Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra

A CUT é uma das 54 organizações que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo. Nos dias 01 a 07 de setembro as organizações do Fórum realizarão junto à sociedade um Plebiscito Popular para decidir se o Brasil deve incorporar na sua Constituição um novo inciso no artigo 186 (que trata da função social da terra) para limitar o tamanho máximo da propriedade em 35 módulos fiscais.

O Plebiscito é parte da Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra. As organizações do Fórum compreendem que limitar a propriedade da terra é uma medida que assegura a justiça social e ambiental no país e, portanto, abrem este debate à sociedade brasileira para que ela opine e participe.

Segundo os dados do Censo do IBGE (2006), os 5.175 milhões de estabelecimentos existentes no Brasil com uma área total de 329,9 milhões de hectares, acham-se assim distribuídos: 1%, correspondente a 46.991 mil estabelecimentos com mais de 1000 hectares, detém 146,5 milhões de hectares, ou 44% da área total, enquanto os 99% restantes, perfazendo 5,128 milhões de estabelecimentos, ocupam apenas 183,3 milhões de hectares, ou 66 % de toda essa área. 

Os grandes proprietários de terras atentam contra o meio ambiente, reduzem drasticamente as já precárias condições de vida das comunidades tradicionais, não cumprem a função social da terra, além de comprometer qualquer desenvolvimento em bases sustentáveis.

Gastos de brasileiros no exterior no primeiro semestre são recorde para o período

Os gastos de brasileiros em viagem ao exterior somaram US$ 7,050 bilhões no primeiro semestre deste ano, o maior valor para o período desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 1947. As despesas registradas em junho, de US$ 1,325 bilhão, também são recorde para o período.

No primeiro semestre de 2009, os brasileiros gastaram US$ 4,454 bilhões no exterior e em junho, US$ 987 milhões.

Nos dados preliminares deste mês, até hoje (26), os gastos dos brasileiros – US$ 1,135 bilhão – já superaram as despesas registradas em todos os dias de julho do ano passado (US$ 1,045 bilhão).

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, lembrou que em 2009 a crise financeira internacional afetou a renda, o que reduziu as viagens ao exterior. Ele destacou que, neste ano, “emprego e renda são variáveis chave para viagens internacionais”. “Há uma maior difusão da cultura da viagem ao exterior. Temos segmentos da população que antes não viajavam ao exterior”, acrescentou Lopes.

Segundo os dados do BC, os estrangeiros também estão gastando mais no Brasil, apesar de o ritmo de crescimento ser menor do que as despesas de brasileiros no exterior. De janeiro a junho deste ano, as receitas deixadas por estrangeiros no país ficaram em US$ 2,940 bilhões, contra os US$ 2,567 bilhões registrados no mesmo período de 2009. Em junho, essas receitas ficaram em US$ 416 milhões, contra os US$ 403 milhões observados em igual mês de 2009.

Neste mês, até hoje (26), as receitas deixadas no Brasil por estrangeiros chegam a US$ 320 milhões. Em todo o mês de julho de 2009, essas receitas ficaram em US$ 445 milhões.

Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=4983CA98CD36AF1448A00B54EA08B6CE?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=1006572

Organizações Sociais na TV Cultura?

Sinônimo de programação de qualidade e premiada em festivais internacionais, a TV Cultura de São Paulo passa por um processo mascarado de privatização iniciado na administração do ex-governador Geraldo Alckmin, mantido e aprofundado na gestão do atual candidato à presidência, José Serra.

Conforme denuncia o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo em nota de desagravo público (clique aqui para ler), o governo tucano pretende “alterar” a função e o papel social da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da rádio e TV Cultura.

Segundo o presidente do sindicato, José Augusto de Camargo, o Guto, o mais recente exemplo da mutação da TV educativa para uma emissora com caráter comercial está na nomeação do economista João Sayad, ex-secretário de Estado da Cultura de São Paulo, e indicado por Serra para a presidência da Fundação José Anchieta

“No momento em que o Brasil busca construir uma rede pública de comunicação de qualidade, o governo de São Paulo acena com a nomeação de alguém sem qualquer vínculo com a área, cuja missão parece ser dar uma nova cara administrativa à Fundação. Há algum tempo já observamos que a marca de qualidade da programação vem sendo desconstruída, especialmente no jornalismo”, afirma Guto.

Pergunta que eu demito – Guto cita casos recentes para ilustrar essa desconstrução. “O Roda Viva, que era uma referência nacional no debate político em rede nacional, sofreu um grave ataque com a demissão mal explicada do Heródoto Barbeiro. Também não entendemos o afastamento do Gabriel Priolli (ex-diretor de jornalismo da Cultura) e o fato do jornalista Paulo Markun (ex-presidente da Fundação Padre Anchieta) não ter tido apoio do governo para continuar a gestão”, acrescenta.

Barbeiro era o apresentador do Roda Viva e foi afastado após perguntar para Serra durante o programa Roda Viva se levaria para todo o Brasil “pedágios tão caros como são cobrados no Estado de São Paulo”. Priolli também perdeu o cargo depois de planejar uma matéria sobre o mesmo tema. Já Markun parece ter sido vítima da necessidade de aprofundar a mudança de direção da emissora.

OSs na linha de frente – Segundo o dirigente, há a intenção de passar a gestão da fundação para Organizações Sociais (OSs), entidades não governamentais ligadas a grandes grupos comerciais que recebem do Estado para administrar equipamentos públicos e fazer o papel que caberia a quem foi eleito.

No caso da saúde, onde estão muito presentes em hospitais e laboratórios, um dos problemas da atuação das OSs é a definição de quantos e quais atendimentos irão ocorrer. Caso aconteça um surto ou uma epidemia como a gripe H1N1, por exemplo, o Estado precisa fazer um novo contrato com mais recursos para cobrir o que não estava previsto no acordo inicial. Além disso, por serem empresas privadas não estão sujeitas ao controle social por meio de um conselho gestor e, principalmente, não tem como princípio fundamental suprir as necessidades da população.

Cheiro de privatização – Ainda na nota, o Sindicato dos Jornalistas aponta demissões e o clima de “coação, pressão, assédio moral e incerteza” que ronda o processo de mudança.  Trata também de irregularidades como a existência de jornalistas que mantém vínculo empregatício, mas trabalham como PJs (pessoas jurídicos), emitindo notas fiscais, algo que é considerado fraude pela legislação trabalhista.

A nota afirma ainda que a entidade adotará “medidas necessárias para garantir os direitos trabalhistas e o ambiente de trabalho saudável, inclusive junto a SRT (Superintendência Regional do Trabalho)” e que questionará a dispensa dos profissionais no período eleitoral.

Vale lembrar – Desde 1995, o governo do PSDB em São Paulo vendeu, entre outras empresas, a CPFL, a Eletropaulo e a Comgás. Para a administração federal passaram Fepasa, Ceagesp e Banespa.

Os tucanos venderam ainda as rodovias como Anhanguera, Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta, Raposo Tavares e Castelo Branco.

Como resultado da concessão, que leva em conta o valor a ser pago pela concessionária e não o valor da tarifa a ser cobrada do usuário – como ocorre na esfera federal – São Paulo possui os pedágios mais caros do mundo.

Mais informações acesse: http://www.cut.org.br/content/view/21447/

Apesar da liminar contra o fechamento de unidade de saúde, comunidade promete ato nesta 3ª

A comunidade atendida pelo Núcleo de Gestão Ambulatorial (NGA) Belém, ameaçado de ser fechado pela Secretaria estadual de Saúde, promete uma manifestação popular em favor da manutenção da unidade. O ato ocorre apesar de o Ministério Público Estadual ter conseguido na quarta-feira (21) uma liminar no Tribunal de Justiça que barra temporariamente o fechamento. O protesto está marcado para esta terça-feira (27), às 9h.

Administrada pelo governo do estado, o centro de saúde atende dez especialidades e funciona há mais de 30 anos no mesmo endereço. Moradores do bairro, pacientes de vários pontos da cidade, representantes dos sindicatos dos servidores municipais e funcionários do NGA estarão participando de ato público em frente do local.

Uma das propostas para evitar o fechamento, apresentada pela vereadora Juliana Cardoso, integrante da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, é a municipalização dos serviços desta importante unidade.

No dia 14, a Rede Brasil Atual noticiou a intenção do governo estadual e a mobilização de sindicatos e funcionários. A desativação do centro de especialidades foi anunciada no dia 28 de maio, dois dias depois que o governador Alberto Goldman (PSDB), em entrevista no rádio, comunicou investimento de R$ 13 bilhões na Saúde, em 2010. Inicialmente, o fechamento estava agendado para 17 de junho, mas o Ministério Público foi acionado pelos sindicatos dos 100 trabalhadores do posto (Sindsaúde e Sinsprev). O prazo acabou então adiado para 2 de agosto.

Segundo a Secretaria de Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, a decisão de desativar o NGA busca reduzir gastos considerados “desnecessários”, em função do aluguel o prédio. Outras dois Ambulatórios Médico de Especialidades (AMEs) na região absorveriam a demanda. Os usuários alegam que o NGA atende principalmente os idosos da comunidade, além de acumular 45 mil protuários.

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/apesar-da-liminar-contra-o-fechamento-comunidade-fara-ato-nesta-3a-27-3

Hemocentros têm queda no volume de doações em julho

Bancos de sangue de diversas partes do Brasil sofrem com baixos estoques e promovem campanhas de doação. No inverno e especialmente no mês de julho, é comum que as reservas fiquem abaixo das metas mensais, o que é motivo de preocupação para autoridades de saúde. Neste ano, o volume de doações foi prejudicado ainda por conta da Copa do Mundo.

Os estados mais afetados são Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. Apesar das expectativas de redução, em alguns lugares do país a situação atingiu níveis emergenciais, como o Mato Grosso do Sul, onde os estoques estão 75% abaixo do ideal. Rio Grande do Sul e Bahia têm seus hemocentros em alerta.

Em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue do hemocentro de São Paulo projeta uma queda de quase 10% em relação ao seu nível ideal de doações neste mês. A meta a cada 30 dias é de 12 mil bolsas de sangue coletadas. O hemocentro, o maior da América Latina, já chegou a registrar 30% de queda no mesmo período em anos anteriores.

No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, há reduções de 30% e 50% respectivamente. Em Goiás e no Mato Grosso, as instituições já começam a se movimentar para evitar um decréscimo maior.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca), cuja sede fica no Rio de Janeiro, registra redução de 50% em seus estoques de sangue. A instituição, que faz cerca de 700 cirurgias por mês, precisa de uma média de 70 doações por dia para manter-se dentro de sua demanda. Por isso, iniciou uma campanha solicitando que as doações sejam intensificadas.

Doação

Para doar sangue, as condições são:
– Estar em boas condições de saúde.
– Ter entre 18 e 65 anos.
– Pesar no mínimo 50kg.
– Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação).
(É necessário apresentar documento oficial com foto)

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/saude/hemocentros-tem-queda-no-volume-de-doacoes-em-julho

Movimento Sindical apresenta propostas para o Brasil

O Movimento Sindical vive um momento muito importante. A luta dos trabalhadores tem rendido muitos frutos e, por isso, temos acumulados ganhos salariais e sociais nos últimos anos. Não é coincidência que as vitórias venham junto com o Governo Lula. Um ex-sindicalista presidente da República faz muita diferença.

Sabendo dessa diferença, o Movimento Sindical organizou a Conferência da Classe Trabalhadora, que tem uma pauta ampliada em favor dos trabalhadores. Queremos mais direitos e melhores condições de trabalho. Temos propostas para o Brasil. Queremos uma agenda que valorize o trabalho e se contraponha à exploração dos trabalhadores.
 
Como proposta da Conferência, foi assinada uma pauta, por todas as centrais sindicais, que é ponto de partida para discutir com qualquer candidato à Presidência da República. Estavam presentes mais de 22 mil companheiros. Dilma, Serra, Marina, Plínio e outros pré-candidatos terão que ouvir e entender que o diálogo instaurado pelo Governo Lula foi primordial para o crescimento do país.
 
Lutamos muito! São anos de organização. Mesmo antes da revolução do movimento sindical do ABC, no fim dos anos 70, liderada pelo companheiro Lula e irradiada por todo o Brasil, mostramos disposição para juntar os companheiros e construir um movimento operário tijolo por tijolo. O resultado é a representatividade e o reconhecimento de toda a sociedade.
 
Nos anos 90, o Brasil teve um grande retrocesso. Além de inúmeras crises, o Governo FHC não conseguiu responder às expectativas dos trabalhadores. Desemprego, perda do poder aquisitivo, baixos salários, desvalorização do salário mínimo e precarização do trabalho foi a herança que o Lula recebeu ao iniciar seu Governo.
 
A partir de 2003, o Governo Lula avançou muito e tivemos uma recuperação do salário mínimo, os salários melhoraram, o número de trabalhadores com carteiras assinadas batem recordes, o desemprego caiu muito, enfim, os trabalhadores tiveram ganhos como nunca antes. É essa a agenda que o Movimento Sindical defende. A permanência dos avanços conquistados no Governo Lula, sem qualquer retrocesso aos anos 90.
 
 O fato de se discutir com o atual Governo e disputar espaço entre os demais agentes sociais mostra a competência adquirida pelo Movimento Sindical nos últimos anos. Nem sempre somos favoráveis ao que a agenda política impõe ao presidente da República, por isso, sempre damos nosso recado dizendo qual caminho seguir em defesa da Classe Trabalhadora.
 

Crescimento econômico eleva em 9,9% o consumo de energia elétrica no primeiro semestre

O consumo de energia no país cresceu quase 10% no primeiro semestre do ano, impulsionado pelo bom desempenho de todos os segmentos de mercado: residencial, industrial, comercial e outros. A indústria foi o destaque na expansão do consumo. Os dados constam do relatório divulgado hoje (22) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Somente em junho, os brasileiros consumiram 34,5 mil gigawatts-hora (Gw/h), um crescimento de 11,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. O relatório da EPE mostra que o consumo industrial teve alta de 13,8% no acumulado de janeiro a junho, devido ao aumento do consumo na Bahia, no Pará e em Mato Grosso do Sul. Em relação a junho de 2009, o consumo industrial subiu 15,1%, mantendo o patamar dos últimos meses e também do período anterios à crise financeira internacional. O destaque do setor ficou por conta da Região Sudeste. As taxas mais expressivas de crescimento foram registradas no Espírito Santo (53%) e em Minas Gerais (20%), beneficiados pela melhora dos setores extrativo e metalúrgico, que formam a base econômica dos dois estados.

“Da mesma forma que esses estados foram os que mais reduziram o consumo no momento da crise, são os que têm apresentado recuperação mais intensa, puxando o resultado regional”, diz o relatório da EPE.

Segundo o estudo, o consumo residencial seguiu em forte expansão em junho, com crescimento de 9,5% sobre o mesmo mês de 2009. O número de novas ligações em um ano chegou a 2 milhões de consumidores, média de 166 mil por mês. O consumo médio individual cresceu 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram as regiões Norte e Nordeste.

“No semestre, a expansão dessas regiões foi igualmente robusta e acima da média nacional, refletindo não apenas questões relativas à temperatura e à sensação térmica, mas também, o sucesso de programas sociais como o Programa Luz para Todos – que aumentou o número de consumidores – e a abrangência do Bolsa Família”, salientou o documento.

O consumo comercial também apresentou uma trajetória ascendente, mesmo no período mais agudo da crise financeira internacional, em 2009, e ao longo de 2010. A alta em relação a junho do ano passado foi de 7,8%. Segundo o relatório, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais cresceram, com 15,4% e 13,8%, respectivamente.

“O aquecimento do comércio nestas regiões é fruto do aumento dos níveis de renda da população e vem se traduzindo em ampliação e construção de shoppings e instalação de grandes lojas da rede varejista”, explicou o relatório da EPE.

Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-4&p_p_col_pos=3&p_p_col_count=5&_56_groupId=19523&_56_articleId=1004870

Prazo para pagamento da taxa de inscrição no Enem termina hoje

Os candidatos que participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano têm até hoje (23) para pagar a taxa de inscrição. Inicialmente, o prazo terminaria na terça-feira (20), mas o Ministério da Educação (MEC) decidiu prorrogá-lo por mais três dias.

Estudantes da rede pública que terminam o ensino médio em 2010 estão automaticamente isentos. Os alunos de baixa renda que se declararam impossibilitados de pagar a taxa podem conferir se o pedido de isenção foi aceito no sistema de acompanhamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no endereço eletrônico http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao/.

O boleto com a nova data de vencimento pode ser obtido nesse site, e, para isso, o candidato precisa informar o CPF e a senha. O pagamento de R$ 35 pode ser feito em qualquer agência do Banco do Brasil.

As provas serão aplicadas nos dias 6 e 7 de novembro. No primeiro dia, as questões serão sobre ciências da natureza e humanas. No segundo, os estudantes responderão sobre matemática, linguagens e códigos e redação. Este ano, os candidatos também farão uma prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol).

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Procuradoria Regional pede impugnação de 15 candidatos em São Paulo

Três candidatos ao cargo de deputado federal e mais 12 que pretendem concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo podem ser impedidos de disputar o pleito deste ano. Eles fazem parte da primeira lista de políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, divulgada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP). O casos ainda serão analisados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A procuradoria analisa ainda mais de três mil nomes de concorrentes. Os candidatos têm uma semana para recorrer da lista da PRE-SP, publicada ontem (20). O TRE deverá se manifestar até o dia 5 de agosto.

Dos 15 nomes apontados, cinco são do PMDB, quatro do PV, quatro do PDT e dois do PTB. Os nomes divulgados José Benedicto de Oliveira (PMDB), Jovino Cândido da Silva (PV) e Eduardo Santos Palhares (PV), para as vagas na Câmara Federal.

O nome dos candidatos a deputado estadual Uebe Rezeck (PMDB), Fabio Bello de Oliveira ( PMDB), Manoel Soares da Costa Filho ( PMDB), Vanessa Doratioto Damo (PMDB), Helio de Almeida Bastos ( PDT), Hermenegildo Gildão de Oliveira ( PDT), Leonice Alves da Paz ( PDT), José Roberto Tricoli ( PV), Maria das Neves Duarte ( PTB), Joaquim Horácio Pedroso Neto ( PDT), Aparecido Espanha ( PTB), Carlos Alberto Rosa ( PV) também contam na lista da PRE-SP.

A Lei da Ficha Limpa, sancionada no dia 4 de junho, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, surgiu a partir de uma proposta popular coordenada pelo Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) com o objetivo de moralizar a composição parlamentar no país. A norma impede a candidatura de pessoas condenas por órgão colegiado.

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/procuradoria-regional-pede-impugnacao-de-15-candidatos-em-sao-paulo

Cooperativa processa 180 toneladas de material reciclável por mês em SP

Administrada por uma cooperativa, a coleta seletiva de Assis,  a 450 quilômetros da capital paulista, chega a 85% do território urbano. A expectativa é alcançar toda a cidade até abril de 2011.

Com 90 mil habitantes, o município é considerado referência nacional no setor por ter feito a opção de buscar um meio de inclusão social e geração de trabalho e renda por meio do processamento de resíduos sólidos.

A atuação dos cooperados foi viabilizada a partir de um convênio com a prefeitura de Assis. A expansão da coleta seletiva domiciliar para 85% da cidade foi concluída somente nesta semana. Mensalmente, são triadas 240 toneladas de materiais coletados por integrantes da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (Coocassis). Desse montante, 180 passam por algum tipo de processamento, enquanto o restante é vendido in natura – como o papelão, por exemplo.

Para o presidente da Coocassis, Claudineis de Oliveira, quando a coleta dos materiais recicláveis é realizada junto ao lixo comum há grandes perdas. Ele explica que isso ocorre pelo contato entre o material reciclável com resíduos orgânicas e rejeitos que contaminam os produtos, tornando-os inadequados para a comercialização. É o que ocorre na capital, por exemplo, onde a coleta seletiva não tem grande abrangência.

Em Assis, pelo menos 13% do material é encontrado em meio ao lixo comum, nos locais em que a coleta seletiva ainda não foi implantada. Nas demais regiões, onde há a atuação dos cooperados junto aos domicílios, a mistura com o lixo orgânico cai para 1%, reduzindo, dessa forma, o índice de desperdício.

O material coletado em maior quantidade é o papelão, seguido do plástico. Este, porém, promove retorno financeiro maior. Enquanto o primeiro é vendido por R$ 0,28, o segundo pode ser comercializado a R$ 0,80 por quilo.

Mesmo com os avanços já obtidos, algumas adequações ainda estão sendo realizadas pela cooperativa para o acompanhamento sistematizado da coleta dos materiais, bem como a aquisição de mais equipamentos e caminhões para o transporte dos materiais coletados e também processados. A construção de um centro de processamento com abrangência regional está em fase de conclusão. A expectativa é que isso resulte em maior acúmulo de materiais para a venda e processamento do plástico e outros materiais, agregando mais valor aos produtos.

Benefícios ao município

A cooperativa foi formada em 2001, a partir da união entre a Cáritas, organização ligada à Igreja Católica, e o Núcleo de Incubadora de Cooperativas, projeto de extensão da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O Núcleo é responsável pelo suporte, capacitação e orientação dos membros do empreendimento.

A implantação da Coocassis, que visa especificamente à atuação dos seus integrantes na coleta dos materiais recicláveis, alterou o cenário de problemas ambientais que a cidade registrava. Até 2003, por exemplo, todo lixo produzido pela população da cidade era jogado diretamente no aterro sanitário municipal.

Naquele ano, a cooperativa se estabeleceu formalmente e propôs uma parceria com o município para a atuação junto ao Parque de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Sólidos. Inicialmente, a separação do material era realizada somente na esteira de seleção, em meio ao lixo orgânico, já que ainda não havia coleta seletiva domiciliar, o que seria implantado somente em 2005.

Da mesma forma, benefícios sociais foram alcançados, como a garantia de trabalho e renda para 140 cooperados, que atualmente compõem a cooperativa. No programa de coleta seletiva, a cidade é dividida em cinco setores, com a visita domiciliar sendo realizada uma vez por semana em cada região.

A coordenadora da esteira de triagem de materiais recicláveis, Noemia Virgínia Vitor, se emociona ao dizer que a partir do trabalho que realiza na cooperativa, conseguiu comprar a sua casa, onde mora com três filhas, três genros e sete netos. “Depois que entrei na cooperativa mudou tudo. Antes eu vendia saco de lixo pelas ruas. Às vezes conseguia só R$ 2 em um dia. Com a cooperativa mudou a forma como nós atuamos e a maneira como as pessoas nos vêem, entre vários outros benefícios.”

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/cooperativa-processa-180-toneladas-de-material-reciclavel-por-mes-em-sp