As eleições de 2010 foram um teste de fogo para a democracia e o alcance do poder da mídia. Podíamos escrever muito a respeito dos derrotados, em especial a mídia comercial e os conservadores. No entanto, é hora de comemorar a vitória da primeira mulher presidente da República: Dilma Rousseff. Os trabalhadores venceram e o Governo iniciado pelo presidente Lula progredirá com Dilma.
A ex-ministra começou a sua caminhada como candidata indicada pelo presidente Lula e comprovou que um projeto voltado para os interesses dos trabalhadores, ou seja, da maioria da população, pode ser vitorioso sim. A liderança do presidente Lula foi importante nos oito anos de mandato, mas apenas a popularidade não seria suficiente para explicar o sucesso de um ex-sindicalista na Presidência da República.
Os partidos aliados foram fundamentais para que o alicerce da construção de uma nova democracia fosse criado. Hoje, o Brasil é pensado a partir dos trabalhadores que acordam cedo e que têm direito às riquezas produzidas no país. A economia, como disse Lula e reafirmou Dilma em vários momentos da campanha, precisa levar em conta as pessoas e não só um monte de números.
O povo entendeu que, mais do que uma candidata, havia um projeto em disputa e que estavam em jogo oito anos de conquistas. Os movimentos sociais, principalmente os intitulados de radicais, foram respeitados e tiveram espaço para atuar. O empresariado pôde investir com segurança e os lucros impulsionam nossas indústrias. Os salários subiram e os empregos aumentaram. Esse círculo virtuoso criado precisava continuar. Foi nisso que o povo votou, no projeto de desenvolvimento social do Brasil.
O Brasil ainda tem muito que melhorar. Foram 500 anos de submissão à política internacional e de governos que não tinham o compromisso popular praticado pelo Governo Lula. No entanto, progredimos muito em oito anos. Contrariamos os pessimistas: todas as vezes que alguma crise internacional ocorreu, superamos com uma independência que impressionou o mundo.
No discurso, depois de confirmada a vitória, Dilma falou sobre a importância de manter as melhores relações com os outros países. Reafirmou, entretanto, que a soberania alcançada pelo Brasil não sofrerá qualquer interferência. O Brasil é dos brasileiros. Ao final do discurso, Dilma agradeceu ao presidente Lula, líder que será consultado.
No início deste texto mencionamos os derrotados. Mas depois de tantas possibilidades de ver um Brasil melhor, só podemos falar nos vitoriosos. Inclusive os adversários de Dilma que, depois de tantos embates, também poderão desfrutar de um país ainda melhor, mais democrático, mais popular, mais justo. Parabéns, Dilma!