Anvisa lança selo de segurança para medicamentos

A partir de janeiro de 2012, quem comprar um medicamento poderá confirmar na própria farmácia se o produto é verdadeiro. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou nesta quarta-feira (6) um selo de segurança que será reconhecido por leitoras óticas instaladas em todas as drogarias do país.

A autenticidade do produto será indicada quando o consumidor aproximar a etiqueta da leitora ótica. Uma luz verde, acompanhada de um sinal sonoro, indica que o medicamento é verdadeiro. O selo, autoadesivo e impermeável, será único – sem diferenciação por estado ou por fabricante.
 
De acordo com a Anvisa, o objetivo é reduzir os riscos provocados por medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados. Apenas este ano, 53.575 remédios falsificados e contrabandeados foram apreendidos, além de 62,9 toneladas de produtos sem registro.
 
“Nas décadas de 80 e 90, esse tipo de comércio se fazia em áreas não autorizadas pelo Estado brasileiro. Se combatia essa falsificação em feiras livres, metrôs, trens suburbanos. Infelizmente, começamos a identificar esse crime nos estabelecimentos que deveriam exatamente fazer o contrário: combatê-lo”, disse o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo.
 
Cada farmácia terá um equipamento de leitura ótica instalado em área de fácil acesso para uso livre e gratuito de consumidores. A distribuição do equipamento é de responsabilidade da Casa da Moeda e não haverá ônus para o estabelecimento.
 
O valor do selo de segurança será de R$ 0,07 sem a incidência de impostos. Como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) varia de estado para estado, o preço total das etiquetas não foi fixado.
 
“O governo não autorizará aumento de preço de medicamento. Isso será absorvido pela cadeia produtiva. O impacto é irrisório, em torno de 0,01% em produtos acima de R$ 5”, explicou Raposo. As empresas com registro de medicamentos terão até 60 dias, a partir de hoje, para fazer o cadastramento na Casa da Moeda.
 
O fornecimento da etiqueta será feito até 60 dias após a assinatura de contrato com a Casa da Moeda. As empresas terão um prazo de seis meses para iniciar a aplicação das etiquetas e de 12 meses para que todos os medicamento da linha de produção tenham o selo. Até 15 de janeiro de 2012, todos os medicamentos em circulação no país deverão ter a etiqueta.
 
O período para a distribuição das leitoras óticas será de sete meses, com calendários específicos para cada região do país.
 
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Propaganda para 2º turno começa na sexta-feira

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowsi, proclamou oficialmente no início da noite da terça-feira (5) o resultado parcial das eleições do primeiro turno para presidente. Com a proclamação, a propaganda eleitoral em rádio e TV pode ser retomada a partir de sexta-feira (8).

Na contagem oficial das votações aos dois presidenciáveis que disputarão o segundo turno, Dilma Rousseff (PT) obteve 46,91% dos votos válidos (47.651.434 votos). José Serra (PSDB) teve 32,61% (33.132.283).
 
“A propaganda eleitoral terá início em 48 horas, a partir da zero hora”, disse o ministro, referindo-se à virada de hoje para amanhã (6). Apesar da liberação, a retomada da propaganda depende de acordo entre os candidatos e a Associação das Emissoras Brasileiras de Rádio e TV (Abert).
 
A data limite para que as propagandas sejam retomadas é o dia 16 de outubro, e ficar no ar, no máximo, até o dia 29 de outubro, dois dias antes das do segundo turno das eleições. Além da disputa presidencial, haverá segundo turno no Distrito Federal e em sete estados: Alagoas, Amapá, Goiás, Paraíba, Piauí, Rondônia e Roraima.
 
“Aprovo provisoriamente o relatório do resultado da eleição presidencial e homologo resultado nele apresentado, indicando Dilma Rousseff e Michel Temer, e José Serra e Índio da Costa para disputa de segundo turno”, disse o ministro, lembrando que nenhum recurso nos tribunais regionais eleitorais contestou o resultado entre os candidatos mais votados.
 
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Em uma semana, greve dos bancários atinge mais bancos que em 2009

A greve dos bancários completa nesta terça-feira (5) uma semana, com 7.437 agências paralisadas. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em 2009, os bancários paralisaram 7.222 unidades no auge da mobilização.

De acordo com o balanço da instituição, nas últimas 24 horas, 910 agências aderiram à paralisação, um aumento de 14%. Em relação ao primeiro dia de greve representa um aumento de 92,5%.
 
“O fechamento de agências cresceu todos os dias desde o início da greve, mostrando o aumento da adesão dos bancários e a força do movimento, apesar das práticas antissindicais adotadas pelos bancos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
 
Em São Paulo, Osasco e região há 683 agências bancárias e 13 centros administrativos de portas paralisados e 31 mil trabalhadores em greve nesta terça.
 
Negociação
 
Na segunda-feira (4), o Comando Nacional enviou carta ao presidente da Fenaban, Fábio Barbosa, reafirmando a disposição de negociar e buscar um acordo “que atenda à expectativa” da categoria. O documento dos bancários também repudia posturas classificadas de “antissindicais” por parte das instituições financeiras.
 
“Lembramos que a greve é instrumento legal e que a lei nº 7.783/89 prevê em seu artigo 6º a realização de piquetes como meio de convencimento dos trabalhadores frente à intransigência das instituições financeiras, que se recusam em apreciar com seriedade as reivindicações levadas pela categoria”, ressalta o ofício.
 
Para a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira a falta de propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será respondida com mais mobilização da categoria.
 
“Vamos manter a forte mobilização dos bancários. A greve continua até que os bancos retomem as negociações com uma proposta digna aos trabalhadores”, disse Juvandia.
 
“A categoria não sai desta campanha sem aumento real de salários, piso e PLR maiores, além de melhores condições de saúde”, reiterou a dirigente.
 
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região apresentou denúncia ao Ministério Público do Trabalho da 2ª Região contra a prática de contingenciamento dos bancos. O contigenciamento é uma tentativa dos bancos de impedir que os trabalhadores tenham contato com o sindicato e com outros grevistas. A prática mais conhecida é a que obriga os bancários a entrar de madrugada para trabalhar. 
 
Reivindicações da categoria
 
 
  • 11% de reajuste salarial.
  • Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
  • PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
  • Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
  • Previdência complementar em todos os bancos.
  • Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
  • Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
  • Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
  • Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

 

Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/greve-dos-bancarios-completa-uma-semana

Frente de Luta por Moradia ocupa quatro prédios na região central de São Paulo

Ativistas dos movimentos por moradia, que ocuparam quatro prédios na região central da capital paulista na madrugada do último domingo (3), são pressionados a desocupar os imóveis. A Polícia Militar impede a livre circulação dos manifestantes e a entrada de alimentos e água nos locais.

 

Acesse o link abaixo e ouça o audio da entrevista.

http://www.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/habitacao_ocupacao_predios_centro.mp3

Dilma venceu as eleições no primeiro turno em 18 Estados

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, venceu a eleição deste domingo (3) em 18 Estados do Brasil. José Serra (PSDB) teve mais votos que a petista em apenas 8 unidades da federação e Marina Silva ficou na frente no Distrito Federal. A disputa presidencial foi levada para o segundo turno e só será definida no dia 31 de outubro.

O Estado em que Dilma teve votação mais expressiva foi o Maranhão, onde 70% do eleitorado votou nela. Com 99,94% das seções apuradas, José Serra tinha apenas 15% dos votos e Marina Silva, 13%.
 
No Amazonas, Dilma também chegou bem na frente. Com 99,69% das seções apuradas, a petista tinha 64% dos votos contra 8% de seu principal opositor, José Serra. Marina Silva alcançou 25% dos votos.
 
Nos Estados onde José Serra foi o mais votado a diferença não foi tão grande e a disputa foi mais acirrada. No Mato Grosso, por exemplo, Serra teve 44% dos votos e Dilma 42%. Marina Silva alcançou 12% da preferência do eleitorado.
 
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Serra teve 40% dos votos e Dilma 37%. Marina Silva ficou em terceiro lugar, com 20% O Estado onde Serra obteve vantagem maior sobre Dilma foi o Acre. Com 95,56% dos votos apurados, o tucano tinha 52% dos votos contra 23% da petista.
 
Mais informações acesse: http://noticias.r7.com/eleicoes-2010/noticias/dilma-venceu-as-eleicoes-no-primeiro-turno-em-18-estados-serra-chegou-na-frente-em-8-20101004.html
 

Briga pelo Senado tira uma dúzia de ‘figurões’ da oposição do Congresso

As eleições 2010 contabilizam um número expressivo de “vítimas” entre nomes consagrados da política nacional dos últimos anos. Ex-ministros, prefeitos, governadores e outras personalidades – sobretudo de oposição ao governo Lula – saíram derrotados das urnas. Pelo menos 12 lideranças ficaram de fora.

Para o cientista político David Fleischer disse que a derrota de tradicionais lideranças no Senado se deve, em parte, pelo esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha. Em entrevista à Agência Câmara, ele explica que o esforço do presidente foi para permitir que um eventual governo Dilma Rousseff (PT) tenha uma bancada maior e mais coesa do que Lula teve. Ele acredita que a oposição terá de ser mais “cerebral” e menos radical.
 
Uma das baixas ocorreu em Pernambuco, onde Marco Maciel (DEM) terminou em terceiro e não se reelegeu para o senado. Vice-presidente da república nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), Maciel também foi governador de Pernambuco e senador por dois mandatos. Além dele, a oposição também vê sem mandato Raul Jungmann (PPS), ex-ministro da Reforma Agrária no governo FHC. Foram derrotados por Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT).
 
Em Alagoas, a derrota foi da esquerdista Heloisa Helena (PSOL), que ficou atrás de Benedito Lira (PP) e Renan Calheiros (PMDB). Senadora eleita pelo PT em 1998, saiu do partido e se destacou por críticas agressivas ao governo durante a crise política de 2005. Em 2006, ela foi candidata à Presidência da República e recebeu 6,5 milhões de votos (6,85% do total).
 
Outro parlamentar emblemático da crise do mensalão também fica sem mandato. O tucano Arthur Virgílio (AM), que chegou a falar em bater no presidente Lula em 2005, perdeu a segunda vaga no senado pelo Amazonas para Vanessa Graziotin (PcdoB).
 
Na Bahia, dois herdeiros de Antonio Carlos Magalhães acusam a diminuição de poder de tal legado. Cesar Borges (PR) e José Carlos Aleluia (DEM) terminaram respectivamente em terceiro e quinto lugares na disputa do senado. Ambos fizeram parte do grupo político do líder morto em 2007.
 
No Piauí, são duas as baixas. Heráclito Fortes (DEM) ficou em quarto lugar na disputa para o Senado, atrás do também derrotado Mão Santa (PSC), ex-governador do estado. Ainda no Nordeste, o DEM perdeu ainda o senador Efraim Morais, que não conseguiu a reeleição na Paraíba.
 
No Rio de Janeiro, o DEM sofre grave perda com a derrota de Cesar Maia, que despontava como grande liderança do partido. Também na região Sudeste, a tucana Rita Camata (ES), vice de José Serra em 2002, perdeu disputa para o Senado.
 
No Paraná, a eleição em primeiro turno de Beto Richa (PSDB) não ajudou seu colega de partido Gustavo Fruet, que ficou atrás de Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-governador Roberto Requião (PMDB).
 
O tucano Antero Paes de Barros também fica sem mandato após terminar em quarto lugar na disputa pelo senado no Mato Grosso.
 
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Marta é eleita em São Paulo. Aloysio Nunes surpreende

Os eleitores de São Paulo elegeram Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT) como representantes do estado no Senado Federal. O tucano surpreendeu e ficou em primeiro lugar com mais de 30% dos votos, enquanto a petista ficou em segundo com 22,6%.

Netinho de Paula (PCdoB) ficou em terceiro, e portanto não se elegeu. Até a véspera da eleição, os institutos de pesquisa davam Netinho e Marta nos dois primeiros lugares e Aloysio, em terceiro.
 
Aloysio Nunes e Marta Suplicy ingressam no Senado para um mandato de oito anos, substituindo Aloísio Mercadante (PT) e Romeu Tuma (PTB). Ambos se unirão, como representantes de São Paulo, a Eduardo Suplicy (PT), que tem mais quatro anos na Casa.
 
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Crescimento de Marina determinou segundo turno, avalia cientista política

Para a cientista política Argelina Figueiredo, professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o crescimento da candidata do PV, Marina Silva, foi decisivo para levar as eleições presidenciais a um segundo turno. Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) vão disputar o voto dos brasileiros no dia 31 de outubro.

“Não acredito que os votos de Serra em São Paulo, além do esperado, tenham influenciado tanto o resultado das urnas”, pondera Figueiredo. “Acho que foi mais o crescimento de Marina, não só no Rio mas também no Nordeste, que adiou a escolha. Marina certamente tirou votos de Dilma no Rio e no Nordeste”, constata.
No Rio de Janeiro, Marina ficou em segundo lugar, com 31% – ante 19,4% obtidos nacionalmente. Ainda assim, ela teve pelo menos três pontos percentuais a mais do que indicavam as pesquisas de intenção de voto. Apesar da divergência, o crescimento já percebido nos levantamentos.
 
“Mais uma vez o eleitor agiu com cautela e estendeu a decisão para um segundo turno, o que dá oportunidade para pensar um pouco mais”, avalia.
 
A cientista política também acredita que as abstenções – 24,3 milhões, 3 milhões a mais do que na eleição passada -, não foram muito expressivas. “Há um certo paradoxo aí: a impressão geral é que a vida melhorou, mas há muita descrença nos políticos”, observa.
 
Ela lembra que alguns fatores, como a chuva em Goiás, também podem ter influenciado no aumento de faltas que, proporcionalmente, diz ela, não foram tão relevantes. “Acredito que as abstenções se concentraram mais nas classes média e alta, que reclamam de impostos altos e não veem retorno disso. As classes mais pobres, ao contrário, associam muito mais as melhorias em suas vidas a políticas do governo federal.”
 
Populismo
 
Argelina Figueiredo criticou ainda o debate político no primeiro turno. Para ela, os programas de governo dos candidatos não foram discutidos satisfatoriamente. “O Serra, por exemplo, saiu da postura de defensor da austeridade, que ele e seu partido sempre apontaram, para a de gastador, apresentando três propostas altamente populistas.”
 
A cientista se refere ao aumento do salário mínimo para R$ 600, a elevação de 10% para os aposentados que ganham mais do que o piso salarial nacional e a criação de uma parcela extra – análoga a um 13º salário – para o Bolsa Família. “Com essas três propostas populistas, o Serra quis claramente persuadir o eleitor com promessas inviáveis”, critica.
 
Porém, segundo Argelina, o resultado desse tipo de promessa não é eficaz. “As pessoas não são burras como ele pensa. O eleitor está mais maduro e percebe que não vai ser o economista que sempre defendeu o Estado pequeno, com poucos gastos, que vai dar esses benefícios. Não é quem sempre criticou o programa Bolsa Família que vai agora dar a 13ª bolsa. Essas promessas não surtiram efeito”, afirmou.
 
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Marina tem obrigação moral de apoiar Dilma, diz cientista política

Para a cientista política Maria Victoria Benevides, a maior surpresa desta eleição, pelo menos com base nos números apurados até as 20h deste domingo (3), é a votação da candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva. Caso se confirme o segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) na disputa presidencial, a cientista política afirma que a candidata do PV teria “politicamente e moralmente” obrigação de se manifestar a favor da petista.

“Claro que havia uma tendência (de crescimento de Marina), mas não com proporções tão elevadas até agora”, afirmou a professora da Universidade de São Paulo (USP). Para ela, Marina foi a principal beneficiada pelo escândalo envolvendo Erenice Silva, ex-chefe da Casa Civil, “que deve estar debaixo das cobertas jogando cinza na cabeça”.
 
“Ela (Marina) não pode dar as costas para esquerda da qual sempre fez parte”, sustenta Maria Victoria. Ela observa que as duas candidatas tiveram “um passado conflituoso no governo”, por divergências relacionadas a questões ambientais, mas Marina teria uma proximidade muito maior com uma coligação de esquerda do que com uma que abranja o DEM”.
 
Já o eleitorado de Marina, até agora com aproximadamente 20% dos votos, deverá se dividir entre os candidatos do PT e do PSDB. O principal receio da professora é com a tão falada “bala de prata” para atingir Dilma. “A tal bala de prata de que se estava falando pode ser acionada agora”, diz Maria Victoria. Mesmo o comportamento nos debates será bem diferente do que se viu até agora. “Nesse último debate, era melhor entrarem mudos e saírem caladas. Se fosse jogo, era zero a zero. Agora, será um mata-mata.”
 
Senado em SP
 
Já o resultado das eleições para o Senado em São Paulo não surpreenderam a cientista política. Segundo ela, muita gente que votaria em Dilma mas não em Serra via com simpatia o candidato do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, por causa de seu perfil biográfico. Ele tem raízes na chamada esquerda revolucionária – durante a ditadura, Aloysio foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) de Carlos Marighella.
 
Além disso, Nunes não tinha rejeição forte, diferentemente de Netinho (PCdoB) e da própria Marta Suplicy (PT). “Acho que ele (Netinho) teve rejeição inclusive na coligação governista. No meio universitário, a rejeição é avassaladora, principalmente entre as mulheres”, resume.
 
Assim, segundo Maria Victoria, Aloysio reuniria o voto pragmático do PSDB e o voto ideológico de parte “de uma certa esquerda”. E também foi beneficiado pela saída da disputa, por motivos de saúde, de Orestes Quércia (PMDB).
 
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Desenvolvimento do Brasil: crescer com distribuição de renda e justiça social

Com a eleição de Lula, a política de desenvolvimento passou a ter outra opção: fortalecer o mercado interno, estimular o investimento produtivo das empresas, gerar emprego e melhores salários. Num ambiente desse, os sindicatos tiveram condição de mobilizar os trabalhadores e, nas negociações coletivas, conquistar ganhos reais (acima da inflação) às categorias.

Apesar dos inúmeros avanços tidos com o governo Lula, o movimento sindical permanece com o desafio de apresentar uma proposta de desenvolvimento que avance ainda mais no acesso à riqueza e à justiça social para os trabalhadores.
 
A CUT e as demais centrais sindicais elaboraram a Plataforma da Classe Trabalhadora, que foi aprovada na Assembleia da Classe Trabalhadora em 1º de junho e entregue aos candidatos (as) na corrida eleitoral para presidente em 2010.
 
Parte 1 – tema: Crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno (4’:11’’)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=UXcDaloaRDs&playnext=1&videos=AXl_RWwRUMg&feature=mfu_in_order

Parte 2 – tema: Trabalho (5’:04’’)
Ver link: http://www.youtube.com/watch?v=5SEe2z0BgwU

Parte 3 – tema: Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental (4’:56’’)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=0fnRznvskns&videos=AXl_RWwRUMg&feature=BF

Parte 4 – tema: Democracia com efetiva participação popular (3’:52’’)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=pepR6jNob-o&videos=AXl_RWwRUMg&feature=BF

Parte 5 – tema: Soberania e integração internacional (3’:52’’)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=KO8NW0qk5lY&videos=AXl_RWwRUMg&feature=BF

Parte 6 – tema: Direitos sindicais e negociação coletiva (4’:03”)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=e3ZvOBlcFKE&videos=AXl_RWwRUMg&feature=BF

Parte 7 – tema: Unidade das centrais sindicais (4’:24”)
Ver link:

http://www.youtube.com/watch?v=ZmlLk5yzTkc&videos=AXl_RWwRUMg&feature=BF

PARA REFLETIR


Agora que você assistiu aos vídeos, reflita sobre as questões abaixo:
• De que forma as propostas da plataforma da classe trabalhadora atinge a necessidade dos (as) trabalhadores (as) químicos (as)?
• Como podemos “traduzir” as propostas de desenvolvimento das centrais sindicais para os demais trabalhadores da fábrica; na família e no bairro em que moramos?
 

Caso queira debater essas questões, envie sua opinião para sec.formacao@quimicosp.org.br