Pisos salariais superam inflação, mas valores ainda são baixos, mostra Dieese

Os pisos salariais negociados por diversas categoriais profissionais em 2010 conseguiram, em grande maioria (94%), superar a inflação do período, alguns com aumentos reais significativos. Mas os valores ainda são muito baixos, constata o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que nesta terça-feira (14) divulgou pesquisa com base em 660 pisos reajustados no ano passado.

“Cerca de um terço dos pisos tinha valor menor ou igual a R$ 550,00 e metade não ultrapassava o valor de R$ 600,00”, diz o Dieese. Na comparação com o valor médio do salário mínimo necessário calculado pelo instituto, apenas três pisos ficavam acima. “Se, por um lado, observa-se  um quadro positivo de valorização dos pisos salariais via aumentos reais, por outro é notável como ainda são baixos os salários de entrada de boa parte dos trabalhadores brasileiros. Considerando-se que a luta pela redistribuição da renda e justiça social passa pela elevação dos patamares mínimos salariais, continua a ser um desafio dos trabalhadores e de suas entidades representativas manter a luta por melhores salários, em especial dos pisos salariais e do próprio salário mínimo.”
Em 2010, o salário mínimo calculado pelo Dieese variou de R$ 1.987,26 (em janeiro) a R$ 2.257,52 (março). O valor médio foi R$ 2.110,26.
 
Dos 660 pisos pesquisados, 619 (93,8%) superaram a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE e normalmente usado como parâmetro nas negociações salariais. Dezesseis (2,4%) foram equivalentes ao INPC e 25 (3,8%) ficaram abaixo da inflação. Entre os setores, 94,9% dos pisos da indústria superaram o INPC, ante 94,7% no comércio, 90,6% nos serviços e 100% na área rural.
 
O maior reajuste de piso salarial em 2010 representou ganho real de 34,3%, segundo o Dieese. O menor teve perda real de 8,6%. Ambos foram no setor industrial.
 
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Protesto após morte de ciclista na avenida Paulo VI em São Paulo

Cicloativistas ocuparam parte da avenica Paulo VI e da Sumaré, zona oeste de São Paulo, em protesto. Na manhã de segunda-feira (13), Antonio Bertolucci, ciclista de 68 anos e presidente do Conselho de Administração da Lorenzetti S.A, morreu atropelado por um ônibus.

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Trabalhador é morto com um tiro no Acampamento Esperança, no Pará

O trabalhador rural Obede Loyla Souza, de 31 anos, foi morto na última quinta-feira (9), perto de sua casa no Acampamento Esperança, município de Pacajá, no Pará. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). “Obede havia denunciado e discutido com um grupo que extraía madeira ilegalmente na região”, diz a CPT. “Ao que tudo indica, Obede foi executado com um tiro de espingarda dentro de ouvido, a 500 metros de sua casa.”

Em menos de um mês, ele é o sexto trabalhador rural assassinado na região amazônica. No fim de maio, o casal José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foi morto no norte do Pará. Depois, outros três foram mortos no próprio estado e em Rondônia.
 
O corpo de Obede foi encontrado apenas na tarde do sábado (11) e levado para Tucuruí (PA), onde foi registrado boletim de ocorrência. De acordo com a Pastoral, a Força Nacional suspendeu o enterro já no cemitério e levou o corpo para Belém, a fim de ser submetido a perícia. Apenas na madrugada desta terça é que o corpo voltou a Tucuruí para o sepultamento. Obede era casado e tinha três filhos.
 
Segundo a CPT, em janeiro ou fevereiro Obede teria discutido “com alguém que representa na região o interesse de grandes madeireiros, pelo fato de estarem extraindo madeira de forma ilegal, principalmente castanheira, que é proibido por lei”. Além disso, a operação estaria deixando intransitáveis as estradas de acesso ao Acampamento Esperança e a assentamentos da região.
 
“No dia do assassinato, pessoas viram uma camionete de cor preta com quatro homens entrando no Acampamento. Os vidros da camionete estavam abaixados. Quando perceberam que estavam sendo avistados, imediatamente suspenderam os vidros. A pessoa que os viu está assustada, pois acha que pode estar correndo perigo”, diz o informe da Pastoral.
 
Além de Obede, o presidente do Projeto de Assentamento Barrageira e tesoureiro da Casa Familiar Rural de Tucuruí, Francisco Evaristo, também discutiu com os representantes dos madeireiros. “Francisco afirma que há alguns dias um homem alto, moreno, com o corpo tatuado e em uma moto estava à sua procura no Assentamento Barrageira”, afirma a CPT. “Francisco, assim como a pessoa que avistou os quatro homens na camionete no dia da execução do Obede, correm perigo de morte.”
 
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Documentos secretos da ditadura voltam ao Brasil e poderão ser consultados na internet

Paulo Vanucchi, ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos no governo Lula (2003/2010), fala sobre a repatriação do acervo do projeto “Brasil Nunca Mais”, pesquisa que resultou no livro de mesmo nome. Vanucchi é um dos integrantes do grupo que ajudou a elaborar a publicação que denunciou a violência cometida pela ditadura militar contra ativistas de esquerda que lutavam contra o regime. Ato nesta terça-feira, 14, na Procuradoria Regional da República, em São Paulo, marca a volta dos documentos que, por motivo de segurança, foram mantidos fora do país.

Para ouvir a entrevista acesse o link abaixo:

http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/documentos-secretos-da-ditadura-voltam-ao-brasil

CIRCULAR ÀS EMPRESAS SOBRE HOMOLOGAÇÕES

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo e Região, considerando o disposto no artigo 477 da CLT e na Instrução Normativa SRT nº 15, de 14/07/2010, que disciplinam as regras e procedimentos a serem observados para a assistência e homologação nas rescisões dos contratos de trabalho e, ainda, a  Convenção Coletiva de Trabalho aplicada no âmbito desta categoria profissional,COMUNICA às empresas o que segue:

A homologação somente será realizada após a confirmação da veracidade dos dados contidos no TRCT, da regularidade da representação das partes, da existência ou não das causas impeditivas à rescisão, nos termos da Lei, e da regularidade dos documentos apresentados.

Os documentos necessários para a assistência na homologação são os abaixo relacionados: 

  1. Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho – TRCT, em cinco vias; (de acordo com portaria 1621 do MTE (14 de julho de 2010)
  2. Xerox da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, com as anotações atualizadas (inclusive se houver mais de uma Carteira em relação aquele contrato), nos itens: data da saída, contribuição sindical, férias, reajustes e aumentos salariais.
  3. Livro ou Ficha de registro de Empregados, com as anotações atualizadas;
  4. Notificação de demissão, comprovante de aviso prévio ou pedido de demissão;
  5. Extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente atualizado, e guias de depósito e de recolhimento das competências indicadas como não localizadas na conta vinculada;
  6. Carta de preposto e instrumentos de mandato (deve ser pessoa habilitada a dar informações ou dirimir eventuais dúvidas  sobre a demissão); Documento que comprove a legitimidade do representante da empresa;
  7. Atestado de Saúde Ocupacional demissional, ou periódico, durante o prazo de validade, atendidas as formalidades especificadas na Norma Regulamentadora – NR 7, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8/6/78 e alterações posteriores;
  8. Quando o aviso prévio for trabalhado trazer os dois últimos cartões de ponto e os dois últimos holerites;
  9. Anexar à rescisão, em duas vias, demonstrativos de cálculos das médias de horas extras, adicionais noturno, insalubridade e periculosidade, quando houver, bem como o cálculo destas verbas na remuneração. (Conforme Modelo – Clique Aqui)
  10. O pagamento da rescisão deve ser em dinheiro, cheque administrativo ou visado (não cruzar o cheque), somente no ato da homologação, observados os prazos legais, ou ainda o comprovante original de depósito bancário efetuado em dinheiro, na conta do ex-empregado ou transferência eletrônica autenticada eletronicamente (não serão aceitos depósitos efetuados  em caixa expresso e relatório de pagamento efetuado).
  11. Comunicação da Dispensa – CD e requerimento do Seguro Desemprego, nas rescisões  sem justa causa;
  12. Guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social, nas hipóteses do art. 18, da Lei 8.036, de 11/05/1990, e do art. 1º da Lei complementar nº 110, de 29/06/2001;
  13. Chave de Identificação da Caixa Econômica Federal, de todas as contas do empregado, ainda que seja pedido de demissão ou extrato do FGTS com a data de saída e código do afastamento “J”.
  14. Perfil Profissiográfico do empregado, abrangendo todas as atividades envolvidas nos termos da Instrução Normativa nº 49, de 03.05.01, DOU de 14.05.01. Prova bancária da quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;
  15. Cópias (Xérox) para o sindicato dos seguintes documentos: Aviso prévio ou pedido de demissão, chave de movimentação do FGTS e exame médico demissional ou periódico;
  16. Caso o empregado tenha contribuído para outro sindicato, entrar em contato com o setor de homologações para esclarecimento da documentação adicional;
  17. Comprovantes de afastamento por Acidente de Trabalho ou auxílio-doença durante a vigência do contrato de trabalho, emitidos pelo INSS;
  18. ­­­­­­­­­ Trazer o carimbo de assinatura da empresa.

 

IMPEDIMENTO:

  • Nos termos do art. 12, da IN 15/2010 e Convenção Coletiva, o sindicato está IMPEDIDO de homologar portadores de estabilidade, mesmo com o pagamento do período de carência;
  • A ausência de documentos necessários à homologação, conforme esta circular, impossibilitará a efetivação da mesma.

PRAZO:

Nos termos do art. 477, parágrafo 6º, da CLT, as parcelas constantes no instrumento de rescisão deverão ser pagas até o primeiro dia útil imediato ao termino do contrato, quando o aviso prévio for trabalhado, ou, até o décimo dia, contado da notificação da demissão, quando for o aviso prévio indenizado.

AVISO IMPORTANTE – AGENDAMENTO:

A partir de 1º de junho de 2011, as homologações realizadas na Sede Central (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade – Tel: (11) 3209-3811) serão agendadas apenas via e-mail, no seguinte endereço eletrônico: homologacao@quimicosp.org.br

Até 2014, Brasil quer retirar do trabalho infantil 1,2 milhão de crianças

O Brasil quer retirar do trabalho infantil 1,2 milhão de crianças até 2014, por meio da ampliação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), informou a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin, em entrevista à Agência Brasil.  Essa ampliação está dentro do Programa Brasil sem Miséria, lançado este mês pela presidenta Dilma Rousseff.

Denise Colin disse que hoje o programa atende mais de 800 mil crianças em todo o país. Elas foram encontradas em situação de trabalho no campo, de trabalho doméstico, exploração sexual, entre outros. Segundo a secretária, quando é feita a identificação de trabalho infantil, as crianças são inseridas no Programa Bolsa Família e é anotada na inscrição do programa a situação de trabalho infantil.
 
“As famílias recebem o benefício do Programa Bolsa Família. Essa criança tem a oportunidade de ser atendida em serviços que possam retirá-la da situação de exploração no trabalho”, disse.
 
A secretária acrescentou que “os pais são encaminhados a vários serviços, como de qualificação profissional, de documentação, de intermediação de mão de obra. Isso é feito pela política do trabalho e os técnicos orientam essas pessoas, mantêm contato com a equipe do Ministério do Trabalho e fazem toda essa mediação para encaminhamento”.
 
A secretaria disse ainda desde que o Peti foi integrado ao Bolsa Família, em 2006, houve maior garantia da transferência de renda, o que ajuda a família a manter as crianças longe do trabalho. “Foi um grande avanço a integração do Peti com o Programa Bolsa Família porque possibilitou a garantia da transferência de renda para a família, o que passou a não justificar o uso das crianças nessas situações”.
 
No Piauí, um dos estados onde há o maior número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, a  coordenadora da Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, Rosângela Lucena, informou à Agência Brasil que mais de 34 mil que estavam em situação de trabalho infantil são atendidas hoje pelos núcleos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Esses núcleos recebem recursos do Peti.
 
De acordo com Rosângela, a maioria dessas crianças estava trabalhando com os pais na agricultura familiar. Hoje, o estado está priorizando a questão do trabalho infantil escravo, que registra alto índice no Piauí.
 
“Queremos fazer um estudo sobre o trabalho infantil escravo no estado e, para isso, estamos contratando faculdades para nos ajudar. Há 34 mil menores atendidos que estavam em situação de trabalho infantil, tanto que o Piauí está na lista dos estados brasileiros com os mais altos índices de crianças nesse tipo de atividade”, informou. A intenção é que o diagnóstico esteja concluído no próximo ano.
 
Para mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-12/ate-2014-brasil-quer-retirar-do-trabalho-infantil-12-milhao-de-criancas

Estudantes têm até hoje para efetuar o pagamento da taxa de inscrição do Enem

 Alunos que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até hoje (13) para pagar a taxa de R$ 35 em qualquer agência do Banco do Brasil. Estudantes com conta corrente no mesmo banco também podem optar por fazer o pagamento em caixas eletrônicos ou pela internet.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os boletos podem ser gerados até as 16h no endereço www.enem.gov.br, onde também poderá ser conferida a confirmação da inscrição três dias após o pagamento da taxa.
 
As inscrições para a prova foram encerradas na última sexta-feira (10). O Ministério da Educação registrou 6.221.697 estudantes interessados em fazer o exame. As provas serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro em 12 mil localidades de 1.599 municípios.
 
Para mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-06-13/estudantes-tem-ate-hoje-para-efetuar-pagamento-da-taxa-de-inscricao-do-enem

Várzea Paulista vira referência de luta contra trabalho infantil

O combate ao trabalho infantil em Várzea Paulista começou em 2005. A partir de 55 casos listados no Conselho Tutelar, a Prefeitura desenvolveu parceria com o Governo Federal e implantou o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), no Departamento da Infância e Juventude do município. Em 2009, foi criado o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e já em 2010 não se verificaram mais casos na cidade.

O CREAS, ligado à Secretaria de Desenvolvimento Social, acompanha em tempo integral os jovens de 6 a 15 anos incompletos, que vivem em situação de vulnerabilidade social ou de trabalho infantil no município. O PETI estende o monitoramento desses jovens até os 16 anos, em outra unidade. A partir daí, eles são encaminhados para outros programas da Prefeitura, quando monitores e educadores promovem trabalhos dentro e fora da escola. Na escola, são observadas a frequência e o rendimento. Fora dela, o foco é o desenvolvimento social, quando todos participam de cursos e atividades – computação, capoeira, roda de leitura, oficinas de desenho, colagem e passeios para parques, teatros, programas de televisão, entre outros.
 
Para garantir a permanência das crianças no programa, a Prefeitura integra os pais ao sistema de Economia Solidária do município. Eles recebem moedas sociais – os Saberes –, que trocam nos Armazéns da Cidadania, mercados que vendem alimentos não perecíveis, verduras, legumes e produtos de limpeza. Assim, o dinheiro que as crianças recebem no trabalho não faz diferença no orçamento doméstico e a família não interfere na permanência delas no projeto.
 
O reconhecimento
Depois de erradicar o trabalho infantil na cidade, o programa atende ainda a 58 jovens em situação de vulnerabilidade social. “Nosso maior desafio é afastar crianças e adolescentes das piores formas de trabalho infantil, como o envolvimento com o tráfico de drogas e o trabalho doméstico” – afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Giany Povoa.
 
O projeto de Várzea Paulista atrai a atenção de países que enfrentam problemas parecidos, caso de Colômbia e Panamá, e que agendam visita para conhecer o projeto. Dados oficiais, de 2008, revelam que mais de 2,8 milhões de crianças e adolescentes realizam algum tipo de trabalho nesses dois países. “O reconhecimento internacional é importante para que outras crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil sejam reintegrados à sociedade, garantindo condições para que se desenvolvam e não perpetuem o ciclo no qual estavam inseridos” – reconhece o prefeito Eduardo Pereira.
 
Solange, Marinalva, Elizete. Mães
Solange, 48 anos, tem quatro filhos que participam do programa há quatro anos. “O programa melhorou em tudo a nossa vida. Hoje eu fico feliz em ver que as atividades, além de melhorar as notas na escola, estão capacitando eles para uma infância mais saudável e uma vida melhor no futuro. Melhorou também o orçamento em casa, já que o nosso envolvimento, os nossos deveres dão direito a receber a moeda social, que podemos trocar por alimentos que precisamos.”
 
Marinalva, 43 anos, é mãe de dois filhos que participam do projeto há um ano. “Eles participam das atividades com vontade e estão aprendendo a ter responsabilidade com as coisas. Como tenho que criá-los sozinha, receber a moeda saberes contribui muito, pois é um dinheiro que deixamos de gastar na compra de alguns alimentos para a casa.”
 
Elizete, 37 anos, tem um filho há dois anos no programa. “O meu filho é uma criança hiperativa, o que dificulta sua concentração, mas tem evoluído bastante, rendendo mais na escola e também melhorando o relacionamento com as crianças. Além disso, a Prefeitura contribui no orçamento da nossa família.”
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/jornais/jundiai/fim-do-trabalho-infantil-vira-cartao-postal-da-cidade

Manifestação de bombeiros do Rio mostra apoio da população à luta por reajuste

Os bombeiros do Rio fazem neste domingo (12) uma passeata na praia de Copacabana como parte do movimento que reivindica melhores salários para a categoria. A manifestação contou com apoio da população carioca, de bombeiros de outros estados e de países da América do Sul, além de policiais militares, servidores públicos e parentes dos militares.

Desde as primeiras horas da manhã, centenas de pessoas se concentraram em frente ao Hotel Copacabana Palace, de onde seguem até o Posto 6. A passeata – que inicialmente era de protesto pela prisão dos 439 bombeiros que invadiram o quartel central da corporação, no centro do Rio, no último dia 4 – transformou-se em manifestação de agradecimento à população depois que os militares foram soltos, por meio de um habeas corpus concedido pela Justiça do Rio.
 
A manifestação também serviu de apoio ao pedido de anistias administrativa e criminal para os bombeiros que estiveram presos. Os bombeiros coletaram assinaturas para a proposta de emenda à Constituição (PEC) estadual, apresentada por alguns deputados à Assembleia Legislativa, que torna possível a anistia à categoria.
Solidários
 
Matias Montecchia, diretor da Escola de Guarda-Vidas da Argentina, veio ao Rio representando o sindicato da categoria naquele país. Mostrando o seu próprio contracheque, ele condena a situação do que chamou de “colegas do Mercosul”.
 
“O que nós queremos é prestar solidariedade aos nossos colegas do Rio, que têm um salário de pouco mais de R$ 1.000,00. O governo está fazendo uma vergonha com isso. E a nossa presença aqui é para ajudar na conquista dos direitos que um guarda-vidas deve ter em qualquer parte do mundo”, disse.
 
Montecchia mostrou o próprio contracheque para apontar a diferença salarial entre os bombeiros argentinos e brasileiros. Na Argentina, segundo ele, o salário inicial é de cerca de 7 mil pesos – o equivalente a cerca de R$ 2.700,00.
 
A professora da rede pública estadual Daniele Machado, com um salário mensal de R$ 681,44, aproveitou a manifestação para apoiar os bombeiros e criticar o baixo salário que recebe e as precárias condições de trabalho. Ela contou que trabalha em duas escolas diferentes para ter seu atual salário.
 
“Também aproveito para protestar contra as precárias condições de trabalho. Leciono nas escolas estaduais Almirante Barão de Teffé e Barão de Santa Margarida. Essa última, em Campo Grande, na zona oeste da cidade, não tem cadeira suficiente para os alunos, que sentam no chão para assistir às aulas e não tem vidros nas janelas, o que é uma pouca-vergonha”, disse.
 
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Jovens alegam ‘confiança no parceiro’, usam menos preservativo e HIV avança

Pesquisa da Organização da Nações Unidas (ONU), divulgada nesta semana, mostra que diariamente 2,5 mil jovens do planeta estão se tornando HIV positivos. Mundialmente, a parcela da população de 15 a 24 anos já responde por 41% das novas infecções. O levantamento foi realizado por diversas agências ligadas à ONU, entre as quais o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Adolescentes mulheres são as mais vulneráveis, inclusive no Brasil.

Em entrevista à Rádio ONU, o infectologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) Marco Vitória  disse que os jovens estão “baixando a guarda”, o que explicaria o aumento.
 
No Brasil, de acordo com o diretor-adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, a confiança no parceiro é o principal motivo para os jovens deixarem de usar preservativos nas relações sexuais. “Eles usam bastante na primeira relação, mas quando a relação vai ficando estável, o que segundo seu critério são três meses, vai baixando a guarda e deixando de usar preservativo”, descreve.”Não usar também é (considerado pelo casal) uma prova de amor”, diz Barbosa.
 
A recusa em usar preservativos também estaria relacionada à visão dos jovens de que camisinha é medicamento, “não como parte integrante da vida sexual”, avalia o especialista. Ele diz que é preciso desmistificar o uso do preservativo apenas como medida preventiva. “Ele pode ser algo erotizado”, sugere.
 
Mulheres em risco
As adolescentes e as mulheres mais jovens são biologicamente mais vulneráveis ao vírus HIV, segundo o estudo da ONU. Entretanto, fatores como pobreza e desigualdade social também influenciam os índices. “A pobreza  amplia a vulnerabilidade porque dificulta o acesso à informação e serviços”, adverte Barbosa.
 
O aumento da contaminação de mulheres na adolescência e juventude também é um problema brasileiro, diz Barbosa. “Como a cultura brasileira está construída sendo heterossexista e machista, o poder de negociação da mulher ainda é pequeno.” Ele analisa que o machismo ainda impede que a mulher possa tratar de sua sexualidade, exigir o uso de preservativos com naturalidade e negociar o uso como direito dela.
 
Barbosa recorda que, na década de 1980, o quadro brasileiro era de 25 homens contaminados com o HIV para cada mulher. Atualmente, é “quase um por um”. No caso das jovens brasileiras, as estatísticas levam em conta adolescentes de 13 anos ou mais. “A partir dessa idade já tem acréscimo de novo caso. A tendência é iniciar (a contaminação) cada vez mais cedo.”
 
Pesquisas brasileiras mostram que a população jovem tem alto grau de conhecimento sobre a Aids e das medidas preventivas, mas isso não é acompanhado por ações  no dia a dia. “É importante que o jovem tenha consciência de sua própria realidade e vulnerabilidade”, orienta Barbosa. Ele alerta que é preciso tomar decisões mais conscientes sobre “a melhor forma de viver”. “Eles e elas têm de tomar atitude, para viver amando, mas também respeitando limites da vida e da natureza humana.”
 
Epidemia
A epidemia de Aids está estabilizada no Brasil, mas em patamares altos, diz Barbosa. Dados do Ministério da Saúde indicam que há 33 mil novos casos por ano e 12 mil óbitos. “O que é alto ainda”, avalia. Cerca de 630 mil pessoas vivem com HIV, mas 255 mil nunca fizeram testes e não sabem que são portadoras da síndrome.
 
“Continuamos tendo uma epidemia concentrada em algumas populações como gays, prostitutas, usuários de drogas, mulheres em situação de pobreza e agora apareceu a juventude, pela não utilização constante de preservativos, especialmente nas relações casuais”, afirma.
 
Para mais infomações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/2011/06/jovens-deixam-preservativo-de-lado-por-confianca-no-parceiro-diz-especialista