Vídeo compara reportagens e desmonta versão sobre agressão a Serra

No Youtube, video questiona suposta agressão a Serra (Reprodução) Um video postado no portal Youtube compara as reportagens produzidas pela TV Globo e pelo SBT sobre a “agressão” sofrida por José Serra (PSDB), durante caminhada pelas ruas de Campo Grande, no Rio, nesta quarta-feira (20). A versão, endossada pela campanha tucana, também é apresentada em jornais impressos desta quinta-feira (21).

Segundo a reportagem apresentada na Globo, o candidato teria sido agredido por militantes petistas durante o ato de campanha por um rolo de fita adesiva, passado mal, se dirigido a um hospital onde teria passado por exames a e cancelado o restante da agenda do dia, por ordem médica (clique aqui para assistir).
 
Mas o SBT mostra que o que atingiu Serra foi uma bola de papel, que o tucano continou caminhando normalmente, até receber um telefonema para, então, levar a mão à cabeça e se queixar das consequências do “golpe” (clique aqui para assistir).
 
A versão de agressão havia sido apresentada pela assessoria de imprensa de candidato. Em nota para informar sobre o cancelamento de agenda, o texto afirma que Serra teria sido impedido de prosseguir na caminhada. “(Depois), em determinado momento, acertaram a cabeça do candidato Serra com um pesado objeto”, diz a nota. No site da revista Veja, na tarde de quarta, a informação era de que uma pedra havia sido atirada contra o candidato.
 
Reação no Twitter
 
O episódio gerou uma nova onda no Twitter. A hashtag (termo precedido pelo símbolo # que ajuda a demarcar o assunto da mensagem na rede social de microblogs) “#serrarojas” chegou a figurar entre as que mais receberam postagens de internautas. O nome lembra o goleiro chileno que simulou um corte no supercílio durante um jogo contra o Brasil pelas eliminatórias da copa de 1980, no Maracanã. Outro termo usado por críticos de Serra foi “#BolinhadePapelFacts”.
 
Confira o video que  compara as edições dos telejornais.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/video-veiculado-na-internet-desmente-reportagem-da-tv-globo-sobre-agressao-a-serra

ONU manifesta preocupação com a segurança de profissionais de imprensa

 O representante da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank La Rue, abriu ontem (20) à noite o ciclo de conferências do 3º Congresso Internacional de Agências de Notícias na cidade argentina de Bariloche. Ele afirmou que a liberdade de expressão é uma das colunas mais importantes da democracia. Por isso, segundo La Rue, é preocupante a ação do crime organizado contra jornalistas no Norte do México, onde grupos de narcotraficantes matam repórteres e fotógrafos, além de depredarem instalações das empresas de comunicação que divulgam notícias sobre os criminosos.

No mês passado, o jornal El Diario de Juarez, um dos mais importantes do México, publicou editorial na capa de uma edição, após o assassinato de um de seus fotógrafos, indagando onde buscar justiça para o crime. O editorial pediu aos cartéis da droga que enviassem informações sobre como o jornal deveria fazer sua cobertura para evitar que outros profissionais fossem assassinados: “expliquem-nos o que querem de nós, o que querem que publiquemos ou deixemos de publicar”, dizia o editorial.
 
Frank La Rue informou aos participantes do congresso que na próxima semana apresentará na Assembléia Geral da ONU relatório pormenorizado sobre o Estado de Direito e a liberdade de expressão não apenas no México, mas em todo o mundo. O representante da ONU ressaltou a necessidade de estabelecer uma nova categoria de áreas em conflito, definidas por ele como  “zonas de violência intensiva”, que estão criando riscos adicionais para o trabalho dos jornalistas que fazem a cobertura nos países em guerra interna ou externa.
 
O 3º Congresso Internacional de Agências de Notícias, iniciado terça-feira (20) em Buenos Aires, prossegue até amanhã (22) em Bariloche, reunindo 160 presidentes e diretores de 76 agências de notícias dos cinco continentes. A Agência Brasil está representada no Congresso pela presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, e pela editora executiva Nádia Franco.
 
Na tarde de hoje (21), Tereza Cruvinel fará conferência sobre  o desenvolvimento e a fluidez multimídia nas redações.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=7B9A1F4C69FFEF1848248E957024E2FF?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-4&p_p_col_pos=2&p_p_col_count=5&_56_groupId=19523&_56_articleId=1084217

Taxa de desemprego em setembro foi a menor da série histórica

Em trajetória de queda há quatro meses, a taxa média de desocupação calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas atingiu 6,2% em setembro, o menor nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em março de 2002. Segundo o instituto, a taxa recuou 0,5 ponto percentual em relação a agosto e 1,5 ponto na comparação com setembro do ano passado.

Em 12 meses, as seis regiões pesquisadas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) têm 443 mil pessoas a mais na População Economicamente Ativa (PEA), 762 mil ocupados a mais e 319 mil desempregados a menos. São 22,282 milhões de ocupados e 1,480 milhão de desempregados. A média de janeiro a setembro da taxa de desocupação foi estimada em 7,1%, ante 8,4% em igual período de 2010. O emprego formal e a renda também cresceram, com o salário atingindo o maior valor em oito anos.
 
De acordo com o IBGE, a população ocupada cresceu 0,7% ante agosto e 3,5% sobre setembro de 2010. Já o número de desempregados recuou 7,5% no mês, o equivalente a 120 mil a menos, 17,7% em um ano. Os trabalhadores com carteira assinada (aproximadamente 10,3 milhões) cresceu 8,6% ano, o equivalente a 816 mil pessoas a mais com emprego formal. Eles representam mais da metade (51,1%) dos ocupados.
 
Já o rendimento médio (estimado em R$ 1.499) subiu 1,3% na comparação mensal e 6,2% no ano. A massa de rendimentos somou R$ 33,8 bilhões em setembro, crescimento de 2,1% sobre agosto e de 10,1% na base anual.
Entre as regiões, as menores taxas foram registradas em Porto Alegre (4,1%) e Belo Horizonte (4,9%). Em seguida, vieram Rio de Janeiro (5,3%),  São Paulo (6,3%), Recife (8,8%) e Salvador (10,3%). Apesar de mais alta, a taxa de Salvador teve redução de 1,4 ponto percentual em relação a agosto.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/taxa-de-desemprego-em-setembro-foi-a-menor-desde-2002

Taxa de desemprego de 6,2% em setembro é a menor desde 2002, diz IBGE

A taxa de desemprego registrada em setembro deste ano, de 6,2%, é a menor registrada no Brasil desde o início da série histórica, em 2002. Em agosto, a taxa havia sido de 6,7% e, em setembro do ano passado, de 7,7%. Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, a população desocupada em setembro foi de 1,48 milhão de pessoas. Esta é a primeira vez que a população desocupada no Brasil fica abaixo de 1,5 milhão de pessoas.
 
De acordo com o IBGE, o rendimento médio real habitual foi de R$ 1.499, ou seja, 1,3% a mais que em agosto deste ano e 6,2% a mais do que setembro do ano passado.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=70E0F63E6B9E8AA8A6101CB12280FBB5?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_count=5&_56_groupId=19523&_56_articleId=1084237
 

Internet estará acessível a 2 bilhões de pessoas até o fim do ano

O acesso à internet deve estar disponível para 2 bilhões de usuários até o fim deste ano, segundo estimou a União Internacional das Telecomunicações (UIT). Em relatório divulgado nesta terça-feira  (19), a UIT informou que o número de usuários da internet duplicou nos últimos cinco anos. O número de pessoas que acessam a internet da própria residência subiu de 1,4 bilhão em 2009 para 1,6 bilhão este ano. Dos 226 milhões de novos usuários, pelo menos 162 milhões vivem em países em desenvolvimento.

De acordo com o levantamento da UIT, 71% dos habitantes dos países industrializados têm acesso à rede mundial de computadores, enquanto nos países em desenvolvimento esse acesso está disponível para apenas 21,5% das pessoas. Nos países ricos, 65% dos usuários acessam a rede da própria residência, percentual que cai para 13,5% nos países em desenvolvimento.
 
As diferenças mais significativas surgem quando a comparação se dá entre países europeus e africanos. Entre os europeus, 65% têm acesso à internet. Nos africanos, apenas 9,6% se conectam à rede mundial de computadores.
A UIT também constatou o crescimento do número de assinaturas do serviço de banda larga, especialmente nos países desenvolvidos e entre os principais emergentes. E prevê que, até o fim do ano, a banda larga estará disponível para 8% dos usuários em todo mundo. Mas, nos países mais pobres, a internet de alta velocidade está fora do alcance da maior parte da população.
 
Em compensação, 90% da população mundial têm acesso à telefonia móvel. A estimativa é que, até dezembro, dos 5,3 bilhões de assinantes do serviço de  telefonia celular, 3,8 bilhões vivam em países em desenvolvimento, que estão se tornando o principal mercado das operadoras globais. O crescimento médio anual das regiões desenvolvidas é de apenas 1,6%. Nesses países o mercado móvel está prestes a atingir a saturação, registrando média de 116 assinaturas para cada cem habitantes.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/internet-estara-acessivel-a-2-bilhoes-de-pessoas-ate-o-fim-do-ano

Brasil sobe 13 postos em ranking mundial de liberdade de imprensa

O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado nesta quarta-feira pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma “evolução favorável na legislação” do país.
 
“Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos”, explicou em entrevista à BBC Brasil Benoît Hervieu, responsável pelas Américas da RSF.
 
A ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do poder público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. “Por último, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet”, diz o comunicado.
 
No topo do ranking de liberdade de imprensa estão, empatados em primeiro lugar, Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, estão Turcomenistão (176º), Coréia do Norte (177º) e Eritreia (178º).
 
O relatório também destacou, em um capítulo intitulado “Crescimento econômico não quer dizer liberdade de imprensa”, que o Brasil foi o único a evoluir no ranking entre o grupo dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China); Índia é 122ª na lista, Rússia 140ª e a China 171ª.
 
Brasil
 
Apesar da melhora do Brasil, Hervieu garante que é preciso prudência, “pois ainda há problemas de violência” ligados à realização do trabalho da imprensa. Outro ponto negativo, segundo a organização, é a “censura prévia’.
“Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido”, diz Hervieu. Para ele, a Justiça brasileira sofre influência de políticos e toma decisões ‘ridículas, como proibir a citação de nomes e sobrenomes’ em reportagens.
 
Hervieu minimizou a troca de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte da imprensa nacional durante a campanha eleitoral. “A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada”.

Sindicatos do ramo químico se reúnem com Sindicato Patronal para Negociação

Aconteceram nos dias 20 e 21 as primeiras rodadas de negociações entre os representantes dos sindicatos dos trabalhadores, coordenados pela FETQUIM/CUT e os representantes do Sindicato Patronal, na Sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo e Região.

A Campanha Salarial tem como data-base 1º de novembro, e os setores químicos, cosméticos, plásticos e similares estão atentos e unidos à sua entidade de classe.

No próximo dia 29 de outubro, às 19h, acontecem as plenárias regionais. Veja abaixo os locais e participe, convide seus colegas de trabalho. Juntos, trabalhadores e as entidades de classe podem manter e ampliar as conquistas!
 
Sede Central – Rua Tamandaré, 348- Liberdade
São Miguel – Rua Arlindo Colaço, 32
Santo Amaro –  Rua Ada Negri, 127
Lapa – Rua Domingos Rodrigues, 420
Taboão da Serra –  Estrada Kizaemon Takeuti, 1751     

Após derrota nas eleições, Heloísa Helena pede afastamento da presidência do PSOL

Após perder a eleição para o Senado em Alagoas, a vereadora em Maceió Heloísa Helena pediu nesta quarta-feira afastamento da presidência nacional do PSOL, mas afirma que continua como militante da legenda.

Em nota divulgada hoje, ela comunica a decisão de “formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN [Diretório Nacional] me afastando das atribuições da Presidência”.
 
Heloísa Helena enfrentou uma campanha com fortes ataques de seus adversários. Ela afirma ter enfrentado “o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto –ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder– e a podridão criminosa da política alagoana”.
 
“Em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais –culminando com o apoio à candidatura de Dilma [Rousseff]– tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!”, diz a nota.
 
O então candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, foi para a eleição deste ano sem o apoio da vereadora. Heloísa Helena, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial de 2006, não participou da campanha de Plínio e também não contou com o apoio da maioria do partido em sua campanha.
 
Ela não declarou apoio, mas fez elogios à então presidenciável do PV, Marina Silva, causando constrangimento ao seu partido. A Executiva Nacional do PSOL decidiu encerrar em janeiro as conversas com o PV para possível apoio à candidatura de Marina. Segundo a direção do partido, o principal motivo do rompimento foi a decisão do PV de se coligar com o PSDB na disputa para o governo do Rio de Janeiro.
 
A reportagem não conseguiu contato com o PSOL para comentar a decisão da vereadora.
 
Leia a íntegra da nota de Heloísa Helena:
 
“1. Agradeço a solidariedade de muitos diante da minha derrota ao Senado (escrevo na primeira pessoa pois sei, como em outras guerras ao longo da história já foi dito “A vitória tem muitos pais e mães, a derrota é orfã!”).
 
Registro que enfrentei o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto –ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder– e a podridão criminosa da política alagoana. Sobre esse doloroso processo só me resta ostentar orgulhosamente as cicatrizes, os belos sinais sagrados dos que estiveram no campo de batalha sem conluio, sem covardia, sem rendição!
 
2. Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência. Como é de conhecimento de todas(os) fui eleita no 2º Congresso Nacional por uma Chapa Minoritária, composta majoritariamente pelo MES e Poder Popular (MTL), em um momento da vida partidária extremamente tumultuado que mais parecia a velha e cruel opção metodológica das lutas internas pelo aparato diante dos escombros de miserabilidade e indigência da nossa Classe Trabalhadora. Daí em diante o aprofundamento da desprezível carnificina política foi ora transparente ora dissimulado mas absolutamente claro!
 
Assim sendo, em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio à Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!”
 
Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/poder/817354-apos-derrota-nas-eleicoes-heloisa-helena-pede-afastamento-da-presidencia-do-psol.shtml

Censura: a nossa hora e a nossa vez

Primeiro foi a Maria Rita Kehl, cortada de O Estado de S. Paulo por “delito de opinião”.

Agora, chegou a nossa vez, na Revista do Brasil e na Rede Brasil Atual. A campanha de Serra, através do TSE, cassou liminarmente a circulação do atual número da revista.
 
E o comando da campanha de Serra ainda pretendia impor o “segredo de justiça”, impedindo que a censura viesse a público. Traduzindo: injustiça cometida em segredo é mais segura, e segura mais.
 
Isso não é surpreendente. O índice de baixarias vai subir ainda mais, conforme nos aproximamos da última semana, a reta final da campanha eleitoral.
 
Até agora os ataques difamatórios e calúnias mais recentes, embora repitam antigas, feitas no primeiro turno, não parecem ter surtido os efeitos desejados. As pesquisas continuaram apontando uma situação de estabilidade em termos de preferências de voto. Então o que se espera é que o nível dos ataques baixe ainda mais e o seu tom suba.
 
Ao mesmo tempo, é necessário calar quem se oponha ao pretenso rolo compressor da campanha em favor do candidato demo-tucano. Daí a necessidade de censurar a imprensa e a liberdade de expressão.
 
Isso ocorreu em 2006, com o afastamento de várias redações de jornalistas que não se afinavam com a então candidatura de oposição a Lula. O efeito dessa “caça aos bruxos” foi o contrário do esperado por seus mentores. Como gotas de mercúrio quando a gente as espreme, o expurgo gerou uma proliferação de blogues na internet, aumentando a diversidade de informação disponível.
 
Por outro lado, ataques como esse – contra a Revista do Brasil e o jornal da CUT – mostram que concepção de liberdade de imprensa e expressão os dirigentes da campanha de Serra tem. Tudo bem para eles que revistas e outras mídias do seu campo procurem enxovalhar diariamente a candidata Dilma Rousseff e o próprio presidente Lula. Seguem a famosa máxima “para os amigos tudo, para os inimigos o rigor da lei” que dizem combater.
 
Mas as máscaras vão sendo arranhadas, até cair. O caso da demissão de Maria Rita repercutiu até no exterior. O mesmo deve acontecer com esse ataque à Revista do Brasil e à CUT. Até o blogue do seu presidente queriam censurar, além de promover “buscas e apreensões” – nisso eles são bons.
 
Dá para imaginar o clima de “liberdade de expressão” que vai imperar caso as direitas brasileiras, unidas em torno de Serra, consigam vencer as eleições.
 
P. S. – Eu me preparava para escrever sobre a exposição “Hitler e os alemães – nação e crime”, hora em curso no Deutsche Historiches Museum – quando fui literalmente atropelado pela notícia da censura à Revista do Brasil. Mas não percam por esperar: o comentário virá a seguir.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-do-velho-mundo/censura-a-nossa-hora-e-a-nossa-vez/view

PSDB quer liberdade de imprensa só para sua turma

A Revista do Brasil sofreu mais uma investida do PSDB. Por solicitação dos tucanos, na madrugada desta segunda-feira (18) o ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu a suspensão de circulação da edição 52, de outubro.

A ação da coligação “O Brasil pode mais”, encabeçada pelo PSDB, de José Serra, foi atendida apenas em parte. Além da Revista do Brasil, suspende a circulação do Jornal da CUT, ano 3, nº 28. Mas três itens cruciais foram negados pelo ministro Dias. A demanda dos advogados tucanos queria silenciar o Blog do Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e pedia a busca e apreensão do material mencionado.
 
O terceiro item negado é emblemático: o PSDB queria que a questão tramitasse em segredo de Justiça. Nenhuma informação sobre o processo poderia ser divulgada, caso o pedido fosse atendido. Isso denota intenções claras do tucanato de ocultar da opinião pública a própria tentativa de restringir, ou censurar, a circulação de informações e opiniões.
 
A divulgação foi feita pelo site do TSE e repercutiu em sites noticiosos ao longo do dia. A Editora Gráfica Atitude, responsável pela Revista do Brasil, só poderá se pronunciar quando for comunicada oficialmente pelo órgão sobre a decisão do juiz e seus eventuais desdobramentos.
 
De antemão, agradece as centenas de mensagens de apoio e de solidariedade recebidas ao longo do dia, fruto da mobilização da blogosfera. Qualquer ato dessa natureza – indispor o Judiciário contra às liberdades de imprensa e de expressão – merece no mínimo a condenação de todos os cidadãos que prezam pela democracia e pelo direito à informação.
 
Diferentemente de panfletos apócrifos destinados a difundir terrorismo, desinformação e baixarias das mais diversas – sejam eles de papel, eletrônicos, digitais ou virtuais –, a Revista do Brasil tem endereço, CNPJ, núcleo editorial e profissionais responsáveis. A transparência do veículo, ao expor sua opinião de forma tão clara quanto rara na imprensa brasileira, e o jornalismo independente e plural que pratica – patrimônio dos trabalhadores aos quais se destina – não merecem ser alvo de qualquer forma de cerceamento.
 
Quatro anos depois
 
A edição 52 da Revista do Brasil trazia, à capa, uma foto da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), com a chamada “A vez de Dilma: O país está bem perto de seguir mudando para melhor”. A publicação explicita em seu editorial a posição favorável à candidatura Dilma, e traz também reportagem analisando circunstâncias da disputa do segundo turno.
 
O pedido de restrição de circulação de seu conteúdo assemelha-se a uma investida datada de junho de 2006. À época, o mesmo PSDB encampou pedido de suspensão de distribuição da edição número 1 da revista. Havia ainda a demanda de que a edição deixasse de ser divulgada no site da CUT e do Sindicato dos Químicos.
 
Repetida a investida, fica latente o lado em que estão as forças aliadas a José Serra. O lado de quem quer liberdade apenas para o tipo de imprensa e de expressão que lhes convém.
 
Nas páginas
 
A edição de outubro traz ainda reportagens especiais e exclusivas, características de seu
perfil editorial diferenciado. Por exemplo, uma que descreve situação alarmante que acomete o mundo do trabalho: a prática do assédio moral, das pressões por produtividade à base de humilhações que tem levado pessoas à depressão e, em muitos casos, à tentativa de suicído. O papel do Brasil na conferência de biodiversidade que acontece este mês no Japão. Relatos emocionantes de brasileiros que sobreviveram às bombas de Hiroshimsa e Nagasak. Uma entrevista pra lá de especial com o compositor Paulo César Pinheiro. Um passeio por um pedaço da Alemanha no interior de Santa Catarina. A opinião cortante de Mauro Santayana. A crônica irreverente de Mouzar Benedito. O drama da TV Cultura em São Paulo. E os rumos e rimas do hip hop nacional.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/psdb-quer-liberdade-de-imprensa-so-para-sua-turma