Entre agosto de 2009 e julho de 2010, a Amazônia perdeu 6.450 quilômetros quadrados (km²) de floresta. É a menor taxa anual de desmate registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do levantamento, em 1988.
Ano: 2023
Primeiras ossadas retiradas de vala em Vila Formosa indicam exumações pós-1980
A primeira leva de ossos retirada nesta terça-feira (30) pela equipe de buscas no cemitério de Vila Formosa, zona leste da capital paulista, provavelmente é de exumações realizadas após a década de 1980. A avaliação preliminar leva em conta o fato de que o material encontrava-se em sacos plásticos azuis, empregados pelo Instituto Médico Legal (IML) após esse período. A procura realizada desde segunda-feira (29) tenta localizar ossadas de desaparecidos da ditadura militar.
Temporão: SUS é resposta para sucesso no combate à aids, mas discriminação continua
Com o número de novas infecções pelo vírus HIV estabilizado no país e as mortes em tendência de queda, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, acredita que a resposta para o que chama de sucesso do programa brasileiro de combate à aids seja o Sistema Único de Saúde (SUS).
Viva a consciência negra no Brasil
Viva a consciência negra no Brasil
Você está recebendo o 2º Boletim Eletrônico da Secretaria de Formação e o tema deste número é sobre a questão racial no Brasil. Em novembro comemoramos o dia nacional da consciência negra. Você sabe por quê? Você sabe quais são as principais questões relacionadas à questão racial debatidas na atualidade na sociedade brasileira? Leia este boletim e abra sua mente para estas e outras reflexões sobre o tema. Boa leitura!!
A celebração do Dia da consciência negra é uma homenagem à luta dos negros no Quilombo de Palmares, liderada por Zumbi.
Todos sabem sobre as péssimas condições vividas pelos negros, trazidos à força de diversos lugares da África a partir de 1530 para trabalharem como escravos nos engenhos de açúcar, o principal produto agrícola do Brasil colônia naquele período.
Uma das muitas formas de resistência adotada pelos trabalhadores escravizados foram as fugas das fazendas e a organização de comunidades negras com economia auto-suficiente, chamadas Quilombos. Palmares foi a experiência mais marcante dentre todos os quilombos que se espalharam por todo o Brasil.
Levantamento feito pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura, aponta a existência na atualidade de 1.209 comunidades remanescentes de quilombos certificadas e 143 áreas com terras já tituladas.
No estado de São Paulo, existem atualmente 35 comunidades remanescentes, a maioria localizada no Vale do Ribeira (Iporanga, Eldorado, Barra do Turvo, Cananéia, Iguape, Itaóca e Jacupiranga) e no litoral norte e região de Sorocaba.
A luta de Zumbi em Palmares
Palmares foi o principal Quilombo existente no Brasil. Localizava-se na então capitania de Pernambuco, na serra da Barriga, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, no estado de Alagoas e chegou a contar aproximadamente com 20 mil negros em um território do tamanho de Portugal.
Sua existência foi de 1580 a 1694, resistindo por mais de um século aos ataques do governo colonial.
Quando acentuou-se a carência de mão-de-obra escrava (e a consequente elevação do preço dos escravos africanos), os ataques a Palmares aumentaram, visando a recaptura de seus integrantes. Acrescenta-se a isso que a prosperidade de Palmares atraía atenção e receio, obrigando o governo colonial a tomar providências para afirmar o seu poder sobre a região.
Para vencer Palmares, foram organizadas 18 expedições, todas derrotadas pelas táticas de guerrilha usadas pelos quilombolas.
Com um contingente de seis mil homens, bem armados e municiados, inclusive com artilharia, as forças do bandeirante Domingos Jorge Velho iniciaram uma empreitada vitoriosa. Zumbi foi encurralado e morto em uma emboscada, a 20 de novembro de 1695. Sua cabeça de Zumbi foi cortada e conduzida para Recife, onde foi exposta em praça pública, no alto de um mastro, para servir de exemplo a outros escravos. Sem a liderança militar de Zumbi, por volta do ano de 1710, o quilombo desfez-se por completo.
Muitas outras lutas foram realizadas pela população negra, além do Quilombo de Zumbi. Uma das mais importantes foi a Revolta da Chibata. Ela ocorreu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910. Na época, a Marinha do Brasil tinha um contingente quase todo formado por negros ou mulatos trabalhando nos navios de guerra, mas que, mesmo vinte e dois anos depois da abolição da escravidão, ainda havia aplicação de castigo físico. Foi quando mais de dois mil marinheiros se rebelaram pelo fim da chibata. O objetivo foi conquistado, mas João Cândido, seu principal líder, foi preso junto de outras lideranças do movimento nas piores condições que poderia haver e muitos morreram em calabouços. Somente em 2008, o governo Lula reconheceu a responsabilidade do Estado e concedeu anistia post mortem aos participantes do movimento.
A luta de João Cândido está homenageada na música “O mestre-sala dos mares”, de João Bosco e Aldir Blanc. Escute a música no link http://www.youtube.com/watch?v=B-jb3Hlaj9s&feature=player_embedded e acompanhe a letra abaixo:
João Bosco
Da guanabara
O dragão no mar reapareceu
Na figura de um bravo
Feiticeiro
A quem a história
Não esqueceu
Conhecido como
Navegante negro
Tinha a dignidade de um
Mestre-sala
E ao acenar pelo mar
Na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por
Batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam
Das costas
Dos santos entre cantos
E chibatas
Inundando o coração,
Do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro
Gritava então
Glória aos piratas, às
Mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça,
Às baleias
Glórias a todas as lutas
Inglórias
Que através da
Nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais.
Ela tem o propósito de promover um reparo histórico na desigualdade social a que foi submetida a população negra desde o período da escravidão até os dias atuais. Mas fazer a mudança dessa cultura em nossa sociedade não é fácil!! Após muitos debates no Congresso e diversas audiências com a presença da sociedade através do movimento negro, muitas coisas foram ficando pelo caminho, de modo que a sanção pelo presidente Lula pode ser considerada uma vitória e um enorme avanço, mas também deixam a certeza de que muita luta ainda precisará ser feita para termos uma efetiva democracia racial.
http://www.portaldaigualdade.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2010/10/estatuto-da-igualdade-racial-entra-em-vigor-hoje-20-de-outubro-em-todo-o-pais
Se preferir, assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=sSG-WQt_sBA
A OIT é um ramo da ONU (Organização das Nações Unidas) que trata do tema do trabalho em espaços tripartites, ou seja, com a presença de representantes de governos, de representantes patronais e de representantes de trabalhadores, através de entidades sindicais. A OIT aprova convenções ou recomendações que devem ser aprovadas pela legislação nacional nos países membro da ONU, como o Brasil.
Uma delas é a Convenção 111, que trata da discriminação social no trabalho, seja em virtude de raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social.
O artigo 3º afirma que “Todo País-membro compromete-se, por meios adequados às condições e à prática nacionais, a buscar a cooperação de organizações de empregadores e de trabalhadores e de outros organismos apropriados, para promover a aceitação e observância dessa política”.
Para você refletir sobre esse tema e formar sua própria visão, selecionamos alguns vídeos no youtube, tanto favoráveis como críticos às quotas. Há muitas outras produções que você poderá encontrar lá: alguns com bons argumentos, outros com argumentos frágeis; alguns muito “direitosos” (conservadores), outros muito equivocados… Merece destaque especial o programa Canal Livre, com debate entre frei Davi (Educafro) e Demétrio Magnoli. Explore e faça você mesmo uma pesquisa sobre o assunto assistindo a outros vídeos além desses sugeridos.
http://www.youtube.com/watch?v=4K8Ahn3HIt4&feature=related (3’:14”)
http://www.youtube.com/watch?v=NzR-pTYvj6g&feature=related (3’:29”)
http://www.youtube.com/watch?v=5S58qTQTIAk&NR=1 (7’:31”)
http://www.youtube.com/watch?v=5g2MtABrjAg&feature=related (5’:18”)
http://www.youtube.com/watch?v=6Z-evxJdwL4&feature=related (4’:19”)
http://www.youtube.com/watch?v=xp9_fPuYHXc&NR=1 (6’:36”)
Representantes dos sem teto se reúnem com prefeitura de SP nesta 6ª
Representantes das famílias sem teto que acampam em frente a Câmara Municipal, no centro de São Paulo, vão se reunir nesta sexta-feira (26) com a Secretaria de Habitação para decidir o destino dos acampados.
Líder comunitária teme ‘efeito colateral’ da repressão no Rio
A líder comunitária Mônica Francisco teme o que classifica como “efeito colateral” do trabalho de reação das forças do Estado no Rio de Janeiro. Ela acredita que a pressão de setores da sociedade e de organizações que querem uma resposta rápida do governo fluminense pode vitimar civis na disputa entre policiais e traficantes. Moradora do Borel, na zona norte da cidade, Mônica passou o dia sob apreensão, tentando contato com amigos das comunidades do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, nas quais estão concentradas as atividades de repressão aos incêndios na cidade desde domingo (21).
Escritor paquistanês prega aprofundamento de mudanças na mídia global
Os acontecimentos políticos mundiais que se sucederam desde a invasão do Iraque e do Afeganistão pelos Estados Unidos estão provocando uma mudança na mídia dominante global que deve ser aproveitada e aprofundada por aqueles que desejam a democratização da produção e do acesso à comunicação. Esse recado foi dado pelo escritor paquistanês – radicado na Inglaterra – Tariq Ali durante sua participação nesta quarta-feira (24) no curso “O Poder da Mídia no Século XXI”, promovido no Rio de Janeiro pelo Núcleo Piratininga de Comunicação.
Manifestações preconceituosas persistem, viram agressão física e preocupam
Agressões físicas a homossexuais, insultos verbais a nordestinos, ameaças a um senador negro: se, durante a campanha eleitoral, o Brasil deixou aflorar seu lado mais arcaico, novembro chega ao fim com a constatação de que as demonstrações mais retrógradas da sociedade não estão dispostas a deixar o mapa. Pior que isso, têm crescido.
Promotora vê falta de informação do Estado sobre Lei Maria da Penha como forma de violência contra a mulher
A falta de esclarecimento por parte do poder público a respeito das leis e direitos relacionados a casos de agressões domésticas é uma forma de violência contra a mulher, na visão da promotora pública Eliana Vendramini. Ela falou sobre o tema na manhã desta quinta feira (25), na capital paulista, em um ato em celebração ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. Em sua visão, o medo de reconhecer que esse problema existe é um dos entraves para combatê-lo.
Famílias sem teto desocupam prédio no centro de SP
Centenas de famílias sem teto tiveram de deixar um prédio na avenida Ipiranga, centro de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (25), cumprindo uma determinação da Justiça de reintegração de posse. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) chegou a interditar parte da avenida para a saída das famílias, e não houve incidentes.