Concursos com inscrições abertas somam 25,7 mil vagas

Pelo menos 86 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (10) e reúnem 25.727 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade.

O salário chega a R$ 19.643,80 no Tribunal de Justiça de São Paulo. Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
 
Na segunda-feira (10) os órgãos que abrem inscrições para 11.736 vagas são os seguintes: Câmara de Leme (SP), Departamento de Água e Esgoto de Santa Bárbara D’Oeste (SP), Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), Petrobras, Prefeitura de Caicó (RN), Prefeitura e Câmara de Campo Verde (MT), Prefeitura de Mongaguá (SP), Prefeitura de Pindaré Mirim (MA), Prefeitura de Piratini (RS), Prefeitura de Santa Helena (MA), Prefeitura de Santana do Paraíso (MG), Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas e Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (SP).
 
No link abaixo você econtra os editais dos concursos e mais informações.
http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2011/01/concursos-com-inscricoes-abertas-somam-257-mil-vagas.html

Para democratizar a palavra

Protesto na Argentina: "Tem coisas que devem mudar. Por uma nova lei de mídia"O que há em comum entre o drama dos mineiros soterrados­ no Chile, os cortes de salários e programas­ sociais na Irlanda, a política de valorização do salário mínimo no Brasil e a exploração eleitoreira de uma bolinha de papel? E entre o aumento da idade em dois anos para o recebimento de pensões e aposentadorias na França e a recente decisão pela redução – em até 10 anos – para o acesso aos mesmos benefícios sociais na Bolívia? Além da óbvia opção sobre distintos projetos de sociedade e de país, são fatos que impactam a vida de milhões de pessoas e nos são contados por meios de comunicação de acordo com os interesses políticos de seus proprietários. São emissoras de rádio e televisão, portais de internet, jornais e revistas que interpretam a realidade conforme sua visão de mundo – e a distribuem como verdade.

Em espanhol, há um verbo que expressa a desconsideração total, o menosprezo pelo outro e sua transformação em ninguém por parte das grandes empresas comerciais de comunicação: ningunear­. Cansados de se ver e ouvir por fontes que consideram desinformativas, sindicalistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais de 20 países têm trabalhado para conformar uma nova rede de comunicação. “Michel Foucault dizia que o poder se exerce em rede. Se isso é certo, acrescentamos que o poder se constrói em rede. E a isso vamos”, afirma Victor Báez, secretário-geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA), entidade organizadora da iniciativa, que ganhou vida em Montevidéu em novembro passado. A CSA congrega 59 centrais de 27 países e mais de 50 milhões de trabalhadores.
 
Conforme Báez, a experiência dos mineiros chilenos demonstrou como o monopólio dos meios pode impactar diretamente a vida dos trabalhadores. “Naquele episódio, os meios privados se concentraram apenas na ação de resgate. Com isso, conseguiram ocultar as verdadeiras causas do desastre, ou seja, a falta de investimentos em segurança por parte da empresa e a ausência de fiscalização por parte do governo.” Apesar do alerta dos sindicatos, a denúncia ficou isolada e a notícia não se difundiu. “Esse fato nos fez recordar o ocorrido no México, em Pasta de Conchos, onde 65 trabalhadores estiveram enterrados a 490 metros de profundidade, sem nenhum tipo de auxílio da empresa. Ali morreram. O líder sindical que denunciou o acidente, devido à falta de condições de segurança, teve de se exilar no Canadá, perseguido pela empresa e pelo próprio governo mexicano”, relata. A soma desses descalabros virou fermento de ideias e foi vitaminando a articulação da rede.
 
Sem reunir as mínimas condições de segurança, e com risco iminente para os operários, outras 18 minas acabaram sendo fechadas no Chile pelo Serviço Nacional de Geologia e Mineração, após intensa mobilização sindical e da própria sociedade, emocionada pelo drama. Nas notificações, realizadas após o escândalo, foram evidenciadas violações das normas mais elementares de segurança, como a inexistência de pelo menos duas rotas de fuga, a falta de chaminés de ventilação e mesmo de abrigos subterrâneos. O leitor deve ter visto a superficialidade da tal cobertura “jornalística”: nenhuma palavra a respeito da falta de pagamento dos salários ou do dinheiro público que precisou entrar para que os mineiros pudessem sair, já que a empresa alegou não dispor de recursos para o socorro.
 
Nas palavras do jornalista basco Unai Aranzadi, transmitidas em vídeo aos participantes da Conferência Sindical sobre Democratização da Comunicação, que lançou as bases para a rede, muita determinação é necessária, pois as “frentes de guerra número um, dois e três estão nos meios de comunicação e no controle da opinião pública”. Segundo Aranzadi, padrões de manipulação e de silêncio impostos pelos conglomerados privados “prostituem a informação” em troca da liberdade de empresa e do discurso único do “partido do capital”.
 
Entusiasta da iniciativa, o uruguaio Aram Aharonian, fundador da emissora Telesul e dirigente do Observatório Comunicação e Democracia, da Venezuela, lembra que há três décadas, para impor-se um modelo político-econômico, se recorria às armas, com um saldo de milhares de mortos, desaparecidos e torturados. “Hoje, os meios de comunicação de massa levam o bombardeio da mensagem hegemônica diretamente à sala de nossa casa, 24 horas por dia.” Para Aharonian, as grandes corporações manejam um “latifúndio midiático” e criam imaginários coletivos virtuais. “Elas decidem quem tem a palavra, quem é o protagonista e o antagonista e trabalham para que as grandes maiorias sigam mudas e invisíveis.”
 
Presente boliviano
 
A aprovação da nova Lei de Pensões apresentada pelo governo de Evo Morales, em conjunto com a Central Obrera Boliviana (COB), rebaixa a idade da aposentadoria de 65 para 58 anos, restabelece a contribuição patronal de 3% – desde 1996 os empresários não contribuíam com a previdência –, elimina as administradoras privadas de pensões, que estavam concentradas no grupo suíço Zurich e no espanhol BBV, e cria uma única administradora e gestora dos benefícios, de caráter público. Para os bolivianos, um “presente de Natal”. Para a imprensa do continente, um exemplo a ser riscado do mapa. Compreensível: a nova lei rompe com o processo neoliberal.
 
Mas essa experiência de “reforma” não vira manchete, pois mais de 80% das informações que chegam da Bolívia são produzidas e distribuídas por agências de Santa Cruz de la Sierra, onde se concentra a oposição de direita, capitaneada pelos barões do sistema financeiro, do agronegócio e da mídia.
 
A atual batalha pela “democratização da palavra” busca modificar uma norma que foi útil para a doutrina de segurança nacional das ditaduras e para as políticas neoliberais que as sucederam. De acordo com o jornalista Mariano Vázquez, responsável pela comunicação da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), a rede de comunicadores sindicais tende a romper a censura dos monopólios midiáticos, encabeçados pelo grupo Clarín. “A luta no campo das ideias e na mobilização popular se conjuga com a decisão política do governo de Cristina Kirchner, que há dois anos enviou ao Parlamento um projeto de lei que dê a palavra a todos.” Vázquez sublinhou que a nova legislação democratiza o acesso à informação definido como “direito universal”, em concordância com o artigo 13 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
 
Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da CUTA secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, lembrou que várias medidas oxigenadoras foram debatidas pela sociedade brasileira e aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação, devendo agora ser tiradas do papel. Muitas delas, aliás, fazem parte do arcabouço legal, mas nunca foram regulamentadas, como o princípio da complementaridade entre os sistemas de radiodifusão público, privado e estatal, contido no artigo 23 da Constituição Federal. “A democratização da comunicação é um passo essencial para o aprofundamento da democracia”, resume Rosane, reforçando a necessidade de investimento na rede. A CUT tem ampliado recursos na estruturação de seus próprios canais de TV e rádio, com produção e divulgação de conteúdos que coloquem os trabalhadores como protagonistas, e também apoiado sistematicamente iniciativas como a Rede Brasil Atual e a TVT.
 
O processo de revisão das leis sobre os meios de comunicação na América Latina, em especial rádio e TV, é natural e irreversível, segundo o diretor nacional de telecomunicações do Uruguai, Gustavo Gómez Germano. “Trata-se de um processo de re-regulação, porque o sistema  anterior habilitava e fomentava a concentração dos meios de comunicação nas mãos de uns poucos e criava obstáculos de acesso às grandes maiorias”, observa. Para Gómez, cada Estado nacional deve adequar suas legislações para impedir a formação de monopólios e oligopólios no setor. “Se o Estado não desempenha um papel ativo, a democratização não será possível, o livre jogo da oferta e da demanda não diminuirá os abismos existentes em nossas sociedades”, acrescenta.
 
Representante da Agência Latino-Americana de Informação (Alai), Osvaldo León acredita que o momento é favorável à concretização de redes que impulsionem a democracia: “Os grandes oligopólios midiáticos agridem o verdadeiro papel e a responsabilidade dos meios de comunicação. Pluralidade e diversidade não entram nesses meios que aí estão. Reconhecemos a necessidade de investir e de contar com instrumentos próprios. Se não dizemos nossa própria palavra, os outros a dizem por nós”. A iniciativa vai mexer na política das entidades e também em seus orçamentos.
 
Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/55/para-democratizar-a-palavra

Governo retoma Caravana da Dengue

Rio de Janeiro – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inicia nesta sexta-feira (7), pelo Rio de Janeiro, as atividades de mobilização para o enfrentamento da dengue, retomando a chamada Caravana da Dengue.

Nos dois primeiros meses (janeiro e fevereiro), ele deve visitar sete estados (Amazonas, Acre, Espírito Santo, Ceará, Tocantins, Goiás e Pará) para mobilizar gestores de saúde, educação, saneamento básico, abastecimento de água e limpeza pública, além da população, contra a doença.

A agenda de Padilha no Rio começa às 10h, com a inauguração da Clínica da Família David Capistrano, no bairro de Campo Grande. Às 11h, no mesmo local, o ministro faz a palestra de abertura do curso para formação de 1.200 novos agentes de vigilância e saúde, que vão atuar no combate à dengue na cidade.

Em seguida (12h), ainda em Campo Grande, Padilha visita a Unidade de Pronto-Atendimento 2 (UPA 2). Depois, segue para uma visita, às 13h, ao Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

Mais informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/2011/01/governo-retoma-caravana-da-dengue

Situação financeira melhorou para quase 80% das famílias, indica Ipea

São Paulo – Estudo divulgado nesta quinta-feira (6) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que 77% das famílias brasileiras afirmaram, em dezembro, que estavam melhor financeiramente do que um ano antes, enquanto 19,8% sentiam-se em situação pior. O estudo foi realizado em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todas as unidades federativas.

As regiões Centro-Oeste e Norte registraram a maior proporção de famílias que acreditam ter melhorado a sua condição financeira (82,1% e 80,3%, respectivamente), seguidas pelo Nordeste (79,4%). No Sul e Sudeste, a proporção de famílias otimistas é levemente inferior (70,6% e 76%, respectivamente).

A pesquisa revela ainda que 81% das famílias brasileiras acreditam que estarão em melhores condições financeiras daqui a um ano, enquanto 8,2% projetam estar em situação pior.

As expectativas otimistas das famílias pesquisadas são mais pronunciadas por aquelas com rendimento entre cinco e dez salários mínimos e com ensino médio (completo ou incompleto).

O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Sandro Carvalho, lembrou que as decisões de investimentos no país se baseiam no nível de confiança do consumidor e que o monitoramento feito pelo órgão tem como objetivo produzir sinalizadores sobre a decisão de gastos das famílias.

“Houve uma melhora. Pela primeira vez, mais da metade das famílias declarou não ter nenhuma dívida e a proporção de endividados diminuiu”, destacou ele.

Otimismo

Ainda de acordo com o Ipea, os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do país. O Índice de Expectativas das Famílias (IEF) de dezembro caiu apenas um ponto em relação ao do mês anterior, passando de 65,6 para 64,6.

A pesquisa foi realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios de todos as unidades federativas. Taxas até 20 pontos indicam grande pessimismo; de 20 a 40 , pessimismo; de 40 a 60, moderação; de 60 a 80, otimismo; e de 80 a 100, grande otimismo. De acordo com o Ipea, a ligeira queda do índice foi registrada em todas as regiões, exceto no Sudeste.

O Centro-Oeste voltou a apresentar a maior pontuação em dezembro (70,49) e o Sul permaneceu logo em seguida, alcançando 68,53 pontos. O Sudeste manteve o otimismo em ascensão, atingindo 64,97 pontos. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste apresentaram quedas significativas no otimismo. No Nordeste, a taxa caiu de 64,67 para 61,82 pontos, e no Norte, de 64,25 para 60,54.

Para o chefe da assessoria da presidência do Ipea, Milko Matijascic, a leve queda na média nacional pode ser reflexo do momento de transição no governo federal e nos governos estaduais. “Há uma natural incerteza sobre os rumos, mas o nível de segurança é bastante elevado. Podemos dizer que são notícias boas, muito boas”, afirmou.

Sobre a situação econômica do país no curto prazo, a pesquisa aponta que 60,4% das famílias acreditam que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses, índice 3,6 pontos percentuais menor do que o registrado no mês anterior.

O maior grau de confiança na melhora econômica do país em dezembro foi registrado entre famílias com rendimento de cinco a dez salários mínimos e com ensino médio completo. Diferentemente dos meses anteriores, a expectativa das famílias com menor renda (até 1 salário mínimo e sem escolaridade) ficou um pouco abaixo da registrada no resto da população.

De acordo com o estudo, o otimismo é menor quando se consideram as expectativas em relação ao consumo – 41,2% das famílias acreditam que o atual momento não é ideal para a aquisição de bens de consumo duráveis, enquanto 54,3% creem que o momento é propício para o consumo.

Mais informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/01/situacao-financeira-melhorou-para-quase-80-das-familias-indica-ipeahttp://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2011/01/situacao-financeira-melhorou-para-quase-80-das-familias-indica-ipea

Nova certidão de nascimento começa a valer nesta quinta

A nova certidão de nascimento, emitida em papel de segurança, começa a valer a partir desta quinta-feira (6), segundo publicação no Diário Oficial da União. O novo modelo foi elaborado pela Corregedoria Nacional de Justiça, em conjunto com o Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, os papéis das certidões de casamento e óbito também serão modificados.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil passará a ocorrer em papel de segurança, que será fornecido pela Casa da Moeda aos cartórios de registro civil de pessoas naturais.

O documento passará a ter papel especial, marca d’água e outros itens que permitirão maior segurança, a fim de evitar falsificações. Segundo texto publicado no Diário Oficial, como item de segurança, o fundo do papel trará a palavra “autêntico”, visível sob lâmpada ultravioleta com luminescência verde limão.

A previsão é de que o novo papel comece a ser distribuído ainda neste mês, começando pela certidão de nascimento. Só depois serão distribuídos os papéis para casamento e óbito, segundo a Secretaria de Direitos Humanos.

Cartórios
Segundo o CNJ, cerca de 1,2 mil cartórios de registro civil de todo o país que ainda não são informatizados deverão começar a receber computadores e cursos de capacitação para seus funcionários a partir de fevereiro. A entrega dos equipamentos e a realização dos cursos vão permitir a emissão de certidões de nascimento, casamento e óbito no Brasil em papel de segurança.

A partir desta semana, cartórios do Nordeste que já possuem equipamentos de informática começarão a receber orientações sobre como proceder para solicitar o novo papel de segurança e começar a emitir o documento nos novos padrões.

Já os cartórios de registro civil informatizados do Centro-Oeste começarão a receber orientações sobre como solicitar o novo papel a partir do dia 12 de janeiro. A partir de 17 de janeiro será a vez das unidades informatizadas do Norte. Os cartórios das regiões Sudeste e Sul começarão a ser atendidos a partir dos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro, respectivamente.

Mais informações: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/01/nova-certidao-de-nascimento-comeca-valer-nesta-quinta.html

Ministro da Justiça : ‘Comissão de verdade é imprescindível’

Assim como a nova ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, o atual titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu a aprovação da Comissão de Verdade pelo Congresso.

A comissão, que está prevista no Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) e virou alvo de polêmica durante o governo Luka, apura informações sobre mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. “O governo Lula enaminhou para o Congresso o projeto de lei que disciplina com bastante critério a questão. Acho imprescindível a aprovação deste projeto”, afirmou.

Cardozo disse ainda que o projeto traduz uma situação que é compreendida pelas Forças Armadas e há equilíbrio entre as instituições.

 Na segunda-feira (3), a nova ministra fez um apelo ao Congresso pela aprovação do PL, mas tentou mostrar que o atual momento é de diálogo e sem espaço para revanches. “A constituição da Comissão da Verdade não se trata, jamais, de qualquer atitude de revanche, como disse, em seu discurso, a presidenta Dilma”, reforçou.

Ao discursar após receber a faixa do presidente Lula, a presidenta disse, no último dia 1º, que não carrega “nenhuma espécie de ressentimento” da época da ditadura. “Minha geração veio para a política em busca da liberdade, num tempo de escuridão e medo. Pagamos o preço da nossa ousadia, ajudando o País chegar até aqui. Aos companheiros que tombaram nesta caminhada, minha comovida homenagem e minha eterna lembrança”, dedicou.

Mais informações: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/ministro+da+justica+comissao+de+verdade+e+imprescindivel/n1237912649030.html

As sacolinhas no banco dos réus

Estamos vivendo um embate entre proibir a distribuição gratuita das sacolas plásticas ou vetar a circulação daquelas sacolinhas que estiverem fora das normas estabelecidas pela ABNT.

Em minha opinião, a proibição de gratuidade, que tramita na Câmara Municipal de São Paulo, é uma proposta inadequada, incompleta, cria um desequilíbrio do ponto de vista da sustentabilidade e uma expectativa de que bastaria somente deixar de utilizar as sacolinhas para salvar o planeta. Isso deseduca.

Entretanto, a discussão não encara os grandes gargalos da gestão de resíduos e da poluição na cidade e não encaminha medidas concretas no sentido de reduzir, reutilizar, reciclar. Defendo a rejeição desse projeto por acreditar que a gestão de resíduos é um processo muito mais complexo, que envolve todas as cadeias produtivas: indústria, trabalhadores do setor, comércio, consumidores e, necessariamente, o poder público.
Essa proibição não soluciona questões ambientais, pois coloca a responsabilidade da gestão do resíduo apenas sobre a sacolinha, que está se tornando a grande vilã.

Nenhum material pode ser descartado na natureza, e seu destino final deve ser conduzido de forma adequada. No âmbito social, gera violento impacto sobre os trabalhadores do setor, causando desemprego e promovendo um “dumping” social, que poderá acarretar a demissão de mais de 20 mil funcionários diretos, já que são as pequenas empresas que produzem as embalagens, o que leva à transferência de empregos para outros países.

No meio desse debate está o consumidor, que já paga o valor da sacola, incorporado ao preço dos produtos. Agora, se as redes ainda cobrarem, ele pagará duas vezes, sem restituição. Estima-se que a sacolinha seja o quarto item na formação dos custos dos supermercados.

É um presente do Papai Noel ao comércio e um golpe contra o bolso do consumidor.

Mesmo se as sacolinhas, distribuídas “gratuitamente”, saírem de cena, outros sacos plásticos as substituirão, pois o cidadão aprova as embalagens e as reutiliza, em especial para separar o que é reciclável e acomodar o lixo doméstico.

É importante destacar que, na última década, funcionaram na Câmara três CPIs e cinco comissões de estudo sobre gestão do lixo e meio ambiente. Nenhum relatório indicou as sacolinhas como o problema central pelos danos ao meio ambiente da cidade.

São Paulo está atrasada em todo o programa de gestão de resíduos.
Tudo porque os investimentos foram adiados, com a intenção de criminalizar o contrato de gestão do lixo na cidade, assinado em 2004.

Essa medida compromete seriamente a questão ambiental.

Acredito que essa é uma tentativa de tirar o foco dos grandes e verdadeiros dramas ambientais, como a falta de saneamento básico em áreas irregulares; a implantação do programa de coleta seletiva; o apoio às cooperativas de catadores; a instalação de centros de triagem e compostagem; e, por fim, o investimento em novas tecnologias.

FRANCISCO CHAGAS, cientista social, é vereador de São Paulo pelo PT e diretor do Sindicato dos Químicos de São Paulo.

Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no dia 3 de janeiro de 2010

Seguro-desemprego tem reajuste de 5,88% em 2011

São Paulo – O valor do seguro-desemprego, em 2011, será 5,88% maior. Com isso, o teto será R$ 1.010,34 e a menor faixa será R$ 713,12. Antes, os valores eram de R$ 954,21 e 673,51, respectivamente.

O reajuste, que será aplicado para trabalhadores demitidos a partir de janeiro e que receberão em fevereiro, foi publicado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) no Diário Oficial da União e já está valendo desde 1º de janeiro.

Para os que já estão recebendo a assistência financeira, o valor das parcelas, calculado conforme o salário do trabalhador demitido, não será alterado. O pagamento do benefício e seu valor variam de 3 a 5 parcelas, dependendo do tempo de serviço com carteira assinada.

O seguro garante custeio provisório ao trabalhador dispensado sem justa causa inscrito no Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) e é reajustado pelo salário mínimo, que neste ano passará de R$ 510 para R$ 540.

O reajuste divulgado será referendado em reunião da Codefat, na segunda quinzena do mês de janeiro.

Mias informações: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2011/01/seguro-desemprego-tem-reajuste-de-5-88-em-2011

Passagens de ônibus passam a custar R$ 3 em São Paulo

A tarifa de ônibus na cidade de São Paulo passa a custar R$ 3 a partir desta quarta-feira. Os passageiros puderam recarregar até terça-feira o bilhete único no valor antigo, de R$ 2,70.

Com a mudança, anunciada pelo prefeito Gilberto Kassab em 28 de dezembro, o preço pago pela integração com o serviço de metrô também sobe, chegando a R$ 4,29. Antes o valor era de R$ 4,07. O reajuste de R$ 0,30 de aumento no preço equivale a 11,11% e, segundo a SPTrans, que gerencia o transporte coletivo, tem como base uma planilha tarifária elaborada por sua equipe técnica.

A empresa afirmou que, com o aumento das tarifas, será feita a renovação de 65% da frota de ônibus pela cidade, aumento de veículos acessíveis e extensão da validade do Bilhete Único de duas para três horas.

O valor máximo que os passageiros podem acumular no bilhete único é de R$ 200, quantia que será usada com base no preço antigo do serviço e tempo limite para expirar.

Mais informações: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4873807-EI8139,00-SP+passagens+de+onibus+passam+a+custar+R+nesta+quarta.html

Alckmin fará auditorias em contratos do governo Serra

O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB).

Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre “serristas” e “alckmistas”.

Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto.

Nessa gestão, o pente-fino nos contratos e repasses a entidades sociais será feito pelo secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini (PSDB-SP).

Só os serviços terceirizados que serão auditados somam R$ 4,1 bilhões em gastos, sendo R$ 2,8 bilhões na administração direta e R$ 1,3 bilhões na indireta.

Todo o trabalho de Semeghini será orientado pelo consultor de gestão Vicente Falconi, do INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial). Falconi orientou o chamado “choque de gestão” feito pelo senador eleito Aécio Neves em Minas, quando governador do Estado.

AÉCIO

No governo Aécio, a ação tinha como foco a “melhoria da eficiência” com enxugamento de gastos e estruturas.

Na manhã de ontem, em entrevista coletiva após a primeira reunião oficial com o secretariado, Alckmin disse que se encontraria com Falconi na quarta-feira.

“Vamos ver onde se pode fazer um ajuste fino, para melhorar a aplicação dos recursos”, disse ele.

Entre as tarefas de Falconi está o cruzamento de dados para chegar aos valores unitários de serviços prestados por cada pasta. Esse levantamento irá para a internet.

CORTES

Além da revisão de repasses e contratos, Alckmin determinou ontem na reunião com o secretariado que, em até 15 dias, um plano para corte de 10% nos gastos com custeio em todas as pastas seja apresentado.

Como exemplo de áreas que poderiam ser enxugadas, Alckmin listou contratos de locação de imóveis e automóveis, além de gastos com combustível. Só com aluguel de imóveis para estruturas o governo paulista gasta R$ 130 milhões por ano.

Após a reunião com os secretários, Alckmin concedeu entrevista coletiva.

O governador não detalhou nenhuma dessas ações de enxugamento de gastos. Anunciou, no entanto, o contingênciamento de R$ 1,5 bilhão no orçamento do Estado, que é de R$ 140 bilhões.

À imprensa, o tucano disse apenas que havia um “esforço” para identificar o que “poderia ser reduzido”.

Questionado se o “esforço” poderia implicar em redução de cargos comissionados, disse que está “sempre procurando fazer mais e melhor com menos dinheiro”.

 

Mais informações: http://www1.folha.uol.com.br/poder/854493-alckmin-fara-auditorias-em-contratos-do-governo-serra.shtml