A cada minuto, uma criança sofre acidente de trabalho, diz OIT

Em todo o mundo, a cada minuto uma criança em regime de trabalho infantil sofre um acidente de trabalho, doença ou trauma psicológico, de acordo com o relatório “Crianças em trabalhos perigosos: o que sabemos, o que precisamos fazer”, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). São mais de 1.400 acidentes por dia e um total de quase 523 mil por ano. O relatório foi divulgado nesta sexta (10),  como parte das atividades para lembrar o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, 12 de junho.

Para Renato Mendes, coordenador do Programa para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC, pela sigla em inglês) da OIT, esse número é preocupante principalmente porque ele é silencioso. “O Brasil e o mundo não despertaram para esse problema ainda”, disse o coordenador do IPEC.
 
O trabalho infantil perigoso (tratado no Decreto nº 6481 de 2008, que regulamenta o Convenção 182 da OIT sobre as Piores Formas de Trabalho Infantil) afeta cerca de 115 milhões de crianças em todo o mundo. A OIT estima que haja cerca de 215 milhões de trabalhadores infantis no mundo, dos quais mais da metade estão em trabalhos perigosos.
 
No Brasil, estima-se que o número seja de 4,2 milhões de crianças trabalhando, sendo que mais da metade executa atividades perigosas. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego,  em 2011 foram afastadas 3,7 mil crianças e adolescentes do trabalho . No ano passado, 5.620 crianças e adolescentes foram resgatados desta situação.
 
Dacordo com Renato Mendes, o trabalho infantil não é apenas um desafio educacional. É necessário encará-lo como um problema de saúde pública, já que estas crianças se tornarão adultos doentes, o que, consequentemente, impactará na Previdência Social. “O Brasil não está preparado para enfrentar esta questão”, avalia.
 
O número de acidentes entre crianças e adolescentes também é mais elevado do que entre adultos. As crianças não têm a visão periférica formada, e a falta de visão lateral, explica Renato Mendes, facilita acidentes. “Além disso, a pele da criança é mais fina, facilitando intoxicações ou mesmo queimaduras”, afirma o coordenador do IPEC.
 
Piores formas
O Brasil ratificou a Convenção 182 da OIT com a Lei 6.481, que Lista as atividades consideradas as Piores Formas de Trabalho Infantil, e que são proibidas para pessoas com menos de 18 anos. As cinco principais atividades – sendo três delas atividades ilícitas (trabalho análogo ao de escravo, tráfico de drogas e exploração sexual) – que empregam mão-de-obra infantil no Brasil são agricultura familiar e prestação de serviços, como trabalho doméstico, tanto no meio urbano quanto no rural, e comércio informal.
 
“Na agricultura familiar se utiliza agrotóxicos de uma forma menos organizada do que em um emprego formal. Para as crianças, o uso desses defensivos trás riscos imediatos de contaminação e até envenenamento porque a pele da criança é mais fina e o batimento cardíaco mais acelerado, fazendo com que o veneno chegue a corrente sanguínea mais rápido”, explica o coordenador do IPEC.
 
Embora o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos diminuiu entre 2004 e 2008, o número de adolescentes entre 15 e 17 anos nestas atividades teve um aumento real de 20% no mesmo período, passando de 52 milhões para 62 milhões. Mais de 60% das crianças em trabalhos perigosos são meninos.
 
O problema das crianças em trabalhos perigosos não se limita aos países em desenvolvimento, de acordo com o estudo. Existem evidências de que nos Estados Unidos e na Europa também há uma elevada vulnerabilidade dos jovens para acidentes de trabalho.
 
Crise econômica
No ano passado, o Relatório Global da OIT sobre trabalho infantil advertiu que os esforços para eliminar as piores formas de trabalho infantil foram abrandados, e expressou a preocupação de que a crise econômica global poderia colocar “mais freio” no progresso em direção à meta de eliminá-las em 2016.
 
Um ano depois, a crise econômica mundial teve um impacto direto no combate ao trabalho infantil, segundo Renato Mendes, e continua preocupante. No mundo inteiro houve uma redução nas ações. Apesar de os números do trabalho infantil continuarem caindo, o ritmo da queda foi menor do que nos dez anos anteriores. “Se continuarmos nesse ritmo, a tendência é estabilizar e até aumentar o número de crianças trabalhando”, lamenta Renato.
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/06/a-cada-minuto-uma-crianca-sofre-acidente-de-trabalho-diz-oit

Governo anuncia liberação de R$ 15 milhões para recuperar prejuízos causados pelas chuvas em Roraima

O governo federal vai liberar R$ 15 milhões para ajudar Roraima a atender a população e reparar os estragos causados pelas intensas chuvas que obrigaram o governo estadual a decretar situação de calamidade pública no último domingo. A expectativa é que o dinheiro comece a ser liberado na semana que vem. O anúncio foi feito há pouco pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

Do total, R$ 5 milhões vão ser destinados a assistência à população, ou seja, para compra de alimentos, barracas, medicamentos, entre outros itens. Os R$ 10 milhões restantes serão utilizados nas primeiras obras de reparação e restauração dos danos.
 
“Vamos liberar os R$ 10 milhões [destinados às obras] para que o governo estadual possa ele próprio ou em parceria com os municípios evitar o isolamento de algumas regiões, trabalhando sobretudo na retomada das ligações por meio das rodovias”, afirmou o ministro, admitindo que o montante ainda pode aumentar de acordo com as necessidades.   
 
Além da ajuda financeira, o apoio federal incluirá a distribuição de dez mil cestas de alimentos.
“Eu acredito que haverá necessidade de mais [recuros], mas, neste momento, toda ajuda é bem-vinda nesta situação em que nos encontramos. Vamos trabalhar e buscar esses recursos. Como governador, eu gostaria de dizer que seria suficiente e espero que não seja necessário muito mais”, disse o governador de Roraima, José de Anchieta Junior.
 
Bezerra viajou acompanhado do secretário Nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, e de uma comitiva de parlamentares do estado.
 
Já na capital, o ministro e o secretário sobrevoaram algumas das áreas alagadas. Boa Vista concentra a maior parte da população do estado e é um dos locais mais afetados pelas chuvas de inverno que se intensificaram nos últimos 30 dias e que, segundo o governador José de Anchieta Junior, devem durar até o fim de agosto.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-09/governo-anuncia-liberacao-de-r-15-milhoes-para-recuperar-prejuizos-causados-pelas-chuvas-em-roraima

OIT: mais de 100 milhões de crianças em todo o mundo trabalham em atividades perigosas

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou hoje (10) relatório sobre o trabalho infantil perigoso. Os dados mostram que há no mundo 115 milhões de crianças (7% do total de crianças e adolescentes) nesse tipo de atividade. Segundo o relatório, esse número é quase metade dos trabalhadores infantis (215 milhões). É considerado trabalho perigoso qualquer tipo de atividade que possa ser prejudicial à saúde e à integridade física e psicológica da criança.

O relatório também afirma que embora o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos tenha caído entre 2004 e 2008, houve aumento de 20% na quantidade de crianças entre 15 e 17 anos nessas atividades, passando de 52 milhões para 62 milhões.
 
O documento diz que o maior número de crianças em trabalhos perigosos está na Ásia e no Pacífico, onde há 48,1 milhões. Contudo, é na África Subsaariana que se encontra o maior número proporcional de crianças em
trabalhos perigosos – são 38,7 milhões para uma população total de 257 milhões.
 
Na América Latina há 9,43 milhões de crianças desenvolvendo trabalho perigoso. Nas outras regiões, como a Europa e a América do Norte, há registro de 18,9 milhões de crianças nesse tipo de atividade.
 
O estudo afirma ainda que a redução do trabalho infantil perigoso foi maior para as meninas do que para os meninos. Entre 2004 e 2008 houve uma redução de 9% no número de meninos realizando trabalhos perigosos,
enquanto no mesmo período a redução do número de meninas foi 24%.
 
A agricultura é o setor onde há o maior número de crianças trabalhando, 59% delas em atividade perigosa, com idade entre 5 e 17 anos. Fazem parte desse setor a pesca, a silvicultura, o pastoreio e a agricultura de subsistência. O restante está dividido entre o setor de serviços (30%) e em outras atividades (11%). O relatório diz ainda que pelos menos um terço das crianças faz trabalhos domésticos e não recebe nenhuma remuneração para isso.
 
O estudo afirma ainda que as crianças e os jovens que desenvolvem trabalho perigoso sofrem mais acidentes do que os adultos.  O relatório cita que  Agência Europeia para a Seguridade e Saúde no Trabalho chegou à conclusão de que os jovens tem 50% mais chances de sofrer alguma lesão do que os adultos.
 
O estudo lembra que no Brasil, foram registrados entre 2007 e 2009 mais de 2,6 mil lesões de trabalho em crianças. No Chile, em 2008, foram observadas mais de mil lesões em jovens com idade entre 15 e 17 anos.
 
Para acabar com o trabalho perigoso de crianças e de adolescentes em todo o mundo,o relatório recomenda a todos os governo que sejam tomadas medidas com base em três eixos. A primeira é que os governos devem assegurar que as crianças frequentem a escola até, pelo menos, a idade mínima permitida para o trabalho. Os governos também devem melhorar as condições sanitárias próximas aos locais onde é realizado o trabalho e adotar medidas específicas para jovens que tenham entre a idade mínima para trabalhar e 18 anos.
 
Também devem ser adotadas medidas jurídicas para atuação contra o trabalho infantil perigoso, com a colaboração de empregadores e trabalhadores.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-10/oit-mais-de-100-milhoes-de-criancas-em-todo-mundo-trabalham-em-atividades-perigosas

‘Faltou jogo de cintura’ ao governador Cabral, diz presidente da CUT-RJ

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ), Darby de Lemos Igayara, “faltou jogo de cintura” ao governador Sérgio Cabral (PMDB), ao ordenar a prisão de 439 bombeiros na manhã do sábado (4). Os trabalhadores tomaram o quartel central do Corpo de Bombeiros, no centro do Rio, na noite da sexta-feira (3), em uma manifestação por melhores salários. O piso salarial da categoria é de R$ 950, o menor do país.

Igayara analisa que após sucessivos erros do governo fluminense e acirramento por parte dos bombeiros, o momento é de “distensionar” as relações. “Do ponto de vista do trabalhador, a situação preocupa e nossa missão é ver como efetivamente ajudar, como mediar o conflito para distensionar nesse primeiro momento em que os dois lados estão radicalizados”, afirmou o dirigente cutista, em entrevista à Rede Brasil Atual.
 
Os trabalhadores pedem revisão de acordo fechado em 2010 entre governo do estado e funcionalismo público estadual. O acordo prevê reajuste salarial de 1% por mês até 2014. “Não houve sinalização do governo de reabrir negociações, então é mais do que natural o movimento dos trabalhadores”, defende o presidente da CUT-RJ. “A corporação é muito querida e bem vista pela população. Não justifica eles terem o menor salário do país”, critica.
Segundo ele, um grave erro partiu do próprio comando do Corpo de Bombeiros, que não teria encaminhado ao governo do estado as reivindicações do trabalhador. “Pelo que sabemos, quando a demanda do movimento chegou ao governador o movimento já estava endurecido.”
 
A resolução do conflito vai exigir dos negociadores, num primeiro momento, “acalmar os ânimos”, indica Igayara. “Nossa experiência demonstra que para mediar o conflito não dá para ser aventureiro nem oportunista, e a hora é de acalmar os ânimos”, propõe. “O apoio no momento não é apenas ser solidário, é preciso buscar uma saída em conjunto.”
 
Selvageria
Em nota, a Força Sindical classificou de “selvageria” a reação do governo do Rio. “A direção da Força Sindical assistiu, indignada e estarrecida, as cenas de selvageria contra a manifestação dos bombeiros e salva-vidas em luta pelas suas reivindicações e direitos, ocorrida no último dia 3 de junho no Estado do Rio de Janeiro.” A direção da entidade também pediu a descriminalização do movimento e reabertura imediata da negociação.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2011/06/para-presidente-da-cut-rj-falta-jogo-de-cintura-para-governo-do-rio-na-negociacao-com-bombeiros

C40 apresenta boas práticas pelo mundo

No encontro do C40, que terminou sexta-feita em São Paulo, cidades de todos os continentes apresentaram suas ideias para melhorar o meio ambiente urbanos. Aqui vai um apanhado das iniciativas mais interessantes.

Uso intensivo de bicicletas: não há grande cidade na Europa que não faça de tudo para aumentar o uso de bicicletas por seus moradores. O esquema mais famoso é  o aluguel público de bicicletas, lançado em Barcelona e Paris em 2007 e aplicado em Londres em 2010. Neles, o usuário aluga a bicicleta a baixo custo (ou até de graça, dependendo do tempo de uso) e pode pegar e devolver a bicicleta em qualquer ponto da cidade. O aluguel não é a única forma de promover o ciclismo. Em Copenhagen, por exemplo, diversas ruas estão sendo fechadas para carros, para incentivar o transporte público e o ciclismo. Outro exemplo é Bogotá, que tem uma extensa rede de ciclovias.
 
Carros elétricos: durante o encontro, Paris anunciou que lançará um esquema de aluguel de carros elétricos semelhante ao das bicicletas. A quantidade de estações ainda não foi estabelecida, mas a expectativa é que 3 mil carros estejam à disposição, para substituir 15 mil veículos particulares.
 
Construções ‘verdes’: a construção de casas ecologicamente corretas e a adaptação de construções antigas a padrões mais baixos de consumo de energia foi um dos temas em debate no encontro. A cidade de Portland, nos Estados Unidos, os moradores têm direito a uma linha especial de financiamento de até 20 anos para reformar seus imóveis com o objetivo de diminuir o gasto de energia, água e outros recursos.
 
Iluminação pública eficiente: diversas cidades, como Chicago e Ann Arbor, nos EUA, e Hong Kong utilizam luzes de LED para diminuir o consumo de energia com iluminação pública. A economia chega a 80%.
 
Biogás para produção de energia: nesse assunto, São Paulo tem o que mostrar, como já escrevi aqui. Os aterros Bandeirantes e São João usao o gás liberado pelo lixo em decomposição para a produção de energia. Essa tecnologia é usada também na Índia.
 
Para mais informações, acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/blog/desafiosurbanos/2011/c40-apresenta-boas-praticas-pelo-mundo

CUT, Contag, Fetagri, MST e CPT entregam ao governo a lista dos trabalhadores rurais “marcados para morrer” e pedem providências enérgicas

Lideranças da CUT, Contag, Fetagri, MST e CPT entregaram nesta sexta-feira (3) ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, documentos com denúncias de mortes, desaparecimentos e ameaças de morte a vários trabalhadores rurais dos Estados do Pará, Rondônia, Amazonas e Tocantins e pediram providências urgentes para acabar com a violência no campo.

A audiência foi solicitada pela CUT e pela Contag, após as mortes de cinco trabalhadores rurais em menos de um mês. No mês passado, quatro pessoas foram assassinadas em áreas de conflito de terra no Norte. No dia 24, foram mortos José Claudio Ribeiro da Silva e sua mulher Maria do Espírito Santo, no assentamento Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna (PA). Eles denunciavam a extração ilegal de madeira dentro do local. O casal estava em uma lista de 30 líderes rurais do sudeste do Pará ameaçados de morte.

No dia 27, foram mortos Adelino Ramos, líder do Movimento Camponês Corumbiara, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia; e o agricultor Erenilton Pereira dos Santos, que também morava em Nova Ipixuna. E, na última quinta-feira (2), foi assassinado o agricultor Marcos Gomes da Silva, em Eldorado dos Carajás (PA).

Durante a reunião, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri), Carlos Augusto Santos Silva, entregou ao ministro Gilberto Carvalho um dossiê sobre grilagem de terra, feito por uma comissão da sociedade civil e coordenado pelo Tribunal de Justiça do Pará. Ele pediu uma ação firme do governo federal no combate ao problema.

Segundo Carlos Augusto, a violência na região é uma das consequências da grilagem de terra no estado do Pará. “Temos certeza absoluta de que essa  grilagem está por trás dos assassinatos de trabalhadores rurais”, concluiu.

Outro problema citado por todas as lideranças rurais foi a impunidade. Eles citaram vários casos de inquéritos parados no judiciário. Segundo a CPT, de 1.186 assassinatos de trabalhadores rurais registrados entre 1985 e 2010, apenas 91 foram julgados. Só em 2010, foram mortos 34 trabalhadores – mais da metade deles no Pará.

A coordenadora da Fetagri no Pará, Maria Joelma Dias da Costa, viúva do líder José Dutra da Costa, assassinado há 11 anos, lamentou ter de vir a Brasília mais uma vez para denunciar crimes e ameaças. Ela disse que só está viva porque tem escolta policial, mas não para de receber ameaças de morte, mas a polícia ignora as denúncias. “As ameaças não são apuradas e acabam se concretizando, como o assassinato de Dezinho (José Dutra da Costa) em dezembro de 2000. A polícia não acredita que existe uma lista de trabalhadores marcados para morrer, mas existe sim e vários que estavam na lista já foram assassinados”, disse Joelma.  

Para o presidente da Contag, Alberto Ercilio Broch, a situação é preocupante e a solução é resolver a questão fundiária no Brasil urgentemente.

A secretária Nacional da Mulher da Contag, Carmen Foro, que foi a região do Pará para avaliar a situação, completou dizendo que não dá para tratar a situação da Amazônia como se trata o restante do Brasil. “Lá tem terra pública, grilagem e muitos recursos naturais e existe muita disputa em torno disso. Tem de ter política diferenciada, mais recursos e políticas públicas que viabilizem as ações”.

Na pauta de reivindicação entregue ao ministro Gilberto Carvalho as lideranças sindicais pediram urgência nas políticas de combate a violência no campo, a consolidação da reforma agrária, a implementação de políticas que resolvam a questão fundiária e também promovam a reforma agrária. Além disso, pediram que o governo federal ajude a tirar os inquéritos das gavetas do judiciário.

O ministro Gilberto Carvalho falou sobre as medidas tomadas até agora, disse que a presidenta Dilma não vai admitir que a escalada de violência no campo continue e, para isso, o governo vai colocar em prática ações de curto, médio  e longo prazos. “Terça-feira, iniciaremos uma ação em pareceria com os governos dos Estados do Pará, Amazonas e Rondônia e vamos manter uma força tarefa permanente onde tem mais conflito de terra”.

O ministro disse, ainda, que o governo vai trabalhar forte para combater a questão da impunidade. Na semana que vem – quarta e quinta-feira – o Ministério da Justiça vai fazer reuniões com governadores, tribunais de justiça e procuradores gerais nos estados. “A ideia é fazer um mutirão da Força Nacional para fazer andar todos os processos que estão parados nos tribunais”.

Ministério Público apresenta 11ª ação contra Belo Monte

Na 11ª ação civil pública ajuizada contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), o Ministério Público Federal (MPF) no Pará pede a suspensão da licença de instalação concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na semana passada. A ação aponta o descumprimento das condições prévias exigidas para preparar a região para os impactos ambientais e sociais da obra.

O MPF, com base em um parecer técnico do Ibama, argumenta que condicionantes nas áreas de saúde, educação, saneamento, navegabilidade e no levantamento das famílias atingidas não foram cumpridas pelo consórcio empreendedor. Segundo o MPF, o Ibama concedeu a licença de instalação considerando as condicionantes como estando em fase de cumprimento ou parcialmente atendidas.
 
Para o Ministério Público, ao não conferir as exigências que o prórpio órgão ambiental impôs à usina de Belo Monte, o Ibama atingiu o “limite da irresponsabilidade” e que a criação de conceitos flexíveis para avaliar as condicionantes serve apenas ao interesse da empresa responsável pela obra. “Mas não serve, em absoluto, ao interesse da sociedade amazônica e brasileira, que esperavam ver um licenciamento rigoroso e exemplar para a obra que vai consumir o maior volume de recursos públicos dos últimos 30 anos”, diz o MPF na ação.
 
De acordo com o procurador da República no Pará Ubiratan Cazetta, das 11 ações impetradas, apenas uma foi julgada até o momento.

ICV despenca em maio e fica perto de zero

O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, voltou a desacelerar em maio e ficou perto de zero, passando de 0,80% no mês anterior para 0,04% – em maio de 2010, foi de 0,15%. A taxa está acumulada em 3,48% no ano (3,19% em igual período do ano passado) e em 7,21% nos últimos 12 meses, crescendo à medida que aumenta o poder aquisitivo.

Segundo o Dieese, os grupos que mais puxaram a desaceleração foram Transporte (-1,33%) e Equipamento Doméstico (-0,21%). No primeiro caso, os preços dos combustíveis caíram 3,25%, mas com comportamentos distintos: o álcool caiu 14,14%, enquanto a gasolina subiu 1,66%.
 
No grupo Alimentação, a taxa foi de 0,29%, com queda em hortaliças (-1,14%), frutas (-5,55%), aves e ovos (-0,82%), grãos (-1,04%) e carnes (-0,50%) e alta em legumes (5,97%), raízes e tubérculos (2,88%) e leite in natura (0,58%). Entre os outros grupos, Habitação teve inflação de 0,23% e Saúde, de 0,66%.
 
Dos dez grupos que compõem o ICV, têm alta acima do índice geral no ano (3,48%) Transportes (8,37%) e Educação e Leitura (5,42%). Abaixo ficam Habitação (1,88%), Vestuário (1,33%) e Equipamentos (-1,20%). De acordo com o instituto, a inflação cresce mais para famílias de maior poder aquisitivo: 2,97% para o estrato 1, 3,22% para 0 2 e 3,72% para o 3. O mesmo acontece no acumulado do ano (7,21%); 6,89%, 7,16% e 7,30%, respectivamente.
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/2011/06/icv-despenca-em-maio-e-fica-perto-de-zero

Alemanha aprova proposta para suspender funcionamento de usinas nucleares até 2022

Em meio às discussões sobre os riscos de contaminação por radioatividade, o governo da Alemanha aprovou nesta segunda-feira (6) os projetos de lei que determinam o fechamento das usinas nucleares no país até 2022. Pelas propostas,  as autoridades se dispõem a buscar fontes renováveis de energia. A decisão foi tomada durante reunião extraordinária do conselho de ministros.

O pacote com as medidas de política energética tem carater de urgência. Na próxima quinta-feira (9), o assunto será tema de debates no Bundestag, o Parlamento alemão.O fim do uso de energia nuclear na Alemanha ocorrerá em etapas, encerrando em 2022, sem possibilidade de alterar essa data, segundo as autoridades alemãs.
 
Paralelamente, as autoridades discutem o reforço da eficiência energética nos edifícios públicos e privados no país. Um dos objetivos é dar impulso à construção de linhas de transmissão destinadas a levar energia eólica do Norte para centros industriais do Sul da Alemanha.
 
Os debates na Alemanha ganharam força depois dos vazamentos e explosões ocorridos na Usina de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão. Os acidentes nucleares no Japão ocorreram após  terremoto seguido por tsunami, em 11 de março. Cidades foram esvaziadas e várias medidas adotadas para evitar a ampliação dos riscos de contaminação no país.
 
Na Alemanha, o objetivo do governo da chanceler Angela Merkel é suspender o funcionamento de oito reatores. Pelo plano de encerramento das usinas, elas fecharão em sequência nos anos de 2015, 2017, 2019, 2021 e 2022.
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/2011/06/alemanha-aprova-proposta-para-suspender-funcionamento-de-usinas-nucleares-ate-2022

Campanha ‘Você no Parlamento’ é lançada nesta quinta

Será oficializada nessa quinta-feira em São Paulo a campanha ‘Você no Parlamento’, uma parceria da Rede Nossa São Paulo com a Câmara Municipal. A campanha vai estimular a participação dos moradores da cidade para elencar os assuntos que devem ter prioridade na Câmara e no Orçamento Municipal. O objetivo é guiar o trabalho dos gestores públicos de acordo com as necessidades da população.

Para participar, é só entrar no site www.vocenoparlamento.org.br entre 15 de junho e 15 de agosto e dar a sua opinião sobre 18 temas. O lançamento acontecerá na quinta, das 10h às 12h, no Salão Nobre da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, centro).