CUT expõe fotos sobre a Ditadura Militar

A Exposição “Direito à Memória e à Verdade – A Ditadura Militar no Brasil 1964 – 1985” que foi exibida durante o 11º Concut chegou esta semana à sede da Central, em São Paulo. Ela ficará no saguão da CUT até o dia 27 de julho, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

São 22 painéis com aproximadamente 50 fotos cobrindo todo o período da ditadura militar, passando pela resistência dos estudantes, trabalhadores e artistas ao Ato Institucional nº 5 (AI) em 1968 e a repressão, a resistência armada entre 1969-1974, a anistia de 1979 e a retomada das lutas sindicais, a campanha das diretas e o fim da ditadura.

A Exposição foi produzida pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e sua exibição no 11º Concut ocorreu através de uma parceria com o Cedoc/CUT (Centro de Documentação e Memória Sindical).

CUT e movimentos sociais convocam manifestação contra o golpe e por democracia no Paraguai

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e os movimentos sociais voltam às ruas da capital paulista no próximo domingo,22, ‘’contra o golpe parlamentar e em defesa da democracia no Paraguai’.  Na data em que completa um mês a deposição do presidente eleito, Fernando Lugo, as entidades populares realizarão uma concentração, a partir das 14 horas, na Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque, no bairro do Bom Retiro.

“O povo paraguaio vive mais um momento dramático da sua história, num cenário de absurdos ataques à democracia e à vontade popular, configurando um imenso retrocesso ao que temos construído ao longo dos últimos anos em nosso continente. Neste contexto, a solidariedade internacional tem um papel estratégico para manter viva a resistência e a mobilização das entidades populares, isolando cada vez mais os golpistas”, declarou o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Antonio Felício.

O líder cutista ressalta que “no Brasil, foi formada uma frente de movimentos sociais que tem convocado atos públicos e ações de denúncia do regime golpista, reforçando os laços de solidariedade”. João Felício denunciou a manipulação e as mentiras divulgadas pelos grandes conglomerados de comunicação, que “além de atuarem contra a democracia e a soberania do Paraguai, atentam contra a própria integração latino-americana”. Diante disso tudo, frisou, cresce a importância da participação da militância: “a convocação das nossas entidades e a mobilização dos cutistas é fundamental para ampliar a solidariedade ao povo paraguaio na luta contra o retrocesso, por liberdade e justiça”.

Quando: domingo, 22 de julho

Hora: concentração a partir das 14 horas

Onde: Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque

Relatório da OIT sobre trabalho decente no Brasil confirma avanços e desigualdades

Relatório divulgado pela representação local da Organização Internacional do Trabalho (OIT) destaca redução de 36,5% da pobreza no Brasil de 2003 a 2009, o equivalente a 27,9 milhões de pessoas fora dessa situação – famílias com renda abaixo de meio salário mínimo per capita. Mas a extrema pobreza ainda afeta 16,3 milhões de pessoas, 8,5% da população. “Ademais, ainda persistem contundentes desigualdades regionais, de gênero e de raça”, afirma a entidade. O documento trata da questão do trabalho decente, conceito da OIT que abrange respeito a direitos, emprego de qualidade, proteção social e diálogo social.

Entre os fatores que contribuíram a redução da pobreza no país, a organização cita o Programa Bolsa Família, o crescimento do emprego, o aumento do salário mínimo e a maior cobertura de previdência e assistência social. Esse último item serve de exemplo para mostrar, ao mesmo tempo, avanços e deficiências da sociedade brasileira. De 2004 para 2009, a proporção de ocupados de 16 ou mais anos de idade com cobertura previdência subiu de 47,6% para 54,4%, chegando a mais da metade dos trabalhadores pela primeira vez. “Tal expansão esteve predominantemente associada ao crescimento do emprego formal e, em segundo plano, às diversas iniciativas de estímulo à formalização das relações de trabalho”, diz a OIT. Mas as diferenças persistem: a cobertura dos brancos foi a 61,6%, ante 47,3% dos negros. O relatório fala ainda em “severas desigualdades” entre as unidades da federação: em 2009, quando a cobertura previdenciária atingia 71% em Santa Catarina, 69,5% no Distrito Federal e 69,2% em São Paulo, era de apenas 31,8% no Maranhão e de 25,9% no Piauí.

A OIT lembra que o Brasil não escapou da crise mundial e teve retração econômica em 2009, mas várias medidas implementadas pelo governo, entre outras, fizeram o país se recuperar mais rapidamente. De 2004 a 2009, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 19,3%, com maior taxa no Centro-Oeste (24,9%). Ampliou-se a participação das economias regionais do Norte (de 4,9% para 5%), no Nordeste (de 12,7% para 13,5%) e no Centro-Oeste (de 9,1% para 9,6%). Mesmo assim, acrescenta a entidade, Sudeste e Sul ainda concentram 71,8% do PIB.

Concentração
O nível de concentração de renda, medido pelo Índice de Gini, vem declinando progressivamente desde 2003. Era de 0,572 em 2004 e foi a 0,543 em 2009, “refletindo uma melhoria no processo produtivo”, aponta o relatório. Pelo índice, quanto mais perto de zero, menor a desigualdade – 1 representa concentração absoluta de renda. “A diminuição da desigualdade da renda domiciliar guarda relação direta com o aumento da renda e da melhoria das condições de vida da população, sobretudo entre as camadas mais abastadas”, afirma a OIT.

Na educação, a média de anos de estudo passou de 7,3 para 8,2 no mesmo período. Essa média superava dez anos no Distrito Federal (10,3), mas não chegava a oito em 15 das 27 unidades da federação. No item alfabetização, as diferenças chegavam a 20 pontos percentuais em 2009: atingia 75,4% em Alagoas e 95% a 97% no Distrito Federal e em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No mercado de trabalho, o relatório da OIT mostra que a desigualdade nos rendimentos caiu, ao longo da década de 2000, em 20 das 27 unidades da federação. A concentração não diminuiu no Acre, Roraima, Sergipe (onde o Índice de Gini ficou praticamente estagnado) e em Alagoas, Bahia, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com ligeiro aumento. “Apesar das mudanças observadas, os níveis de concentração dos rendimentos do trabalho em 2009 ainda eram bastante heterogêneos ao longo do território nacional, variando de um valor mínimo de 0,447 (Amapá) até o máximo de 0,587 (Piauí).”

De 2004 a 2009, caiu de 7,6% para 6,6% a proporção de trabalhadores pobres – ocupados que viviam em domicílios com rendimento familiar per capita de até um quarto de salário mínimo. O rendimento médio dos trabalhadores urbano subiu 18,6%, de R$ 962 para R$ 1.141, enquanto o dos rurais cresceu 23,3%, de R$ 489 para R$ 603.

O estudo nota ainda relativa estabilidade no tempo médio de permanência no trabalho, que foi de 7,8 anos em 2009 – 8,4 anos para os homens e 7,1 anos para as mulheres, 8 anos para os brancos, 7,6 anos para os negros, 6,9 anos na área urbana e 12,1 anos na zona rural. ” Outro indicador importante para analisar o grau de estabilidade e segurança no emprego é a incidência de vínculos trabalhistas com duração inferior a um ano. Em 2009, 18,6% dos trabalhadores brasileiros encontravam-se nessa situação, mesmo percentual verificado em 2004″, lembra a OIT. E menos da metade dos trabalhadores permaneciam no emprego mais de cinco anos. No total, a média caiu de 5,5 anos, em 2000, para cinco anos em 2009.

De 8 a 11 de agosto, o Brasil realiza sua Conferência Nacional do Trabalho Decente, em Brasília.

 

Químicos, petroleiros, metalúrgicos e bancários em campanha salarial

Quatro das categorias mais numerosas entram em campanha salarial no segundo semestre. No total, incluindo os setores público e privado, são mais de 900 mil trabalhadores, entre eles a nossa categoria química, os petroleiros, metalúrgicos e bancários.   

Com data-base em 1º de setembro, os bancários realizam conferência nacional de sexta (20) a domingo (22), em Curitiba, para aprovar a pauta que será encaminhada em agosto à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reivindicação deverá ser de 10,25% de reajuste, incluindo 5% de aumento real, conforme discussão realizada na última semana pelos sindicatos da categoria em São Paulo.

Os metalúrgicos paulistas – também com data-base em setembro – iniciaram a campanha em 29 de junho com manifestação diante da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp). Na base da CUT, a campanha envolve 200 mil trabalhadores dos diversos grupos econômicos. As montadoras não participaram da negociação, porque o acordo firmado em 2011 é válido por dois anos.

Os petroleiros, antes de dar largada na campanha, tentam fechar acordo relativo à participação nos lucros ou resultados (PLR) de 2011. Eles rejeitaram proposta feita pela Petrobras e ameaçam entrar em greve na próxima sexta-feira. Nova reunião foi marcada para hoje.

Com data-base em 1º de novembro, a categoria química ainda esta definindo a pauta de reivindicações que será entregue aos patrões. O coordenador geral do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoka, diz que nesse momento de crise econômica é muito importante garantir um reajuste salarial que preserve o poder de compra da classe trabalhadora.  “Os salários representam mais de 40% da renda nacional. Certamente a melhor estratégia de enfrentamento da crise é preservar empregos e salários para manter a economia aquecida”, conclui.  

Dirigentes reunidos em Cajamar planejam gestão da CUT/SP

Os dirigentes da CUT/SP se reuniram essa semana no Instituto Cajamar, há 38 km da Capital, para planejar a gestão 2012-2015 a partir das diretrizes definidas durante o 13º Cecut e o 11º  Concut, realizados recentemente.

Desenvolvimento com qualidade para mudar São Paulo foi o eixo principal, definido no Cecut, e pautou também a definição de propostas de ação na agenda da classe trabalhadora. O presidente da CUT Estadual, Adi dos Santos Lima, lembrou que um dos desafios é mudar a lógica de poder do PSDB que há quase 20 anos está implantada em São Paulo, para que o estado entre no rumo de desenvolvimento através de políticas públicas como as que têm gerado crescimento econômico e social em outras regiões do país. “É preciso interromper a lógica de estado mínimo que está em curso no governo paulista. Não podemos tirar essa inversão da nossa pauta”, frisou o dirigente.

Brasil tem a maior taxa de juros do cartão de crédito

A taxa de juros do cartão de crédito no Brasil supera a de todos os países da América Latina, segundo estudo divulgado pela Proteste. As taxas dos cartões continuam elevadas, apesar das recentes reduções da Selic (taxa básica de juros), que na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) chegou a 8%.

No Brasil, a taxa de juros anual do cartão é de 323,14%, enquanto que na Argentina, por exemplo, que tem uma taxa básica de juros de 11,15% – superior aos 8% do Brasil – é de 50%. Já no Peru, que tem a segunda maior taxa de juros do cartão, a taxa anual é de 55%.

A média dos juros praticados no país foi calculada com base nos valores cobrados pelos cartões dos seguintes bancos e financeiras: Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Banco IBI, Banrisul, Caixa Econômica Federal, Citibank, Losango, Panamericano, Banco do Brasil, Banco BMG e BV Financeira.

O estudo também revelou que entre os países da América Latina, a Colômbia possui a menor taxa de juros, de 29,23%. Na sequência aparece a Venezuela e o México, com taxas anuais de 33,0% e 33,8%, respectivamente.

Abono e rendimento do PIS começam a ser pagos

Quase 3 milhões de trabalhadores vão receber, nos salários de julho e agosto, abono de um salário mínimo ou rendimentos PIS  (Programa de Integração Social) referentes ao ano-base 2011/2012 e que devem ser retirados até o final de junho de 2013.

A Caixa Econômica Federal, gestora do PIS, informa que 17,9 milhões de trabalhadores têm direito ao abono de R$ 622, enquanto 27 milhões de assalariados poderão sacar os rendimentos, em valores menores que o abono.

Como ocorre todos os anos, beneficiários correntistas da Caixa e trabalhadores das mais de 27 mil empresas conveniadas recebem primeiro via crédito direto na folha de pagamento. Os demais trabalhadores poderão sacar o benefício, a partir de 15 de agosto, diretamente nas agências ou terminais de autoatendimento, casas lotéricas e correspondentes Caixa Aqui, de acordo com o mês de aniversário, a partir de um calendário que prevê total liberação até 28 de novembro.

Têm direito ao abono todos trabalhadores cadastrados no PIS até 2007 que trabalharam mais de 30 dias no ano passado, com carteira assinada, e tiveram rendimento de até dois salários mínimos, desde que os dados tenham sido devidamente informados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Quem teve salários maiores recebe rendimentos.

Para saber se tem direito ao abono salarial ou aos rendimentos do PIS, basta consultar o endereço eletrônico www.caixa.gov.br e escolher o serviço online Consulta ao Pagamento. O interessado também pode obter informações pelo Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), no telefone 0800 726 0101, opção 2

13º salário completa 50 anos

O 13º salário completa 50 anos neste mês de julho.   As lutas pelo pagamento começaram durante os efervescentes anos 1960. Após muitas mobilizações dos operários em todo o País, a gratificação salarial foi instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, assinada pelo presidente João Goulart, que oficializou o abono de Natal na legislação do trabalho. Hoje o 13º é visto como um dos instrumentos para aquecer a economia do País, pois coloca mais dinheiro em circulação e aumenta o consumo.

Campanha por Liberdade e Autonomia Sindical

A CUT lançou durante o CONCUT a segunda fase da Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical que se estende até agosto do próximo ano, quando a Central completa 30 anos. Nessa nova fase circulará pelo País um abaixo assinado em apoio à ratificação da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que trata sobre a liberdade e proteção do direito sindical.

A primeira fase foi marcada pela organização de um Plebiscito sobre o Fim do Imposto Sindical onde todos os trabalhadores e trabalhadoras puderam dizer não a este tributo que desconta compulsoriamente um dia de seu salário todos os anos. A proposta da CUT é que o imposto sindical seja substituído por uma taxa negocial decidida democraticamente pelos trabalhadores e trabalhadoras. Nessa segunda fase da campanha o objetivo é reunir mais de um milhão de assinaturas.