Incêndio em comunidade de São Paulo pode ter deixado cerca de 800 desabrigados

Cinco carros do Corpo de Bombeiros de São Paulo estão na comunidade de Tiquatira, no bairro da Penha, zona leste da cidade de São Paulo, para auxiliar no suporte às famílias desabrigadas no incêndio que destruiu cerca de 200 moradias. O número exato de desabrigados ainda está sendo apurado pela Defesa Civil do município, pela Secretaria de Assistência Social e pela Secretaria de Habitação e pode chegar a 800 pessoas.

Os bombeiros foram acionados às 20h16 da noite de ontem (11) e levaram duas horas e meia para controlar o fogo. Foram mobilizados 90 homens e 28 veículos. De acordo com a corporação, não houve feridos.

O tráfego de veículos na região teve de ser alterado com a interdição do Viaduto Milton Tavares de Souza. A estrutura da construção pode ter sido abalada em razão do forte calor provocado pelo incêndio. De acordo com a Companhia de engenharia de Tráfego (CET), o local será vistoriado por técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.

Mais informaçõs acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=00A08811E7A353532639EEBEBE30356B?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_count=5&_56_groupId=19523&_56_articleId=997047

Governo de SP mais do que dobra gasto de publicidade

De janeiro a junho de 2010, o governo de São Paulo mais do que dobrou a média mensal dos gastos com publicidade em comparação aos três anos anteriores, informa reportagem de Catia Seabra, publicada nesta segunda-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, vitrine principal do PSDB nas eleições de outubro, o governo do Estado gastou em seis meses R$ 141,8 milhões com publicidade e comunicação institucional.

No período, a média mensal foi de R$ 23,6 milhões, ante R$ 9,2 milhões mensais apurados como média dos primeiros semestres de 2007, 2008 e 2009 –crescimento de 156,5%. Os dados são do próprio governo.

A lei diz que, em ano de eleição, os gastos com publicidade não podem superar a média dos três anos anteriores. Mas, apesar disso, o salto dessas despesas não pode ser considerado ilegal. Isso porque a mesma lei impede que os governos façam gastos com propaganda nos três meses que antecedem o pleito. Assim, no fim do ano, a média mensal obrigatoriamente cairá.

OUTRO LADO

Em nota, a Secretaria de Comunicação de São Paulo afirmou que o governo “respeita a Lei Eleitoral e, para o seu cumprimento, reduziu em 31% o orçamento de comunicação e publicidade no ano de 2010 em relação ao investido em 2009”.

Ainda segundo a Secom, o acórdão 2506 do TSE não deixa dúvidas de que, para a aplicação da lei, vale a média realizada nos três anos anteriores ao da eleição.

O governo alega ainda que a baixa execução de 2007 –quando a atual estrutura de comunicação ainda não estava montada– afetou a média dos últimos três anos.

Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/poder/765489-governo-de-sp-mais-do-que-dobra-gasto-de-publicidade.shtml

Deputado aprovam PEC do piso nacional para policiais

Pelo texto aprovado, fica criado um piso nacional para os policiais e bombeiros militares, a ser definido em lei federal. A proposta também estabelece a constituição de um fundo destinado a ajudar os estados a pagar os policiais, quando estes não tiverem condições de bancar os gastos com a categoria. Ouça esta e outras notícias na reportagem.

Para ouvir a entrevista acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/piso_policiais_senado.mp3

FMI estima que economia do Brasil vai crescer 7,1% neste ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua previsão de crescimento do Brasil neste ano. Pela versão mais recente do relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Mundial), divulgado hoje (8) , a economia brasileira deve crescer 7,1%, com aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao documento anterior, publicado em abril. As informações são da agência BBC Brasil.

A previsão é um pouco menor do que as projeções do mercado brasileiro. O último boletim Focus, do Banco Central, publicado segunda-feira (5), prevê avanço de 7,2%. Para 2011, a previsão do fundo é de avanço de 4,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com aumento de 0,1 ponto percentual em relação à projeção anterior.

No relatório de abril, o FMI previa crescimento de 5,5% para a economia brasileira em 2010 e alertava para o risco de superaquecimento em países como o Brasil. Na nova edição, o Brasil não é citado especificamente, mas a possibilidade de superaquecimento volta a ser mencionada, em um trecho sobre o risco de que medidas de ajuste fiscal nas economias avançadas acabem prejudicando a recuperação global.

“Esses riscos ao crescimento nas economias avançadas também complicam a gestão macroeconômica em algumas das principais economias emergentes de rápido crescimento da Ásia e da América Latina, que enfrentam alguns riscos de superaquecimento”, diz o texto.

No geral, a previsão do FMI para as economias emergentes e em desenvolvimento é de crescimento de 6,8% neste ano, com aumento de 0,5 ponto percentual em relação à projeção de abril. A previsão de crescimento para esses países em 2011 foi reduzida em 0,1 ponto percentual, passando para 6,4%.

O relatório diz, porém, que há grande variação no desempenho desses países, com as principais economias emergentes da Ásia e da América Latina liderando a recuperação. O FMI prevê aumento da inflação nos países emergentes e em desenvolvimento. A previsão é de 6,3% em 2010 e de 5% em 2011.

Ao mesmo tempo que alerta para o risco de ajustes fiscais muito drásticos em alguns países afetarem a recuperação global, o fundo diz que economias avançadas e emergentes que apresentam rápido crescimento podem começar a implementar políticas restritivas imediatamente.

Segundo o FMI, em alguns desses países é mais recomendável recorrer à política fiscal e não à monetária. “Em algumas dessas economias, talvez seja preferível utilizar a política fiscal em vez da política monetária para conter as pressões de demanda caso condições monetárias mais restritivas possam agravar as pressões derivadas da entrada de capital”, diz o relatório.

Em seguida,o documento informa que em contraste, nas economias com superávits externos excessivos e níveis de dívida relativamente baixos, a contração fiscal deveria dar lugar à restrição monetária e ao ajuste da taxa de câmbio, para facilitar o necessário reequilíbrio da demanda interna”.

Segundo o FMI, algumas das principais economias emergentes de rápido crescimento, “confrontadas com um aumento da inflação e das pressões sobre os preços dos ativos, adotaram acertadamente uma política monetária mais restritiva”.

“Mas ações de política monetária devem adaptar-se à evolução em ambas as direções. Especialmente, caso os riscos ao crescimento global se materializem, poderá ser necessária uma rápida mudança nessas políticas”, diz o relatório.

Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-4&p_p_col_pos=2&p_p_col_count=4&_56_groupId=19523&_56_articleId=994893

Nível de emprego na indústria teve leve alta em maio

O nível de emprego na indústria brasileira subiu pela quinta vez consecutiva. Em maio, a taxa foi de 0,3%. Em relação ao mesmo mês de 2009, a expansão do emprego no setor foi de 4,2%, a quarta taxa positiva consecutiva. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda na comparação com maio do ano passado, o número de contratações na indústria aumentou em todos os 14 locais pesquisados pelo IBGE, sendo que a abertura de postos de trabalho foi maior em São Paulo (3,3%), cujo parque industrial responde por cerca de 40% de todo o setor no país. Na indústria paulista, as atividades que mais contrataram pessoal foram de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,7%), têxtil (10,3%), meios de transporte (4,9%) e de alimentos e bebidas (3,1%).

A Região Nordeste veio logo depois, com o segundo maior número de contratações. Lá, as atividades que se destacaram foram calçados e couro (15,4%) e de alimentos e bebidas (7,0%).

Mesmo com essa trajetória de alta do nível de emprego na indústria, a folha de pagamento dos trabalhadores registrou recuo de 0,8% na passagem de abril para maio. Já em relação a maio de 2009, houve avanço de 3,7%, o quinto resultado positivo consecutivo. Segundo o IBGE, esse aumento de 3,7% na folha de pagamento da indústria atingiu 11 dos 14 locais pesquisados.

De acordo com nota divulgada pelo IBGE, o maior impacto positivo sobre a média global veio de São Paulo. Por outro lado, as maiores pressões negativas foram observadas no Rio de Janeiro e na Região Nordeste, devido à redução no valor da folha de pagamento da indústria extrativa e do setor de refino de petróleo e produção de álcool, ambos influenciados por uma base de comparação elevada por conta do pagamento de lucros e de resultados em maio de 2009.

Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=1AC4A80ED0CD77D23F6717326B48734F?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=995031

Sessenta indígenas foram assassinados em conflitos fundiários no ano passado

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulga na próxima sexta-feira (9), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas com dados de 2009. No ano passado, 60 índios foram assassinados, houve 16 tentativas de homicídio e 19 casos de suicídio, segundo o documento.

De acordo com o vice-presidente do Cimi, Roberto Antônio Liebgott, a “violência sistemática” contra os índios é causada pela disputa de terras e pelo que chamou de “omissão do Poder Público”. Em sua opinião, o Estado poderia ter resolvido o problemas se concluísse as demarcações das terras indígenas. Segundo o Cimi, há 24 terras indígenas já identificadas por grupos de trabalhos e mais 64 com portarias declaratórias do Ministério da Justiça em processo de demarcação, que antecede o decreto presidencial de homologação.

Liebgott disse que a maioria dos casos de assassinato dos índios ocorre em aldeias que se instalam entre as cercas das fazendas e a beira das estradas; como ocorre, por exemplo, com os Guarani Kaiowa e Guarani Ñandeva, em Dourados (MS), conforme constatado no local pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) em visita feita março em deste ano.

O relatório do Cimi informa que em Mato Grosso do Sul foram assassinados 33 indígenas, 54% dos casos. A antropóloga Lúcia Helena Rangel, que coordenou a pesquisa para a elaboração do relatório, questiona porque naquela região há problemas fundiários: “Quem falou que não cabe todo mundo lá?”, indagou. O estado também concentra os casos de suicídio indígena apontados no relatório

Mato Grosso do Sul é a segunda unidade da Federação com maior população indígena e é grande produtor de cana-de-açúcar, soja, milho e mandioca. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE (fevereiro de 2010), informa que a produção de cana no estado cresceu mais de 22% entre a safra de 2009 e 2010.

Além do MS, o relatório destaca a situação conflitiva entre fazendeiros e indígenas Tupinambá, no sul da Bahia. O Cimi afirma que em junho do ano passado a Polícia Federal agrediu e torturou cinco indígenas presos em uma operação de desintrusão nas dunas dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema.

Lúcia Helena acredita que episódios como esses demonstram que a sociedade brasileira e o Estado são “racistas” e que o preconceito contra os índios é “uma situação histórica que não se alterou. A dificuldade de aceitarmos os direitos dos indígenas e de outros segmentos da população é da nossa formação social”, analisou. Para ela, o relatório do Cimi mostra mais um “instante” de um processo conflitivo existente há anos. “O Cimi faz o relatório desde 1993, mas poderia fazer desde 1500 [descobrimento do Brasil] que encontraria esse quadro.

Na opinião da antropóloga, o preconceito da sociedade em relação aos índios explica a demora na demarcação de terras e a falta de proteção aos indígenas e mostra porque esses direitos não são respeitados, embora estejam previstos. “A lei não faz a cabeça de ninguém. A sociedade brasileira produziu uma ideologia anti-indígena”, destacou. “Formamos uma sociedade que constituiu sobre outra. Por isso consideramos as manifestações culturais dos índios como menores”, acrescentou.

O relatório do Cimi é elaborado com base nas notícias publicadas em jornal e na internet, especialmente em meios locais, e contabiliza apenas os registros confirmados pela equipe de pesquisadores.

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