Divanilton Pereira, da CTB/FUP; Osvaldo Pereira, Químicos de São Paulo; Pedro Armengol, secretário adjunto da Secretaria de Relações de Trabalho da CUT; Lucineide Varjão, Confederação Nacional dos Químicos; Aparecido Donizetti, secretario adjunto da Secretaria de Finanças da CUT; Sidney Araújo, Químicos ABC; Rodolfo Morette, Químicos ABC; Valmir Marques da Silva, FEM-CUT; Renato Zulato, Químicos São Paulo e Secretário de Finanças CUT São Paulo; Adriana Magalhães, secretária de Comunicação da CUT São Paulo e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Datas bases:

Correios – 1º/08

Metalúrgicos – 1º/09

Bancários – 1º/09

Petroleiros – 1º/09

Químicos – 1º/11

Brasileiro gasta 16% da renda com comida e 7% com carro

O brasileiro gasta em média 16% de sua renda com alimentação (dentro e fora de casa) e 7% com compra de carros. A maior despesa mensal é de 29%, com habitação, item que inclui aluguel, contas de luz, água, gás, telefone fixo e celular, internet e TV por assinatura, entre outros.



Os dados constam da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e se referem aos anos de 2008 e 2009. Apesar de ter sido finalizada há três anos, a pesquisa só foi divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (14).

Com educação, o brasileiro gasta por mês 2,5% de seu rendimento. Com plano de saúde, é 1,7%. Recreação e cultura consomem 1,6%. A despesa com aluguel atinge quase 13% do orçamento mensal. O transporte público representa 2,2% dos gastos mensais.

Ao assumir Cultura, Marta valoriza internet e critica ‘lógica devastadora do mercado’

São Paulo – A senadora Marta Suplicy tomou posse hoje (13) no Ministério da Cultura prometendo fortalecer a produção dos artistas nacionais, valorizar a internet e recuperar o patrimônio que fica à margem da indústria cultural voltada exclusivamente ao consumo.

“Não podemos aceitar a lógica devastadora do mercado e a pasteurização do mercado”, discursou Marta.

A nova ministra da Cultura ressaltou a boa relação que mantém com a presidenta Dilma Rousseff e a importância do legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no setor.

“Estou muito orgulhosa pela possibilidade de participar mais de perto de um governo que ajudei a eleger e realizar um trabalho em uma área com a qual me identifico muito”, disse a petista

Marta ressaltou que buscará o diálogo com a sociedade e que pretende investir na área digital. “Ainda conhecemos pouco sobre a influência da comunicação eletrônica na criatividade. Como cultura é algo em permanente transformação, a internet também presta serviço quando ela permite questionar o que está cristalizado”.

Ela agradeceu o Senado pela aprovação da PEC da Cultura, ontem, e pediu aos “colegas” da Câmara que tenham o mesmo empenho para aprovar o Vale Cultura, benefício para trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos.

“O ministério não faz cultura. Ele proporciona espaços e autonomia para que a cultura se produza. Não se pode pautar pelo mercado. Ao mesmo tempo, nossos artistas têm que viver da sua arte. Devemos incentivar nossa participação internacional, esse será nosso outro desafio”, declarou Marta, que ainda destacou que a internet terá papel chave em sua gestão.

Democratização

Sem sua fala, a presidenta Dilma Rousseff destacou o trabalho de Marta a frente da prefeitura de São Paulo (20001-20005). Ela lembrou da iniciativa da ex-prefeita de levar, através dos Centros de Educação Unificados (CEUs), atividades culturais para paulistanos das classes mais baixas.

“Uma das questões mais importantes é o acesso à cultura. É impressionante que muitas pessoas nunca foram ao cinema ou ao teatro. A democratização ao acesso à cultura deve estar agregada à questão democrática”.

A presidenta lembrou que o orçamento da Pasta em 2013 chegará a R$ 3 bilhões, sem contar os R$ 2,2 bilhões para as leis de incentivo. O aumento, em relação ao ano de 2012, é de 65%.

Lealdade

Marta assume no lugar de Ana de Hollanda, no cargo desde o início do governo Dilma. “Agradeço a lealdade e a maneira histórica com que enfrentou questões muitas vezes injustas e exageradas”, disse a presidenta ao se despedir da compositora.

Ana de Hollanda foi a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra da Cultura. Nesse período sofreu muitas críticas – em sua maior parte, relativas a questões de direitos autorais e de liberdade na internet.

Categoria discute pauta da Campanha Salarial em assembleia

Os trabalhadores têm um importante compromisso no Sindicato, na próxima sexta, dia 21, às 19 horas: debater e aprovar a pauta da Campanha Salarial 2012.

Depois de várias reuniões com a base e com os sete sindicatos do ramo químico que negociam conjuntamente; foi definida uma proposta de pauta unificada que será apreciada pelas assembleias dos respectivos sindicatos até o final de setembro. As negociações com o setor patronal começam em outubro.

Reajuste de 12%, PLR mínima de R$ 1.400,00 e piso de R$ 1.400,00 são as principais reivindicações da categoria. O reajuste maior para o piso visa coibir a prática adotada por algumas empresas de demitir o trabalhador que ganha mais para contratar outro, com menor experiência, pelo piso salarial.

O Secretário de Administração e Finanças do Sindicato, João Carlos de Rosis, lembra que todo o ano a choradeira dos patrões é a mesma e que só com a mobilização da categoria será possível avançar. “Este ano o discurso é a crise internacional e seus reflexos. Mas os números do setor mostram que com a alta do dólar a produção nacional se fortaleceu”, adverte.

Além das cláusulas econômicas, a pauta envolve as cláusulas sociais e, dentre as principais reivindicações da categoria estão a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salários; garantia de emprego sem redução de direitos e licença maternidade de 180 dias.

A redução da jornada visa ampliar os postos de trabalho e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. “O trânsito em São Paulo piorou muito nos últimos anos e o  trabalhador perde muito tempo no transporte público para se deslocar de casa para o trabalho. A  realidade é outra e isso também precisa ser levado em conta”, analisa o dirigente.

Principais reivindicações da categoria

Reajuste Salarial de 12%

PLR mínima de 1.400,00

Piso de 1.400,00

Redução de jornada para 40 horas semanais

Garantia de emprego sem redução de direitos

Licença-maternidade de 180 dias