Trabalhadora da Ariston é reintegrada

Uma trabalhadora da empresa Ariston foi reintegrada após ser demitida injustamente. Ela precisou passar por um procedimento cirúrgico que a empresa considerou como estético e não de saúde. Sendo assim, não aceitou seus atestados e a demitiu devido ao número de faltas.

 
Após procurar a ajuda do Sindicato, ela foi reintegrada e teve seu posto de trabalho garantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Mas, como era de se esperar, a empresa mais uma vez assumiu uma postura antissindical e proibiu a dirigente do Sindicato Aparecida Pedro, representante dos trabalhadores da Ariston, de acompanhar a trabalhadora na reintegração.
 
O Sindicato é uma ferramenta para a solução de conflitos; dessa forma, discorda da postura adotada pela empresa. E para que outros trabalhadores possam ter histórias com finais positivos como esse, o diálogo entre trabalhador e Sindicato é fundamental.
 

Seminário de Resíduos Sólidos leva grande público ao Sindicato dos Químicos de São Paulo

No dia 5 de agosto, foi realizado o Seminário Estadual sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus Impactos. Organizado pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente da CUT-SP, a atividade durou toda a sexta-feira e contou com a presença de mais de 300 pessoas.

A iniciativa teve dois objetivos bem específicos e que foram atingidos plenamente. O primeiro era ampliar os interlocutores que podem fazer a discussão sobre uma política ambiental que preveja a reutilização dos resíduos sólidos. O segundo era aprimorar a política já existente com novas propostas e uma participação ainda mais efetiva. A presença de mais de 300 pessoas, a maioria líderes do movimento sindical e ligada à questão do meio ambiente, assegura que o Seminário tem tudo para ter bons desdobramentos.
 
Os dirigentes do Sindicato dos Químicos de São Paulo Hélio Rodrigues de Andrade e Lourival Batista Pereira compuseram as mesas e falaram da importância da atividade. Eles lembraram o embate que o Sindicato trava por conta das sacolinhas plásticas e como o Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo tratam o tema do meio ambiente de forma tendenciosa. Não há uma discussão madura ou democrática por parte dos governantes. A proibição pura e simples não resolve os problemas, mas os agravam.
 
O secretário do Meio Ambiente da CUT-SP, Aparecido Bispo, falou sobre a importância de a Central construir políticas públicas para os trabalhadores. A CUT tem uma postura ideológica bem definida e, por isso, trata dos temas com uma interlocução que deixa clara a defesa dos trabalhadores. A defesa do meio ambiente é uma defesa da vida que, muitas vezes, é confronto objetivo contra o lucro. A CUT é a entidade mais importante para representar os trabalhadores no Brasil.
 
O vereador e dirigente licenciado do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Francisco Chagas, fez uma apresentação técnica muito precisa sobre o lixo na cidade de São Paulo. O vereador afirmou que a cidade precisaria ter 96 centrais de recolhimento de lixo e tem apenas 20. Sem as Centrais de Recolhimento e sem apoio mais formalizado às cooperativas de catadores de lixo, tudo fica mais difícil.
 
O deputado estadual Simão Pedro falou sobre o esforço feito na Assembleia Legislativa de São Paulo para aprovar leis que preservem o meio ambiente. Contudo, lembrou que algumas já aprovadas não têm a fiscalização necessária. Destacou o trabalho da ex-prefeita Marta Suplicy, que foi mal entendido e apresentado pela opinião pública como taxas impopulares, sem a discussão do contexto e aplicação do imposto.
 
Conforme convite formalizado pelo representante do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Borges Bonduki, as entidades nacionais como CUT e CNQ podem e devem participar das reuniões no Ministério que definem as políticas para o setor. Na fala de Nabil ficou claro o comprometimento do Ministério e a necessidade da participação dos trabalhadores com objetivo de pressionar por uma política que leve em consideração a defesa do meio ambiente antes de qualquer outro objetivo.
 
O advogado ambientalista Pinheiro Pedro foi enfático em diagnosticar a luta de classes colocada nas discussões sobre a política ambiental. Segundo o jurista, as empresas que mais produzem resíduos sólidos pressionam para que o governo tenha uma política mais condescendente. Os trabalhadores precisam ficar de olho e pressionar para não pagar a  conta. Quem produz o lixo tem que se responsabilizar por ele.
 
Hélio Neves, presidente da Feraesp (Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo) fez uma fala política em que destacou a importância dos trabalhadores no processo de preservação do meio ambiente. Ninguém quer ser catador de lixo para sempre e todo o processo deve levar em conta que esse trabalho é passageiro. Ainda assim, é preciso que o Estado (governos municipais, estaduais e federal) invista em preços mínimos que garantam o sustento dos catadores.
 
A plateia também contribuiu na atividade com várias opiniões e perguntas, além dos elogios à atividade. A ideia de que o Estado precisa investir o que for necessário para preservar a natureza é consenso que foi enfatizado por vários militantes, inclusive investimentos em novas tecnologias devem ser feitos como alternativa na substituição de aterros e incineradores. Os catadores de lixo devem ser valorizados e a melhor forma é a existência de preços mínimos, estabelecidos pelo Estado.
 
A educação ambiental tem que ser pensada no conjunto de qualquer processo ambiental. O ideal é que o consumo seja reduzido. O Seminário marca uma postura socialista frente ao tema. Os resíduos devem diminuir a padrões menores e os cidadãos devem participar de uma estrutura proposta pelo Estado que gere a menor quantidade de lixo possível.
 
A atividade foi um pontapé inicial para uma grande discussão. O Sindicato dos Químicos de São Paulo é um importante ator nesse processo e entende que os trabalhadores precisam intervir de forma decisiva. Novas atividades virão e um documento do Seminário será formalizado em breve.
 

Plano por um Brasil Maior

O Brasil pode mais e o presidente Lula provou isso. Com muito esforço e inúmeros acertos, foram criados 15 milhões de empregos com carteira assinada. Outros 40 milhões de brasileiros tiveram uma melhora significativa nas suas rendas e hoje incorporam a classe média. O Brasil melhorou e, durante a maior crise econômica mundial dos últimos 80 anos, se tornou referência na economia mundial.

 
Para discutir os 4 anos que viriam depois da eleição de 2010 (2011-2014) e criar um fórum de discussão permanente e geração de ideias, o Governo Federal criou o Plano Brasil Maior. Entre os temas desse Plano, um tem interferência direta na vida dos trabalhadores da indústria: a questão da Política Industrial e Desenvolvimento.
 
Os trabalhadores estão convencidos de que a produção industrial brasileira, conciliada com um novo consumo interno, foi primordial para enfrentar a última crise econômica mundial. A crise mostrou que o “castelo da especulação” uma hora pode desmoronar e quem paga a conta são os trabalhadores. Não aceitamos isso!
 
Queremos que o Plano Brasil Maior interfira de forma decisiva na nossa economia, propondo medidas que defendam os trabalhadores e promovam o crescimento do Brasil. Para tanto, acreditamos que medidas de incentivo à indústria nacional e à produção são fontes importantes para um país de economia forte.
 
A CUT entende que os trabalhadores devem estar  no poder; por isso, discutir política industrial e intervir nas decisões do Governo se faz necessário. A presidente Dilma disse que pautaria sua gestão na força da população, assim como fez Lula. O Plano Brasil Maior é exatamente isso. É a expressão das necessidades dos trabalhadores e, portanto, do Brasil!
 

Datafolha aponta preferência pelas sacolas plásticas nas compras

Pesquisa Datafolha revela que 84% dos consumidores apontam as sacolas plásticas como meio mais frequente para carregar as compras. Em segundo lugar, aparece a sacola de pano e nylon, com 11%, seguida de carrinho de feira, 3%, e caixa de papelão, 2%. O Datafolha mostra, ainda, que 82% não concordam com o pagamento pelo uso das sacolas plásticas.
 
Dos entrevistados, 81% concordam em que a cobrança pelas sacolas plásticas daria mais lucro para o comércio; 57% concordam em que a proibição da distribuição das sacolas prejudicará a população; 96%, em que o comércio distribua sacolas biodegradáveis, caso as sacolas plásticas fossem proibidas.
 
A pesquisa mostra que de cada dez pessoas entrevistadas, cinco consideram as sacolas plásticas o melhor meio para transportar as compras. Sacolas de pano, nylon e de feira são apontadas como a melhor opção por 27% dos entrevistados, seguidas de carrinhos de feira, 12%, caixa de papelão, 6%, sacolas de papel, 3% e outros meios, 2%. Para os que dizem que as sacolas plásticas são o melhor meio de transporte para as compras, a resistência da embalagem e sua reutilização são apontadas como as razões para a escolha. “Por serem duráveis, resistentes, higiênicas, inertes, 100% recicláveis e oferecerem economia e praticidade ao consumidor é que as sacolas plásticas são apontadas como a preferência da população”, afirma Alfredo Schmitt, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).
 
Caso as sacolas fossem proibidas, 64% entendem ser obrigação do comércio fornecer gratuitamente alternativas para transportar as compras e somente 10% acham que o comércio deveria vender outro tipo de sacolas.
 
O Datafolha mostra que 88% dos usuários de sacolas plásticas costumam reutilizar essas embalagens, 7% descartam as sacolas e 6% dizem que mandam para reciclagem.
 
Em questão que permitia múltiplas escolhas, os entrevistados que reutilizam as sacolas indicaram como finalidade do reuso o acondicionamento de lixo (96%), o recolhimento de sujeira de animais (51%), a utilização para transportar outros objetos (66%),  o uso para separar o lixo a ser levado à reciclagem (39%), para armazenar mantimentos (26%), guardar roupas (17%) ou a utilização como matéria prima para confeccionar outros produtos (4%).

Feitas de polietileno, as sacolas plásticas são 100% recicláveis. Porém, o Datafolha mostra que a maior parte da população desconhece esse fato. Somente 38% responderam que as sacolas plásticas são recicláveis. Para 45% da população, as sacolas não são recicláveis e 17% não souberam responder. “Para que se garanta o direito do consumidor escolher a melhor embalagem para carregar as compras e ao mesmo tempo a preservação do meio ambiente, acreditamos que a educação é a saída que vai garantir o uso consciente e o descarte correto das sacolas plásticas”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos.
 

Sem metas, celular e internet seguem fora de estratégia de comunicação

Os casos de bairros e de cidades sem conexão à internet ou à telefonia celular expõem a falta de uma política estratégica de comunicação voltada ao desenvolvimento do Brasil. Analistas ouvidos pela Rede Brasil Atual indicam que, sem imposição de metas, o setor privado fica desobrigado de expandir sua atuação para locais que considere pouco lucrativos.

Duas reportagens mostraram esta semana o cotidiano de comunidades afetadas por um serviço precário de comunicação. Lagoa da Onça, um assentamento na cidade de Formoso do Araguaia, em Tocantins, ficará sem telefonia celular a partir de setembro por conta da mudança do padrão de tecnologia da Vivo. A operadora informou que o local não está em sua área de cobertura e, portanto, não tem obrigação de resolver o problema, o que é contestado pelo Ministério Público Estadual. “Vejo o serviço de telefonia como um serviço essencial. Imagine uma comunidade inteira sem comunicação. Isso é muito grave e não poderia ocorrer”, lamenta o promotor Airton Amilcar Machado Momo.
 
Na zona sul da maior cidade da América Latina, São Paulo, o bairro de Vargem Grande não tem conexão oficial de internet. A Telefônica não modernizou sua infraestrutura local, o que faz com que nem mesmo serviço de telefonia fixa seja prestado de maneira satisfatória. Com isso, quem quer internet precisa apelar a um dos provedores locais, que operam sem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
“Por isso a gente entende que o regime público, que tem controle de tarifa, meta de universalização, um fundo público, é o correto”, afirma Veridiana Alimonti, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “No regime privado, sem uma exigência, a empresa não vai fazer, os preços são livres, ela tem autorização para ir apenas onde interessa a ela, e as obrigações são mais frouxas do que no regime público.”
 
O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) colocou em forte debate a partir do ano passado o papel da internet no desenvolvimento do país. Inicialmente, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva reativou a Telebrás, a estatal do setor, e tinha a intenção de utilizá-la para concorrer com as operadoras. Sob pressão das teles, o Palácio do Planalto passou a trabalhar com a possibilidade de que a empresa ingressasse na conexão final apenas nos locais em que não houvesse interesse do setor privado.
 
Já na gestão de Dilma Rousseff, e ainda sob pressão, o Ministério das Comunicações de Paulo Bernardo trocou o comando da Telebrás e seu papel dentro do PNBL. Foi fechado em junho um acordo com algumas operadoras para que passem a oferecer internet de 1 mega bite por segundo a R$ 35, o que já ocorre em algumas grandes capitais. A expectativa é assegurar até 2014 o atendimento de 70% dos domicílios brasileiros. “A Telebrás teria de entrar no atacado com preços baixos vendendo para os provedores locais e forçando as empresas maiores a baixar o preço. Ela entraria em locais que precisariam de uma maior competição, sendo eles interessantes para as empresas ou não”, ressalta Veridiana.
 
Não há, no PNBL, garantia de quais domicílios serão atendidos, e muito vai depender da vontade do setor privado. Vargem Grande, a 42 quilômetros do centro de São Paulo, pode seguir fora do mapa das teles. O pior é que a conexão móvel também não está no rol de possibilidade dos moradores deste bairro, já que hoje não se tem acesso a celular no local.
 
Tanto este módulo de telefonia quanto a internet seguem fora dos esforços do Estado em prol do atendimento integral da população. O Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), cuja terceira versão foi revisada este ano, diz respeito apenas à telefonia fixa. “Estamos em uma questão crítica em relação às revisões dos planos de meta.
 
Uma delas é a mudança no paradigma tecnológico”, anota Marcus Manhães, pesquisador em radiodifusão e telecomunicações. Para ele, a telefonia fixa será, dentro de pouco tempo, apenas mais um item dentro de um pacote básico de telecomunicações. E, sem obrigações, corre-se o risco de excluir parte da população brasileira do acesso a uma série de itens fundamentais. “Esse novo paradigma cria uma ruptura com a estrutura que a gente tem atualmente de regulação. Somente uma revisão do marco regulatório vai abrir perspectivas para a gente fazer uma negociação melhorada em prol da sociedade.”
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/tecnologia/2011/08/sem-metas-celular-e-internet-seguem-fora-de-estrategia-de-comunicacao

CUT realiza mobilização e pressão sobre o Congresso, o governo federal e o TST nesta quarta, 10 de agosto, em Brasília

Tenda da CUT na Esplanada Nesta quarta, 10 de agosto, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) realiza uma mobilização em Brasília com o objetivo de pressionar o governo federal, o Congresso Nacional e a Justiça do Trabalho a encaminhar e aprovar matérias do interesse da classe trabalhadora.

Centenas de dirigentes sindicais de todas as categorias, setores econômicos e regiões do País estão na cidade e vão realizar audiências e panfletagens nos gabinetes e corredores da Câmara e do Senado, vão entregar a pauta de reivindicações para representantes do governo Dilma e vão realizar audiência com os ministros do TST.
 
A programação definida até o momento é a seguinte:
11h20 – Artur Henrique e outras lideranças da CUT têm audiência com o presidente do TST, João Oreste Dalazen, e outros ministros do tribunal. O objetivo é ampliar apoios pelo fim do imposto sindical e pela implementação, no Brasil, do contrato coletivo nacional por ramo de atividade e da organização no local de trabalho. As duas medidas, na opinião da CUT, vão desafogar a Justiça do Trabalho, que hoje recebe, anualmente, cerca de 2,8 milhões de novos processos.
 
Desde as 10h – durante toda a manhã e à tarde, dirigentes vão percorrer gabinetes de deputados, deputadas, senadores e senadoras para cobrar a votação de diversos projetos que interessam aos trabalhadores e que estão parados nos corredores do Congresso.
 
16h – uma delegação da CUT, com a presença do presidente Artur Henrique, entrega carta para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reafirmando os projetos que dependem integral ou parcialmente do governo para seguir adiante e se tornar realidade.
 
16h30– o presidente da CUT, Artur Henrique, participa do Seminário Internacional sobre Justiça Fiscal, realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), do qual é integrante. Um dos objetivos é abordar Jorge Gerdau Johannpeter, membro da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade do Executivo Federal, e dele cobrar a presença de representantes dos trabalhadores federais e dos usuários do sistema público nos debates e tomada de decisão da Câmara de Políticas de Gestão. A CUT defende também a instalação de um sistema permanente de negociação no serviço federal, através da ratificação da Convenção 151 da OIT – cujo texto está à espera de votação no Congresso.
 
Conheça a pauta que iremos defender nesta quarta, 10 de agosto, em Brasília:
– aumento reais de salário neste segundo semestre
– reforma tributária: quem ganha menos, paga menos, quem ganha mais, paga mais
– redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário
– todos os direitos trabalhistas para quem é terceirizado
– fim do fator previdenciário e criação do fator 85/95
– melhores aumentos para todas as aposentadorias
– reforma política: fim das doações de empresas e bancos para candidatos a cargos públicos
– 10% do PIB para a educação pública, já
– comida mais barata para o povo: reforma agrária e valorização da agricultura familiar
– fim da violência no campo
– fim do imposto sindical e criação da contribuição sobre a negociação coletiva
– trabalho decente para todos
– negociação coletiva no setor público: ratificação da Convenção 151 da OIT
– fim da rotatividade: convenção 158 da OIT
– liberdade e autonomia sindical: ratificação da Convenção 87 da OIT

Renda das mulheres sobe 68% em 9 anos; homens ganham 43% mais

A massa de renda das mulheres brasileiras subiu em velocidade maior do que a dos homens entre 2002 e 2011. A alta para elas foi de 68,2%, enquanto o rendimento deles ficou 43,1% maior no mesmo período.

Os dados são de levantamento do Data Popular, que será divulgado nesta terça-feira durante o seminário “Tempo de Mulher”, em São Paulo.
 
O estudo, que considera dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, mostra ainda que a massa de renda das mulheres passou de R$ 412,4 bilhões, em 2002, para R$ 693,5 bilhões neste ano.
 
“A mulher está estudando mais do que os homens, o que faz com que tenha um maior reconhecimento. Além disso, têm sido cada vez mais avaliada como uma profissional mais responsável e competente, o que também contribui para a sua valorização”, afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular.
 
Apesar de ter crescido mais, a renda das mulheres ainda é inferior à dos homens. Em São Paulo, eles ganharam R$ 8,94 por hora em 2010, enquanto elas faturaram R$ 6,72.
 
Em outras capitais do país o mesmo ocorre. Em Salvador, por exemplo, a dos homens ficou em R$ 6,50 e das mulheres em R$ 5,54. Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos).
 
A pesquisa do Data Popular mostra ainda que na divisão por classe social, 47,1% da renda das mulheres vem de trabalhadoras da classe C (ganho domiciliar médio de R$ 2.295), seguidas pela classe A (média de R$ 14.203), com 22,2%. Outras 20,7% integram a classe B (R$ 6.070) e 9,6% são da D (R$ 940). Por último, apenas 0,5% são da classe E (R$ 273).
 
SATISFAÇÃO
O estudo mostra ainda que as empresárias são as mais realizadas profissionalmente. Questionadas se sentiam satisfeitas no trabalho, 65% responderam que sim.
 
O percentual é menor entre as autônomas (50%), profissionais liberais (48%) e funcionárias públicas (48%). As trabalhadoras empregadas apresentaram o menor grau de satisfação, apenas 37%.
 
“Sem a possibilidade de flexibilizar o próprio tempo, para dividir horas de trabalho com momentos de lazer e com a família, as mulheres empregadas se tornam menos realizadas em relação àquelas que possuem maior independência, como as profissionais autônomas e às que administram seu negócio”, detalha o instituto.
 
Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/956776-renda-das-mulheres-sobe-68-em-9-anos-homens-ganham-43-mais.shtml

Jovens engravidam menos e deixam de ter 200 mil bebês ao ano

É como se uma cidade média, com mais de 200 mil habitantes, deixasse de sair das barrigas das adolescentes brasileiras por ano. Algo do porte de São Carlos ou Americana (ambas no interior de SP) só de bebês chorando.

Governo distribui menos camisinhas, mas não há falta delas
Em dez anos, caiu quase 40% o número de partos em menores de 19 anos no país. Na semana retrasada, o governo paulista divulgou dados parecidos referentes ao Estado.
 
O governo atribui a queda às suas ações de conscientização e distribuição de preservativos e anticoncepcionais. Um médico e um estatístico especialistas no assunto consultados pelo Folhateen, porém, apontam um fator mais importante.
 
“Se a adolescente não tem projetos de vida, a gravidez vira o projeto de vida”, resume Marco Aurélio Galletta, médico responsável pelo setor de gravidez na adolescência do HC (Hospital das Clínicas).
“Muita gente subiu para a classe C nos últimos anos. Essas pessoas têm uma perspectiva melhor de estudo e trabalho do que há vinte anos.”
 
Edson Martinez, da USP de Ribeirão Preto, lembra, contudo, que a taxa de gravidez no Brasil ainda é alta –mais de 400 mil grávidas ao ano. “Se o crescimento econômico significa apenas aumento do poder de consumo, não basta.”
 
Martinez e Galletta citam ainda que famílias ricas têm mais acesso ao aborto –a taxa de partos pode ser mais baixa entre eles, mas a de gravidezes nem tanto. “Adolescente é adolescente. Eles são imediatistas e um tanto irresponsáveis em qualquer classe social”, diz Galletta.
 
QUERO SER MAMÃE
 
Dados de hospitais como o HC e o Hospital Maternidade de Vila Nova Cachoeirinha (zona norte) quebram alguns mitos sobre grávidas adolescentes.
 
Thauany, 16, que mora na Brasilândia (periferia da zona norte) e foi atendida nesse segundo hospital, representa bem algumas características das adolescentes que têm filhos.
 
Como a maioria, tinha um relacionamento fixo antigo, de três anos. Os dados (veja acima) mostram que poucas gravidezes são fruto de sexo casual.
 
Outra imagem errada é a do parceiro canalha que some ao saber do filho. “A maioria curte, acha que reforça a masculinidade”, diz Galletta. É também o caso de Thauany. Ela conta que, no começo do ano, combinou com o “marido”: parariam com a pílula e a camisinha.
 
Ela está de sete meses. Mora com a mãe, o padrasto, o irmão e o namorado. Os R$ 800 que o parceiro ganha como repositor de mercado vão bancar a pequena Micaely Vitória. Thauany está feliz. Na escola onde cursa a oitava série, só paparicos. As amigas “falam que também querem, que é o sonho delas”.
 
“Grávida ganha status. Na escola, vira a mais experiente. Em casa, se deita no sofá e diz ter sede, aparece um copo d´água. É preciso mostrar para as meninas como um filho pode atrapalhar outros sonhos”, diz Galletta.
 
Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/955461-jovens-engravidam-menos-e-deixam-de-ter-200-mil-bebes-ao-ano.shtml

Comissão de Empregados BASF Faria Lima toma posse dia 8

 

Com expressivo apoio dos demais colegas, os atuais representantes e membros da Comissão Edivania Zanardo e Paulo Mendes foram reeleitos na última semana com 410 votos para um novo mandato que terá início no próximo dia 8 de agosto.

Além disso, o trabalho daqui para frente será reforçado com a eleição de mais uma representante para a Comissão: a colega Virginia de-Rios, uruguaia naturalizada brasileira, com sólida consciência social e de longa carreira profissional na empresa. “Uma batalhadora como nós”, frisa Edivania.

A posse para o novo mandato acontece no momento em que a direção da empresa e a Rede de Trabalhadores da Basf na América do Sul articulam a retomada do diálogo social que estava paralisado desde o ano passado. O diálogo social é um processo contínuo de consulta e troca de informações sobre aspectos das dimensões econômica, social e ambiental da empresa, que pode ajudar e facilitar a negociação coletiva sobre as questões trabalhistas, conduzidas pelo nosso Sindicato aqui em São Paulo e outros, nas demais localidades.

Primeira vitória: consulta sobre transporte fretado

O apoio de todo o pessoal da Basf Faria Lima à sua Comissão de Representantes se reflete em conquistas e melhorias reais em diversos aspectos do dia-a-dia do trabalho na empresa. Algumas vezes tais conquistas são tão sutis que passam despercebidas por muitos.

É o caso da antiga luta pela volta do transporte fretado, um benefício que tínhamos na Imigrantes e que nos foi unilateralmente tirado quando da transferência para a Faria Lima adicionado às limitações impostas pelo prefeito Gilberto Kassab.

Com o apoio do nosso Sindicato dos Químicos de São Paulo, o Ministério Público do Trabalho foi acionado e, recentemente, sugeriu que fosse feita uma consulta de opinião aos empregados/as da Faria Lima. Como a gerencia de RH inicialmente resistiu à realização da consulta, recorremos a instâncias superiores da empresa que acabou por aceitar que seja feita a consulta de opinião, sob a coordenação dos nossos representantes no Sindicato.

Portanto, em breve você poderá se expressar a respeito do assunto, orientando assim a continuidade da discussão do nosso Sindicato com a empresa e o Ministério Público.

Fique atento/a, e PARTICIPE!

 

Colaborou: Nilton Freitas – Assessoria Organização e Cooperação Internacional

Câmara Municipal concede título de Cidadão Paulistano a Virgílio Gomes da Silva

 

No dia 15 de agosto, às 19 horas, a Câmara Municipal de São Paulo realizará solenidade de homenagem ao companheiro Virgílio Gomes da Silva. Na solenidade será concedido o título de Cidadão Paulistano ao primeiro desaparecido político da Ditadura Militar. A iniciativa de concessão do título é do vereador  Francisco Chagas (PT).