Por revisão de aumento de tarifa, ativistas acorrentam-se à prefeitura de SP

Os ativistas do Movimento do Passe Livre (MPL) acorrentaram-se à sede da prefeitura de São Paulo no início da tarde desta quinta-feira (17). Eles reivindicam o agendamento de uma reunião com o prefeito Gilberto Kassab para negociar a redução da tarifa de ônibus urbanos no município.

Uma reunião estava agendada para às 12h desta quinta, no Museu do Transporte, nas proximidades da estação Armênia do Metrô, na região central da capital. Como nenhum membro da administração municipal compareceu, eles deslocaram-se até a Secretaria de Transportes e, depois de um encontro informal com o secretário adjunto, Pedro Luiz de Brito Machado, rumaram até a prefeitura.
 
Seis dos ativistas conseguiram alcançar até o prédio para se acorrentar ao edifício. Na sequência, a Guarda Civil Metropolitana interditou a área, impedindo a aproximação de outros manifestantes. A área está sendo mantida cercada para conter as pessoas que chegam ao local para aderir ao protesto.
 
Inicialmente, até mesmo a vereadora Juliana Cardoso (PT) foi impedida de entrar. “A loucura do Kassab está impedindo o Parlamento de entrar nesta Casa (sede da administração)”, criticou. Ela diz se sentir humilhada por ser uma “representante da população”. Posteriormente, Juliana foi autorizada a ingressar.
A prefeitura deve tentar negociar a retirada dos manifestantes, mas sem se comprometer com possibilidades de reduzir a tarifa.
 
A bancada do PT na Câmara de Vereadores protocolou nesta quinta um mandado de segurança para ter acesso à planilha de custos da Secretaria Municipal. As informações vem sendo cobradas desde 5 janeiro, quando o aumento foi implantado. As informações são do vereador José Américo (PT).
Em breve, mais informações.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/02/por-revisao-de-aumento-de-tarifa-ativistas-acorrentam-se-a-prefeitura-de-sp
 

CUT na luta por um Salário Mínimo maior

A CUT definiu como prioridade dos trabalhadores a defesa de um Salário Mínimo maior que aquele proposto pelo governo até o momento. Os anunciados R$ 545,00 não dão conta de continuar o processo de valorização do Salário Mínimo como aconteceu em anos anteriores. A proposta da CUT é que de imediato o valor seja reajustado para R$ 580,00.

 
Outra luta importante é o reajuste na tabela do Imposto de Renda. Com o passar dos anos, a inflação faz com que a tabela do Imposto de Renda não cumpra seu fim social e acabe por tributar salários que não deveriam. É necessária uma correção na tabela com urgência. A CUT defende que essa adequação ocorra todos os anos. Quem ganharia com isso seriam todos os trabalhadores, em especial os mais pobres.
 
Em conjunto com outras centrais sindicais, a CUT pressionará em Brasília nos próximos dias pela correção do Imposto de Renda e pelo reajuste do Salário Mínimo. Algumas reuniões estão marcadas com parlamentares e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
 
O coordenador de Administração do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Osvaldo Bezerra (Pipoka), disse que “a correção da tabela é importante porque implica em dinheiro no bolso dos trabalhadores imediatamente. A questão do Salário Mínimo é outro tema importante que influencia diretamente na nossa categoria. Cada vez que o salário aumenta nossos pisos salariais têm reflexo”, explicou o dirigente.
 
PLR QUÍMICOS
 
Parcela única
Até 30 de março: R$ 660,00
 
Parcelado
1ª parcela • 31 de janeiro
2ª parcela • 30 de julho
Valor da parcela: R$ 330,00
 
Piso Salarial – R$890,00
 

Secretaria de Formação faz reunião de planejamento para atividades deste ano

Aconteceu no dia 2 de fevereiro a Reunião de Planejamento da Secretaria de Formação do Sindicato. O objetivo era fazer um balanço das atividades realizadas em 2010 e traçar as metas da Secretaria para este ano.

A Secretaria frisou a importância da parceria com a CNQ para os cursos da Formaquim e pretende ampliar a participação da base neles. Além disso, o objetivo é que essa parceria aconteça também com a Fetquim. Outro ponto que a Secretaria de Formação considera muito importante são as atividades voltadas à juventude.
 
Segundo Deusdete J. das Virgens, coordenador da Secretaria de Formação do Sindicato, as atividades são importantes para consolidar a relação dos trabalhadores com o Sindicato, pois “os trabalhadores trocam informações e ficam mais atentos aos seus direitos”. Sobre o balanço das atividades de 2010, Deusdete diz: “fomos muito bem ano passado, mas pela agenda apertada do Sindicato, coisas planejadas ficaram de fora. Esse ano estamos prevendo uma ampliação de nossas atividades”.
 

Sindicato assina acordo e Globalpack pagará cesta básica + PLR

Os Trabalhadores da Globalpack/Euro-Matic conquistaram grandes benefícios. A empresa assinou um acordo com o Sindicato que dá direito a todos os funcionários de receber benefícios, como cesta básica e PLR. Há algum tempo o Sindicato protocolou pauta de reivindicações dos trabalhadores, questionando: política de benefícios, PLR, cesta básica, entre outros direitos dos companheiros.

Depois de muita pressão e trabalho, conforme acordo assinado, a empresa se compromete a pagar PLR e a providenciar cestas básicas para todos os trabalhadores. Além disso, política de benefícios, qualificação profissional e pesquisa de mercado para correção e adequação de salários também constam na lista de benefícios conquistados pelos trabalhadores.
 
Isaac Gomes, dirigente do Sindicato responsável pelas negociações com a empresa, acredita que “o sucesso das negociações deu-se devido à parceria do Sindicato com os trabalhadores. É por isso que o Sindicato precisa tanto dos companheiros e eles do Sindicato, porque quando o trabalho é feito em parceria, como foi dessa vez, o resultado é muito mais satisfatório”. O dirigente Edielson Santos também acompanhou as negociações.
 

Baile de Carnaval do Sindicato

Nos dias 6 e 7 de março, o Sindicato organizará bailes de Carnaval no Clube de Campo Virgílio Gomes da Silva, no Arujá. Capriche no figurino, pois domingo terá um Concurso de Fantasia!

Dia 6 de março (domingo): das 13h às 17h
Dia 7 de março (segunda-feira): das 14h às 18h
 

Sindicato consegue PLR de R$ 2.300 na AkzoNobel

O Sindicato conseguiu uma conquista inédita no ramo químico. Com muita negociação e mobilização dos trabalhadores, pela primeira vez um acordo de PLR chega aos R$ 2.300,00.

O valor do benefício pago no ano passado foi de R$ 2.003,00, o que confirma um reajuste de 15%. Além das negociações entre empresa e Sindicato, a mobilização dos trabalhadores foi de extrema importância para que essa grande vitória pudesse virar realidade na vida dos companheiros que trabalham na empresa.
 
Ronaldo Rodrigues, dirigente do Sindicato e responsável pelas negociações com a AkzoNobel, acredita que “essa conquista é importante para servir de espelho para os patrões das outras empresas. Nós, aqui no Sindicato, temos trabalho e mobilização suficiente para isso, mas os patrões insistem em não colaborar. Essa é a prova de que o Sindicato, mesmo sem a colaboração dos patrões, luta para que os trabalhadores tenham uma vida melhor a cada dia”.
 

Assembleia de Campanha Salarial 2011

Foi dado o pontapé inicial na Campanha Salarial do Setor Farmacêutico 2011. Preparamos estudos do Setor e toda a diretoria do Sindicato está comprometida com a melhor organização possível para que todos os trabalhadores alcancem os melhores resultados. Temos todos os motivos para acreditar que as conquistas dessa Campanha serão ainda melhores que a de anos anteriores. O Brasil caminha a passos largos, a economia está forte e o Setor Farmacêutico, em especial, só tem o que comemorar.

Dia 26 de fevereiro, sábado, às 14 horas, faremos a primeira Assembleia de 2011. Na ocasião serão definidas as reivindicações. A atividade ocorrerá na Subsede de Santo Amaro. O nosso remédio é a luta! Os objetivos econômicos e sociais que defenderemos ao longo dos próximos meses necessitam da participação de todos os companheiros. Participem e tragam mais trabalhadores para nossas atividades.
 
Pauta de reivindicações
 
Reajuste de 13% em todos os salários
A inflação acumulada está prevista em torno de 7%, além disso, queremos o aumento real de mais 6%, totalizando 13% de reajuste para todos os trabalhadores.
 
Piso Salarial de R$ 1.200,00
Queremos o reajuste do Piso Salarial para R$ 1.200,00. Assim, a categoria teria seus salários recuperados frente aos reajustes do Salário Mínimo.
 
PLR de R$ 2.000,00
Participação nos Lucros e Resultados de R$2.000,00 no mínimo, independentemente do número de trabalhadores. Para as empresas que possuem programa próprio de PLR, esse valor deve ser maior.
 
Estabilidade de emprego
Existe uma prática de demitir trabalhadores para contratar outros com salários menores. Queremos a estabilidade no emprego. Toda demissão deve ser justificada. Essa reivindicação está assegurada pela
Convenção 158 da OIT.
 
Licença-maternidade de 180 dias
Muitas empresas já praticam a Licença Maternidade de 180 dias. O benefício confere às mulheres um período de especial atendimento à criança. Conforme a Lei o benefício é de 120 dias, a ampliação de mais 60 dias é apenas um ato de respeito aos recém-nascidos.
 
Organização nos Locais de Trabalho
Existem questões que surgem durante o ano e não podem esperar pela Campanha Salarial para serem discutidas. Queremos o fortalecimento da  Organização nos Locais de Trabalho como processo democrático de reivindicações.
 

“O Samba que Mora em Mim” exalta anônimos do Carnaval

Ganhador do Prêmio especial do júri da Mostra de Cinema de São Paulo do ano passado, “O Samba que Mora Mim” faz um retrato intimista de quem está por trás dos holofotes na avenida Marquês de Sapucaí, no Rio.

São pessoas anônimas que, durante o ano todo, respiram samba e criam fantasias para que celebridades e gente comum possam brilhar na passarela. O filme estreia em São Paulo, Rio, Curitiba e Porto Alegre.
 
Dirigido por Georgia Guerra-Peixe, o filme é uma busca pessoal do samba e de seu entorno. A documentarista, filha de um historiador do assunto e sobrinha-neta do maestro César Guerra-Peixe, cresceu ouvindo sambas-enredo da Mangueira, sem nunca ter subido o morro. O documentário acompanha essa primeira experiência.
 
Em seu passeio pela Mangueira, Georgia encontra pessoas que narram suas histórias. Em troca, a diretora conta as suas. A favela por onde a documentarista circula é diferente daquela que se costuma ver no cinema – especialmente em filmes como “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”. Não que “O samba que mora em mim” esconda ou finja que não existe tráfico ou violência, mas não faz disso o seu assunto. A diretora mostra que a comunidade possui valores, respeito e criatividade.
 
Confessando que o que a intriga desde a infância não é o samba em si, mas as pessoas que vivem em torno da música, Georgia usa essa ideia como força motriz para sua câmera. Suas conversas desbravam a comunidade e seus habitantes e destacam a importância do samba ao dar a essas pessoas a sensação de pertencer a uma sociedade.
 
Munida de curiosidade e boa intenção, a diretora é capaz de registrar bons depoimentos, graças ao seu faro para personagens repletos de histórias de vida. Falta ao filme um pouco de ambição para se aprofundar nos detalhes desses personagens que ganham alguns minutos de fama diante da câmera. Em todo caso, Georgia faz uma bonita homenagem aos anônimos que transformam o Carnaval do Rio no maior espetáculo do gênero no mundo.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/entretenimento/2011/02/o-samba-que-mora-em-mim-exalta-anonimos-do-carnaval

Sem carteiras, escola da zona sul de SP faz rodízio de alunos

Na tarde de ontem (15), um cartaz colado no portão da escola estadual Roberto Mange, extremo sul de São Paulo, avisava: não haverá aula hoje para a 6ª A e 6ª B. Motivo: falta de cadeiras e carteiras.

Os alunos das duas salas só descobriram que seriam dispensados das aulas de ontem ao chegar na escola, mas o fato não os surpreendeu.
 
Desde que as aulas começaram para valer, anteontem, parte das turmas da escola têm se revezado, pois não há lugar para todos sentarem. Em um dia, algumas séries foram mandadas para casa; no seguinte, outras.
Segundo alunos e pais ouvidos pela Folha na porta da escola, anteontem pelo menos uma turma da manhã (de 8ª série) e outra da tarde (de 5ª série) foram dispensadas.
 
Ontem, além das duas salas de 6ª série que ficaram sem aula à tarde, alunos de ao menos uma 8ª série da manhã também voltaram para casa. Estudantes relataram que o problema se estende ainda a turmas da noite.
 
“Ontem [anteontem] chegamos aqui adiantados, e nos deparamos com o cartaz dizendo que a turma da minha filha não teria aulas. Faço de tudo para meus filhos não faltarem na escola. É complicado”, afirma a dona de casa Marlete Oliveira Silva, 38, mãe de uma aluna da 5ª série que caminha por 25 minutos todos os dias para chegar com a filha à escola.
 
“O pior é que eles avisam de última hora. As mães vêm com as crianças arrumadinhas e têm que voltar para trás”, diz a mãe de outro estudante Silene dos Santos, 45, que acompanhou a frustração dos pais nestes dois dias.
 
Lucinda Correia Ferreira, 46, também conta que o filho aproveitou a manhã de ontem, quando deveria estar estudando, para ir ao dentista, já que a turma dele da 8ª série foi dispensada porque não havia onde sentar.
 
DEMANDA
Procurada pela Folha, a diretora da escola, que identificou-se apenas como Sueli, disse que não poderia dar entrevistas. Mas afirmou que a falta de cadeiras e carteiras se deve a uma grande “demanda de estudantes”.
Depois dos questionamentos da reportagem, uma funcionária retirou o cartaz colado na porta da escola.
 
Estudantes afirmam, no entanto, que as cadeiras e carteiras são velhas desde o ano passado e que neste ano nenhuma delas foi trocada.
 
A Secretaria de Educação diz que a diretoria de ensino da região foi alertada na noite de anteontem e vai apurar.
O colégio está localizado no Jardim Myrna, distrito do Grajaú, em uma das avenidas mais movimentadas da região. Ontem, estudantes de 11 e 12 anos que tiveram aulas, mas foram dispensados quase duas horas antes do horário por falta de professores, corriam pela rua.
 
Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/saber/876360-sem-carteiras-escola-da-zona-sul-de-sp-faz-rodizio-de-alunos.shtml

Piso do Dieese ainda é uma bandeira de luta

As discussões em torno do salário mínimo precisam de mais humanidade e menos números. Não faz tempo que o Dieese era a referência para o início de qualquer embate do mundo sindical, e ainda é. O valor indicado para o mês de dezembro de 2010 era de R$ 2.227,53. A base desse estudo leva em conta o que uma família precisa para sobreviver, conforme preceito constitucional.

O salário mínimo deve “atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim” (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV). A família, neste caso, é composta por dois adultos e duas crianças.
 
Os estudos econômicos apresentados por todas as correntes atuais desconsideram um salário acima de R$ 600,00.Não faz muito tempo que o reajuste acima da inflação também era visto como uma heresia. O Governo Lula desfez esse mito. É possível, sim, reajuste acima da inflação, inclusive é necessário. O cálculo, a partir de então, considera o crescimento do PIB como uma importante variável a ser somada.
 
Um problema crônico que temos no Brasil é a Previdência Social. O pagamento das aposentadorias tem um custo acima da arrecadação e é sempre o maior obstáculo para que o valor do salário mínimo não aumente. No entanto, a arrecadação poderia ser maior se o todo o setor privado cumprisse com os pagamentos. Infelizmente é comum o não recolhimento do imposto por parte de alguns empregadores.
 
Na última crise econômica que enfrentamos, o fortalecimento do salário mínimo se mostrou um importante aliado contra a recessão. O reflexo também ocorreu nas mais diversas lutas sindicais. As negociações salariais sempre levavam em conta o salário mínimo como parâmetro para discutir os pisos salariais. Não parece correto manter uma proximidade entre o piso de uma categoria importante e o salário mínimo; assim os resultados econômicos dos trabalhadores serão melhores.
 
A lembrança do Piso do Dieese tem o objetivo de reforçar a luta por condições dignas de trabalho e por remuneração que atenda às necessidades básicas, constitucionalmente estabelecidas. Os ideais R$ 2.227,53 talvez não sejam aplicáveis neste momento, mas não podem fugir do horizonte das discussões sobre salário mínimo.