No dia 17 de fevereiro, aconteceu na CNQ/CUT a reunião da Secretaria de Formação do Ramo Químico Cutista. Do nosso Sindicato participaram Deusdete José das Virgens, o Dedé, coordenador da Secretaria de Formação, e Osvaldo Bezerra, o Pipoka, coordenador da Secretaria de Administração e Finanças.
Mês: julho 2023
Sindicato recebe comissão americana
No dia 21 de fevereiro, o Sindicato recebeu representantes da comissão jovem da AFL-CIO (American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations).
Virgílio Gomes da Silva: continuam as buscas
De 22 a 25 de fevereiro, o Ministério Público Federal, os peritos da Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo deram continuidade às buscas da ossada do militante da categoria Virgílio Gomes da Silva no cemitério da Vila Formosa.
Trabalhadores aprovam pauta de reivindicações do Setor Farmacêutico
Os trabalhadores do Setor Farmacêutico compareceram à Subsede de Santo Amaro na tarde de sábado, dia 26 de fevereiro, para discutir e votar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2011. Os companheiros participaram com entusiasmo da assembleia e mostraram grande disposição para lutar por mais conquistas para o Setor. No dia 1º de março, o Sindicato entregou a pauta aprovada pelos trabalhadores aos patrões.
Propomos um reajuste de 13% para todos os trabalhadores. A composição desse índice é a soma do aumento real mais a inflação do último ano.
Participação nos Lucros e Resultados de R$2.000,00 no mínimo, independentemente do número de trabalhadores. Para as empresas que possuem programa próprio de PLR, esse valor deve ser maior.
Existem questões que surgem durante o ano e não podem esperar pela Campanha Salarial para serem discutidas. Queremos o fortalecimento da Organização nos Locais de Trabalho como processo democrático de reivindicações.
Queremos o reajuste do Piso Salarial para R$ 1.200,00. Assim, a categoria teria seus salários recuperados frente aos reajustes do Salário Mínimo.
Existe uma prática de demitir trabalhadores para contratar outros com salários menores. Queremos a estabilidade no emprego. Toda demissão deve ser justificada. Essa reivindicação está assegurada pela Convenção 158 da OIT.
Muitas empresas já praticam a Licença-maternidade de 180 dias. O benefício confere às mulheres um período de especial atendimento à criança. Conforme a Lei, o benefício é de 120 dias, a ampliação de 60 dias é apenas um ato de respeito aos recém-nascidos.
O auxílio-creche é um importante benefício para ampliar as possibilidades de trabalho da mulher. Queremos o benefício para todos os filhos com até 6 anos de idade.
Os acidentes de trabalho ocorrem principalmente quando as condições da empresa não são adequadas. Entendemos que todos os acidentes devem ser comunicados ao Sindicato como forma de prevenção e para que os abusos não ocorram dentro de nenhuma empresa.
O trabalhador não pode ser prejudicado por participar de atividades sindicais. Deve ser garantida a liberdade de associação ao Sindicato e de participação nas atividades da categoria, sem que isso gere qualquer tipo de perseguição.
Esse é um grande problema do ambiente de trabalho. Propomos que as empresas implantem programas de prevenção ao Assédio Moral e que a CIPA participe do processo de elaboração das atividades. O Assédio Moral tem que acabar!
A exposição a trabalhos repetitivos, a medicamentos e matérias-primas farmacêuticas devem ser acompanhadas pelo Sindicato e por uma Comissão, com o objetivo de evitar doenças decorrentes do trabalho realizado.
O trabalhador que sofrer acidente de trabalho terá garantia no emprego. Se acontecer algum tipo de mutilação ou incapacidade, mesmo que parcial, ele terá direito à estabilidade de emprego até o momento da sua aposentadoria.
O Sindicato luta pelo fim da insalubridade. Queremos o salário-base para calcular o adicional e a participação do Sindicato na elaboração de laudo técnico que indicará como melhorar as condições de trabalho.
Não faz sentido ignorar ou ter preconceito com as pessoas que têm união estável com outras do mesmo sexo. Nossa proposta é ampliar todos os benefícios concedidos pela empresa para os seus parceiros, independentemente de orientação sexual.
Professor de escola pública poderá fazer curso superior e pagar com aulas
Cerca de 381 mil professores da educação básica – 16% dos que atuam em sala de aula – estão matriculados em cursos superiores, seja para conseguir o primeiro diploma ou complementar a formação. O Ministério da Educação (MEC) quer incrementar esse número e decidiu ampliar benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para profissionais que já atuam na rede pública.
Mantega: resultado do PIB em 2010 coloca o Brasil entre países que mais cresceram
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (3) que o crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre, na comparação com o terceiro trimestre, indica que a economia não está superaquecida. “No quarto trimestre crescemos 0,7%, com uma despesa pública negativa em 0,3%. Isso indica que economia não está superaquecida e que a poupança de 2011 crescerá mais do que a de 2010”, destacou o ministro.
“O mundo é masculino e assim deve permanecer”
A lei Maria da Penha é um conjunto de regras diabólicas. Se essa lei vingar, a família estará em perigo. Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher. As armadilhas dessa lei absurda tornam o homem tolo, mole. O mundo é masculino e assim deve permanecer. No caso de impasse entre um casal, a posição do homem deve prevalecer até decisão da Justiça, já que o inverso não será do agrado da esposa.
Releia o parágrafo acima, mas agora entre aspas. O autor dessas palavras é o juiz mineiro Edílson Rumbelsperger Rodrigues. Ele disse exatamente tudo isso em sentença, em 2007, ao julgar homens acusados de agredir e ameaçar suas mulheres. A Lei Maria da Penha existe desde agosto de 2006. Ela aumenta o rigor a agressões domésticas. Seu nome é uma homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Maia. Após duas tentativas de assassinato pelo marido em 1983, ela ficou paraplégica. O marido, Marco Antonio Herredia, foi preso após 19 anos de julgamento e ficou só dois anos em regime fechado.
Em novembro do ano passado, o juiz Rodrigues foi suspenso por dois anos pelo Conselho Nacional da Justiça por suas “considerações preconceituosas e discriminatórias”. Na última terça-feira à noite, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, cancelou a punição. Defendeu a liberdade de pensamento dos magistrados. Para Marco Aurélio, a opinião de Rodrigues é “uma concepção individual” e “suas considerações são abstratas”. Segundo o ministro, não é preciso concordar com o juiz, mas a punição seria um exagero.
Na sexta-feira, tentei entrevistar Rodrigues. Por meio da assessoria da Associação dos Magistrados de Minas Gerais, ele informou que não vai falar sobre o assunto até o julgamento final do Supremo. Ditou uma nota aos assessores: “Meu pronunciamento pessoal seria mais prudente depois da decisão definitiva do STF, na qual evidentemente confiamos”. Rodrigues já conta com a solidariedade do ministro Marco Aurélio. Um sinal de que poderá ser definitivamente reabilitado.
Por muito tempo, Rodrigues sentiu-se perseguido. “Fui mal interpretado”, disse na ocasião, em 2007. Explicou que não ofendeu ninguém e, em sua sentença, citou até “o filósofo Jesus”. Mas admitiu achar a Lei Maria da Penha um “monstrengo tinhoso”, que leva a um “feminismo socialmente perigoso”. Segundo Rodrigues, alguns colegas concordam com ele, mas não têm coragem de dizer isso publicamente. Ele se considera um defensor do gênero feminino: “A mulher não suporta o homem emocionalmente frágil, pois é exatamente por ele que ela quer se sentir protegida”.
A frase do juiz língua solta nos leva a refletir sobre os limites da liberdade de expressão
O caso do juiz língua solta de Sete Lagoas, Minas Gerais, nos leva a refletir sobre os limites da liberdade de expressão. Podemos pensar o que der na telha. Falar é mais complicado. Especialmente quando ocupamos um cargo importante e representamos uma instituição. Mais delicado ainda é um juiz ter uma “concepção individual” que contrarie uma lei instituída. Digamos que, em casa, no domingão com a família, ou nos bares de Sete Lagoas, o cidadão Edílson desça o sarrafo na Lei Maria da Penha. Tudo bem. Mas usar sua convicção de superioridade masculina para julgar e proferir sentenças o torna pouco confiável para avaliar processos de agressão no lar. Ou não?
Gafes de pessoas públicas têm um preço. A presidenta Dilma repreendeu o general José Elito por ter declarado que os desaparecidos na ditadura militar são “um fato histórico”. O general foi obrigado a pedir desculpas. O papa Bento XVI repreendeu o bispo britânico Richard Williamson por negar o Holocausto. Williamson pediu perdão. A presidenta do Flamengo, Patricia Amorim, repreendeu o ex-goleiro Bruno por perguntar, em defesa de Adriano: “Qual de vocês, casado, nunca brigou ou até saiu na mão com a mulher?”. Bruno pediu desculpas. Ele está preso, acusado de agredir e fazer sumir a ex-amante e mãe de seu filho Bruninho.
Todos os acusados – juiz, general, bispo, goleiro – se disseram “mal interpretados”. Queria saber se o juiz Edílson Rodrigues repetiria tudo o que pensa diante de Dilma. Algo me diz que ela tem apreço pela Lei Maria da Penha e não acha o mundo masculino.
Mais informações acesse: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI214409-15230,00-O+MUNDO+E+MASCULINO+E+ASSIM+DEVE+PERMANECER.html
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