Imobilidade urbana faz paulistano passar boa parte do dia preso no trânsito

Falta pouco mais de seis meses para terminar o segundo mandato do prefeito de São Paulo, que deixará uma série de problemas para o prefeito que assumir a partir de 2013. A atual administração não deixará saudades na população, mas certamente um sintoma de alívio, pois pouco ou quase nada de políticas públicas que melhorassem de fato a qualidade de vida da população foi  feito nos últimos oito anos.

Os paulistanos se lembrarão de que passou pela prefeitura um prefeito que só fez promessas e não cumpriu sequer um terço do que prometeu. Exemplo mais que perfeito do não cumprimento das promessas é a questão da mobilidade urbana. Segundo o Movimento Nossa São Paulo, uma das promessas do prefeito era construir 66 km de corredores de ônibus e reformar outros 38 km. No entanto, até o momento nada foi construído e só 10 km estão em reforma.

A verdade é que a cidade não comporta mais o trânsito caótico. Os paulistanos, que usam transporte coletivo gastam em média 6 horas por dia no trânsito, seja para ir ao trabalho ou voltar para casa. Quem usa transporte particular fica horas preso nos congestionamentos.

As administrações Serra e Kassab se renderam às elites dominantes e só construíram avenidas para carros particulares, deixando de lado o transporte coletivo que em outras metrópoles foi a solução para os problemas do trânsito e da mobilidade urbana da população.

Essa é uma das muitas tarefas que terá o futuro prefeito de São Paulo: reorganizar e reordenar o transporte coletivo para que de fato seja opção para a população e com isso diminua o caos no trânsito e, a poluição do ar, já que 75% das emissões de monóxido de carbono na capital são jogadas na atmosfera pelos carros.

Para escândalo e susto da população usuária do metrô, no dia 16 de maio aconteceu um grave acidente com mais de 30 pessoas feridas, numa das linhas mais movimentadas da cidade, a leste–oeste. Esse é mais um triste retrato do transporte coletivo paulistano, comandado pelo governo do Estado. A falha técnica que causou o acidente aconteceu por conta de sucateamento do sistema metroferroviário, pois nos últimos anos pouco foi investido na manutenção do sistema do metrô pelo governo Alckmin.

Neste ano eleitoral, esse é mais um importante detalhe a ser observado no compromisso de campanha e na história dos candidatos à prefeitura da capital e de todas as cidades, bem como é importante observar também os programas e projetos dos candidatos à câmara municipal.

O Sindicato dos Químicos em todas as cidades da base (São Paulo, Caieiras, Taboão da Serra, Embu das Artes e Embu-Guaçu) vai fazer debates com a categoria e os candidatos a fim de que, em 7 de outubro, primeiro turno das eleições, todos/as possam escolher bem candidatos comprometidos com as lutas dos trabalhadores/as.

Painéis Guerra e Paz são expostos no Memorial da América Latina

Até o dia 20 de maio, ficam expostos no Memorial da América Latina os painéis Guerra e Paz, de Cândido Portinari. Os quadros, que foram feitos para o hall da sede da ONU, em Nova York, vieram ao país para uma restauração. A mostra é gratuita e marca os 50 anos de morte do pintor. Além da obra principal, também estão expostos cerca de 100 esboços para a produção de Guerra e Paz, além de vídeos sobre o processo de retirada dos painéis da ONU e de restauração.

Exposição Guerra e Paz – até 20 de maio no Memorial da América Latina, na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 –, Barra Funda, São Paulo (ao lado do metrô Barra Funda). Entrada gratuita.

Dia Mundial de Combate à Homofobia

Dia 17 de maio é dia de lutar contra o preconceito e a intolerância. É dia de entender que o diferente não é errado, que o igual nem sempre é certo. Dia 17 de maio é dia de celebrar a diversidade.

No Dia Mundial de Combate à Homofobia haverá manifestações em todo o mundo e no Brasil não será diferente: os movimentos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) planejam uma marcha nacional em Brasília. A data é celebrada há 20 anos, por ser o dia da exclusão da homossexualidade da lista da CID (Classificação  Internacional de Doenças) pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Convenção coletiva do Setor Farmacêutico

Em breve trabalhadores/as do Setor Farmacêutico associados do Sindicato receberão a Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013, que foi assinada pelos representantes dos trabalhadores, o Sindicato dos Químicos de São Paulo e representantes dos patrões, Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de São Paulo).

Vale destacar que a Convenção é instrumento importante para os trabalhadores/as. Tenha-a sempre ao seu lado e verifique se a empresa em que você trabalha cumpre todas as cláusulas; caso contrário, denuncie na subsede mais próxima ou entre em contato com o diretor/a que acompanha a fábrica.

Seminário pelo banimento do amianto

No dia 4 de maio, a CUT promoveu o Seminário Nacional “Doenças e Mortes no Trabalho pelo Banimento do Amianto no Brasil e no Mundo”. A substância é utilizada como matéria-prima para uma série de produtos, como caixas d’água e telhas, e causa danos ao meio ambiente e uma série de doenças, a mais grave delas o câncer, principalmente para os trabalhadores que a manuseiam. Já é banida em quatro estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco); porém, a luta pelo banimento da substância em todo o país e no mundo é muito importante. O Sindicato dos Químicos esteve presente na atividade.

Segundo Benedito Souza (Benê), coordenador da Secretaria de Saúde, “devemos discutir estratégias para que o amianto pare de ser utilizado em todas as esferas. Temos de priorizar a saúde dos trabalhadores e dos consumidores”.

Neoliberalismo e crise hegemônica na Europa

Por: Emir Sader

O pânico que havia gerado a possibilidade de convocação de uma consulta popular na Grécia sobre o pacote de ajuste imposto pelo Banco Central Europeu já revelava o que se confirma agora, de maneira ainda mais enfática. As “necessidades” da política de ajuste da UE, do Banco Central Europeu e do FMI se chocam frontalmente com os interesses da grande maioria dos europeus em cada país.

As eleições destes últimos dias –municipais na Inglaterra, parlamentares na Grécia, presidenciais na Franca, numa província na Alemanha– vão todas na mesma direção. Os governos da Inglaterra, da Grécia, da Alemanha, da França, não detém mais o apoio majoritário da sua população. As políticas que adotaram os levam ao isolamento social e à derrota política.

Na Inglaterra, rapidamente o governo de Cameron se desgastou e assumiu o ônus da recessão em que caiu o país. Perdeu as eleições municipais, como consolo o carismático prefeito de Londres conseguiu se reeleger, o que não esconde a maré nacional de rejeição do governo, prenunciando existência curta para o governo conservador britânico.

Na Grécia, como se poderia esperar, os dois partidos tradicionais, congregados no governo supostamente tecnocrático imposto pelo BCE, só conseguiram 1/3 dos votos, revelando a inviabilidade de seguir com o pacote suicida imposto ao país.

Na Alemanha, segue a série de derrotas políticas regionais da Democracia Cristã, que apontam para uma possível derrota da Merkel no próximo ano.

Na França, como todos os 11 governos que se submeteram a eleições gerais, o de Sarkozy foi derrotado, terminando o longo ciclo de governos de direita no país.

No entanto, nem esta vitória na França, nem o panorama negativo para o BCE, o FMI e Angela Merkel, abrem claramente um novo período político na Europa, pelo menos por enquanto. Pode estar dando sinais claros de esgotamento do modelo atual e do ciclo de governantes direitistas que assolou o continente, mas está ainda longe o momento de que uma nova política europeia se imponha.

As armadilhas montadas pela forma que assumiu a unificação europeia – uma unificação antes de tudo monetária – amarram os pés dos governos da região. Ficar no euro ou sair se assemelha ao dilema do “se correr o bicho come, se ficar o bicho pega”.

As boas novidades são a consolidação de uma nova força de esquerda na Grécia, assim como o enfraquecimento da DC na Alemanha e dos conservadores na Inglaterra. Na Franca, no entanto, a soma dos votos do Sarkozy e da Le Penn seria maioria (só 50% dos votos dela foram para ele no segundo turno), demonstrando como o consenso conservador ainda é majoritário naquele país.

Essas eleições – especialmente a francesa – demonstram como a Europa também entra em uma situação de crise hegemônica, em que o bloco atualmente dominante, liderado pelo capital financeiro, não consegue mais apoio social e político para sobreviver. (Tiveram que praticamente realizar um golpe para impor seus governos “tecnocratas” na Itália e na Grécia). Todos os governos perdem as eleições gerais e as locais. Os candidatos de direita –como Sarkozy– não tem nada a dizer sobre os temas centrais dos países europeus, como a recessão e o desemprego, buscando desviar a atenção para os temas da imigração e a violência. Não há proposta, no marco das atuais políticas econômicas, que consiga ter apoio popular.

Mas se está longe ainda de ter alternativas, ainda mais que elas têm que dar conta da UE, do euro, isto é, construir uma solução alternativa para todo o continente. O peso do pensamento conservador é ainda muito forte – como se vê na França. Mas o governo de Hollande pode contribuir para a construção de um novo consenso, rompendo com os termos da questão como estão colocados pela Alemanha e assumidos por, até aqui, todos os governos europeus. Na França pode começar a se esboçar medidas de apoio popular que comecem a construir um consenso alternativo.

O que se abre na Europa é um longo processo, cheio de turbulências e instabilidades, de construção de um consenso posneoliberal, em que a América Latina está há mais de uma década.

Químicos de São Paulo querem o fim do Imposto Sindical

O Sindicato dos Químicos de São Paulo participa com a CUT da campanha pelo fim do Imposto Sindical.

O fim desse imposto vai colocar fim às centenas de sindicatos fantasmas ou de gaveta, que não representam os trabalhadores e apenas lucram com essa arrecadação. Porém, a proposta da CUT é o fim do Imposto Sindica com a criação de outra forma de sustentação do sindicato pelos trabalhadores/as, o que fortalecerá ainda mais a organização e autonomia das lutas da classe trabalhadora.

A CUT está realizando um plebiscito para que a sociedade opine sobre a cobrança do imposto sindical. Na Sede do Sindicato dos Químicos e nas Subsedes, há urnas para que todos possam participar desta importante decisão. Informe-se do local mais próximo para sua votação e participe!

Fórum em defesa dos direitos dos trabalhadores ameaçados pela terceirização

No dia 13 de abril, após o término do seminário sobre terceirização promovido pelo CESIT (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), ligado ao Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas, as entidades que compõem o Fórum realizaram uma plenária e aprovaram os seguintes encaminhamentos:

Reafirma o manifesto na sua integralidade e, tendo claro que para se contrapor eficazmente ao projeto nº 4.330/04 e ao Substitutivo do deputado Roberto Santiago (PSD/SP), que se aprovado representará a maior reforma preconizadora dos direitos e das relações do trabalho no país, propõe:

1. Buscar ampliar a participação dos sindicatos e das entidades do Fórum envolvendo outras centrais e entidades da sociedade civil visando construir a unidade na ação contra o projeto nº 4.330 e o substitutivo do Santiago e contra a terceirização;

2. Buscar a realização de um seminário na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal com a participação do Fórum na organização do evento no parlamento;

3. Realizar um ato público em Brasília contra a terceirização, o projeto nº 4.330/04 e o substitutivo do deputado Santiago;

4. Organizar, com as centrais e os sindicatos, o Dia Nacional de Luta Contra a Terceirização.

As novas regras para a caderneta de poupança

A caderneta de poupança é a forma mais tradicional e popular de investimento no Brasil. São mais de 98 milhões de poupadores. Essa popularidade se dá porque as demais aplicações podem variar de um mês para o outro os seus rendimentos, enquanto a poupança tem um rendimento fixo. As regras para a remuneração da poupança eram, até a mudança anunciada pelo governo, a correção pela variação da TR (Taxa Referencial), que é uma média ponderada das taxas negociadas no mercado de títulos dos bancos, mais 0,5% de juros ao mês. Em média, a poupança rende em torno de 7% ao ano e, além disso, não há cobrança de Imposto de Renda nem de taxa de administração e ela pode ser resgatada a qualquer momento. Enquanto que os títulos de renda fixa rendem por volta de 8% ao ano e cobram taxa de administração e Imposto de Renda.

A partir de 4 de maio, os depósitos em caderneta terão novas regras. Quando a taxa de juros do Banco Central, a SELIC, for igual ou inferior a 8,5% ao ano, o rendimento dos novos depósitos será igual a 70% da SELIC mais a TR. Se a SELIC for superior a 8,5%, essas contas serão corrigidas pela regra antiga. Exemplo: se a SELIC foi de 8,5%, a correção das poupanças será 8,5% x 0,75% = 6,4% ao ano mais a TR.

A maioria das aplicações segue a taxa SELIC. Com a taxa em queda, essas remunerações caem e provocam uma migração para a caderneta de poupança, que tem um rendimento fixo de 0,5% ao mês. Entretanto, o governo financia a dívida pública através desses papéis, então a migração para a poupança obrigaria a elevar os juros para manter atraentes essas aplicações, que contraria a tendência de redução da taxa de juros proposta pelo governo.

Portanto, para que a redução das taxas de juros seja de fato uma medida eficaz sem comprometer as contas públicas, é importante manter um equilíbrio entre as remunerações dos investimentos, aplicações e caderneta de poupança.

Sindicato acompanha desenvolvimento do Plano Brasil Maior

O Sindicato dos Químicos de São Paulo, junto com outros sindicados e movimentos sociais, está acompanhando e participando de importantes decisões para a formulação e o desenvolvimento do Plano Brasil Maior, criado pelo Governo Federal. Frente à situação econômica mundial, o governo criou essa política para desenvolver a indústria e a tecnologia o país, para que ele possa ser competitivo dentro do mercado mundial.

O maior desafio deste projeto é sustentar o crescimento do país de uma forma inclusiva. Ou seja, fazer com que o país continue crescendo economicamente, com mais produção industrial, mas com desenvolvimento social, como a criação de empregos e a redução da pobreza.

As discussões sobre o plano também têm chamado a atenção dos empresários de grandes indústrias, que receberão investimentos do governo para aumentar a produtividade. Os setores químico e farmacêutico fazem parte deste grupo. Em todos os setores a vigilância dos sindicatos é muito importante, para que não só os desejos dos patrões sejam atendidos. Para que o Plano Brasil Maior dê certo, há uma série de dificuldades que devem ser superadas. A principal delas é a crise econômica, que tem dificultado a exportação para os Estados Unidos e países da União Europeia. E para que nossa economia cresça, um dos objetivos do plano é o aumento da exportação.

É importante que sindicatos e movimentos sociais discutam e acompanhem esse processo para garantir que os interesses dos cidadãos estejam também na pauta e sejam priorizados. Afinal, o país deve se desenvolver para beneficiar a todos, com melhoria nos serviços básicos, como saúde e educação, e com o aumento de salários e do poder de compra.