Em SP, concessionárias tem lucro com pedágios maior que bancos

Segundo um levantamento realizado pela Austin Rating em 2009 para o Monitor Mercantil, a rentabilidade média das 15 empresas analisadas foi superior ao do setor financeiro, com 30% de rentabilidade do patrimônio líquido das concessionárias ante os 20,3% conquistados pelos bancos. Além disso, o lucro de algumas companhias ultrapassa a margem os 80%. Um exemplo é sistema Anhanguera-Bandeirantes, regido pela concessionária AutoBan e pertencente ao grupo CCR, com índice de rentabilidade avaliada em 80,5%. A Centrovias Sistemas Rodoviários, por sua vez, responsável, entre outras, pela Washington Luís, demonstra um retorno de 47,2%. Apesar disso, a empresa que apresentou maior lucratividade no país encontra-se no Rio Grande do Sul, a Concessionária do Planalto (Coviplan), com um índice de 82,9%.

“As concessões estaduais vieram todas na mesma época. Num mesmo pacote e na mesma oportunidade, vieram as concessões do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, é o mesmo modelo. É um modelo até mesmo antipatriótico, com as rodovias construídas com o dinheiro público, fruto de impostos, e que foram entregues à iniciativa privada, com licitações mal explicadas e de certa forma até meio sigilosas”, explica Acir Mezzadri, do Fórum Social Popular contra o Pedágio.
 
Modelos de concessão – Em meio à disputa política evidenciada nos últimos meses entre os candidatos à Presidência da República, um embate muito forte encontra-se justamente no âmbito dos modelos de concessão de rodovias no país. De um lado, as regras implantadas por governos estaduais, sobretudo do PSDB. De outro, modelo adotado pelo governo federal, do PT.
 
As diferenças entre ambos podem ser verificadas principalmente nas tarifas que são cobradas. Numa viagem de São Paulo a Belo Horizonte, realizada pela rodovia federal Fernão Dias, são gastos R$ 8,80 entre oito pedágios de R$1,10 cada, num trecho de 594 km. Já de Sorocaba até Campinas, pela estadual SP 75, rodando somente 20 km, são cobrados R$ 9,15.
 
Segundo José Santos, coordenador do Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos do Estado de São Paulo, caso não tivesse a cobrança da outorga no modelo de concessão estadual, o valor deste mesmo pedágio da SP 75 teria que ser de 40 centavos.
 
“Avaliamos que a cobrança da outorga é indevida, porque o pedágio foge da área tributária. É relação de consumo, é tarifa, e não taxa. Ou seja, a natureza jurídica dos pedágios é a mesma da tarifa de água, de telefone, na qual o usuário deve pagar – mesmo sendo um serviço público prestado por terceiros – por aquilo que ele consome. Feito todo o planejamento financeiro, a empresa retira o gasto com investimento e seu lucro, e o resto é serviço público prestado”, avalia.
 
Neste caso, por exemplo, se houvesse o cumprimento da tarifa quilométrica – taxa que fixa o valor por quilômetro rodado – e mesmo continuando com o sistema de outorga, a cobrança na SP 75 teria que ser de R$ 2,90. “Dentro de uma relação de consumo teríamos que pagar pelo trecho percorrido e não pelo disponível. Esse mesmo problema encontramos em todo o estado”, relata Matos.
 
Para ir de São Paulo à Curitiba pela BR116 – Régis Bittencourt –, há um gasto de R$ 9,00 entre os seis pedágios que há no caminho, durante os 404 km de viagem. No entanto, de São Paulo à Araraquara, aonde serão percorridos 276 km, o custo é de R$ 29,80 ao longo das cinco praças.
 
“São entraves para o desenvolvimento do interior do Estado, oneram os produtos que circulam por São Paulo. Ou seja, não é só quem utiliza a rodovia que paga pelos pedágios. Nenhuma empresa retira o pedágio do custo do produto, muito pelo contrário. Os fretes hoje em dia para muitos produtos que estão dentro do estado de São Paulo acabam saindo mais caro do que o valor do produto”, afirma o jornalista Keffin Gracher, criador do site Pedagiômetro, instrumento virtual que calcula em tempo real o total arrecadado pelas concessionárias de São Paulo em 2010, cujo valor encontra-se na ordem dos R$ 3,4 bilhões até o momento.
 
Justificativa – Desde o começo do processo de concessão do sistema rodoviário de São Paulo, há 12 anos, o número de praças de pedágios no estado cresceu cerca de 400%, concluindo o ano de 2010 com todas as praças de cobrança sob concessão da iniciativa privada, com contratos de 20 a 30 anos.
 
Todavia, a grande justificativa utilizada pelo governo do estado é a qualidade das rodovias sob concessão. Segundo a Confederação Nacional do Transporte, das 16 rodovias do país avaliadas como ótimas, 15 estão em São Paulo.
 
“Discutir que as rodovias do estado são melhores por conta do pedágio é uma falácia. Na década de 20, as rodovias de São Paulo já eram as melhores do Brasil nos parâmetros e nas condições da época. E, hoje, elas continuam sendo as melhores porque sempre foram as melhores”, observa Gracher.
 
Paralelamente ao discurso da qualidades, o debate também se centra em dois outros pontos: um outro modelo de concessão no estado um pouco diferente do que vinha ocorrendo, efetuado na rodovia Ayrton Senna e uma suposta falta de qualidade nas rodovias que foram concedidas pelo modelo federal.
 
Porém, como aponta Gracher, no caso da Ayrton Senna, a rodovia “já estava pronta, os investimentos já estavam feitos, as cabines de pedágio já existiam. Já tinha todo um aparato estruturado. No entanto, fizeram a concessão. É uma concessão que foi menos prejudicial à população do que as outras, mas, mesmo assim, é um modelo que, apesar de dizerem que reduziu o valor da tarifa, não reduziu. Apenas ampliaram o número das praças de pedágios e, com isso, continuam mantendo o lucro alto das empresas. Quem faz todo o percurso paga o mesmo preço que já pagava [quando ainda estava sob responsabilidade do estado]”, compara.
 
No caso das rodovias federais postas sob concessão, Gracher explica que, tanto a Régis Bittencourt quanto a Fernão Dias, são rodovias que historicamente apresentam problemas estruturais, diferentemente no caso do estado de São Paulo, onde a maioria das estradas já estava pronta e em ótimo estado quando foi concedida.
“Colocou-se para leilão duas rodovias que tinham problemas estruturais históricos. A Régis foi considerada a rodovia da morte a vida inteira, não só agora. Há trechos nos quais a ampliação provocaria um impacto ambiental grande, uma série de problemas. Colocou-se um pepino enorme que estava na mão do governo na mão da iniciativa privada, implementando um pedágio muito opina.
 
Os dois modelos – As concessões estaduais, no caso de São Paulo, foram iniciadas no governo de Mário Covas (PSDB), em 1998, em meio às diversas privatizações que vinham ocorrendo no país durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso. Já modelo federal foi efetivado em 2007 pelo governo Lula. As concessões de rodovias fundamentam-se em três pontos chaves que, realizados distintamente, proporcionam diferenças entre eles: o tipo de leilão, a taxa interna de retorno e o índice de reajuste.
 
O sistema de concessão de São Paulo parte da chamada concessão onerosa, no qual o Estado cobra das empresas o direito de explorar determinado sistema rodoviário, fazendo com que esse valor da outorga seja embutido nas tarifas. Ao contrário, os leilões para as estradas federais permitem que as rodovias sejam exploradas pela empresa que oferece a menor tarifa de pedágio para os usuários.
 
Já a taxa interna de retorno – ou o lucro das empresas – está na ordem dos 20% nos modelos estaduais e em 8,5% no federal. Por fim, a concessão estadual permite a busca de equilíbrio econômico financeiro apenas em caso de prejuízo das concessionárias. Na eventualidade das empresas obterem rentabilidades extraordinárias, os usuários não são compensados. No modelo federal, ocorre a compensação aos usuários em caso de lucros não previstos.
 
Mais informações acesse: http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/em-sp-concessionarias-lucram-com-pedagios-mais-que-bancos

Peso dos impostos diminui para 33,58% do PIB em 2009, mostra Receita

O peso dos impostos no bolso do cidadão caiu, em 2009, para 33,58% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas e bens produzidos no país. Em 2008 – quando o Brasil começou a sentir mais fortemente os efeitos da crise apenas no último trimestre – a carga tributária alcançou 34,41% do PIB. Segundo informações divulgadas hoje (2) pela Receita Federal, em 2009, o volume arrecadado com impostos, contribuições e taxas chegou a R$ 1,055 trilhão, contra R$ 1,033 trilhão de 2008.

Na mesma comparação, os tributos que tiveram as maiores variações positivas, em relação ao PIB, foram a contribuição para a Previdência Social (regime que atende os trabalhadores da inciativa privada), com aumento de 0,35 ponto percentual; a contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com alta de 0,12 ponto percentual; e a Contribuição para a Seguridade Social do Servidor Público, que teve elevação de 0,05 ponto percentual.
 
Por outro lado, devido à crise, a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) refletiu na arrecadação negativamente em 0,28 ponto percentual. Nesse item, o destaque foram as importações, que obtiveram variação negativa de 0,16 ponto percentual após a compra de importados pelo país ter diminuído 36,2% no ano passado.
 
No caso do Importo de Renda, a queda em 2009 foi de 0,32 ponto percentual, ainda sob os efeitos da crise. No Imposto de Renda retido na fonte, o recuo foi de 0,15 ponto percentual. O Imposto de Renda Pessoa Jurídica caiu 0,14 ponto percentual e o Imposto de Renda Pessoa Física, 0,03 ponto percentual.
 
Com a retração da atividade industrial, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sofreu redução de 0,34 ponto percentual. De acordo com a Receita Federal, influenciaram esse item os incentivos para enfrentar a crise concedidos pelo governo, como a redução de impostos para os carros, produtos da linha branca (como geladeiras e fogões) e da construção civil.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=59DF0F77E27FC7DA42FD8D5D0FFFFA3D?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=2&_56_groupId=19523&_56_articleId=1034144

Agrotóxicos contaminam moradores em Mato Grosso

Pesquisa feita em dois dos principais municípios produtores de grãos de Mato Grosso encontrou resíduos de defensivos agrícolas no sangue e na urina de moradores, em poços artesianos e amostras de água da chuva coletadas em escolas públicas.

O trabalho, uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), mediu efeitos do uso de agrotóxicos em Campo Verde e Lucas do Rio Verde (médio-norte de Mato Grosso).
 
O monitoramento da água de poços revelou que 32% deles continham resíduos de agrotóxicos, também achados em mais de 40% das amostras de chuvas. Já 11% das amostras de ar tinham resíduos de tóxicos como o endossulfam -que teve seu banimento recomendado por seu potencial cancerígeno.
 
A pesquisa agora analisa a correlação entre esses dados e registros de intoxicações, câncer, má-formação fetal e distúrbios neuropsicológicos nos municípios. “Sabemos que a incidência desses problemas é maior onde há o uso intensivo desses produtos”, diz o médico Wanderley Pignati, da UFMT.
 
Segundo o estudo, Mato Grosso despejou na última safra cerca de 105 milhões de litros de agrotóxicos -11% do total do Brasil. No período, as cidades pesquisadas colheram 2,5 milhões de toneladas de soja e milho -8% do estimado para o Estado.
 
Para Pignati, os dados evidenciam “falta de cuidado”. “Fala-se sobre o uso seguro do agrotóxico apenas em relação ao trabalhador que o aplica. E para o ambiente?”
 
Mais informações acesse: http://www.mst.org.br/node/10516

Empresas nacionais e estrangeiras concentram em ritmo violento a propriedade rural no Brasil

O Incra acaba de revelar que, entre 1998 e 2008, o número de imóveis rurais de propriedade de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, passou de 67 mil para 131 mil, de acordo com reportagem do Valor Econômico.

Nesse período, o total de terras controlado por empresas passou de 80 milhões para 177 milhões de hectares.
Esse volume de terras é espantoso se lembrarmos que o Brasil cultiva apenas 65 milhões de hectares em lavouras.
Ainda mais porque o resto de nosso território é utilizado em pastagens, reserva patrimonial e especulação, além das terras públicas.
 
Agora esperamos que os pesquisadores, a universidade e o próprio Incra ajudem explicar o seguinte:
>>> Por que empresas precisam de tanta terra?
>>> Quem são essas empresas? Para que usam?
>>> São apenas testa de ferro do capital estrangeiro ou aplicam em terras para especulação?
 
Os dados apresentados na discussão sobre o limite para compra de terras por estrangeiros demonstra que está em curso uma contra Reforma Agrária no Brasil, praticada pelo capital, que concentra cada vez mais as nossas terras.
 
Mais informações acesse: http://www.mst.org.br/Empresas-nacionais-e-estrangeiras-concentram-em-ritmo-violento-propriedade-rural-no-Brasil%20

Superação de equipe leva escola de Suzano à lista de melhores de SP

Jussara: da lista das piores para as melhores escolas Em 2008, a Escola Estadual Professora Jussara Feitosa Domschke, sediada em Suzano, município a 34 quilômetros da capital paulista, foi notícia pelo péssimo desempenho de seus alunos no Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do estado de São Paulo (Saresp). De 5.207 instituições avaliadas ao longo de 2007, a unidade ficou entre as três piores do estado. A instituição também ficou na lista das piores quartas séries no Índice de Desenvolvimento da Educação do estado de São Paulo (Idesp).

Um ano depois, em 2009, a escola voltou ao noticiário, mas desta vez no ranking das três melhores escolas do estado de São Paulo. A escola teve melhora superior a 100% durante todo o ano de 2008, quando foi novamente avaliada pela Secretaria Estadual de Educação. “Estávamos entre as piores posições nas referências internas e externas”, lamenta o diretor José Jair Nogueira. Mas a história se inverteu.
 
O motivo do mau desempenho não é difícil descobrir: a escola estava pichada, depredada e desacreditada pela comunidade e pelos próprios professores. “Em uma semana, três salas deixaram de funcionar, porque as pessoas tinham medo”, conta o diretor. “Os que iam embora, iam por medo, os que ficavam era porque não tinham condições financeiras de ir embora”, narra o responsável pela escola.
 
Na época, de 32 professores efetivos, 30 pediram remoção e a violência fazia parte do dia a dia escolar. “Os professores eram agredidos, os alunos apanhavam. Pessoas entravam armadas aqui dentro, levavam a merenda e equipamentos da escola, durante o dia mesmo”, diz o administrador.
 
Jair Nogueira menciona até um episódio que simboliza a situação limite que a unidade vivia. O corpo de uma vítima de assassinato na região foi deixada dentro da escola.
 
Transformação
 
A virada educacional, diz o professor Jair – como é conhecido por docentes e alunos –, é resultado de uma reunião de presença, participação e comprometimento da escola com os alunos, professores e comunidade. Ele assumiu a gestão da escola em janeiro de 2007 e sua primeira ação foi aproximar a instituição da comunidade e dos professores “para garantir a eles pelo menos a dignidade”, cita.
 
Na primeira semana de aula, Nogueira convidou a comunidade para ir à escola. “Conheci todos os alunos e toda a comunidade se fez presente. Fomos conhecer a necesssidade dela, por que eles vinham e iam embora da escola”, destaca.
 
“Só faltou colocar uma faixa, ‘sob nova direção'”, brinca. A partir daí, a escola passou a funcionar com regras e sistemas de normas de convivência, devidamente acordadas com pais, professores, alunos e comunidade. O diálogo chegava a associar despesas com manutenção e restauração de paredes e estrutura depedrada com a restrição de novos investimentos que isso representava. “Mil reais gastos com tinta para pintar a escola pichada poderiam ser revertidos para melhorar as salas, comprar uma TV, mesa de pingue-pongue, livros”, exemplifica.
 
Com esses “acordos”, o passo seguinte foi cuidar das deficiências físicas da escola, ou seja, organizar e reconstruir. Em três anos, o quadro de professores subiu de dois para 64 e o de alunos de 510 para 1.150 em 2010. “A escola não lembra em nada a situação de 2007. É muito bom vê-la cumprindo seu objetivo de educar”, descreve a professora de Biologia, Andreia Boeira.
 
Presença ativa
 
Para Nogueira, presença constante é essencial, mas não o bastante. É preciso uma participação especial que ele chama de presença ativa. “Tem aquela pessoa que está presente mas não se manifesta. É essencial ter uma presença física e espiritual, porque mesmo que não se esteja ali, é como se estivesse”, filosofa.
A direção visita igrejas na região, participa de reuniões no conselho comunitário e firmou parcerias importantes para o desenvolvimento extraclasse dos alunos. Empresas e ONGs são parceiras da escola em palestras, cursos e atividades sociais.
 
Apesar da violência no entorno, desde a aproximação com a comunidade, a escola nunca mais sofreu roubos ou outros tipos de violência.
 
Em 2010, as crianças ganharam mais motivação com a inclusão da escola no projeto “A música venceu”, da Fundação Bachiana Filarmônica, dirigida pelo maestro João Carlos Martins.
 
Músicos da fundação ministram aulas de flauta e violino às quartas-feiras. As crianças recebem os instrumentos para usar durante o período de aulas e ainda levam para casa. “O aluno fica mais disciplinado e assume mais responsabilidade”, salienta Nogueira. Mesmo quem não estuda tanto também valoriza o projeto. “Há uma mudança geral de atitude”, comemora.
 
Alunos com problemas de alfabetização recebem atenção especial em salas de recuperação. “Preparei materiais especialmente para atender as crianças e melhorar a capacidade de leitura, escrita e compreensão”, descreve a professora de Língua Portuguesa Suzi Laura.
 
Sala de leitura e de informática, mesa de jogos, jornais, revistas e música no pátio foram conquistadas. Festas e atividades culturais fazem parte do cotidiano da escola que atualmente é toda colorida, tem as janelas acortinadas, merenda aprovada pelos alunos e muros baixos – muito diferente do que havia em 2007.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/educacao/exemplo-de-superacao-escola-deixa-ranking-de-piores-e-assume-lugar-entre-as-melhores-de-sp

Barril do petróleo para capitalizar Petrobras vai custar US$ 8,51

O barril do petróleo que será usado para a capitalização da Petrobras vai custar em média US$ 8,51. O valor foi comunicado na manhã desta quinta-feira (2) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O preço do barril é importante para definir o valor da capitalização da Petrobras, prevista para ocorrer no dia 30 de setembro. A capitalização será feita por meio da cessão onerosa, na qual o governo poderá ceder à estatal até 5 bilhões de barris de petróleo em áreas ainda não concedidas. O valor da cessão onerosa dos cinco bilhões de barris será de US$ 42,533 bilhões.
 
No fim do ano passado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) contratou a Petrobras para fazer as perfurações que permitirão a coleta de informações sobre os reservatórios do pré-sal. A partir daí, a agência e a estatal definiram as áreas a serem repassadas por meio da cessão onerosa.
 
Com base no volume que será cedido pela União à Petrobras, uma empresa especializada e independente definiu o valor para essas reservas. Somente com o valor divulgado, a estatal poderá fazer uma oferta privada de ações na bolsa de valores para captar os recursos.
 
Os membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estiveram reunidos durante duas horas na tarde desta quarta (1º) no Ministério de Minas e Energia para definir os detalhes da operação. O conselho é formado por integrantes dos ministérios de Minas e Energia, Planejamento, Fazenda, Meio Ambiente, Agricultura, Integração Nacional, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, além da Casa Civil, representantes de estados e de universidades. Depois disso, integrantes do Conselho de Administração da Petrobras se reuniram no Ministério da Fazenda.
 
Para calcular quanto custa cada barril de petróleo, o governo levou em conta as avaliações independentes contratadas pela Petrobras e pela ANP. Um valor mais alto para o barril representa perdas para a Petrobras e ganhos para a União.
Segundo Mantega, sete campos de reserva serão entregues à Petrobras para exploração: Tupi Sul, Florim, Peroba, Tupi Nordeste, Guará, Iara e Franco. O campo de Peroba, no entanto, só será acionado se a extração nas demais reservas não alcançar o volume de 5 bilhões de barris.
 
O valor de US$ 8,51 por barril refere-se à média dos campos de petróleo. O campo de Franco, que deverá fornecer cerca de 3,1 bilhões de barris, terá o valor mais alto: US$ 9,04. O menor valor será o do petróleo extraído do campo de Iara: US$ 5,82.
 
Mantega

O ministro da Fazenda classificou como inédita a operação para capitalizar a estatal brasileira de energia. “Esta é a maior operação dessa natureza que já foi feita”, disse.
 
O processo de capitalização terá um índice mínimo de nacionalização de 37% para o período exploratório. Na fase de implantação, o mínimo passa para 55% e o médio para 65%. “É uma maneira de fomentar a industrialização do país”, disse Mantega. A capitalização terá um retorno de 8,83% ao ano.
 
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o processo vai sofrer revisões individualizadas por blocos. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, lembrou que a escolha da área de Franco para fazer a maior capitalização reflete o melhor conhecimento exploratório que existe no momento. “Não teremos nenhum risco em relação ao volume (de petróleo)”, disse.
 
No fato relevante enviado hoje ao mercado, a Petrobras afirma que o valor do contrato de cessão onerosa foi determinado por meio de negociação entre a Petrobras e a União, baseado em laudos elaborados por certificadoras independentes. Também ressalta que todos os termos do contrato foram aprovados pelo Conselho nacional de Política Energética (CNPE).
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/barril-do-petroleo-para-capitalizar-petrobras-vai-custar-us-8-51

Expansão da Previdência Social deverá ser completada em 2011, diz ministro

O Ministério da Previdência Social deverá inaugurar ainda este ano 300 novas agências e postos de atendimento para os segurados, dentro do plano de expansão elaborado há alguns anos, que prevê a instalação de 720 novas unidades. Elas vão cobrir 1.670 cidades com população a partir de 20 mil habitantes, ampliando a rede atual que soma 1.139 unidades fixas e atende a 985 municípios.

De acordo com o ministro Carlos Eduardo Gabas, a instalação nesta semana de duas unidades no estado do Paraná elevou para 14 o número  de inaugurações feitas neste ano. O plano de expansão, segundo ele, só ainda não foi totalmente implementado por causa da crise financeira internacional que provocou atraso no cronograma em 2009. A previsão é de que a meta seja totalmente alcançada pelo próximo governo ao longo de 2011.
 
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro – produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços – o ministro Carlos Eduardo Gabas destacou que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de “que a expansão traga melhora no atendimento, aproximando cada vez mais o cidadão da proteção previdenciária. Tudo será feito dentro da regra de não escolher específicamente um estado ou região que será mais beneficiada, mas as cidades acima de 20 mil habitantes”, afirmou.
 
Os segurados serão atendidos em ambientes modernos e confortáveis, em agências climatizadas, com mobiliário novo, dotadas de equipamentos de informática e dispositivos de segurança. Os prédios vão contar com adaptação para o acesso de pessoas com deficiência.
 
No momento, estão sendo feitas também reformas e construções de novos prédios para abrigar unidades de atendimento que estavam funcionando em imóveis alugados ou emprestados. Segundo Gabas, no estado do Amazonas existem atualmente 16 unidades funcionando e deverão ser construídas mais 18. Ele lembra que grande parte da população da região vive à beira de rios e que os segurados são atendidos em Previbarcos, que acomodam os consultórios.
 
O ministério  pretende ampliar esse atendimento volante, utilizando também barcos de outros órgãos, como a Marinha, com a assinatura de convênios em que entra a participação da Caixa Econômica Federal. O objetivo é “facilitar a assistência a uma população que, às vezes, precisa viajar até um dia inteiro para receber atendimento”.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-4&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=6&_56_groupId=19523&_56_articleId=1033140

PIB per capita cresceu 21,7% nos últimos 14 anos, mostra pesquisa

As vésperas da divulgação do Produto Interno do Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2010, na sexta-feira (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou hoje (1°) balanço do crescimento da economia nos últimos 14 anos.

Entre 1995 e 2009, o PIB per capita – a soma das riquezas e dos serviços produzidos no país dividida por toda a população – passou de R$ 4.441 para R$ 5.405. O aumento foi de 21,7% no período. O crescimento do PIB foi observado até 2008, quando o país foi afetado pela crise financeira internacional, no segundo semestre.
 
Os dados são da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), que reúne em 400 páginas informações das áreas social, econômica e ambiental.
 
O estudo também mostra a interiorização da atividade econômica no país. Nos estados da regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, o PIB per capita superou a média nacional (R$ 5.405) e chegou a R$ 9,1 mil, R$ 17,8 mil e R$ 16,5 mil, respectivamente.
 
“O indicador tem melhorado um pouco em alguns estados e representa alterações relativas, embora discretas, na posição por unidade da Federação”, afirmou um dos técnicos da pesquisa, Wadih João.
 
De acordo com os dados do IBGE, no entanto, o Sudeste ainda é a região que concentra o maior PIB per capita – R$ 19,2 mil. No Nordeste, esse valor é de R$ 6,7 mil.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=2&_56_groupId=19523&_56_articleId=1033243

Cerrado precisa de unidades de conservação, diz IBGE

O Cerrado, que ocupa lugar de destaque na produção de grãos no país, perde cada vez mais em biodiversidade com o avanço do desmatamento, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (1º). Segundo o documento, 85 mil quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa do Cerrado (cerca de 4,1% do atual 1.052 milhão de km²), foram destruídos entre 2002 e 2008, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente.

Com 48,3% de toda a área original de Cerrado já derrubada, pesquisa Indicadores de Desenvolvimentos Sustentável (IDS) 2010 chama atenção para o ritmo do desmatamento do bioma e sugere medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação em áreas de fronteira agrícola.
 
“Especial atenção e medidas de proteção e controle se fazem necessárias”, informa o texto, ao destacar a necessidade de salvar “aquela que é considerada a savana mais biodiversa do mundo”, e que registra taxas de desflorestamento mais altas que as da Amazônia – onde a área desmatada é de 14,6% e o desflorestamento caiu cerca de 40% entre 2002 e 2008.
 
O Cerrado se destaca não só pela diversidade de espécies de flora e fauna, mas sobretudo pela produção agrícola. A Região Centro-Oeste, onde está localizada a maior parte do bioma, deve produzir 51 milhões de toneladas de grãos na safra 2009/2010, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com 28 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2008/2009, a maior produção do Centro-Oeste, o Mato Grosso foi o estado com maior área de Cerrado desmatada entre 2002 e 2008: 17,5 mil km², seguido do Tocantins (12,1 mil km²).
 
Segundo a pesquisa, a expansão para estados do Norte e Nordeste no período, acompanha a extensão de atividades agropastoris, que eram mais comuns no Cerrado vindo do Sul e Sudeste.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/ambiente/com-quase-metade-da-area-original-devastada-cerrado-precisa-de-unidades-de-conservacao-diz-ibge
 

Assembleia aprova pauta de reivindicações por unanimidade

Reunidos na Sede do Sindicato, cerca de 500 companheiros aprovaram, na primeira Assembleia dos trabalhadores com data-base em 1º de novembro, por unanimidade, a pauta de reivindicação da Campanha Salarial 2010. Mobilizados, os trabalhadores participaram das discussões e firmaram compromisso de fazer todo o esforço necessário para repassar as informações para os companheiros que não puderam comparecer. A Assembleia ocorreu no dia 24 de setembro, sexta-feira, às 19 horas.

Os setores que estão em Campanha são: Químicos, Plásticos e Cosméticos, entre outros. A expectativa é alcançar toda a pauta, até porque os ganhos das empresas têm sido excelentes e outros setores do empresariado também têm negociado com reajustes que ampliam o poder de ganho salarial dos trabalhadores. Exemplo é o que aconteceu com os trabalhadores metalúrgicos, que obtiveram 10,81%. Com muita mobilização, pleiteamos 13%!
 
João Carlos de Rosis, secretário geral do Sindicato, disse que: “A participação dos trabalhadores foi excelente. Isso consolida o trabalho realizado na Fetquim/ CUT e no Encontro de Trabalhadores em Cajamar. A categoria aprovou uma pauta de reivindicações que os patrões podem atender sem qualquer problema. Por isso, precisamos fortalecer as mobilizações”, explicou.
 
Haverá na próxima semana, o dia 29 de setembro, a entrega da pauta para os patrões. A pauta aprovada será colocada para discussão. Ela tem sete eixos principais, além de uma série de alterações e novas propostas.
 
Abaixo, os sete eixos da pauta aprovada:
 
• Reajuste de 13%
• Piso Salarial de R$ 1.060,00
• PLR de R$ 1.200,00
• Redução da Jornada para 40 horas com sábados livres e sem redução de salários
• Organização no Local de Trabalho
• Licença-maternidade de 180 dias
• Direitos iguais para os terceirizados