Internet estará acessível a 2 bilhões de pessoas até o fim do ano

O acesso à internet deve estar disponível para 2 bilhões de usuários até o fim deste ano, segundo estimou a União Internacional das Telecomunicações (UIT). Em relatório divulgado nesta terça-feira  (19), a UIT informou que o número de usuários da internet duplicou nos últimos cinco anos. O número de pessoas que acessam a internet da própria residência subiu de 1,4 bilhão em 2009 para 1,6 bilhão este ano. Dos 226 milhões de novos usuários, pelo menos 162 milhões vivem em países em desenvolvimento.

De acordo com o levantamento da UIT, 71% dos habitantes dos países industrializados têm acesso à rede mundial de computadores, enquanto nos países em desenvolvimento esse acesso está disponível para apenas 21,5% das pessoas. Nos países ricos, 65% dos usuários acessam a rede da própria residência, percentual que cai para 13,5% nos países em desenvolvimento.
 
As diferenças mais significativas surgem quando a comparação se dá entre países europeus e africanos. Entre os europeus, 65% têm acesso à internet. Nos africanos, apenas 9,6% se conectam à rede mundial de computadores.
A UIT também constatou o crescimento do número de assinaturas do serviço de banda larga, especialmente nos países desenvolvidos e entre os principais emergentes. E prevê que, até o fim do ano, a banda larga estará disponível para 8% dos usuários em todo mundo. Mas, nos países mais pobres, a internet de alta velocidade está fora do alcance da maior parte da população.
 
Em compensação, 90% da população mundial têm acesso à telefonia móvel. A estimativa é que, até dezembro, dos 5,3 bilhões de assinantes do serviço de  telefonia celular, 3,8 bilhões vivam em países em desenvolvimento, que estão se tornando o principal mercado das operadoras globais. O crescimento médio anual das regiões desenvolvidas é de apenas 1,6%. Nesses países o mercado móvel está prestes a atingir a saturação, registrando média de 116 assinaturas para cada cem habitantes.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/internet-estara-acessivel-a-2-bilhoes-de-pessoas-ate-o-fim-do-ano

Brasil sobe 13 postos em ranking mundial de liberdade de imprensa

O Brasil subiu 13 posições e ocupa o 58º lugar no ranking mundial de liberdade de imprensa, divulgado nesta quarta-feira pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Segundo um comunicado da organização, a melhora na lista ocorreu graças a uma “evolução favorável na legislação” do país.
 
“Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos”, explicou em entrevista à BBC Brasil Benoît Hervieu, responsável pelas Américas da RSF.
 
A ausência de violência grave contra a imprensa e uma maior sensibilização do poder público em relação ao acesso à informação também motivaram o salto do país. “Por último, o Brasil tem uma das comunidades mais ativas na internet”, diz o comunicado.
 
No topo do ranking de liberdade de imprensa estão, empatados em primeiro lugar, Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. Na outra ponta da lista, estão Turcomenistão (176º), Coréia do Norte (177º) e Eritreia (178º).
 
O relatório também destacou, em um capítulo intitulado “Crescimento econômico não quer dizer liberdade de imprensa”, que o Brasil foi o único a evoluir no ranking entre o grupo dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China); Índia é 122ª na lista, Rússia 140ª e a China 171ª.
 
Brasil
 
Apesar da melhora do Brasil, Hervieu garante que é preciso prudência, “pois ainda há problemas de violência” ligados à realização do trabalho da imprensa. Outro ponto negativo, segundo a organização, é a “censura prévia’.
“Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido”, diz Hervieu. Para ele, a Justiça brasileira sofre influência de políticos e toma decisões ‘ridículas, como proibir a citação de nomes e sobrenomes’ em reportagens.
 
Hervieu minimizou a troca de acusações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parte da imprensa nacional durante a campanha eleitoral. “A posição da mídia ao dizer que as palavras de Lula são uma ameaça à imprensa é exagerada”.

Sindicatos do ramo químico se reúnem com Sindicato Patronal para Negociação

Aconteceram nos dias 20 e 21 as primeiras rodadas de negociações entre os representantes dos sindicatos dos trabalhadores, coordenados pela FETQUIM/CUT e os representantes do Sindicato Patronal, na Sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo e Região.

A Campanha Salarial tem como data-base 1º de novembro, e os setores químicos, cosméticos, plásticos e similares estão atentos e unidos à sua entidade de classe.

No próximo dia 29 de outubro, às 19h, acontecem as plenárias regionais. Veja abaixo os locais e participe, convide seus colegas de trabalho. Juntos, trabalhadores e as entidades de classe podem manter e ampliar as conquistas!
 
Sede Central – Rua Tamandaré, 348- Liberdade
São Miguel – Rua Arlindo Colaço, 32
Santo Amaro –  Rua Ada Negri, 127
Lapa – Rua Domingos Rodrigues, 420
Taboão da Serra –  Estrada Kizaemon Takeuti, 1751     

Após derrota nas eleições, Heloísa Helena pede afastamento da presidência do PSOL

Após perder a eleição para o Senado em Alagoas, a vereadora em Maceió Heloísa Helena pediu nesta quarta-feira afastamento da presidência nacional do PSOL, mas afirma que continua como militante da legenda.

Em nota divulgada hoje, ela comunica a decisão de “formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN [Diretório Nacional] me afastando das atribuições da Presidência”.
 
Heloísa Helena enfrentou uma campanha com fortes ataques de seus adversários. Ela afirma ter enfrentado “o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto –ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder– e a podridão criminosa da política alagoana”.
 
“Em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais –culminando com o apoio à candidatura de Dilma [Rousseff]– tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!”, diz a nota.
 
O então candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, foi para a eleição deste ano sem o apoio da vereadora. Heloísa Helena, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial de 2006, não participou da campanha de Plínio e também não contou com o apoio da maioria do partido em sua campanha.
 
Ela não declarou apoio, mas fez elogios à então presidenciável do PV, Marina Silva, causando constrangimento ao seu partido. A Executiva Nacional do PSOL decidiu encerrar em janeiro as conversas com o PV para possível apoio à candidatura de Marina. Segundo a direção do partido, o principal motivo do rompimento foi a decisão do PV de se coligar com o PSDB na disputa para o governo do Rio de Janeiro.
 
A reportagem não conseguiu contato com o PSOL para comentar a decisão da vereadora.
 
Leia a íntegra da nota de Heloísa Helena:
 
“1. Agradeço a solidariedade de muitos diante da minha derrota ao Senado (escrevo na primeira pessoa pois sei, como em outras guerras ao longo da história já foi dito “A vitória tem muitos pais e mães, a derrota é orfã!”).
 
Registro que enfrentei o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto –ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder– e a podridão criminosa da política alagoana. Sobre esse doloroso processo só me resta ostentar orgulhosamente as cicatrizes, os belos sinais sagrados dos que estiveram no campo de batalha sem conluio, sem covardia, sem rendição!
 
2. Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência. Como é de conhecimento de todas(os) fui eleita no 2º Congresso Nacional por uma Chapa Minoritária, composta majoritariamente pelo MES e Poder Popular (MTL), em um momento da vida partidária extremamente tumultuado que mais parecia a velha e cruel opção metodológica das lutas internas pelo aparato diante dos escombros de miserabilidade e indigência da nossa Classe Trabalhadora. Daí em diante o aprofundamento da desprezível carnificina política foi ora transparente ora dissimulado mas absolutamente claro!
 
Assim sendo, em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio à Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!”
 
Mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/poder/817354-apos-derrota-nas-eleicoes-heloisa-helena-pede-afastamento-da-presidencia-do-psol.shtml

Censura: a nossa hora e a nossa vez

Primeiro foi a Maria Rita Kehl, cortada de O Estado de S. Paulo por “delito de opinião”.

Agora, chegou a nossa vez, na Revista do Brasil e na Rede Brasil Atual. A campanha de Serra, através do TSE, cassou liminarmente a circulação do atual número da revista.
 
E o comando da campanha de Serra ainda pretendia impor o “segredo de justiça”, impedindo que a censura viesse a público. Traduzindo: injustiça cometida em segredo é mais segura, e segura mais.
 
Isso não é surpreendente. O índice de baixarias vai subir ainda mais, conforme nos aproximamos da última semana, a reta final da campanha eleitoral.
 
Até agora os ataques difamatórios e calúnias mais recentes, embora repitam antigas, feitas no primeiro turno, não parecem ter surtido os efeitos desejados. As pesquisas continuaram apontando uma situação de estabilidade em termos de preferências de voto. Então o que se espera é que o nível dos ataques baixe ainda mais e o seu tom suba.
 
Ao mesmo tempo, é necessário calar quem se oponha ao pretenso rolo compressor da campanha em favor do candidato demo-tucano. Daí a necessidade de censurar a imprensa e a liberdade de expressão.
 
Isso ocorreu em 2006, com o afastamento de várias redações de jornalistas que não se afinavam com a então candidatura de oposição a Lula. O efeito dessa “caça aos bruxos” foi o contrário do esperado por seus mentores. Como gotas de mercúrio quando a gente as espreme, o expurgo gerou uma proliferação de blogues na internet, aumentando a diversidade de informação disponível.
 
Por outro lado, ataques como esse – contra a Revista do Brasil e o jornal da CUT – mostram que concepção de liberdade de imprensa e expressão os dirigentes da campanha de Serra tem. Tudo bem para eles que revistas e outras mídias do seu campo procurem enxovalhar diariamente a candidata Dilma Rousseff e o próprio presidente Lula. Seguem a famosa máxima “para os amigos tudo, para os inimigos o rigor da lei” que dizem combater.
 
Mas as máscaras vão sendo arranhadas, até cair. O caso da demissão de Maria Rita repercutiu até no exterior. O mesmo deve acontecer com esse ataque à Revista do Brasil e à CUT. Até o blogue do seu presidente queriam censurar, além de promover “buscas e apreensões” – nisso eles são bons.
 
Dá para imaginar o clima de “liberdade de expressão” que vai imperar caso as direitas brasileiras, unidas em torno de Serra, consigam vencer as eleições.
 
P. S. – Eu me preparava para escrever sobre a exposição “Hitler e os alemães – nação e crime”, hora em curso no Deutsche Historiches Museum – quando fui literalmente atropelado pela notícia da censura à Revista do Brasil. Mas não percam por esperar: o comentário virá a seguir.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-do-velho-mundo/censura-a-nossa-hora-e-a-nossa-vez/view

PSDB quer liberdade de imprensa só para sua turma

A Revista do Brasil sofreu mais uma investida do PSDB. Por solicitação dos tucanos, na madrugada desta segunda-feira (18) o ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu a suspensão de circulação da edição 52, de outubro.

A ação da coligação “O Brasil pode mais”, encabeçada pelo PSDB, de José Serra, foi atendida apenas em parte. Além da Revista do Brasil, suspende a circulação do Jornal da CUT, ano 3, nº 28. Mas três itens cruciais foram negados pelo ministro Dias. A demanda dos advogados tucanos queria silenciar o Blog do Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e pedia a busca e apreensão do material mencionado.
 
O terceiro item negado é emblemático: o PSDB queria que a questão tramitasse em segredo de Justiça. Nenhuma informação sobre o processo poderia ser divulgada, caso o pedido fosse atendido. Isso denota intenções claras do tucanato de ocultar da opinião pública a própria tentativa de restringir, ou censurar, a circulação de informações e opiniões.
 
A divulgação foi feita pelo site do TSE e repercutiu em sites noticiosos ao longo do dia. A Editora Gráfica Atitude, responsável pela Revista do Brasil, só poderá se pronunciar quando for comunicada oficialmente pelo órgão sobre a decisão do juiz e seus eventuais desdobramentos.
 
De antemão, agradece as centenas de mensagens de apoio e de solidariedade recebidas ao longo do dia, fruto da mobilização da blogosfera. Qualquer ato dessa natureza – indispor o Judiciário contra às liberdades de imprensa e de expressão – merece no mínimo a condenação de todos os cidadãos que prezam pela democracia e pelo direito à informação.
 
Diferentemente de panfletos apócrifos destinados a difundir terrorismo, desinformação e baixarias das mais diversas – sejam eles de papel, eletrônicos, digitais ou virtuais –, a Revista do Brasil tem endereço, CNPJ, núcleo editorial e profissionais responsáveis. A transparência do veículo, ao expor sua opinião de forma tão clara quanto rara na imprensa brasileira, e o jornalismo independente e plural que pratica – patrimônio dos trabalhadores aos quais se destina – não merecem ser alvo de qualquer forma de cerceamento.
 
Quatro anos depois
 
A edição 52 da Revista do Brasil trazia, à capa, uma foto da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), com a chamada “A vez de Dilma: O país está bem perto de seguir mudando para melhor”. A publicação explicita em seu editorial a posição favorável à candidatura Dilma, e traz também reportagem analisando circunstâncias da disputa do segundo turno.
 
O pedido de restrição de circulação de seu conteúdo assemelha-se a uma investida datada de junho de 2006. À época, o mesmo PSDB encampou pedido de suspensão de distribuição da edição número 1 da revista. Havia ainda a demanda de que a edição deixasse de ser divulgada no site da CUT e do Sindicato dos Químicos.
 
Repetida a investida, fica latente o lado em que estão as forças aliadas a José Serra. O lado de quem quer liberdade apenas para o tipo de imprensa e de expressão que lhes convém.
 
Nas páginas
 
A edição de outubro traz ainda reportagens especiais e exclusivas, características de seu
perfil editorial diferenciado. Por exemplo, uma que descreve situação alarmante que acomete o mundo do trabalho: a prática do assédio moral, das pressões por produtividade à base de humilhações que tem levado pessoas à depressão e, em muitos casos, à tentativa de suicído. O papel do Brasil na conferência de biodiversidade que acontece este mês no Japão. Relatos emocionantes de brasileiros que sobreviveram às bombas de Hiroshimsa e Nagasak. Uma entrevista pra lá de especial com o compositor Paulo César Pinheiro. Um passeio por um pedaço da Alemanha no interior de Santa Catarina. A opinião cortante de Mauro Santayana. A crônica irreverente de Mouzar Benedito. O drama da TV Cultura em São Paulo. E os rumos e rimas do hip hop nacional.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-na-rede/psdb-quer-liberdade-de-imprensa-so-para-sua-turma

Bancos devem antecipar horário de abertura e fechamento em estados que não têm horário de verão

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) comunica que nos estados em que não vigorará o horário de verão, as agências deverão antecipar em uma hora a abertura e o fechamento para atendimento ao público. “Essa medida tem o objetivo de assegurar o perfeito funcionamento do serviço de compensação”, diz a Febraban em nota.

Os estados que terão alteração no horário de abertura das agências bancárias são: Acre, Amapá, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
 
Alguns municípios, entretanto, manterão inalterados os horários de atendimento. São eles: Manaus (AM); Belém (PA) e região metropolitana: Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará; Fortaleza (CE) e região metropolitana: Aquiraz, Caucaia, Chorozinho, Euzébio, Guaiuba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba e São Gonçalo do Amarante; Recife (PE) e região metropolitana: Abreu e Lima, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista; Salvador (BA) e região metropolitana: Candeias, Camaçari, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera Cruz.
Segundo a Febraban, as agências e os postos de atendimento manterão fixados cartazes comunicando a mudança de horário de atendimento.
 
O horário de verão vigorará da 0h do próximo domingo (17) até a 0h de 2 de fevereiro de 2011 no Distrito Federal e nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Espírito Santo, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
 
Mais informações acesse:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_pos=2&p_p_col_count=4&_56_groupId=19523&_56_articleId=1080487
 

Política de Serra no governo de SP para servidores públicos desmente promessa de campanha, diz Diap

Na gestão de José Serra (PSDB) como governador paulista, a orientação para a negociação salarial de servidores em 2009 previa veto a reajustes acima da inflação e orientava a redução de direitos. Um ofício circular da chefia da Casa Civil de novembro de 2009, recuperado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), traz 21 itens restritivos a aumentos. As práticas contrastam com promessas de campanha do candidato, na visão do Diap.

Na propaganda eleitoral, Serra promete elevar o salário mínimo para R$ 600 e ainda aumentar em 10% o benefício de aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “São palavras ao vento de quem quer ganhar a batalha eleitoral a qualquer custo”, sustenta o órgão, em nota. Para Artur Henrique, presidente nacional da CUT, o caso é emblemático do “jeito José Serra de governar”.
 
Na gestão de Serra, atual candidato à Presidência da República, o governo estadual  recomendou a adoção de abonos “para compensar a supressão ou redução de vantagens praticadas pelas entidades”. Na prática, isso significa substituir direitos por abonos, que podem variar de ano para ano. Em relação a reajustes, foram proibidos aumentos acima do Índice de Preços ao Consumidor ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). Isso significa veto a aumentos reais.
 
Para Artur, em época da eleição, o candidato do PSDB apresenta uma “pauta falsa”, para convencer o eleitorado. “Mas quando esteve no governo do estado, reduziu o poder aquisitivo de trabalhadores – principalmente do setor público e de empresas estatais”, critica, em entrevista à Rede Brasil Atual. “É a mesma política implementada pelo governo Fernando Henrique Cardoso quando foi governo por oito anos”, avalia o sindicalista. “(Isso vai) na contramão do que defendemos e do que foi feito no governo Lula, que é aumentar a renda dos trabalhadores”, sustenta.
 
O sindicalista vê a prática de não negociar com servidores públicos como um exemplo de que, caso chegue à Presidência, Serra não promoveria o fortalecimento do funcionalismo público como promete na campanha. “(O PSDB) passou os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso e os 16 no estado de São Paulo destruindo carreiras do setor público, da saúde, da educação e das empresas públicas que ainda restaram”, critica.
Artur atribui ao aumento da renda, por meio de reajustes para trabalhadores – com destaque para o salário mínimo –, como uma das chaves para o atual aquecimento da economia. O cenário é apontado como um dos principais responsáveis pela rápida reação do Brasil à crise de 2008. A avaliação é de que, com mais dinheiro, setores como o do comércio e de serviços são aquecidos pelo consumo interno, o que fomenta a produção industrial, fazendo a economia girar.
 
Em relação ao salário mínimo, o presidente da CUT lembra que, enquanto um acordo foi firmado entre o governo federal e centrais sindicais para promover uma política de valorização permanente do salário mínimo até 2023, durante os oito anos em que o PSDB esteve à frente da Presidência da República a posição foi diferente. “Serra diz que vai aumentar o salário mínimo para R$ 600, mas com certeza manteria o valor pelos próximos quatro anos se ganhasse a eleição”, suspeita.
 
Constituinte
 
O Diap lembra ainda que, como deputado constituinte, Serra comportou-se como um “fiscalista”. Isso significa que ele privilegia uma legislação trabalhista mais flexível, em que negociações de cada categoria definem o patamar mínimo de contratações. Em questões como estabilidade do trabalho, jornada de trabalho máxima de 40 horas semanais e direito à comissão de fábrica, o atual candidato à Presidência posicionou-se de maneira contrária.
 
Em votações como aumento real para o salário mínimo, direito de greve, estabilidade do dirigente sindical, adicional de um terço de férias e aviso prévio proporcional, Serra optou por abstenções. A nota atribuída pelo Diap à atuação de Serra como constituinte foi 3,75 – em uma escala que vai até 10.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/serra-como-governador-com-servidores-publicos-desmente-promessa-de-campanha-diz-diap

Vida dos moradores de São Luiz do Paraitinga desmente Serra

A cidade histórica de São Luiz do Paraitinga (SP) não retomou sua vida normal e não está reconstruída como afirmou o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, em debate no dia 1º de outubro. Fotografias tiradas pela Rede Brasil Atual (veja o álbum) mostram que o cotidiano da cidade do Vale do Paraíba desmentem o que foi apresentado pelo tucano. O município assolado por uma enchente no começo do ano não retomou sua vida normal.

No último debate do primeiro turno, quando questionado por Marina Silva (PV) sobre seus planos para emergências, Serra respondeu:
 
“Tive a experiência como governador de enfrentar essas situações. Quero dizer inclusive que no caso da cidade de São Luiz do Paraitinga, que foi inteiramente tomada pelas águas, nós já entregamos a reconstrução. De tudo que tinha de mais importante já foi entregue. Contrariamente do que se faz na esfera federal, em que as coisas vão se arrastando”.
 
Serra afirmou, também, que criaria a “Defesa Civil Nacional” caso fosse eleito. Ele ignorou o fato de que já existe uma Secretaria Nacional de Defesa Civil, subordinada ao Ministério da Integração Nacional, exatamente com a função desejada pelo tucano, que é poder mobilizar com rapidez a ajuda a estados e municípios afetados por calamidade.
 
Para quem conhece São Luiz, mas acompanha a situação à distância, pode ter ficado satisfeito em saber que um local tão querido à população paulista está novamente em pé. Quem vive lá, no entanto, estranhou a declaração. “O que Serra está falando não corresponde à realidade”, lamenta o morador Marcelo Toledo, coordenador do Movimento em Defesa dos Pequenos Agricultores. “(Ele) falou que o estado teve uma atuação, mas não vê o que está acontecendo, o sofrimento das pessoas”, critica.
 
A praça era o local em que se desenvolvia boa parte da vida social luizense e, sem ela, fica difícil retomar a normalidade. O cenário é parecido com o registrado pela reportagem dias depois da enchente: a maior parte do casario naquela área está destruída, ou seja, pouca gente mora no local. Muitas pessoas seguem em casa de parentes em São Luiz ou em outras cidades. A movimentação mais forte se dá em torno da Igreja Matriz, que recebeu uma cobertura metálica para facilitar os trabalhos de reconstrução. Sem o fundamental patrimônio arquitetônico, fica difícil para a população reativar a economia local, que dependia fortemente do turismo. Vários restaurantes ainda não retomaram as atividades e muitas pousadas estão com nível baixo de ocupação – há algumas que sobrevivem basicamente da hospedagem de engenheiros contratados para a reconstrução.
 
A construção de moradias comuns também deixa dúvidas entre os moradores. Segundo a Secretaria de Habitação, foram construídas 150 casas e serão feitas mais cem em terreno a ser indicado pela prefeitura.
 
O problema é que parte das moradias não é doação: os moradores têm de pagar um financiamento de até R$ 30 mil. “Muitas pessoas querem voltar para as casas antigas porque acham que a enchente não prejudicou tanto. A pessoa não quer sair da casa dele para ficar vinte anos pagando aluguel, seguindo um monte de regras”, destaca Toledo.
 
Assistência
 
O discurso de que foi dada toda assistência necessária a São Luiz é, também, desmentido por ação movida contra o governo paulista. A Defensoria Pública detectou, após audiências com os moradores, que o pagamento de auxílio-moradia havia sido interrompido em maio sem qualquer explicação. O valor, de R$ 300 por família, deveria ser concedido até a mudança para nova moradia. O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu em setembro liminar à ação, definindo multa diária de R$ 15 mil ao governo estadual em caso de descumprimento da medida.
 
O defensor público Wagner Giron de la Torre espera, no mérito da ação, fazer com que o estado seja condenado a indenizar todas as vítimas da enchente. Ele lamenta a morosidade com que vem sendo conduzida a reconstrução de São Luiz. “Pela dimensão da tragédia, merecia uma atuação muito mais encorpada e muito mais célere por parte dos órgãos públicos. Deveria haver um mutirão emergencial de todos os níveis de governo”, sustenta.
 
Discursos e práticas
 
A prioridade dada – em discurso – por Serra à Defesa Civil não se refletiu na prática do tucano. São Paulo não realizou a etapa estadual da Conferência de Defesa Civil e Assistência Social, fundamental para a preparação da discussão para o evento nacional, ocorrido em março deste ano em Brasília.
 
À época, o argumento apresentado pelo governo estadual, comandado por Serra, era de que não haveria tempo hábil para a organização da etapa paulista. Mas a regra da gestão do PSDB no estado tem sido a de não dar grande importância às conferências setoriais, que ao longo dos últimos anos se transformaram em importantes fatores de definição de políticas públicas.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/vida-dos-moradores-de-sao-luiz-desmente-serra

Sindicato promove Encontros de Mulheres

A Secretaria de Gênero do Sindicato promove Encontro de Trabalhadoras no dia 16 de outubro, às 14 horas, na Subsede da Lapa. Um novo Encontro ocorre no dia 7 de novembro na Subsede de Santo Amaro, às 10 horas. De acordo com a coordenadora da Secretaria, Célia Alves dos Passos, as trabalhadoras que participarem dos dois encontros estarão credenciadas a participar do encontro final que acontecerá dias 27 e 28 de novembro, em local ainda a ser definido.

O propósito dos encontros é refletir temas que dizem respeito à condição e realidade da mulher na família, na sociedade e, especialmente, no mundo do trabalho. “Em nossos debates refletimos as condições de trabalho, em que normalmente as companheiras desempenham as mesmas funções que os homens, mas recebem salários menores, por exemplo”, explica a dirigente Célia.