O lixo nosso de cada dia

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada no final do ano passado pelo governo federal, exige estudos de avaliação, por parte de vários ministérios, sobre a forma correta de tratamento de resíduos a ser adotada pelas cidades, que têm até junho para se adequar ao novo sistema. Entre as novidades, a responsabilidade pelo lixo nas cidades deixa de ser exclusiva das prefeituras e passa a ser compartilhada com os estados e a União. Fabricantes e distribuidores terão ainda de recolher embalagens dos produtos vendidos – uma antiga cobrança de ambientalistas que deve ampliar os esforços pela coleta, quesito em que o Brasil está bem atrás em relação a outros países.

 

A destinação mais correta para o lixo urbano ainda é alvo de polêmicas: reciclar, reaproveitar ou incinerar e gerar energia, uma vez que em vários estados discute-se a possibilidade de troca de aterros sanitários por incineradores. “A lei estabelece a forma e a prioridade com que devem ser tratados os resíduos. Não se proíbe a incineração, mas o poder público precisará garantir a coleta seletiva. Assim se pode ver o que é possível reaproveitar, reutilizar e encaminhar outra vez para a cadeia produtiva”, afirma o diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Sérgio Gonçalves.

Atualmente, a radiografia brasileira que se tem do assunto é assustadora. Conforme dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 5.565 municípios brasileiros, somente 994 possuem coleta seletiva. Destes, apenas 536 contam, para a coleta, com a participação das cooperativas que contribuem com a separação e utilizam o material reciclado como meio de geração de renda para os catadores. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê que, com a nova legislação, o potencial de renda do segmento salte de R$ 2 bilhões para R$ 8 bilhões.

Ainda são aguardados dados atualizados do censo demográfico sobre quanto lixo comercial e residencial o Brasil coleta. Segundo levantamentos anteriores, eram 240 mil toneladas por dia, das quais 59% iam para lixões a céu aberto (irregulares). Menos de 20% do lixo reutilizável era, de fato, aproveitado. Sem falar que muitas cidades estão com aterros sanitários esgotados e precisam “exportar” lixo para áreas mais afastadas.

Até o final do ano passado, por exemplo, o destino do lixo produzido pelas 18 cidades da Grande Curitiba era incerto, em função da demora para a licitação e construção de novo aterro sanitário. O chamado Lixão da Caximba, que recebia boa parte dos resíduos do Paraná, encerrou sua vida útil em novembro e foi lacrado. Em razão disso, duas áreas particulares (uma em Curitiba e outra na cidade de Fazenda Rio Grande) foram licenciadas de forma emergencial para passar a receber os dejetos. Em Mato Grosso, só 12 dos 141 municípios mantêm aterros sanitários com o lixo acondicionado em valas sépticas e com o correto licenciamento ambiental. Em São Paulo, 156 de seus 645 municípios enviam o lixo para aterros de fora de seus domínios. Em Minas, para 853 cidades existem apenas 226 aterros, menos que os 230 lixões.

No Norte e Nordeste a situação é daí para pior. Na Paraíba, 98% do total do lixo coletado vai para lixões. Em Rondônia, idem. E em todo o país têm sido realizados estudos sobre a capacidade dos aterros e a possibilidade de sua substituição por incineradores. O que, daqui por diante, terá de ser submetido às exigências da nova legislação. 

Entraves e dúvidas

No Pará, um grupo formado por médicos, professores, advogados, promotores de Justiça, administradores e estudantes organizou-se, pela internet, para fiscalizar serviços de coleta e destinação de lixo e atuar na conscientização da importância da mudança de hábitos que conferem à cidade de Belém o título de capital mais suja do país. “Vivemos em uma cidade submersa no lixo e parece que estamos nos acostumando com isso”, diz Ana Maria Magalhães, promotora de Justiça e professora de Direito Ambiental, organizadora do Grupo de Combate ao Lixo de Belém.

“No Brasil são gastos por dia mais de R$ 12,8 milhões em coleta e destinação de lixo, mas os governantes ainda não sabem qual a melhor alternativa”, afirma o engenheiro Gilson Matos, professor da Universidade de Brasília (UnB). Segundo Matos, o problema preocupa cada vez mais os países da América Latina e da Europa – a Itália recentemente viveu séria crise relacionada à falta de coleta. Por outro lado, destaca boas experiências na Alemanha, Suécia e Japão, que avançaram ao obrigar empresas a fazer a separação e estão transformando esse material em energia. Exemplo que deveria, como enfatiza, “ser seguido pelo Brasil”.

A especialista em planejamento de limpeza urbana do Distrito Federal Juliana Berber observa que nem tudo que tem potencial de reciclagem consegue ser devidamente separado. Os motivos são os mais diversos, como falta de conscientização das pessoas e carência de um sistema de coleta estável e disponível para a população. “Não adianta uma prefeitura ou governo estadual fazer coleta seletiva sem oferecer condições adequadas nem ter cooperativas de catadores funcionando com boa estrutura”, diz.

O professor de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Paulo Modesto lembra que o problema dos aterros, propriamente, é fácil de resolver, contanto que sejam escolhidas áreas em que se levem em conta o meio físico (solo, água e ar), a fauna e flora da região, uma distância considerável de recursos hídricos e o volume e constituição dos resíduos a serem depositados, para que se evite qualquer tipo de contaminação de águas subterrâneas e lençóis freáticos. 

 

Solução ou poluição?

A opção pelos incineradores tem também seus poréns. Esses equipamentos reduzem o volume do lixo em até 85% do total. Para muitos técnicos, é possível haver queima controlada, com o uso de filtros para evitar a poluição da atmosfera. Mas a polêmica é grande em torno do assunto, já que o custo de implantação é alto e há dúvidas entre ambientalistas quanto à capacidade dos sistemas de filtragem de deter a geração de gases tóxicos. Por conta disso, há resistências por parte de movimentos em vários municípios.

Em São Bernardo do Campo, na Grande  São Paulo, até o fim do ano passado estava prevista a construção do que seria a primeira usina de incineração de lixo doméstico do Brasil, numa estrutura programada para ocupar a área do antigo lixão do Alvarenga, próxima à Represa Billings – um dos mais importantes reservatórios da região metropolitana. “Com a política nacional, antes de qualquer iniciativa terá de ser provada a viabilidade técnica, ambiental e econômica de um empreendimento desse porte – exigências que, antes, eram menores”, ressalta Sérgio Gonçalves, do MMA.

 

A ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, afirmou no início de fevereiro, num encontro em São Paulo, que vai procurar todas as áreas envolvidas para negociar a política e viabilizar as parcerias necessárias. “Existe a dificuldade de articular as várias posturas, nas políticas públicas, sobre essa ideia de sustentabilidade. Há algumas muito conservadoras. Graças à democracia, recepcionamos essa diversidade de pensamento, mas dá trabalho negociar e absorver”, reconhece.

A população, preocupada com o impacto ambiental, também tem se manifestado em torno do tema. Em Pernambuco, o Fórum Estadual Lixo e Cidadania (Flic) conseguiu impedir o andamento de proposta para a instalação de um incinerador em Cabo de Santo Agostinho, para tratar o lixo produzido em Recife. De acordo com integrantes do Flic, a incineração, além de ser a solução de tratamento dos resíduos sólidos mais cara existente no mundo, contribui para agravar o problema das mudanças climáticas. O governo de Pernambuco já sancionou uma lei que se adequa às regras da nova política, mas mobilizações como a do Flic têm crescido em todas as regiões.  

Utilidade pública

Um segmento importante da economia tira do lixo e dos resíduos não recolhidos por serviços públicos de coleta oportunidades de trabalho e renda. Os catadores formam uma população estimada em 800 mil pessoas. O pernambucano Cícero Pereira da Silva, morador de Brasília, começou a reciclar desde que chegou à capital federal, há 11 anos. “Vim para procurar emprego e, quando soube como o pessoal trabalha, me identifiquei”, afirma. Cícero destaca a disponibilidade de horário de seu trabalho. Ele começa todos os dias na usina de lixo por volta das 7 da manhã e sai às 15h15, “com o sol ainda quente”. Eva Barros Monte, catadora há três anos, concorda. “Num outro emprego, talvez não pudesse ficar com meus filhos”, ressalta ela, mãe de duas crianças.

“Muitos acham melhor separar lixo que permanecer em empregos que têm horários rígidos, mas isso depende muito do período do ano e da qualidade das vagas oferecidas pelo mercado. Hoje mesmo eu soube de um monte de gente que mudou para empregos com carteira assinada, mas não é o que acontece sempre”, diz Alessandra Alves, diretora da cooperativa de catadores que atua numa usina do Lago Norte, em Brasília. Segundo ela, catadora há 12 anos, com a estruturação da profissão o trabalho ficou mais fácil. “Antes vivíamos nos lixões e só tínhamos essa opção. Hoje, não. Estamos juntos, seja em usinas ou em cooperativas, e isso fortalece nossa atividade.”

O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) defende a remuneração da categoria, por parte das prefeituras, pela coleta e separação do lixo, além da oferta de cursos de capacitação para aprimorar o trabalho. Apenas quatro municípios brasileiros têm autogestão das cooperativas e pagamento pelos seus serviços de coleta: Diadema, Biritiba Mirim, Arujá (em SP) e Belo Horizonte. “É preciso mostrar o outro lado dessa atividade, uma vez que os catadores são peça importante da destinação final do lixo”, diz Cícero Lacerda, chefe da usina de tratamento de lixo do Distrito Federal.

E a mão de obra não se resume à coleta. Como observa Clara Ednar Cardoso Pereira, que vive da separação do lixo há nove anos, as pessoas e condomínios não ajudam tanto como se pensa. “O catador é que tem de meter a mão na massa e separar o que presta.”

Lançamento do livro “Do Assédio Moral à Morte de Si – Significados Sociais do Suicídio no trabalho”

Livros podem ser adquiridos pelo telefone: 3209.3811 ramal: 216

Recentemente, organizamos um livro que trata sobre as questões da violência, do assédio moral e principalmente do suicídio, relacionados com o trabalho.

O livro foi intitulado “Do Assédio Moral à Morte de Si – Significados sociais do Suicídio no trabalho” e será lançado no dia 28 de abril as 19 horas (Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho) no Sindicato dos Químicos de São Paulo, localizado à Rua Tamandaré, 348 – Liberdade.
 
Para esse lançamento, contaremos com a presença do Prof. Ângelo Soares (Université du Québec à Montréal), um dos colaboradores do livro, fazendo a conferência “O trabalho em tempos sombrios”.
 
Nossa ideia é que em outros eventos de lançamento, possamos contar com a presença dos outros autores fazendo conferências e mesas, pois, devido à proximidade com o 1o. de maio, não tivemos como por em prática  a idéia inicial, que seria um evento com todos os autores.
 
Esse livro tem como objetivo fundamental dar visibilidade social ao tema e que trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias, ramos de produção e escalões assim como diferentes estudiosos e acadêmicos, leiam, reflitam e que lutemos por um mundo do trabalho digno de ser vivido por todos.
 
Agradecemos imensamente a colaboração de todos na divulgação e esperamos poder encontrá-los em 28 de abril. O convite segue em  anexo.
 
Logo abaixo está o índice do livro e os dados sobre os autores.
 
ÍNDICE 
Prefácio – Do Assédio Moral à Morte de Si: a opção pela explicitação contra  o silêncio que cala o sofrimento
Sueli Terezinha Ferreira Martins
 
Parte I – Entrevistas
1. Álvaro Roberto Crespo Merlo
2. Marcelo Finazzi
 
Parte II – Mundo do Trabalho – Aspectos conceituais
Capítulo 1 – Reflexões sobre a violência. Significados historicamente construídos
Maria Amélia de Almeida Teles
 
Capítulo 2 – O mundo do trabalho e as questões éticas que envolvem o adoecer e morrer dos trabalhadores
Lourival Batista Pereira
 
Capítulo 3 – Conceito de natureza humana, trabalho e subjetividade: um aporte para pensar a problemática do suicídio no mundo do trabalho.
Ester Cohen
 
Capítulo 4 – Formas de gestão na acumulação flexível: o assédio moral
Terezinha Martins dos Santos Souza.
 
Parte III – Trabalho, Violência, Suicídio
Capítulo 5 – A morte proibida do trabalhador – Análise histórico- social das relações entre suicídio e trabalho
Nilson Berenchtein Netto
 
Capítulo 6 – O enigma do suicídio no mundo do trabalho
Dulce Sauaya / Ester Cohen
 
Capítulo 6 – As mortes violentas como forma de transgressão: o suicídio.
Fernanda Marquetti
 
Capítulo 7 – Assédio Moral e Ideação Suicida
Ângelo Soares
 
Capítulo 8 – Das Violências ao Suicídio no trabalho.
Margarida Barreto / Selma Venco
 
Capítulo 9 – Quando alguém se mata no trabalho, o que está querendo dizer?
Roberto Heloani.
 
PARTE IV – Anexos – Originais em espanhol
 
SOBRE OS AUTORES

Álvaro Roberto Crespo Merlo – Médico do Trabalho, doutor em Sociologia pela Université Paris 7, Docente da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor médico-assistente do Ambulatório de Doenças do Trabalho/Serviço de Medicina Ocupacional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Bolsista Pesquisador do CNPq.
 
Ângelo Soares – Professor no Departamento de Organização e Recursos Humanos da Escola de Ciências da Gestão da Universidade do Quebec em Montreal – UQAM. Dirige pesquisas sobre assédio moral, sobre as emoções e sobre a saúde mental no trabalho. É doutor em sociologia do trabalho (Ph.D.) e realizou o seu pós-doutorado na UQAM.
 
Dulce Sauaya – Doutora em Psicologia. Consultora e Pesquisadora da Cátedra.1da Faculdade de Psicología na Universidade de Buenos Aires – UBA. Doutora Honoris Causa pela Universidade Madres Plaza de Mayo. Psicóloga emérita pelo Ministério da Saúde – Governo da Cidade de Buenos Aires. Publicou entre outras obras, Salud Mental y Trabajo. Historia Vital del Trabajo un dispositivo psicosocial.
 
Ester Cohen – Professora Titular de Filosofia, Metodologia, Investigação e Epistemologia na Faculdade de Psicología e Faculdade de Medicina da Universidad de Buenos Aires. Publicou: Creencia, paradoja y crisis. Catálogos, Buenos Aires, 1989; El discurso del deseo y la ilusión. Catálogos, Buenos Aires, 1990; Interdisciplina y psiquiatría en revista electrónica de Finteco. Foi professora nos Seminários sobre Spinoza, para docentes de contextos de conclusão e Seminário sobre Foucault para pessoas privadas de liberdade.
 
Fernanda Marquetti – Terapeuta Ocupacional. Professora doutora do Curso de Terapia Ocupacional na Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista (UNIFESP-BS). Lourival Batista – Dirigente Sindical. Coordenador da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Plásticas e Similares de São Paulo.
 
Marcelo Finazzi – bancário, técnico com atuação nas áreas de gestão de pessoas e relações de trabalho. Bacharel e Mestre em Administração pela Universidade de Brasília. Realiza pesquisas sobre violências e sofrimento relacionados ao trabalho e estudos organizacionais críticos. Autor da dissertação: Patologia da solidão – o suicídio de bancários no contexto da nova organização do trabalho.
 
Margarida Barreto – Médica. Doutora em Psicologia Social PUC/SP. Vice-coordenadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão/Inclusão Social – NEXIN/ Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUC/SP.
 
Nilson Berenchtein Netto – Psicólogo, mestre em Psicologia Social e doutorando em Psicologia da Educação PUC/SP. Bolsista CNPq.
 
Roberto Heloani – Bacharel em Ciências Jurídicas e Psicólogo. Professor Livre-Docente e Titular na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisa e leciona na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Conveniado à Université Paris X, Nanterre. Selma Venco – Socióloga do trabalho, pós-doutora em sociologia do trabalho – Laboratoire Genre, travail et Mobilités, Université Paris X e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Sociologia, Universidade Estadual de Campinas. Professora do programa de pós-graduação, Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP).
 
Sueli Terezinha Ferreira Martins – Docente do Deptº. Neurologia, Psicologia e Psiquiatria e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina, UNESP-Botucatu. Mestre e Doutora  em Psicologia Social – PUCSP. Coord. Núcleo de Estudos e Pesquisas  “Psicologia Social e Educação: contribuições do marxismo” – NEPPEM.
 
Terezinha Martins dos Santos Souza – Psicóloga. Pós-graduação latu-sensu em Sócio-Psicologia pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Mestrado e doutorado em Psicologia Social pela PUC/SP. Professora Adjunta I do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 

Colônias de Férias e Clube de Campo

Colônia Solemar

A Colônia de Férias é um patrimônio da categoria, especialmente dos associados do Sindicato. Portanto, para melhor uso, observe as normas e os regulamentos desse espaço de lazer:
 
Normas de Uso e Reserva
  • Funcionamento: Todos os dias.
  • Identificação: É obrigatório apresentar o recibo e a guia de reserva e um documento com foto de todas as pessoas que constam na guia.
  • Entrada: Das 8h às 20h do dia da reserva. Obs.: Não será permitida a entrada antes da data reservada.
  • Saída: Às 8h do dia posterior ao reservado.
  • Apartamentos: (1 por sócio): reservas somente na Sede Central, pelo tel. 3209.3811 – ramal 217, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
 
Sorteios dos Apartamentos
Serão feitos sorteios para os apartamentos no Carnaval, Natal e Ano-Novo. Para participar do sorteio, basta comparecer à Sede Central, na data marcada, com a carteirinha de sócio. (As datas dos sorteios serão publicadas no Sindiluta e na internet: www.quimicosp.org.br). Cada sócio poderá concorrer com a própria carteirinha. Será permitido que alguém represente o(a) sócio(a), desde que esteja com a carteirinha do(a) mesmo(a).
 
ATEN ÇÃO: Em caso de desistência sem comunicação prévia de uma semana antes da data prevista, não haverá devolução do valor pago.

Valores da diária
Sócio(a): = R$ 6,00
Dependentes: esposo/a, pai/mãe, companheiro/a, filhos/as com comprovante de idade até 18 anos
Dependentes: de 0 a 5 anos – não pagam
De 6 a 14 anos – metade valor do sócio
De 15 a 18 anos – O mesmo valor do sócio
Acima de 18 anos = R$ 20,00
Convidados do sócio = R$ 20,00
Dependentes dos convidados: 0 a 5 anos = R$ 3,00
De 6 a 14 anos = R$ 10,00
Acima de 14 anos = R$ 20,00
 
Regulamento Interno
1. Para acesso à Colônia de Férias, é obrigatório apresentar Carteirinha de Sócio(a) e um documento com foto,
inclusive dos dependentes.
2. É proibido pernoitar dentro do veículo; objetos deixados no interior do veículo são de responsabilidade dos proprietários.
3. Na entrada e na saída, os apartamentos serão vistoriados. O usuário, junto com uma pessoa da administração, assinam um documento atestando as condições de uso. Recebidas as chaves, o usuário ficará responsável pela
limpeza e arrumação do apartamento
4. É vedada a permanência de animais de qualquer espécie
na Colônia, inclusive em veículos estacionados.
5. Pede-se observar silêncio nos apartamentos e nas imediações no período das 22h às 6h.
6. Cuide do meio ambiente. Lixo somente nas lixeiras.
7. Ao entrar na unidade o usuário receber um kit de roupa de cama, um kit de utensílios domésticos (relação será entregue pelo administrador), que deverão ser devolvidos, ao final da estadia, em perfeito estado.
8. Para utilização do kit de roupa de cama, kit esportivo e de praia, como o guarda-sol e cadeira-de-praia, será necessário o preenchimento de documentos onde consta a responsabilização pela entrega em perfeito estado de conservação e limpeza. Caso haja algum dano ou extravio, haverá a devida cobrança do sócio(a).

Colônia de Caraguá
Colônia de Férias é um patrimônio da categoria, especialmente dos associados do Sindicato. Portanto, para melhor uso, observe as normas e os regulamentos desse espaço de lazer:
 
Normas de Uso e Reserva
  • Funcionamento: Todos os dias.
  • Identificação: É obrigatório apresentar o recibo e guia de reserva e um documento com foto de todas as pessoas que constam na guia.
  • Entrada: Das 8h às 22h do dia da reserva. Obs.: Não será permitida a entrada antes da data reservada.
  • Saída: Às 8h do dia posterior ao reservado. (Não servimos café na saída).
  • Apartamentos: (1 por sócio): reservas somente na Sede Central, pelo tel. 3209.3811 – ramal 217, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
 
Sorteio dos Apartamentos
Serão feitos sorteios para os apartamentos no Carnaval, Natal e Ano-Novo. Para participar do sorteio, basta comparecer à Sede Central, na data marcada, com a carteirinha de sócio. (As datas dos sorteios serão publicadas no Sindiluta e na internet: www.quimicosp.org.br). Cada sócio poderá concorrer com a própria carteirinha. Será permitido que alguém represente o(a) sócio(a), desde que esteja com a carteirinha do(a) mesmo(a).
ATEN ÇÃO: Em caso de desistência sem comunicação prévia de uma semana da data prevista, não haverá devolução do valor pago.
 
Valores da diária
Sócio(a): salário até R$ 1.000,00 = R$ 15,00
Sócio(a): salário acima de R$ 1.000,00 = R$ 20,00
Dependentes: esposo/a, pai/mãe, companheiro/a, filhos/as com comprovante de idade até 18 anos
Dependentes: de 0 a 5 anos – não pagam
De 6 a 14 anos – metade valor do sócio
De 15 a 18 anos – O mesmo valor do sócio
Acima de 18 anos = R$ 30,00
Convidados do sócio = R$ 30,00
Dependentes dos convidados: de 3 a 5 anos = R$ 5,00
De 6 a 14 anos = R$ 15,00
Acima de 14 anos = R$ 30,00
Convidados comuns – pessoas que não estão acompanhadas do sócio = R$ 35,00
Dependentes desses convidados: de 3 a 5 anos = R$ 7,00
De 6 a 14 anos = R$ 17,00
Acima de 14 anos = R$ 35,00
Nas diárias estão incluídos: café da manhã, almoço e janta. (Aos domingos, não servimos a janta).
Atenção: Levar roupas de cama e de banho.
 
Regulamento Interno
1. Para acesso à Colônia de Férias, é obrigatório apresentar Carteirinha de Sócio(a) e um documento com foto, inclusive dos dependentes.
2. É proibido pernoitar dentro do veículo; objetos deixados no interior do veículo são de responsabilidade dos proprietários.
3. É vedada a permanência de animais de qualquer espécie na Colônia, inclusive em veículos estacionados.
4. Na piscina e no entorno (deck) não será permitida a entrada com alimentos, garrafas, latas, copos de vidro ou qualquer objeto que possa oferecer risco aos usuários; o traje de banho na área da piscina é obrigatório e são proibidas brincadeiras como cambalhotas e saltos que causem riscos de lesão aos usuários.
5. Pede-se observar silêncio nos apartamentos e nas imediações no período das 22h às 6h.
6. Cuide do meio ambiente. Lixo somente nas lixeiras.
 
Clube de Campo Virgílio Gomes da Silva
O Clube de Campo é um patrimônio da categoria, especialmente dos associados do Sindicato. Portanto, para melhor uso, observe as normas e os regulamentos desse espaço de lazer:
 

Normas de Uso

Identificação: É obrigatório apresentar a carteirinha de sócio e um documento com foto. Dependentes e convidados devem apresentar documento com foto.

Funcionamento: Para retorno no mesmo dia (bate e volta), de quarta a domingo, das 8h até as 18h. Para se hospedar, entrada permitida até as 22h.

Serviços: Há lanchonete no local, que fornece lanches rápidos, gelo, carvão e bebidas. As atividades de bar, karaokê e salão de jogos se encerram às 22h. A partir desse horário, deve-se manter silêncio, em respeito aos outros hóspedes.

Piscinas: Estão abertas das 9h às 17h30, sempre que a temperatura da água estiver adequada ao uso.

Reservas (1 apartamento por sócio)

Apartamento para sócio:

• Apartamentos: reservas na sede central, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Nos feriados prolongados, a reserva deve ser feita com 30 dias de antecedência. Nos fins de semana, caso haja apartamento disponível, as reservas podem ser feitas no próprio Clube. Nesse caso, informe-se pelo tel. (11) 4655.0210 ou (11) 4653.2299.

Excursões (grupos acima de 15 pessoas):

• Serão permitidos até cinco ônibus por fim de semana, sendo um de cada região.

• O agendamento deve ser feito com antecedência mínima de 15 dias, somente na sede central, pelo tel. (11) 3209.3811 – ramal 217.

• A lista do grupo deve ser entregue na sede central com, no mínimo, 10 dias de antecedência pelo diretor que vai acompanhar o grupo.

• O pagamento deve ser feito com, no mínimo, 10 dias de antecedência.

PREÇOS

• Bate e volta: Gratuito. Não é preciso fazer reserva, porém não será liberado o uso do apartamento. Para seu próprio conforto, aconselhamos ligar para o Clube para verificar a lotação.

• Sócios e dependentes (cônjuge, filhos até 18 anos, pai e mãe do sócio): Diária gratuita.

• Convidados do sócio (inclusive filhos maiores de 18 anos): Diária de R$ 10,00 para até seis convidados. Acima disso, o preço é de R$ 20,00 por convidado.

• Não sócio (usuários comuns): Diária de R$ 40,00 por pessoa (sem prioridade nas reservas).

• Pernoite: Sócios e dependentes, mediante reserva, R$ 3,00 o pernoite.

Crianças até 6 anos e idosos acima de 65 anos não pagam.

Feriados: No Carnaval haverá sorteio e nos feriados prolongados o agendamento deve ser feito com um mês de antecedência. As datas para a inscrição e o sorteio serão publicados no Sindiluta e no site www.quimicosp.org.br.


É vedada a permanência de animais de qualquer espécie no Clube, inclusive em veículos estacionados.

A administração do Clube tomará todas as medidas necessárias para garantir o respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente em suas dependências.


Regulamento Interno

(Regras válidas a partir de outubro de 2012)

1. Para acesso ao clube, é obrigatório apresentar carteirinha de sócio e um documento com foto, inclusive para os dependentes.

2. É proibido pernoitar dentro do veículo; objetos deixados no interior do veículo são de responsabilidade dos proprietários.

3. É vedada a permanência de animais de estimação de qualquer espécie no Clube, inclusive em veículos estacionados.

4. Na piscina e no seu entorno, assim como nas quadras de esporte, não será permitida a entrada com alimentos, garrafas, latas, copos de vidro ou qualquer objeto que possa oferecer risco aos usuários. Na piscina e no seu entorno, o traje de banho deve ser adequado; são proibidas brincadeiras como cambalhotas e saltos que causem riscos de lesão aos usuários.

5. Deve ser mantido o silêncio no período das 22h às 6h, inclusive nos apartamentos e nas imediações.

6. Cuide do meio ambiente: não arranque as plantas, preserve o rio e jogue o lixo somente nas lixeiras.

7. Para utilização de apartamentos, cozinha comunitária, kit de roupa de cama, kit de churrasco, kit esportivo, será necessário o preenchimento de documentos para a devida responsabilização pela devolução em perfeito estado de conservação e limpeza. Danos ou extravios de material emprestado serão cobrados.

Faça sua reserva na sede central pelo telefone (11) 3209.3811 – ramal 217.

Tels. do Clube: (11) 4655.0210 e 4653.3299 • www.quimicosp.org.br
 

Ministra de Direitos Humanos acompanha buscas no cemitério da Vila Formosa

Ministra, familiares dos desaparecidos, procuradores e policiais federais, juntos no último dia de buscar no cemitério da Vila FormosaNa terça-feira, dia 22 de março, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, acompanhou as escavações no cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo, que buscam os restos mortais de desaparecidos políticos na época da Ditadura Militar, entre eles o companheiro Virgílio Gomes da Silva.

 
A busca é o resultado de uma ação conjunta entre a família do Virgílio, o Grupo Tortura Nunca Mais e o Sindicato dos Químicos de São Paulo. “A Polícia Federal, em conjunto com o IML de São Paulo, está desenvolvendo um trabalho permanente exatamente em cima do material que é retirado nessas escavações”, explicou o procurador regional da Reptública, Marlon Weichert.
 
A ministra Maria do Rosário ouviu todas as partes envolvidas nas escavações e depois respondeu às perguntas dos jornalistas. “Eu quero de público dizer deste reconhecimento que, de 1995 até os dias atuais, ainda que a lei dissesse que devíamos cumprir, dizer onde estão os nossos mortos e desaparecidos, nós não cumprimos aquilo que a lei determinou”.
 
Maria do Rosário assumiu, em nome do Governo, o compromisso de construir um monumento em homenagem aos desaparecidos políticos no cemitério da Vila Formosa. “Nós queremos dizer às famílias que todo esforço está sendo feito, que nós vamos continuar e assim como o Ministério Público e as famílias nos indicam a necessidade de um memorial, nós queremos assumir esse compromisso.”
 
Nos momentos finais de sua declaração, a ministra emocionou os presentes: “Que neste memorial se registre os desaparecidos, os mortos pela Ditadura, que nesse memorial se registre que o Estado brasileiro torturou e matou, mas que neste memorial se registre que as famílias nunca abandonaram seus entes queridos”.
 
Lourival Batista, coordenador da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Sindicato, acompanhou a visita da ministra ao cemitério e disse estar satisfeito. “Nós sabemos que talvez os restos mortais do companheiro Virgílio não sejam encontrados, devido ao tempo de seu falecimento, mas a construção do memorial significa o reconhecimento do Governo. Então, para nós, o Virgílio não está mais desaparecido. Agora a família terá um lugar para rezar por ele.”
 

Dia Internacional de Luta das Mulheres

Dirigentes participam da atividade das mulheres em Santo AmaroTodos os anos, o Sindicato faz atividades em homenagem ao Dia Internacional de Luta das Mulheres. Dessa forma, reforçamos a importância da igualdade de direitos e podemos refletir sobre as dificuldades dessas conquistas. Esse ano, a atividade aconteceu no domingo, dia 13 de março (a atividade não aconteceu no dia 8 em decorrência do Carnaval), na Subsede de Santo Amaro e mais de 100 companheiras compareceram.

 
A atividade teve a apresentação do filme “Eternamente Pagu” (dirigido por Norma Bengell). Pagu foi uma importante autora brasileira que, no fim década de 1920, participou do Movimento Modernista brasileiro. Sempre escandalizou a sociedade pelo seu comportamento considerado impróprio para as mulheres da época, como fumar e falar alto em público. Nos anos 1930 entra para o Partido Comunista, onde ajuda a organizar uma greve de estivadores em Santos e é presa pela primeira vez. É a primeira mulher presa por motivos políticos do Brasil. Em 1935 é novamente presa e torturada, ficando na cadeia por 5 anos.
 
Depois da exibição do filme, as participantes debateram sobre a dificuldade das mulheres em ampliar seus direitos e diminuir os preconceitos. Segundo Célia Passos, dirigente do Sindicato e coordenadora da Secretaria de Gênero, “é importante que as companheiras percebam que a nossa luta já vem de muito tempo e que muitas das dificuldades encontradas por Pagu ainda existem para nós. É uma luta histórica, mas da qual não podemos desistir”.
 
Para Jaqueline Souza da Silva, dirigente do Sindicato, é importante que as trabalhadoras que estão no movimento, reivindicando por igualdade de direitos, saibam que essa luta tem uma origem muito antiga. “Tudo que já conquistamosé resultado de anos de luta e do esforço de muitas outras companheiras”, afirma Jaqueline.
A atividade ainda teve uma declamação de textos sobre outras mulheres importantes na história: Margarida Alvez, Chiquinha Gonzaga, Olga Benario, Maria Bonita, Maria da Penha, Anastácia, Iara Lutz, Tia Ciata e Dilma Rousseff. Cada uma delas se destacou em sua época pela sua luta, seja na política, por melhores condições de trabalho, ou por se destacar em sua área de atuação.
 
O encerramento da apresentação citou Dilma Rousseff. A sua vitória é vista como um avanço contra o preconceito. “Conseguimos provar que as mulheres podem ter cargos de alta responsabilidade. Esperamos que com ela no poder o preconceito contra as mulheres em ambiente de trabalho seja menor e que Dilma, como presidente, lute pela ampliação dos direitos das mulheres”, disse Célia.
 
Ato político
 
Além da atividade organizada, o Sindicato participou de um ato político, que aconteceu no sábado, dia 12. A manifestação foi organizada por Movimentos Sociais e pela CUT e nem a chuva impediu que mais de 5 mil mulheres participassem.
 
A manifestação tinha como principais motes esse ano a Redução da Jornada de Trabalho e o direito à creche. Mas essas reivindicações não são para que a mulher tenha mais tempo para a dupla jornada, com o trabalho doméstico. Esse tempo livre deve ser utilizado também para o seu lazer e estudos. É preciso discutir a igualdade entre mulheres e homens, além do local de trabalho, também em casa.
 
A mudança de mentalidade é muito importante para que atos de violência ou discriminação parem de acontecer. Para que isso aconteça, é preciso ampliar o debate, não se apoiar apenas no Dia Internacional de Luta das Mulheres, mas combater a violência doméstica (a cada 2 minutos, 5 mulheres são agredidas) e a diferença salarial entre trabalhadoras e trabalhadores (em média, as mulheres recebem 30% a menos que os homens).
 
Encontro Mundial discute lutas e conquistas das mulheres
 
Dirigentes no encontro da ICEMEntre os dias 23 e 25 de março aconteceu a Conferência Mundial de Mulheres da ICEM (Federação Internacional dos Trabalhadores da Química, Energia, Minas e Indústrias Diversas), em Sevilha, Espanha. Participaram 230 delegadas de 47 países, entre elas, a delegação brasileira contou com 3 dirigentes do Sindicato: Célia Passos, Elaine Blefari e Lucineide Dantas. A conferência, o maior encontro desse tipo até hoje, tinha como tema “Sonhos e Conquistas”.
 
Durante a atividade, foi anunciada a unificação da ICEM com a IMF (Federação Internacional de Metalúrgicos) e a ITLGLWF (Federação Internacional de Têxteis, Vestuário e Coureiros), criando uma federação unitária mundial de trabalhadores e trabalhadoras. Dessa forma, a luta pelos direitos será ampliada e terá ainda mais força.
 
Além disso, o encontro marcou o lançamento de duas importantes campanhas: pelo fim da violência contra as mulheres da República Democrática do Congo e pelo uso da camisinha feminina como forma de combate à HIV/ AIDS. Além disso, discutiu-se muito sobre a luta pela igualdade entre gêneros.
 
A delegação brasileira fez uma apresentação sobre a situação da mulher na sociedade e no mercado de trabalho. Segundo Célia Passos, coordenadora da Secretaria de Gênero, é muito importante a participação de atividades como essas. “Além de compartilharmos nossas experiências, entramos em contato com diferentes realidades e podemos aprender com as outras delegações.”
 
Como surgiu o Dia Internacional de Luta das Mulheres
 
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos organizaram uma greve. Suas reivindicações eram: a Redução da Jornada para 10 horas diárias (a jornada era de 16 horas), igualdade de salários com os homens (as mulheres chegavam a ganhar 3 vezes menos que os homens) e tratamento digno no local de trabalho. A manifestação foi fortemente reprimida e mais de 100 mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada em seguida. Mais de meio século depois, em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que dia 8 de março seria o Dia Internacional da Luta das Mulheres, como uma homenagem a essas trabalhadoras que morreram enquanto lutavam por igualdade de direitos e qualidade de vida no trabalho.
 

Armadilha no uso da internet no trabalho

O Sindicato recebe freqüentes denúncias sobre a proibição, punição e até mesmo dispensa de trabalhadores que utilizam a internet e intranet no ambiente de trabalho. É comum que as empresas disciplinem o que pode e o que não pode utilizar. Em geral, mídias sociais, comunicadores e sites de conteúdos impróprios são os alvos, também há empresas que controlam navegação em sites informativos e, por fim, quem controla o conteúdo das conversas.

Com essa questão nas mãos e com objetivo de dar uma resposta aos trabalhadores, entrevistamos o Dr. Routo Terada, professor titular da USP e especialista na área. Em linhas gerais, o pesquisador disse ao Sindiluta que não faz sentido punir um trabalhador pela utilização da internet ou intranet, principalmente porque não existe como comprovar quem utilizou, quando utilizou e como utilizou. Assim, qualquer punição pode ser injusta sem que existam provas.

Alguns trabalhadores procuraram o Sindicato, denunciando que foram acusados de mensagens que alegam não ter escrito. O Dr. Routo Terada disse que isso é possível. Como os sistemas internos e os computadores estão sob a administração de um funcionário da empresa, pode haver manipulação do conteúdo de conversas. Não interessa se por maldade ou brincadeira, o fato é que não seria possível comprovar quem fez aquela conversa. Terada diz ainda que a conversa em questão poderia ser simulada em qualquer caso.

 
Entrevista
Sindiluta: É possível que a empresa, com base num sistema de Intranet, que tem acesso ao banco de dados e às senhas das pessoas, simule uma conversa que não aconteceu?
 
Routo Terada: Sim. Nas empresas existe uma função chamada Administrador de Rede. Ele tem a senha própria e dos outros da empresa. Ele tem acesso a tudo. Então, essa pessoa tem poder de simular uma outra pessoa na empresa. Por exemplo, ele chama-se João, mas ele vai fazer com que, perante ao sistema, pareça o José.
 
Sindiluta: É possível simular também o relatório que emite quem utilizou e os horários, para que pareça que foi realmente a pessoa que utilizou a Intranet?
 
Routo Terada: Existe uma coisa chamada, em inglês, LOG, que é o histórico de quem estava usando e o que estava fazendo. É um arquivão, como se fosse uma câmera de monitoramento do corredor. Ele vai gravando tudo: se o computador, o terminal, foi usado, se ninguém estava digitando, ou estava digitando E isso leva ao seguinte ponto: se aquele terminal estava sendo utilizado naquele momento, pode ser o próprio José, ou pode não ser. Não tem como provar que aquela pessoa que estava digitando é o José mesmo.
 
Sindiluta: Então é possível provar quem estava no terminal?
 
Routo Terada: Não. Por exemplo, se eu estou nesse terminal e vou para o banheiro. Esse terminal está aberto, aí alguém entra, digita alguma coisa e, para o sistema, é como se fosse eu que estivesse digitando. Então não é possível provar quem foi mesmo.
Sindiluta: Exceto se tivesse uma câmera filmando a pessoa no local de trabalho.
 
Routo Terada: É. Mas aí você tem que bater o horário.
 
Sindiluta: Se é possível simular outra pessoa dentro do sistema, como se faz para provar que foi mesmo o trabalhador?
 
Routo Terada: Como eu falei, tudo que acontece na rede, no sistema, dentro da empresa, tem um histórico, que se chama LOG. Então, o administrador de rede pode olhar esse LOG e dizer: “Olha, aqui, nesse momento, nessa data, o fulano de tal começou a trabalhar. Aí, trabalhou até 18 horas e 10 minutos”. Dá para dizer quais programas que esse fulano usou, se ele eventualmente não mexeu em nada por tantos minutos. Está tudo registrado. E isso tudo supondo que era ele mesmo que estava no computador. Mas como eu te falei, não tem como provar que foi ele mesmo que estava lá, pode ser uma outra pessoa.
 
Sindiluta: O administrador de rede tem acesso à senha dos outros?
 
Routo Terada: Isso, mas pode nem ser o administrador da rede, pode ser uma outra pessoa. Que o José foi ao banheiro e o cara, maldosamente, sentou lá e escreveu.
 
Sindiluta: E quanto ao sistema, devemos sair dele?
 
Routo Terada: É. O que em inglês chama LOG OUT. Assim, o sistema é trancado para que um outro não possa ficar usando no seu lugar. Agora, isso pra um colega que está na mesma sala, na mesma empresa. Mas o administrador de rede pode fazer a personificação sem estar lá. Pode ser na sala dele, no computador dele. E hoje em dia, esses celulares mais poderosos são computadores ambulantes, que podem fazer o LOG. Isso é um facilitador para mal-intencionados.
 
Sindiluta: São comuns casos de invasão no sistema do Pentágono e bancos. Se nesses casos, que são dois modelos de segurança, os computadores são fraudados, a Intranet de uma empresa não é muito simples de burlar?
 
Routo Terada: Sim. A senha é fraca. Eu costumo dizer o seguinte: a gente põe tranca na porta só depois que o ladrão entrou. Quer dizer, os bancos na década de 1980, quando começou essa questão de banco 24 horas, eles lançaram essa comodidade e depois começaram as fraudes, que continuam até hoje. E aí, cada vez que acontece algum crime eletrônico, no caso, envolvendo dinheiro, os bancos têm que proteger mais. E o sistema vai ficando complicado, porque começa a exigir segunda senha, perguntar data de nascimento… É a mesma coisa em relação ao funcionário de uma empresa. Se a empresa começar a fazer tantas restrições, o funcionário que é honesto vai ter que digitar uma segunda senha, apresentar um cartão magnético. Mas o administrador de rede continua sendo todo-poderoso.
 
Sindiluta: E quando o computador é coletivo? Tem como identificar quem usa exatamente aquele computador?
 
Routo Terada: Tem, se tivesse histórico. Mas acontece muito de um pegar a senha do outro. É aquela história da madame dar a senha para o motorista para ele pegar dinheiro no caixa eletrônico. Quer dizer, quem vai provar que foi o motorista e não foi ela?

Saiba Mais…
Quem é Routo Terada?
Routo Terada é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo – USP. É formado em Ciências da Computação pela Universidade de Wisconsin (Estados Unidos) e especialista em Criptografia, com ênfase em segurança de dados.
 
O que são as mídias sociais?
São sistemas on-line projetados para permitir a interação social, a partir de comunidades de interesses específicos e do compartilhamento de informações e opiniões nos mais diversos formatos. Exemplos: Blogs, Orkut, Facebook, Twitter, Youtube…
 
O que são os comunicadores?
São programas on-line que permitem que os usuários conversem e troquem informações em tempo real. Exemplos: Chats, MSN, Gtalk, ICQ…
 
Qual é a diferença entre intranet e internet?
Internet é a rede mundial de computadores, que compartilham informações e arquivos.
A Intranet é um sistema privado, com função muito semelhante à da Internet, mas restrita para certo público. Muitas empresas a utilizam para que a comunicação dentro da empresa seja facilitada. Como se trata de um sistema fechado a usuários de uma mesma empresa, geralmente a intranet é utilizada para compartilhar informações restritas e sigilosas.
 
O que é considerado conteúdo impróprio?
Conteúdos impróprios são aqueles que podem ser considerados nocivos ou ofensivos, como sites preconceituosos e pornográficos. Algumas empresas proíbem também o acesso às redes sociais e aos comunicadores.
Saiba das regras de sua empresa antes de acessar qualquer desses programas.
 
Como evitar a armadilha?
• Não compartilhe sua senha com ninguém;
• Mude de senha periodicamente;
• Quando sair de sua sala, feche os programas que precisam de senha ou coloque seu computador para hibernar.
 

Paralisação na Baxter discute Campanha Salarial do Setor Farmacêutico

Os dirigentes do Sindicato estiveram na porta da Baxter nos dias 23 e 29 de março. Ainda muito cedo esperavam a chegada dos trabalhadores para discutir a pauta de reivindicações e o fortalecimento da Campanha Salarial.

 
No dia 23, houve um atraso na entrada dos companheiros que participaram da Assembleia e foram convocados para as próximas atividades. As atividades em porta de fábrica complementaram as assembleias realizadas no Sindicato.
 
O dirigente José Francisco de Andrade (Chiquinho), e que também é funcionário da Baxter, lembrou da importância da atividade. “A paralisação é parte fundamental da Campanha Salarial, pois com ela os trabalhadores se informam melhor e podem interagir com a nossa pauta”.
 

Sindicato pede interdição da Avon

Lourival Batista Pereira, o primeiro à direita, coordenador da Secretaria de Saúde do Sindicato, acompanha técnicos da Covisa na portaria da AvonAconteceu no dia 17 de março, quinta-feira, um acidente grave na fábrica da Avon. Um vazamento de álcool danificou a parte elétrica e causou uma explosão. O Sindicato tomou todas as iniciativas necessárias e, na tarde de sexta, dia 18, uma equipe da COVISA (Coordenação de Vigilância em Saúde) fez uma inspeção na fábrica.

 
No dia 8 de abril, dirigentes do Sindicato fizeram uma atividade na porta da fábrica para protestar e cobrar providências urgentes da empresa. Os trabalhadores se mostraram muito preparados para discutir e enfrentar a empresa, que não tem sido exemplo social quando o assunto é pensar nas condições de trabalho.
 
O Sindicato pede a interdição onde ocorreu o acidente e de todos os setores que oferecem risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores. Segundo a dirigente Elizabete Maria da Silva (Bete), “o Sindicato está tomando todas as atitudes para que nenhum trabalhador seja prejudicado e que a empresa tome as devidas precauções”.
 
Além dos acidentes, a Avon tem diversos casos de trabalhadores lesionados e muitos deles têm a comunicação do acidente subnotificadas, não emitindo a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) junto ao INSS. A empresa faz isso para não pagar a alíquota de seguro contra acidente de trabalho, que encarece quanto maior o número de ocorrências.
 
Segundo Lourival Pereira, dirigente e coordenador da Secretaria de Saúde e Meio Ambiente, “a empresa já sabe de todos os riscos, mas não toma nenhuma atitude para evitar próximos acidentes”. O Sindicato está acompanhando o caso de perto para que a segurança e a saúde dos trabalhadores não sejam lesadas.
 

Sindicato consegue acordo de PLR na Zaraplast

O Sindicato conseguiu uma conquista importante na empresa Zaraplast. A partir de 2012 todos os trabalhadores terão direito a receber a Participação nos Lucros e Resultados.

 
O valor da PLR ficou acertado em R$ 1.500,00, se atingidas as metas, mas é garantido o mínimo, assegurado pela Convenção Coletiva, que é de R$ 660,00. A proposta para a negociação veio da Comissão de PLR. Os trabalhadores fizeram propostas, reuniões e participaram ativamente do processo de negociação. É dessa forma, com Sindicato e trabalhadores juntos, que as melhorias acontecem!
 

Greve na M. Rocha

Desde o dia 30 de março, trabalhadores da M. Rocha estão em greve. A mobilização aconteceu depois de diversas tentativas do Sindicato, sempre trabalhando em conjunto com os trabalhadores, de negociar diretamente com a empresa, que não está cumprindo uma série de direitos garantidos pela Convenção Coletiva.

 
Com as constantes negativas da empresa, o Sindicato entrou com um requerimento, junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, para a realização de uma reunião com a M. Rocha. No dia 7 de abril, o Sindicato, em um processo coletivo com os trabalhadores, fez uma audiência com a empresa. A M. Rocha está irredutível e recusou a pauta dos trabalhadores. Os companheiros continuam em greve e, com o Sindicato, tentam negociar seus direitos.