José Alencar, ex-vice-presidente da República, morreu na tarde desta terça-feira (29), no Hospital Sírio-Libanês, na capital Paulista. Ele estava internado desde segunda-feira (28), quando apresentou quadro de oclusão intestinal e peritonite – entupimento e perfuração da parede do intestino – no que se mostrou o último capítulo de uma luta contra tumores na região abdominal iniciada em 1997.
Mês: julho 2023
Conhecer a Luta das Mulheres para Transformar o Mundo que vivemos
O Sindicato dos Químicos está em rítimo de campanha salarial do Setor Farmacêutico, ao mesmo tempo em que permanece atuante nas lutas mais gerais da classe trabalhadora. Exatamente por esse motivo, este Boletim nº 5 tem como tema principal a luta das mulheres, que tem no 8 de março o Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Ainda estamos aperfeiçoando a lista de endereços eletrônicos para que todos vocês recebam corretamente este boletim. Assim, precisamos da ajuda de todos e pedimos que vocês enviem uma pequena mensagem para sec.formacao@quimicosp.org.br dizendo que recebeu o boletim. Só assim podemos corrigir nossas falhas. Contamos com todos (as)!!
Boa leitura!!
Todo mundo sabe que 8 de Março é o Dia Internacional das Mulheres, mas nem todos sabem o porquê desta data.
Pensando nisso, a Sempreviva Organização Feminista (SOF), lançou a publicação do livro As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres, de Ana Isabel Álvares González, que aborda em profundidade a origem e o significado do 8 de março para a luta das mulheres.
Leia alguns trechos do Boletim da SOF na luta feminista – edição nº 70, de junho de 2010 – sobre o livro:
“…pesquisa que remonta ao incêndio de uma fábrica têxtil nos Estados Unidos, ao movimento em defesa do voto feminino, e à Segunda Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, realizada em 1910, em Copenhague, em que foi proposta a organização de um dia internacional dedicado à luta das mulheres.
(…) Quando as comemorações do Dia Internacional das Mulheres ganharam fôlego novamente, após os anos 1960, muitas versões foram contadas, e os acontecimentos e motivações que deram origem ao 8 de Março ficaram submersos. Assim, retomar o sentido da comemoração do Dia Internacional das Mulheres é recuperar parte da história de luta das mulheres, de alguns dos seus debates mais importantes, e do esforço das militantes socialistas para convencer suas organizações políticas da centralidade da luta pela libertação das mulheres.
Ana Isabel relata a permanente tensão das militantes socialistas para que as organizações e partidos da classe trabalhadora incorporassem as reivindicações das mulheres. Tensão que aponta para a necessidade de organização delas no interior da esquerda e para a construção do movimento autônomo de mulheres. A história do Dia Internacional das Mulheres traz o debate da difícil construção da luta pela igualdade entre mulheres e homens no conjunto da esquerda, ao mesmo tempo em que mostra os limites da luta feminista quando esta não se insere na busca de transformações estruturais das relações sociais e econômicas…”. (Faria, Nalu. “A importância do 8 de março para a luta das mulheres”. In Boletim da SOF na luta feminista – edição nº 70, de junho de 2010)
O Sindicato dos Químicos, através da Secretaria de Gênero e do Coletivo de Mulheres, homenageou algumas mulheres importantes na luta ao longo da História brasileira. Veja quem foram as homenageadas:
Escrava que viveu no século XVIII e sofreu todo tipo de perseguição e violência pelo fato de, muito bonita, resistir ao assédio sexual do senhor de engenho. Foi obrigada por ele a usar uma máscara para o resto da vida. Por tudo isso, foi uma mártir na luta pela emancipação das mulheres e pela libertação dos escravos.
Viveu entre 1821 e 1849. Pode-se dizer que foi a primeira mulher revolucionária brasileira ao atuar na Revolução Farroupilha, uma Guerra Civil de caráter separatista que buscava a independência política do Estado do Rio Grande do Sul e pretendia tornar-se uma República sem o regime escravista.
Nasceu em 1847 e foi a maior personalidade feminina da história da música popular brasileira, testemunhando o nascimento do carnaval e famosa pela composição da primeira marchinha – “Ô abre alas” – tocada e cantada até hoje por muitos foliões. Além disso, foi também uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, vendendo partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora.
Contemporânea de Chiquinha Gonzaga, nasceu em Salvador em 1854. Aos 22 anos mudou-se para o Rio de Janeiro fugindo das perseguições que a polícia fazia aos iyalorixás do Candomblé, e para lá levou o samba da Bahia. Foi uma das principais animadoras da cultura negra nas nascentes favelas cariocas e, por isso, mais uma vez enfrentou a perseguição da polícia aos encontros. Sua casa, na Praça Onze, era tradicional ponto de encontro de personagens do samba carioca, tanto que nos primeiros anos de desfile das escolas de samba, era “obrigatório” passar diante dela.
Integrou o movimento antropofágico, um movimento artístico e cultural iniciado na década de 1920 que queria deixar de fazer uma arte com a cara europeia e encontrar uma identidade brasileira através da arte. Tornou-se militante do Partido Comunista. Foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas quando participava da organização de uma greve de estivadores em Santos, e torturada durante a ditadura do Estado Novo. Além do jornalismo, dedicou-se também à literatura, à crítica de arte, participou intensamente do teatro de vanguarda, traduzindo peças, escrevendo, dirigindo, atuando como animadora cultural, incentivando grupos amadores.
Judia e comunista alemã, Olga ingressou no movimento em 1923 refugiando-se na União Soviética para escapar de perseguições. Lá, conheceu Luis Carlos Prestes – o “cavaleiro da esperança” – principal liderança popular do Partido Comunista do Brasil (PCB) e membro da Internacional Comunista.
Veio clandestina ao Brasil para organizar uma revolução no Brasil. Depois de frustrada a tentativa de revolução, Olga foi presa pela polícia de Getulio Vargas e enviada à Casa de Detenção, onde descobriu que estava grávida de Prestes. Iniciou-se então um movimento internacional de pressão sobre Vargas para impedir sua deportação de volta à Alemanha. Após um longo processo no Judiciário brasileiro, saiu a sentença de deportação, grávida de 7 meses. Foi assassinada pelo regime nazista na câmara de gás. Seu bebê conseguiu, depois de muita batalha, ficar sob a guarda da avó brasileira, e depois de alguns anos no México, veio morar e crescer no Brasil.
Nasceu em São Paulo, em 1894. Formou-se zoóloga pela Universidade de Sorbonne, em Paris, e tornou-se cientista como seu pai, o conceituado médico Adolfo Lutz. Em 1919, destacou-se na busca de igualdade de direitos jurídicos entre os sexos, e, em 1922, representou o Brasil na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. De volta ao Brasil, fundou a Federação para o Progresso Feminino, iniciando a luta pelo direito de voto para as mulheres brasileiras. Assumiu um mandato de deputada federal em 1936, tendo como principais bandeiras de lutas as mudanças na legislação trabalhista com relação ao trabalho feminino e infantil, e até mesmo a igualdade salarial. Em 1937, com o golpe do Estado Novo, teve o mandato cassado pela ditadura de Vargas.
Foi a primeira mulher a participar do cangaço, ao juntar-se, em 1930, ao grupo Virgulino Ferreira, o Lampião, já famoso como o “rei do cangaço”. O cotidiano das mulheres no cangaço não era fácil, mas permitia vislumbrar uma vida muito diferente das demais mulheres, presas ao poder patriarcal das famílias e ao duro trabalho no campo.
Nasceu em 1944 e, em 1971, aos 27 anos, foi assassinada por militares na Bahia, onde se encontrava para iniciar a organização de trabalhadores rurais pela transformação revolucionária do país. No mesmo sertão que, décadas antes, Lampião e Maria Bonita tinham organizado o cangaço. Pertenceu aos quadros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um agrupamento comunista que tinha a estratégia de fazer uma revolução no país a partir de focos guerrilheiros na área rural.
Nasceu e morreu em Alagoa Grande, na Paraíba, quando tinha 50 anos de idade.
Como presidente do sindicato dos trabalhadores rurais, foi responsável por mais de cem ações trabalhistas na justiça do trabalho local na luta por direitos básicos, tais como registro na carteira de trabalho, 13º salário, jornada de trabalho de 8 horas e férias. Sua atuação no sindicato entrou em choque com os interesses da maior usina de açúcar local (a Usina Tanques), cujo gerente foi acusado de ser o mandante do assassinato. Foi assassinada por um matador de aluguel com uma escopeta calibre 12 no dia 12 de agosto de 1983, poucos dias antes do Congresso de fundação da CUT, onde estaria presente. Por tudo isso, é considerada um símbolo na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais e recebeu, postumamente, o prêmio Pax Christi Internacional em 1988.
Em 1983, seu ex-marido, o professor universitário colombiano Marco Antonio Heredia Viveros, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou contra ela, simulando um assalto, e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões sofridas, ficou paraplégica. Nove anos depois, ele foi condenado a oito anos de prisão. Por meio de recursos jurídicos, ficou preso por dois anos. Solto em 2002, hoje está livre. O episódio chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado, pela primeira vez na história, um crime de violência doméstica. Seu caso impulsionou a luta contra a impunidade de violência contra as mulheres, que resultou na lei que leva seu nome: lei Maria da Penha.
“Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher. Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro e sei do significado histórico desta decisão. Sei, também, como é aparente a suavidade da seda verde-amarela da faixa presidencial, pois ela traz consigo uma enorme responsabilidade perante a nação.
Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres também possam, no futuro, ser presidentas; e para que – no dia de hoje – todas as mulheres brasileiras sintam o orgulho e a alegria de ser mulher.
… Queridas brasileiras e queridos brasileiros, chegamos ao final deste longo discurso. Queria dizer a vocês que eu dediquei toda a minha vida à causa do Brasil. Entreguei, como muitos aqui presentes, minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco não tenho ressentimento ou rancor.
Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem.
Esta, às vezes dura, caminhada me fez valorizar e amar muito mais a vida e me deu sobretudo coragem para enfrentar desafios ainda maiores. Recorro mais uma vez ao poeta da minha terra: ‘O correr da vida – diz ele – embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem’.”
Junto a estas homenageadas que fizeram parte importante da história de lutas, milhares de tantas outras mulheres, anônimas, vêm contribuindo na construção de um Brasil mais igualitário nas relações de gênero. A todas estas, rendemos nossa homenagem através da música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brandt. Para ouvi-la, acesse a música no site http://www.youtube.com/watch?v=91OONh8fQsU&feature=player_embedded.
• EIXO 1: Por igualdade no Trabalho: mulheres em todos os cargos e profissões com igualdade salarial!
• EIXO 2: Pela valorização do salário mínimo
• EIXO 3: Creche: um direito da criança e da família, e responsabilidade do Estado
• Eixo 4 : Violência contra a mulher: tolerância nenhuma
Em último grande protesto, Passe Livre fecha a 23 de Maio
São Paulo – Manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo fechou um dos corredores mais importantes da cidade, a avenida 23 de Maio. A pista sentido Ibirapuera ficou interditada por aproximadamente 40 minutos.Cerca de 1.500 pessoas, segundo o Movimento Passe Livre, chegaram a sentar no chão e entoavam gritos de “a 23 é nossa”.
Os ativistas saíram da Praça Oswaldo Cruz, na avenida Paulista e seguiram em passeata pela avenida Brigadeiro Luís Antônio, 23 de Maio e terminaram o ato na Praça Rodrigues de Abreu, próximo à estação Paraíso do Metrô.
Neste que foi considerado o último grande protesto contra o reajuste da tarifa, os manifestantes conseguiram mais simpatizantes a causa durante a longa caminhada. O número de pessoas praticamente dobrou depois que muitos universitários, das faculdades da avenida Brigadeiro Luís Antônio, decidiram abandonar suas aulas e ir para as ruas protestar.
Como em atos anteriores, a Polícia Militar destacou um grande contingente que acompanhou de perto toda a passeata. Houve momentos de tensão principamente na 23 de Maio.
A PM apreendeu um saco com pedras de dois jovens encapuzados, que não chegaram a ser detidos. Esta foi a 11ª semana consecutiva de protestos desde que o prefeito Gilberto Kassab reajustou a tarifa de R$ 2,70 para R$ 3, em janeiro. Até o final da manifestação, cinco pessoas foram detidas e encaminhadas para o 5º Distrito Policial, na Aclimação. De acordo com a PM, elas já haviam sido liberadas na manhã desta sexta-feira (25).
Para Marco Magri, militante do MPL , o resultado dos três meses de mobilização é positivo. Magri avalia que, mesmo com a falta de negociação por parte prefeitura, as mobilizações foram importantes. “O debate sobre o transporte público, tarifa e o ônibus está lançado. A mídia debate isso e o poder público está prestando atenção.” O MPL pretende agora centrar o debate da tarifa zero para a cidade de São Paulo.
Tribunal de Justiça
Na última segunda-feira (21), o desembargador David Haddad , do Tribunal de Justiça de São Paulo, fixou um prazo de 10 dias à prefeitura de São Paulo para que apresente as justificativas do aumento de 11,11%, sendo 5,91% acima do índice de inflação.
O pedido foi feito pela bancada do PT, que ‘enxerga’ números “distorcidos ou inflacionados, com a única finalidade de apresentar um cálculo que permitisse a gestão Kassab aumentar a passagem para R$ 3”, de acordo com nota divulgada, que ainda pede que a planilha de gastos da SPTrans seja analisada por uma auditoria independente.
Mais informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/03/passe-livre-fecha-a-23-de-maio
Centrais sindicais pedem a Obama menos protecionismo contra produtos brasileiros
As seis centrais sindicais brasileiras entregam uma carta assinada conjuntamente pelos presidentes das entidades ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama neste sábado (19). O documento traz cinco pontos de reivindicação, incluindo o fim de barreiras protecionistas, regulação do comércio internacional, direito à negociação coletiva de trabalho, o fim do bloqueio a Cuba, entre outros pontos.
Presidente da Central Única dos Trabalhadores
Presidente da Força Sindical
Presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores
Presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Depois do Código Florestal, a CLT
Terminada a batalha pelo Código Florestal, a bancada ruralista/Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional deve avançar sobre a Consolidação das Leis do Trabalho. As idéia não é fazer uma ampla reforma, até porque isso levaria a parte não-pelega dos sindicatos para as ruas (como ocorreu com o caso da derrubada da Emenda 3), mas o suficiente para causar problemas aos trabalhadores rurais – que, historicamente, estão entre os mais vulneráveis da sociedade.
O novo Código Florestal tornou-se polêmico por propor um corte na proteção ambiental do país. Anistia para quem cometeu infrações ambientais, isenção de pequenas propriedades de refazerem as reservas desmatadas, redução da faixa mínima de mata ciliar que deve ser preservada à beira de cursos d’água, estão entre as medidas. Proíbe novos desmatamentos por um prazo de cinco anos, algo difícil de cumprir uma vez que a política do fato consumado (tipo: “desmataê, que depois a gente muda a lei e perdoa tudo”) já mostrou que é o forte por aqui. Na toada atual, o novo Código deve ser aprovado, não com o texto do relator Aldo Rebelo, mas com uma solução negociada – o que, tudo indica, será péssimo mesmo assim. Por exemplo, sabe as metas de redução de emissão de gases causadores de efeito estufa, alardeadas pelo país lá fora? Então, vão para o beleléu.
Em entrevista ao jornal DCI (resumo da matéria), uma das lideranças da bancada ruralista, o deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR), deu sinal de que questões ligadas a previdência social, jornada de trabalho, insalubridade e contratos estão na mira.
Ele reclama da legislação trabalhista: “Precisamos adequar porque ninguém mais hoje quer empregar no campo”. Como se contratar pessoas para gerar riqueza dentro da propriedade fosse um favor concedido pelo fazendeiro. O deputado também usa a justificativa de falta de definição do que seja trabalho escravo como dificuldade para a fiscalização dos produtores. Bem, até uma guaxinim morto-vivo ressucitado em um ritual de magia negra que tentasse se informar saberia rapidamente que o conceito é claro e é aplicado diariamente.
Por fim, diz que os fiscais do trabalho são “ríspidos” em suas autuações no país. Pode ser, mas pergunto: rispidez ou firmeza? Qual seria a opção, caso fossem encontradas centenas de pessoas em condições deploráveis? “Olha, me desculpe o mal jeito, ô coronel. Mas vou ter que aplicar uma multa no…no…no senhor. Eu sei, eu sei, é ruim porque a colheita tá em curso, né? Me desculpe mesmo, mas não tem como. O coronel entende, né? Não é culpa minha, são essas leis idiotas que dizem que esse pessoal não pode viver desse jeito”.
Concordo com a análise de juristas que dizem ser possível desburocratizar, simplificar e tornar mais eficiente a aplicação da CLT, o que geraria economia de recursos, e mesmo diminuir a contribuição previdenciária, sem reduzir direitos. O problema é cortar direitos de trabalhadores rurais, sob a justificativa de que eles valem menos que os urbanos, apesar da lei dizer o contrário. Ou, pior, de que isso é necessário para melhorar a competitividade na concorrência global. Então, cortem proporcionalmente os ganhos dos acionistas e os lucros, oras!
Nessa guerra de trincheiras, quem recebe salário no final do mês certamente terá fortes emoções.
Mais informações: http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/03/22/depois-do-codigo-florestal-a-clt/
Trens “velhos” voltarão ao metrô de São Paulo de cara nova
A partir do mês que vem, os passageiros da superlotada linha 3-vermelha vão conviver com uma situação inédita no metrô de São Paulo. Eles serão transportados em trens com quase três décadas de uso e, ao mesmo tempo, praticamente novos –com ar-condicionado, câmeras de vigilância e novo layout dentro dos vagões.
Com renda em alta, brasileiro já viaja mais de avião que de ônibus
Em 2011, o número de passageiros de avião superou o de viajantes de ônibus interestaduais pela primeira vez no país, informa a reportagem de Dimmi Amora e Andreza Matais publicada na edição desta segunda-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Agentes do Metrô e PM reprimem com truculência protesto contra aumento do ônibus
A manifestação desta quinta-feira (17) contra o aumento do ônibus em São Paulo terminou em confronto entre ativistas e policiais na estação Anhangabau, no centro da capital. Ao final do protesto, agentes de segurança do Metrô reagiram violentamente quando manifestantes aproximaram-se para pular as catracas da estação.
O vice-presidente do Movimento População em Situação de Rua, Charles Santos, que chegou no final do ato acompanhando o vereador José Américo (PT), conta que, quando a confusão começou, ele tentou sair do local, mas viu um cinegrafista caído e foi ajudá-lo.
Fé na moçada
Rebeldes, revoltados, esquerdinhas. Tem todo tipo de qualificação para gente assim. Jovens que não se conformam com a realidade do mundo em que vivem. Que acreditam em valores como a solidariedade e têm convicção de que é possível fazer algo para mudar. E fazem. “Muita coisa está em desacordo na nossa sociedade. Mal saio de casa e já deparo com moradores de rua. Você vai ao posto de saúde e não vê atendimento digno.” Estudante de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Mayara Longo Vivian, de 21 anos, acredita que só se transforma a sociedade com organização e ação. Moradora do centro de São Paulo, para ela a militância é parte do cotidiano tanto quanto estudar e trabalhar.
Aos sábados, em um campo de várzea na Lapa, zona oeste de São Paulo, o Autônomos Futebol Clube reúne seus 50 integrantes e seu time de futebol feminino para fazer do esporte elo de integração e participação social. Filho de uma assistente social e de um bancário, Danilo Heitor Vilarinho Cajazeira, de 28 anos, um dos fundadores do time, foi autor da ideia. “Meus pais eram militantes na época da ditadura, mas eu nunca tive interesse por partidos políticos”, conta. Na adolescência, Danilo chegou ao movimento punk e, por meio dele, conheceu ideais do anarquismo, que defende uma sociedade sem governos.
Danilo conta que o conceito de futebol como meio de intervenção política é pouco praticado na América Latina. Já na Europa existem outros times com essa mesma proposta. Com um deles, o inglês Easton Cowboys, o Autônomos já fez intercâmbio. “Nós os convidamos para conhecer a realidade brasileira e em 2009 eles vieram participar de palestras em universidades. No ano seguinte, fomos convidados a ir conhecer o trabalho deles”, lembra.
“Durante um tempo as pessoas não sabiam como militar sem ser por intermédio dos partidos. Ao longo dos anos 1980, a juventude que queria participar não encontrava necessariamente abrigo nas pautas dos partidos formais, que se transformavam cada vez mais em estratégias para atingir o poder”, analisa Rodrigo Savazoni.
A União da Juventude Socialista (UJS) diz ter cerca de 100 mil ativistas de diversos partidos de esquerda, sobretudo do PCdoB, que viveram momentos marcantes da história recente do Brasil, como a luta dos “caras-pintadas” pelo impeachment do presidente Collor, em 1992, e as marchas contra as denúncias de corrupção ocorridas no governo de Fernando Henrique. O diretor de organização da UJS, Fernando Borgonovi, de 29 anos, afirma que os jovens se envolvem fortemente nas atividades planejadas pelos partidos em parceria com os movimentos sociais.
Depois de se envolver com o ativismo estudantil, Rodrigo Rubido, com um grupo de amigos do curso de Arquitetura da Universidade Católica de Santos, tomou gosto pela tarefa de mobilizar gente e tomar atitudes para melhorar o estado das coisas. Uma dessas iniciativas foi um mutirão para restaurar o Museu de Pesca de Santos, abandonado havia anos. “Pusemos em prática a produção coletiva, com o envolvimento de comunidades caiçaras. Logo éramos 150 estudantes, e fomos percebendo o quanto conseguíamos realizar”, lembra. Pouco tempo depois, um grupo de estudantes da América Latina visitou o museu e, empolgado com a metodologia criada pelos alunos de Arquitetura, incentivou-os a disseminar a fórmula. Em menos de um ano, em 1999, nasceu o programa Guerreiros Sem Armas, um curso que capacita jovens para a realização de transformações positivas e sustentáveis em comunidades.
O Cinemulher & o Observatório da Mulher
Têm o prazer de convidá-la(o) para a exibição da entrevista com Parvin Ardalan, feminista iraniana, ativista em Direitos da Mulher, escritora e jornalista, que no início deste mês esteve de passagem pelo Brasil.