Fidel critica sanções da ONU ao Irã e elogia postura de Lula

Indignado com a decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de aprovar sanções ao Irã, o ex-presidente de Cuba Fidel Castro criticou ontem (10) as medidas e acusou o órgão de tratar de forma privilegiada Israel e os Estados Unidos. Fidel elogiou as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à decisão imposta pelo Conselho de Segurança.

Em seguida, citando o ataque à frota de navios com ajuda humanitária promovido pelo governo israelense, Fidel comparou o tratamento dispensado por Israel aos palestinos à ação dos nazistas contra os judeus, na 2ª Guerra Mundial. As afirmações do ex-presidente cubano estão no artigo Reflexões do Companheiro Fidel, no jornal oficial de Cuba, Granma.

“O ódio do Estado de Israel contra os palestinos é tal que eles não hesitariam em mandar 1,5 milhão de homens, mulheres e crianças deste país para os crematórios, onde os nazistas exterminaram milhões de judeus de todas as idades”, disse Fidel, no Granma. “A suástica de Hitler parece ser a bandeira de Israel hoje.”

Ao elogiar Lula, Fidel citou as declarações do presidente brasileiro sobre as sanções do Conselho de Segurança ao Irã. “O presidente Lula da Silva disse na cidade de Natal, no Nordeste do país, duas frases lapidares sobre as sanções, que elas foram impostas por ‘aqueles que acreditam na força e não no diálogo’ e que a reunião do Conselho de Segurança ‘poderia ter servido para discutir o desarmamento das armas atômicas’”, disse.

Segundo o cubano, as grandes potências querem aproveitar a festa da Copa do Mundo de Futebol, na África do Sul, para desviar a atenção sobre alguns temas, como o ataque a navios ocorrido no último dia 31, provocando a morte de nove pessoas.

“Não seria estranho que tanto Israel quanto os Estados Unidos e aliados, com o direito de veto no Conselho de Segurança, como a França e a Inglaterra, queiram aproveitar o enorme interesse na Copa do Mundo para apaziguar a opinião pública internacional, indignada com a conduta criminosa das tropas israelenses de elite contra a Faixa de Gaza”, disse Fidel.

O ex-presidente cubano condenou a forma como o Conselho de Segurança aprovou as sanções ao Irã. Anteontem (8), por 12 votos a 2 (do Brasil e da Turquia) e uma abstenção (do Líbano), o órgão aprovou medidas que vão afetar as áreas comercial e militar do Irã, proibindo a comercialização de armas pesadas, definindo fiscalização mais intensa das embarcações iranianas e impedindo operações bancárias externas.

Para Fidel, um dos destaques nas discussões foi a embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Viotti. “A presença serena dos membros do Conselho de Segurança que votaram contra a resolução foi expressa de maneira firme por uma mulher forte, a representante do Brasil, que já havia definido o tom certo sobre as razões pelas quais seu país se opõe às sanções.”

Segundo ele, os argumentos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que liderou a campanha contra o Irã em favor das sanções, são inconsistentes. Para Fidel, os argumentos se baseiam na tentativa de avançar sobre uma região que não se dispõe a ser dominada.

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Emprego na indústria cresce pelo quarto mês consecutivo

O emprego na indústria cresceu 0,4%, de março para abril deste ano, o quarto resultado positivo consecutivo no setor. Na comparação com abril do ano passado, a alta é de 3,3%. No ano, a expansão do emprego é de 1,3%

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego e Salário na indústria, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na manhã de hoje (11).

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OIT: Nível de emprego nos territórios ocupados palestinos ainda é baixo

Apesar da recente melhora, as condições econômicas permanecem precárias nos territórios ocupados palestinos, segundo relatório anual da Organização Internacional do Trabalho, OIT, sobre a situação dos trabalhadores nessas áreas.

O documento, apresentado nesta quinta-feira (10), atribui a melhora à taxa de crescimento acelerado e a um aumento relativo no nível de emprego, que ainda é considerado muito baixo para os padrões internacionais.

Perspectivas
De acordo com o estudo, a renda per capita nos territórios ocupados teve alta de 3,7% em 2008 mas o crescimento não foi distribuído entre Gaza e a Cisjordânia devido ao bloqueio israelense.

O conflito dificulta a recuperação econômica e quanto mais tempo durar a restrição imposta por Israel, menores são as perspectivas para trabalhadores e famílias, principalmente para a geração mais jovem.

A situação atual cria um ambiente diário de violação dos direitos e de dignidade humana, de acordo com o relatório da OIT.

No documento, o diretor-geral da agência da ONU, Juan Somavia, lembra que a falta de oportunidades leva muitos palestinos à economia informal, geralmente em condições de trabalho precárias e sem proteção legal.

Isolamento
O texto resssalta que Jerusalém Oriental está se isolando do restante da Cisjordânia devido à regra para redução de palestinos que vivem e trabalham na região.

O relatório afirma que o recente anúncio de Israel para expansão dos assentamentos em Jerusalém Oriental cria nuvem sobre as negociações indiretas com os palestinos.

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?Em Teu Nome…? escapa do lugar-comum de filmes sobre a ditadura

Poderia ser mais um filme sobre o período da ditadura, mas “Em Teu Nome…” consegue fugir do lugar-comum das obras dessa natureza ao priorizar os dramas pessoais à denúncia de um regime arbitrário. A narrativa política está lá, a partir de uma história real, mas a linha do tempo se acompanha mais pelas mudanças internas dos protagonistas do que pelas fases menos ou mais duras do regime iniciado em 1964.

O longa dirigido por Paulo Nascimento entra em cartaz nesta sexta-feira (28). A história, por sinal, se passa em um período relativamente curto de tempo. Começa em 1969, quando Boni (Leonardo Machado), um estudante gaúcho de Engenharia, de classe média, adere à luta armada. E termina exatos dez anos depois, com a volta dele ao Brasil, após a anistia, aquela mesma que causou tanta polêmica recentemente.

Nesse tempo, acontece a esperada prisão, a tortura e o exílio: Chile, Argélia e França. Nos dois primeiros países, nascem dois de seus filhos, com Cecília (Fernanda Moro), a companheira que não concordou com a opção pelas armas, nem mesmo tem maior interesse pela política, mas aceitou largar tudo no Brasil para viver com ele.

O grupo no qual Boni milita, pertencente à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) em Porto Alegre, tem outros quatro integrantes: Professor (Nelson Diniz), que coordena as ações, Lenora (Silvia Buarque, apagada), Onório (Marcos Verza) e Higino (Sirmar Antunes). Quando se decide pela luta armada, Boni deixa claras as suas dúvidas em relação a essa opção.

É questionado por todos, sobretudo por Onório, vindo de família rica e aparentemente o mais radical e agressivo. Mas, disciplinado, segue as instruções e começa a praticar assaltos (expropriações). A certa altura, todos acabam presos, possivelmente por traição.

Aí entra em cena, talvez, o único chavão do filme: o do delegado psicopata, PS (vivido por Marcos Paulo), que gosta de torturar ouvindo música clássica. Após o inferno dos porões, eles conseguem sair do Brasil, em troca da libertação do embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher. Boni e seus companheiros fazem parte do “grupo dos 70”, presos políticos que deixam o país por exigência das forças que se opõem ao governo.

Em todos os momentos e países, o personagem principal expõe suas incertezas e inseguranças. A fraqueza do protagonista se torna um ponto forte do filme, que mostra também o drama vivido pela família. A irmã de Boni (Dinha, vivida por Júlia Feldens) e o cunhado, o uruguaio Leo (Cesar Troncoso), discordam da opção da guerrilha urbana, mas não deixam de apoiá-lo em nenhum momento. A namorada, Cecília, também é contra, mas não hesita em abandonar tudo para encontrá-lo no exílio e até cumpre algumas “tarefas” revolucionárias.

E assim segue a trajetória de Boni: em 1971 chega ao Chile, onde consegue emprego (e por isso é criticado pelos companheiros) e tem seu primeiro filho. Vai embora, com dificuldade, após o golpe que derruba Salvador Allende, a quem seu grupo considera “reformista”.

Aqui, vale abrir um parênteses para um depoimento dados anos atrás  para Evelise Zimmer Neves (mestranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro) por João Carlos Boni Garcia, em cuja história o filme é inspirado.

“Provocamos vários embaraços, por falta de amadurecimento, e também, algumas vezes, magoamos aquele povo que nos acolheu com tanto carinho. Vários grupos de operários e sindicalistas chilenos foram nos encontrar, queriam discutir com os revolucionários brasileiros. Nosso pessoal achava que, por serem da Unidade Popular, eram ou reformistas, ou pessoas que trabalhavam para um governo reformista, e que nós, revolucionários, não íamos discutir com eles em posição de igualdade. Como revolucionários, nos considerávamos superiores. (…)

Nós, numa análise a priori, sem entendermos o processo de luta e a história do povo chileno, catalogamos o governo Allende como reformista, porque tinha ganho as eleições num processo democrático. Para nós isso era pejorativo, burguês, não ia dar em nada.”

O debate político não é feito de forma profunda no filme, até  porque esse não é seu objetivo, mas tratar dos anos 70 “sob uma ótica humanista e poética”. Assim, a Cordilheira dos Andes é cenário tanto para um treino de guerrilha como para a cena em que Cecília anuncia que está grávida. Vem o golpe, mulher e filho saem antes do Chile. Cada vez mais acuado, ele consegue deixar o país de forma dramática.

O reencontro do casal só vai se dar na Argentina. De lá, eles conseguem ir para a Argélia, onde nasce outro filho. Desta vez, Boni vai na frente para a França, até conseguir visto de permanência dado pela ONU. A família se reúne novamente, eles conseguem bolsas de estudo e reorganizam a vida. Em Paris, Boni ajuda a organizar um comitê brasileiro pela anistia e se prepara para voltar ao Brasil, enquanto cada um dos antigos companheiros têm destinos diversos, inclusive o de não suportar a humilhação e desistir da própria vida, caso de Lenora, que no entanto, ao longo do filme, não parece transmitir a emoção de seu personagem.

Ao assumir a direção do comitê, o personagem não resiste a uma ironia, ao dizer que lá na França, ainda no exílio, a esquerda conseguia ser ainda mais dividida do que no Brasil. Ao longo do filme, também se defende o ponto de vista de que ele, o povo, ignorava as ações dos militantes e dos grupos políticos de oposição ao regime. Para transformar a sociedade, é preciso entendê-la.

“Não é um filme político como imaginávamos no início, mas sobre sentimentos, sobre o amor em tempos difíceis”, declarou o diretor, Paulo Nascimento. “Acima de tudo, fala sobre a alma humana.” Segundo ele, a preocupação era ter “um outro olhar” sobre o período de ditadura, assim como foi feito em “O Ano em que os Meus Pais saíram de Férias”. Lançado em 2006 e dirigido por Cao Hamburger, o filme conta a história de um garoto de 12 anos que vê seus pais se ausentarem, a pretexto de férias (eram perseguidos pela ditadura), muda de Belo Horizonte para São Paulo e acaba morando com um vizinho de seu avô.

“A gente não está tratando da resistência, da guerrilha, mas sobre seres humanos que foram afetados por tudo isso”, diz Leonardo Machado, que pôde ser visto recentemente na novela global “Viver a Vida”. No filme, ele vive seu primeiro protagonista.

João Carlos Bona Garcia fez parte dos governos Pedro Simon e Antônio Britto no Rio Grande do Sul. Ironicamente, foi presidente do Tribunal de Justiça Militar daquele Estado, aposentando-se recentemente.

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/entretenimento/201cem-teu-nome…201d-escapa-do-lugar-comum-de-filmes-sobre-a-ditadura

Bolivianos, argentinos e tailandeses unem-se contra trabalho escravo na produção de roupas

Poucos refluxos políticos foram tão férteis nesta década quanto a derrocada da Argentina de 2001-02. Ir (mais uma vez) de cabeça rumo ao abismo teve efeitos negativos que nenhum argentino gostaria de relembrar. Mas esta caída foi também profícua no surgimento de respostas a uma crise que, em sua reta final, tragou para baixo da linha de pobreza 700 mil pessoas ao ano.

Em dezembro de 2001, quando não havia mais escapatória, por fim as pessoas se deram conta de que os problemas não eram isolados. E que era preciso buscar respostas locais para seguir adiante. As assembleias de bairro foram um forte exemplo disso – talvez o mais marcante. A vizinhança se reunia para detectar quais questões eram comuns e precisavam de uma saída.

Uma das muitas soluções encontradas foi a fundação de uma cooperativa têxtil com ex-trabalhadores escravos. No começo deste mês, La Alameda somou forças a um projeto similar da Tailândia para criar a primeira confecção internacional de roupas livres de servidão. São tailandeses, bolivianos e argentinos que se uniram numa iniciativa pioneira e que parte agora em busca de novos parceiros.

Trabalho digno e fome
Avellaneda é um bairro de Buenos Aires habitado pelas camadas baixa e média-baixa. O ônibus demora a chegar e, à medida que avança, vai deixando para trás a imagem de elegância associada à capital argentina e revelando a cidade castigada pela década de Carlos Menem (1989-99) e Fernando de la Rúa (1999-2001).

Quando os moradores do bairro se reuniram, em 20 de dezembro de 2001, viram que os principais problemas eram fome e trabalho digno. “Mais que desemprego, o que havia era uma queda dos ganhos e a impossibilidade de chegar até o fim do mês”, lembra Gustavo Vera, presidente e fundador de La Alameda.

Se o dinheiro ficava curto, somar os trocados era a saída. Se fome era o problema, esses trocados davam conta de acalmar o estômago. Um refeitório comunitário foi o embrião da cooperativa. Satisfeita a fome, respostas a novas perguntas haveriam de surgir.

Imigração
Perto da hora do almoço, a saída das crianças da escola local revela que o bairro tem uma grande população de imigrantes. Meninas e meninos de rostos mestiços, mais morenos que a ‘regra’ na capital argentina – e com os olhos mais puxados.

Quando se entra no refeitório de La Alameda, ao lado do Parque de Avellaneda, imigrantes bolivianos, principalmente, e peruanos, um pouco menos, provam o prato do dia: raviólis com um molho vermelho aparentemente ralo.

Nos fundos do casarão, duas senhoras fazem artesanato em cerâmica. Pelo corredor escuro há inúmeros recortes de jornal, do mais conservador ao mais ‘progressista’, exaltando o trabalho da instituição. Escadas acima surge um espaço com algumas máquinas de costura, panos para todos os lados e cabides com as roupas já terminadas.

Foi com os imigrantes que surgiu a grande indagação – e a grande resposta – da história de La Alameda. A economia falida foi o pretexto e o incentivo que muitos empresários esperavam para apertar o cinto e deteriorar ainda mais as condições de trabalho. Os aliciadores de mão de obra não vacilaram em cruzar a fronteira com a Bolívia para encher ônibus e mais ônibus com imigrantes dispostos a trabalhar muito para ganhar um pouco mais.

Maria Magdalena Velasquez Huaman deixou La Paz com 100 bolivianos no bolso, em torno de R$ 25, e com a promessa de trabalho em uma oficina de costura. “Como não sabia costurar, me colocaram como ajudante de cozinha com salário de cem pesos (hoje, o equivalente a R$ 50). Trabalhava no mínimo 14 horas por dia. Ia dormir depois de todo mundo”, reclama.

Contra escravidão
Maria e outras dezenas de milhares de imigrantes foram – e são – presa fácil para empresários inescrupulosos. Grandes marcas de roupas se beneficiam do trabalho em condições degradantes nesta e em outras áreas do mundo. Quando algum trabalhador quer ir embora, descobre que “deve” ao empregador os gastos com hospedagem e alimentação.

O pessoal de La Alameda rapidamente se deu conta de que a questão se repetia em outros países da América Latina e da Ásia. “Não é um problema que tem a ver com a cultura boliviana, mas com regras de superexploração e da globalização. O tráfico de pessoas ocupa um espaço importante para diminuir custos e maximizar os lucros”, afirma Gustavo enquanto toma um mate na mesa do refeitório.

Se o problema era comum, as respostas eram poucas. A saída foi criar as próprias alternativas e atacar em duas frentes: buscar a responsabilização judicial e formar uma cooperativa para trabalhadores resgatados.

Hoje, La Alameda tem 140 causas judiciais abertas, a maioria contra marcas internacionais que utilizam mão de obra escrava. Trabalhadores libertados passam-se por imigrantes em busca de emprego para investigar a ocorrência de escravidão.

Para Gustavo, a cooperativa se transformou numa das instituições mais confiáveis da Argentina. “Porque não buscamos cargo, não buscamos dinheiro, não temos financiamento, não temos funcionários que se dediquem exclusivamente a investigar. Inclusive os advogados colaboram voluntariamente”, ressalta.

Parte das investigações rendeu o confisco de 350 máquinas de costura que hoje são utilizadas pela cooperativa e por um polo têxtil em outra região da cidade com o mesmo caráter de respeito aos direitos humanos. O trabalho da confecção de La Alameda é o tema da segunda reportagem da série “Sem Correntes”.

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/internacional/bolivianos-argentinos-e-tailandeses-unem-se-por-roupas-livres-de-trabalho-escravo

Inflação para consumidor de baixa renda cai para 0,18% em maio

A inflação para os consumidores que ganham mensalmente até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), ficou em 0,18% em maio, 1,10 ponto percentual abaixo da apurada em abril. Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,18% neste ano e de 6,04% nos 12 meses encerrados em maio (anualizada).

Dados divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que a inflação para os consumidores de baixa renda ficou abaixo da média apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que subiu 0,21%. O índice mede a inflação para as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos. Nos 12 meses fechados em maior (resultado anualizado) o IPC-BR ficou em 5,28%.

Segundo a FGV, quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram queda nos preços. A principal delas foi o grupo alimentação, cuja taxa passou de 2,52% para -0,20%, por conta das baixas do tomate (6,79% para -29,53%), leite do tipo longa vida (9,66% para 1,82%), feijão-carioquinha (30,82% para 13,95%) e carnes bovinas (2,81% para 1,54%).

Também apresentaram redução os grupos saúde e cuidados pessoais (1,28% para 0,66%), vestuário (1,13% para 0,80%) e educação, leitura e recreação (0,57% para 0,00%). Segundo a FGV, as principais influências partiram dos itens: medicamentos em geral (2,46% para 1,48%), calçados (1,75% para 0,05%) e show musical (6,49% para -2,65%), nesta ordem.

O grupo transportes repetiu o resultado da apuração de abril, com deflação de 0,01%. Em sentido ascendente, o destaque foi o item tarifa de transporte de van, que no mês passado teve deflação de 0,11% e agora chegou a zero. O item gasolina continuou a registrar queda, passando de -0,83% para -0,95%.

Tiveram alta os grupos habitação (de 0,29% para 0,63%) e despesas diversas (de zero para 0,16%). As principais contribuições partiram da taxa de água e esgoto residencial (de zero para 1,57%) e de alimento para animais domésticos (de -1,35% para 0,45%).

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