CUT troca diretoria hoje

O atual presidente da CUT, Artur Henrique, deixa nesta quinta-feira (12) o comando da Central após a eleição de uma nova diretoria para um mandato de três anos.

Ele aproveitou a realização do 11º Conccut (Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores), que acontece em São Paulo, para fazer um balanço e resumir sua trajetória nos últimos seis anos à frente da Central. Ele destacou três pontos fundamentais do seu mandato: o projeto de um modelo de desenvolvimento democrático e popular; a defesa incondicional dos direitos da classe trabalhadora; e, finalmente, a campanha por liberdade e autonomia sindical.

Artur destacou também a crise mundial de 2008, quando a CUT estabeleceu um plano de ação para evitar a redução de salários e conter a ameaça de perda de direitos dos trabalhadores. “Naquele momento, incentivamos políticas de apoio ao consumo, como forma de manter a produção nacional e os empregos”, recordou.

Outro ponto que o dirigente lembrou foi o resgate dos princípios cutistas na campanha pela liberdade e autonomia sindical. “Precisamos democratizar as relações de trabalho para garantir e ampliar os direitos”, defendeu.

 

Sacolas plásticas estão de volta

Após decisão da Justiça, os supermercados estão obrigados a distribuir sacolas plásticas para os consumidores. Exija a sua!

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) recorreu da decisão mas já perdeu no TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) que ontem negou o pedido de cassação de liminar que determinou a volta do fornecimento das sacolas plásticas em supermercados do Estado.

A Apas  apresentou ao Ministério Público de São Paulo e à Fundação Procon proposta em que diz compensar a população pela suspensão do fornecimento das sacolas aos consumidores. Uma das propostas é a cobrança que pode variar entre R$ 0,07 ou R$ 0,25 por sacolas feitas de papel, de material biocompostável, ou reciclado. O setor supermercadista está propondo recompensar o valor gasto pelo consumidor na compra da sacolinha numa próxima compra. Mas essa alternativa, de novo, só os favorece, uma vez que obriga o consumidor a voltar a fazer suas compras numa mesma loja.

O Sindicato dos Químicos luta pela volta das sacolas desde o início dessa polêmica, pois além de lesar os consumidores, a medida coloca em risco cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos. 

Direitos trabalhistas garantidos

O ministro do Trabalho, Brizola Neto, e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), se uniram no discurso de que não haverá perda de direitos trabalhistas enquanto ambos estiverem à frente de seus cargos. A garantia foi feita durante a abertura do 11º Congresso Nacional da CUT, em São Paulo. Durante o primeiro dia do evento, sindicalistas reclamaram que as reivindicações dos empresários costumam ter prioridade no atendimento, citando tanto o Executivo como o Legislativo.

Maia, que lembrou ter sido um dos fundadores da CUT, listou 14 projetos de interesse dos trabalhadores aprovados recentemente no Parlamento, como a regulamentação do aviso prévio proporcional, a política de reajuste do salário mínimo, a nova lei das cooperativas, a obrigatoriedade de destinação de 10% do orçamento para a educação e, especialmente, a chamada PEC do Trabalho Escravo (Proposta de Emenda à Constituição 348). Ele reafirmou um possível acordo para pôr em votação a proposta da extinção do fator previdenciário, “essa chaga que tem prejudicado milhões de trabalhadores”.

Segundo o presidente da Câmara, uma comissão especial formada pelo governo está em negociação com líderes partidários. “Esperamos obter um acordo para pôr em votação em agosto”, disse Maia, que também citou o projeto de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, uma antiga reivindicação do movimento sindical. “É um fator, hoje, que pode ser determinado para o país continuar criando emprego.” A proposta enfrenta resistência das entidades empresariais.

O ex-sindicalista disse ter compromisso com o movimento sindical pela manutenção de direitos. “Enquanto estivermos no Congresso, não vamos permitir que haja nenhum retrocesso”, afirmou, ao lado do também deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, ex-presidente da CUT.

 

Fortalecimento dos sindicatos é essencial para garantir direitos

O Seminário Internacional “Os desafios dos trabalhadores e das trabalhadoras no enfrentamento da crise” abriu oficialmente, no dia 9 de julho, o 11º Congresso Nacional da CUT, que reúne cerca de 2.500 delegados e delegadas de todo o país na capital paulista. A abertura contou com a presença de mais de 140 lideranças internacionais de 40 países, de todos os Continentes.

Na abertra Artur Henrique, presidente nacional da CUT, lembrou que  o aprofundamento da crise nos países capitalistas centrais e os iminentes ataques ao movimento sindical reforçam a responsabilidade e a necessidade do fortalecimento da cooperação e unidade entre os diversos atores sociais e ampliam a importância de garantir um movimento sindical forte e atuante.

Citando três exemplos, o presidente da CUT, lembrou que o sistema constitucional brasileiro limita e engessa as ações do sindicalismo. “Primeiro, porque hoje quem decide a existência de um sindicato não são os próprios trabalhadores, mas o Ministério do Trabalho. Segundo, quem decide sobre o poder de fazer uma greve não são os trabalhadores livres e organizados, mas a Justiça do Trabalho que impõe pesadas multas aos sindicatos. E terceiro, não são os trabalhadores que decidem democraticamente a forma de sustentação de seu sindicato, que fica à mercê do Tribunal de Contas ou do Ministério Público Federal”.

 

Artur lembrou que quando a CUT lançou a Campanha por Autonomia e Liberdade Sindical queria consolidar avanços concretos e, para isso, “não basta apenas aprovar a Convenção 87 da OIT, mas uma legislação que garanta a organização no local de trabalho e o combate às práticas antissindicais.

Acompanhe o 11º Congresso da CUT no site http://www.cut.org.br/

 

 

Receita libera consulta ao segundo lote do IR

A Receita Federal liberou na terça-feira (10) a consulta ao maior lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física da história, no total de R$ 2,6 bilhões, para 2,46 milhões de contribuintes. Porém, quem tentou acessar o site pela manhã enfrentou problemas de instabilidade, com a página chegando a ficar fora do ar.  

Além das restituições referentes ao 2º lote do exercício de 2012, foram liberadas para consulta restituições de declarações referentes aos anos de 2011, 2010, 2009 e 2008.

O dinheiro será depositado no banco no dia 16 de julho. O calendário de pagamento dos lotes regulares de restituições começou no dia 15 de junho e vai até 17 de dezembro.

A consulta pode ser feita na internet ou por meio do Receitafone, no telefone 146.

ICV-Dieese sobe menos em junho

O ICV (Índice do Custo de Vida), calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no município de São Paulo, teve alta menos intensa em junho – 0,23%, ante 0,43% no mês anterior . De acordo com o instituto o custo dos alimentos ainda pressiona a inflação. O item Alimentação, que corresponde a 29,5% do índice total, teve alta de 0,46% no mês passado e contribuiu com 0,14 ponto percentual na taxa.

No primeiro semestre, o ICV somou 3,42%, valor muito próximo ao registrado em igual perído do ano passado (3,13%). Também pressionaram o índice, em junho, os grupos Despesas Pessoais (2,20%) e Habitação (0,36%). O impacto foi maior entre as famílias de menor poder aquisitivo, reunidas no estrato 1 do ICV. A inflação foi de 0,38%. para essas famílias de menor renda, de 0,24% para o estrato 2 (intermediário) e 0,19% para o 3 (maior renda)

Museu da Língua Portuguesa expõe obra de Jorge Amado

Quem visitar o museu da Língua Portuguesa até 22 de julho vai ver a exposição Jorge Amado e Universal, que faz parte das comemorações oficiais do centenário de nascimento do escritor. A exposição está dividida em cinco módulos, cada um dedicado a um aspecto marcante na vida do autor.

O primeiro é dedicado aos personagens, como: Gabriela e Nacib, Dona Flor, os capitães da areia, Pedro Arcanjo, o Menino Grapiúna, entre outros. O segundo apresenta a vida política do autor, que chegou a ser eleito Deputado Federal por São Paulo e era um destacado comunista de sua época. O terceiro é dedicado às misturas que, segundo Jorge Amado, caracterizam o Brasil, sobretudo, a miscigenação e o sincretismo religioso. O módulo seguinte é dedicado à malandragem e à sensualidade presentes na obra do autor. O quinto módulo apresenta um pouco da Bahia tal como foi ‘(re)inventada’ por Jorge Amado, com suas belezas e suas mazelas.

O Museu da Língua Portuguesa fica na Praça da Luz, centro de São Paulo. O ingresso custa R$ 6 (com meia-entrada para estudantes, crianças até 10 anos, idosos e professores da rede pública). Aos sábados, a entrada é gratuita.

Caos no transporte público

Não é de hoje que os usuários do transporte público de São Paulo sofrem com a superlotação, lentidão, constantes atrasos e péssimas condições de ônibus, metrôs e trens. Nos últimos anos, mais um problema foi acrescentado à lista: as numerosas panes no sistema de trens e a diminuição de linhas de ônibus. Todos esses transtornos são resultado da má administração e falta de investimentos do governo estadual e municipal.

Segundo dados recentes, os gastos em melhorias no sistema ferroviário são cada vez menores. Menores, inclusive, que os orçamentos anuais previstos, de pouco mais de um bilhão de reais, que não é um valor muito alto, em vista da quantidade e do tamanho dos problemas que eles deveriam sanar. O único investimento que aumentou nos últimos anos foram os de publicidade. Em 2008 (ano eleitoral), foram gastos em torno de R$ 50 milhões e, em 2010 (mais um ano eleitoral), o valor ficou próximo de R$ 40 milhões. Os dados mostram apenas o investimento nas linhas da CPTM, mas a partir delas pode-se ter uma ideia do descaso do governo com o transporte público.

Sucateamento

O paulistano demora, em média, 2h49 por dia para se deslocar (de casa para o trabalho, estudo, etc.). Os dados são de uma pesquisa realizada pelo Ibope em setembro de 2011. Boa parte deste tempo é gasta na espera pela condução. Além de tudo isso, os cidadãos sofrem com as péssimas condições do transporte, cada vez mais caro e sucateado.

Trabalhadores da categoria sofrem com as péssimas condições do transporte público e seus constantes atrasos. E, por conta disso, passam por uma série de contratempos. O trabalhador P.B. conta que demora em média 2 horas para chegar ao trabalho. Ele mora na Zona Leste e toma 2 peruas e 2 trens para chegar na empresa da Zona Norte. Além da demora, ele reclama: “É um transtorno. Está tudo sempre lotado”. Ele também conta que, com as constantes panes nas linhas de trem, ele acaba se atrasando no trabalho, o que já resultou em advertências verbais do patrão.

Outro exemplo é o trabalhador M.F., que pega diariamente 3 linhas de trem para sair da Zona Leste, onde mora, para chegar ao trabalho, na Zona Sul. Quando a situação está normal, a demora é de 1 hora e meia. “O problema é que quase não existem dias normais. Cada dia é um problema diferente, nada funciona”, lamenta.

Os trabalhadores entrevistados tiveram seus nomes omitidos para que não sejam perseguidos pelas chefias no local de trabalho.

Manifestação da CUT-SP

No dia 29 de junho, a CUT-SP realizou uma manifestação para denunciar o descaso com que os governos Alckmin (Estado) e Kassab (capital) tratam o transporte público. “Reunimos mais de 5 mil trabalhadores no vão livre do MASP, na avenida Paulista, e caminhamos até a praça do Patriarca, exigindo melhores condições no transporte coletivo em São Paulo”, destacou Renato Carvalho Zulato, dirigente do Sindicato e Secretário de Administração e Finanças da CUT-SP.

Para João Carlos de Rosis, Secretário de Administração e Finanças do Sindicato, é uma vergonha o preço das passagens em São Paulo. “As passagens são as mais caras do país, mas temos um transporte de péssima qualidade e neste ano eleitoral queremos debater propostas concretas para o transporte coletivo da capital.”

Sacolas plásticas devem ser distribuídas por mercados

No dia 25 de junho, a 1ª Vara Central da capital determinou que os supermercados voltassem a distribuir sacolas plásticas para os clientes. Os supermercados tinham até dia 28 para se adaptarem à regra. A decisão é uma vitória para os consumidores, que tiveram seus direitos violados. O Sindicato dos Químicos de São Paulo teve uma atuação muito importante nesta conquista.

O Sindicato dos Químicos foi a primeira entidade de classe que saiu em defesa dos consumidores. Desde o início, quando foi apresentado o projeto de lei em parceria com a Apas (Associação Paulista de Supermercados) para acabar com as sacolinhas, o Sindicato se posicionou contra a medida. Desde então, uma série de manifestações, atos e até uma Ação Civil Pública foi feita para garantir o direito dos consumidores.

Trabalhadores

Outra preocupação do Sindicato, desde o início, era com os trabalhadores do setor plástico, que perderia cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos por conta do fim das sacolas plásticas. Empregos que representariam o capricho dos supermercados para lucrar um pouco mais com as sacolas retornáveis que passaram a vender.

Agora, com a decisão favorável aos consumidores e aos trabalhadores do setor plástico, é preciso fiscalizar e exigir seus direitos. Se o supermercado onde você faz suas compras continuar se recusando a distribuir as sacolinhas, denuncie ao Sindicato e faça valer os seus direitos!