Depois de determinação do STJ, médicos peritos retornam hoje ao trabalho

Depois de 84 dias de greve, os médicos peritos da Previdência Social retornam hoje (14) ao trabalho. Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Emanuel Santiago de Menezes, a entidade orientou a todos os associados a voltarem às atividades em cumprimento à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Ainda não fomos comunicados, mas uma decisão de Justiça a gente cumpre. Vamos contestar a decisão por meio de um agravo regimental. Pediremos para ser revista a decisão de ilegalidade da greve”, afirmou Menezes.
Ontem (13), o ministro do STJ Humberto Martins determinou que os peritos retornem ao trabalho a partir desta terça-feira. A decisão foi publicada hoje (14) no Diário da Justiça Eletrônico.
 
Segundo a associação, o ministro reconsiderou decisão liminar anterior e entendeu ilegal e abusiva a greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A continuidade da greve acarretaria no pagamento, pela associação, de multa diária de R$ 50 mil e no corte da folha de ponto dos peritos que faltarem ao trabalho a partir da publicação do ato.
 
A entidade convocou os médicos peritos para uma nova assembleia na próxima sexta-feira (17). O objetivo é analisar a decisão da Justiça e os próximos passos do movimento.
 
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Vendas no varejo crescem 0,4% de junho para julho

O comércio varejista brasileiro registrou aumento de 0,4% no volume de vendas e na receita nominal em julho deste ano, em relação ao mês anterior. O crescimento é inferior à alta de 1,0% no volume de vendas e de 0,5% na receita nominal registrada em junho. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, o volume de vendas cresceu em seis da dez atividades pesquisadas, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria, com aumento de 3,4%, e veículos, motos, partes e peças, com taxa de 2,9%. Também apresentaram crescimento os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,9%), material de construção (1,1%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%).
 
Já os setores que apresentaram redução no volume de vendas de junho para julho foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%), móveis e eletrodomésticos (-0,5%) e combustíveis e lubrificantes (-0,2%).
 
Em relação a julho de 2009, o comércio varejista registrou aumento de 10,9% no volume de vendas. De janeiro a julho e no acumulado dos últimos 12 meses, os crescimentos nos volumes foram de 11,4% e 9,7%, respectivamente.
 
As taxas de crescimento da receita nominal foram de 13,5% em julho de 2010 em relação ao mesmo período de 2009, de 14,5% até julho e de 12,7% no acumulado dos 12 meses.
 
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Pela primeira vez em 15 anos, cai o número de pessoas que passam fome no mundo

Pelo menos 925 milhões de pessoas sofrem de fome crônica no mundo, das quais 16% vivem em países em desenvolvimento na África e Ásia. Um estudo divulgado hoje (14) mostra que, pela primeira vez em uma década e meia, caiu o número de pessoas famintas no mundo. Mas o documento alerta que cerca de 19 milhões ainda sofrem de desnutrição grave com risco de morte.

A conclusão é do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Programa Alimentar Mundial (PAM). O alerta é que a alta dos preços dos alimentos pode impedir avanços no combate à fome no mundo.
 
Em comparação a 2009, houve uma redução de 9,6% no número de famintos no mundo. No ano passado, havia 1,023 bilhão de pessoas nesse grupo. Apesar da queda, há dados alarmantes, como o fato de a cada seis segundos uma criança morrer no mundo em decorrência de doenças causadas pela desnutrição.
 
“A fome continua sendo a maior tragédia e escândalo do mundo”, afirmou o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf. “Isso é absolutamente inaceitável”, disse ele, alertando que a meta de redução do número de famintos no mundo corre risco em decorrência da alta do preço dos alimentos.
 
Para a diretora executiva do PAM, Josette Sheeran, a ação dos governos têm sido eficiente, mas isso não significa que é suficiente. “Não é hora de relaxar. Devemos manter o combate à fome no esforço de tentar a estabilidade e a proteção de vidas com dignidade”, disse ela.
 
A meta, fixada pelos países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), é reduzir em 20% o total de pessoas que passam fome no mundo até 2015. O objetivo é fazer que o número caia de 925 milhões para 400 milhões nos próximos cinco anos.
 
No ano passado, a FAO lançou uma campanha mundial de combate à fome. A iniciativa conseguiu a adesão de mais de meio milhão de pessoas, que assinaram um documento destinado às autoridades mundiais, apelando para que executem ações efetivas que resolvam o problema da fome. A campanha está no ar no site do organismo.
 
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Brasil lidera ranking que mede progresso no combate à pobreza

Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil lidera o ranking que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza. O ranking é da organização não governamental (ONG) ActionAid.

Os novos dados foram divulgados hoje (14) no relatório Who’s Really Fighting Hunger? (Quem Realmente Está Combatendo a Pobreza?), em que a ONG analisa os esforços em 28 países para combater o problema. As informações são da BBC Brasil.
 
A ONG considerou o desempenho dos países em categorias como presença de fome, apoio à agricultura em pequenas propriedades e proteção social. O Brasil é seguido por China e Vietnã. Em último lugar na lista está a República Democrática do Congo.
 
Como em 2009, a ActionAid elogia as políticas sociais adotadas pelo governo federal para reduzir a fome no país, destacando os efeitos benéficos de programas como o Bolsa Família e o Fome Zero. Porém, o relatório destaca o pequeno avanço do Brasil em relação aos demais países emergentes estudados, na adoção de políticas de incentivo à agricultura em pequenas propriedades.
 
Nesse quesito, o documento coloca o Brasil na 26ª posição entre os 28 analisados, à frente apenas da República Democrática do Congo (27º colocado) e da Guatemala (28º). “O governo [brasileiro] começou a investir muito mais na agricultura em pequenas propriedades. Entretanto, ainda há um longo caminho para acabar com a fome e reagir às imensas desigualdades históricas que existem entre os pequenos e grandes produtores”, diz o relatório.
 
Os especialistas que elaboraram o ranking criticam a concentração de investimentos no Brasil no setor de agricultura. “O Brasil tem tido a tendência de concentrar seu investimento em agrobusiness, o que contribuiu para a concentração de terras nas mãos de um pequeno número de pessoas”, diz o relatório.
 
Em seguida, há uma orientação direta para as autoridades brasileiras: “O governo brasileiro  precisa evitar a promoção de biocombustíveis à custa da segurança alimentar, pois a expansão dos biocombustíveis está elevando o preço da terra e transformando plantações em combustível”.
 
O relatório da ActionAid também destaca que a fome causa um prejuízo anual de US$ 450 bilhões para os países mais pobres. Segundo a ONG, dos 28 países emergentes analisados no relatório, apenas oito estão a caminho de conseguir cumprir, no prazo previsto, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, da ONU, para a redução da fome. As metas preveem que, em relação aos níveis de 1990, os países diminuam pela metade o número de pessoas subnutridas e de crianças que estão abaixo do peso ideal até 2015.
 
“Lutar contra a fome agora vai custar dez vezes menos do que ignorar o problema. [Em decorrência da fome], todos os anos, a redução da produtividade dos trabalhadores, os problemas de saúde e a oportunidade perdida de buscar educação resultam num custo de bilhões para os países pobres”, disse a presidente da ActionAid, Joanna Kerr.
 
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Velha mídia ignora denúncia envolvendo filha de Serra

Duas reportagens publicadas neste fim de semana tinham a tarefa de agitar o noticiário eleitoral. A primeira, sob o título Sinais trocados, foi publicada por Leandro Fortes em Carta Capital e narra o episódio em que a empresa de Verônica Serra, filha de José Serra, deixou, em 2001, os dados bancários de 60 milhões de brasileiros expostos a visitação pública durante 60 dias. A segunda, publicada pela revista Veja, conta que o filho da ministra-chefe da Casa Civil supostamente vende facilidades aos que querem fechar contratos com o Estado.

Uma delas, no entanto, foi ignorada pelos jornais de maior peso, os chamados “jornalões”. Não é difícil imaginar qual. A reportagem de Leandro Fortes sobre Verônica Serra não ganhou uma linha em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A matéria de Veja, por outro lado, foi o destaque de capa de dois deles, que dedicam boa parte de seu noticiário dominical à repercussão do tema.
 
O candidato do PSDB, que vem sendo convidado diariamente a opinar sobre a quebra de sigilo fiscal de sua filha, foi novamente ouvido. Não sobre o episódio da Decidir.com, empresa que tinha sua filha como sócia, mas sobre a Capital Assessoria e Consultoria, do filho de Erenice Guerra, sempre apresentada como “braço-direito” de Dilma Rousseff.
 
Diferenças
 
É um bom exercício para o começo desta semana imaginar por que os jornais nada noticiaram sobre a reportagem de Carta Capital. A revista sofre de falta de credibilidade? Certamente não. Além de contar com a assinatura de Mino Carta, um dos jornalistas de melhor reputação do país, a revista não tem, ao longo de sua existência, um histórico de desmentidos e de distorção de fatos.
 
Quanto a Veja, reputação ilibada não tem sido um sinônimo da semanal da Abril. Foram muitos os episódios em que especialistas e autoridades tiveram de vir a público afirmar que nada haviam dito à revista ou que tiveram suas falas distorcidas. Este caso não é diferente. Fábio Baracat, empresário que aparece na reportagem deste fim de semana afirmando ter sido obrigado a negociar o pagamento de propinas com Ismael Guerra, emitiu nota mostrando-se “surpreendido” pela reportagem.
 
“Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado (…) Durante o período em que atuei na defesa dos interesses comerciais da MTA, conheci Israel Guerra, como profissional que atuava na organização da documentação da empresa para participar de licitações, cuja remuneração previa percentual sobre eventual êxito, o qual repita-se, não era garantido (…) Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo.”
 
Motivos
 
A vontade dos grandes jornais em mostrar episódios que possam enfraquecer a candidata Dilma Rousseff gera estranheza até mesmo dentro dessas redações. Na última semana, a Folha publicou que um erro da ex-ministra havia provocado prejuízo de R$ 1 bilhão. A notícia, sem base real, virou motivo de piada na internet, e um viral reproduzido pelo Twitter entrou para os principais tópicos mundiais da rede social.
 
Neste domingo, a ombudsman Suzana Singer chama atenção dos editores da Folha. “O jornal avançou o sinal.” Ela complementa: “Foi iniciativa de Dilma criar a tal tarifa social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso.” A ombudsman pede que o jornal deixe o próprio leitor chegar a suas conclusões, sem direcionamentos, e lembra que não tem havido a mesma crítica à gestão de Serra em São Paulo. “A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes. O apartidarismo – e não ter medo de crítica – sempre foram características preciosas deste jornal.”
 
Neste momento, como os institutos de pesquisa indicam que é muito pequena a possibilidade de Dilma perder a eleição, é preciso considerar outros interesses na divulgação de algumas notícias. O Painel da Folha dá uma pista ao falar do caso: “Até agora, ela era dada como nome certo num eventual governo Dilma.” O blog Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha, levanta uma indagação: “Será que tem o dedo de outros candidatos ao cargo na capa da Veja? Ou será que o Civita quer indicar o primeiro-ministro de um eventual governo Dilma?”
 
Mora aí uma diferença fundamental das atuais eleições. Ainda não se sabe qual será o real impacto da internet sobre os números finais da votação de 3 de outubro, mas a rede se converteu em um espaço para tentar difundir propostas – a favor ou contra os candidatos – e notícias que são ignoradas pela mídia comercial.
 
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Um milhão de brasileiros deixam a pobreza em 2009 apesar da crise, diz pesquisa

Cerca de um milhão de pessoas deixaram a condição de pobreza no Brasil entre 2008 e 2009, aponta pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo completo deve ser divulgado nesta sexta-feira (10). De acordo com Marcelo Neri, chefe do Centro de Estudos Sociais da FGV, a crise global reduziu o crescimento econômico, mas não impediu o combate à pobreza.

 
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicínio (PNAD), o número de pobres caiu de 29,8 milhões para 28,8 milhões em um ano. As pessoas com renda familiar per capita por mês de até R$ 140 representam agora 15,32% da população brasileira (e não mais os 16,02% do ano anterior). “A queda não é tão expressiva quanto nos anos anteriores, mas significativa para quem esperava “um empate em 2009”, admitiu o pesquisador ao Último Segundo.
 
Com a expectativa de maus resultados, o especialista da FGV imaginava que o período seria um “ponto fora da curva” em relação aos últimos anos. Os dados consolidam, porém, uma década de melhoria nos indicadores de pobreza no país.
 
O levantamento também mostra que a concentração de renda segue caindo. A renda média dos 40% mais pobres do país avançou 3,15%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu 1,09%. Entretanto, o processo de redução da pobreza desacelerou-se. De 2003 a 2008, cerca de 20 milhões de brasileiros deixaram a pobreza. Entre 2007 e 2008, houve recuo de 12% e em 2009, o recuo foi de 4% na miséria.
 
Para Neri, a redução do pobreza no Brasil se deve à combinação de crescimento com redução de desigualdade social. O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, atribuiu a queda à eficácia dos programas sociais do governo, inclusive o Bolsa-Família.
 
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Fetquim define eixos para a Campanha Salarial

Coordenados pela FETQUIM/ CUT, dirigentes sindicais do ramo químico paulista definem slogan e eixos da Campanha Salarial 2010 dos químicos, plásticos e similares. O slogan: “Químico, sua participação tem peso!”. O objetivo é convocar a categoria para se envolver na Campanha Salarial. Vale lembrar que ela tem base em 1º de novembro.

 Para João Carlos de Rosis, secretário geral do Sindicato, essa Campanha Salarial é muito importante para a categoria: “Além da tradicional luta por aumento real, valorização do Piso da categoria, vamos intensificar a luta pela Redução da Jornada de Trabalho, que já conquistamos no Setor Farmacêutico”.

 Os dirigentes sindicais definiram ainda o calendário da campanha. Os sindicatos filiados à Federação (Químicos de São Paulo, ABC, Unificados de Osasco, Vinhedo e Campinavs, Jundiaí e São José dos Campos) têm até o dia 14 de setembro para definirem com suas bases as propostas para a pauta de reivindicações. No dia 15, os dirigentes se reúnem em plenária para definirem a pauta que será entregue para o CEAG- 10 (grupo que reúne os sindicatos patronais na FIESP).

 Ainda no mês de setembro os dirigentes manterão contato permanente com os trabalhadores nas empresas. Em outubro acontecem as reuniões de negociação com o sindicato patronal.

 

Os eixos da campanha são os seguintes:

 Reajuste de 13%

Piso Salarial de R$ 1.060,00

PLR de R$ 1.200,00

Redução de Jornada para 40 horas com sábados livres e sem redução de salários

Organização no Local de Trabalho

Licença-maternidade de 180 dias

Direitos iguais para os terceirizados

Campanha Salarial lutará por 13% de reajuste salarial

Coordenados pela FETQUIM/ CUT, dirigentes sindicais do ramo químico paulista, definem slogan e eixos da Campanha Salarial 2010 dos químicos, plásticos e similares. O slogan: “Químico, sua participação tem peso!”. O objetivo é convocar a categoria para se envolver na Campanha Salarial. Vale lembrar que ela tem base em 1º de novembro.

 Para João Carlos de Rosis, secretário Geral do Sindicato, essa Campanha Salarial é muito importante para a categoria, “além da tradicional luta por aumento real, valorização do Piso da categoria, vamos intensificar a luta pela Redução da Jornada de Trabalho, que já conquistamos no Setor Farmacêutico”.

 Os dirigentes sindicais definiram ainda o calendário da campanha. Os sindicatos filiados à Federação (Químicos de São Paulo, ABC, Unificados de Osasco, Vinhedo e Campinas, Jundiaí e São José dos Campos) têm até o dia 14 de setembro para definirem junto às suas bases as propostas para a pauta de reivindicações. No dia 15 os dirigentes se reúnem em plenária para definirem a pauta e no dia 29 de setembro entregam a pauta no CEAG-10 (Grupo que reúne os sindicatos patronais na FIESP).

 Ainda no mês de setembro os dirigentes manterão contato permanente com os trabalhadores nas portarias das empresas. Em outubro acontecem as reuniões de negociação com o sindicato patronal.

 

Os eixos da campanha são os seguintes:

• Reajuste e aumento real 13%

• Valorização do Piso Salarial de R$ 1.060,00

• PLR de R$ 1.200,00

• Redução de Jornada para 40 horas com sábados livres

• Organização no Local de Trabalho

• Licença maternidade de 180 dias

• Igualdade de condições para os terceirizados

Classe média cresce com emprego formal e educação, diz relatório da FGV

Desde o ano passado a chamada nova classe média representa mais da metade da população brasileira, enquanto o número de pessoas nas classes de mais baixa renda vem caindo. De acordo com o relatório A Nova Classe Média: O Lado Brilhante dos Pobres, divulgado hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o processo de emergência da classe média no Brasil foi motivado pela redução da desigualdade, mesmo durante a crise financeira mundial.

Segundo Marcelo Néri, coordenador da pesquisa, a classe C se “defendeu melhor” durante a crise. De acordo com o levantamento, quase 30 milhões de brasileiros passaram a ingressar a classe C (definida como nova classe média pela FGV) em 2009. A pesquisa mostra que esta parcela da população foi a que mais cresceu entre 2003 e 2009, chegando a abranger 94,9 milhões de pessoas (50,5% do total da população). No mesmo período, mais de 20 milhões de brasileiros subiram para as classes A e B, de renda maior. Os brasileiros que se enquadravam nas classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões de pessoas.

“Como a desigualdade caiu e a economia está crescendo, as pessoas são empurradas de baixo para cima e é isso que aconteceu no Brasil no período de 2003 a 2009 e é isso que está acontecendo agora”, explicou Néri. O deslocamento dos brasileiros para classes de renda mais altas revela, segundo ele, o investimento da população em educação e o aumento da oferta de empregos formais, com número crescente de carteiras assinadas no país. Segundo ele, um processo sustentável. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram que, nos sete primeiros meses deste ano, foram gerados 1,7 milhão de postos de trabalho formais.

“O grande símbolo dessa nova classe média é o emprego com Carteira de Trabalho que agora, em sete meses do ano, já bateu recorde. E a boa notícia é que tem sustentabilidade. Não é porque os brasileiros estão indo mais às lojas, ou porque tem programa social, ou porque tem crédito. Isso é parte da história. A parte principal é que o brasileiro fez o dever de casa, gerou renda e está trazendo renda para casa porque trabalha e estuda. Ele é o grande personagem dessa emergência da classe média, ele que fez esse processo”, disse Néri.

O levantamento aponta ainda que o Brasil saiu da crise “não em fevereiro de 2010, mas em fevereiro de 2009”. Segundo Néri, o cenário coloca o Brasil em situação “bem diferente de países como Índia e China, onde a economia está crescendo com aumento de desigualdade. No Brasil a economia não cresce tanto quanto nos outros Brics [acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China], mas cresce com a redução da desigualdade, que era a nossa principal chaga”. Marcelo Néri afirmou ainda que o Brasil está cumprindo a Meta do Milênio na metade do tempo previsto. “A pobreza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%, taxa que foi registrada no ano de crise”.

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Contra privatização de hospital em SP, sindicato aciona Ministério Público

No começo da próxima semana, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (Sindsaúde) vai denunciar o processo de desmonte e privatização do Complexo Hospitalar do Juquery ao Ministério Público de São Paulo e ao Conselho Estadual de Saúde.

Na manhã de quarta-feira (8), a entidade coordenou um ato público no centro de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, em protesto contra a ação promovida pela secretaria estadual de Saúde.
 
Participaram trabalhadores e usuários do complexo, além de sindicalistas e políticos. Na ocasião, começaram a ser colhidas assinaturas em defesa da manutenção, pelo estado, da oferta do serviço de saúde na cidade, além de melhorias e restauração do antigo conjunto arquitetônico. Até agora, já foram colhidas mais de 3 mil assinaturas.
 
Raquel Alves Massinelli, da direção regional do Sindsaúde em Franco da Rocha, explica que a população carente do município conta hoje apenas com um pronto socorro mal equipado, além de uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
 
Segundo a atendente de enfermagem, que há 25 anos trabalha no Juquery, o atendimento com especialistas em ortopedia, dermatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, traumatologia buco-maxilo-facial, reumatologia e urologia é feito no complexo que está prestes a ser desmontado.
 
“Há pouco mais de um ano, o serviço de ginecologia e obstetrícia deixou de ser oferecido, e as pacientes têm de ir para Caieiras (a oito quilômetros de distância)”, diz Raquel. “Já houve caso de mulher que deu à luz no trem, a caminho da maternidade.”
 
Mais recentemente, o complexo deixou de oferecer atendimento pediátrico. E a chamada praça da saúde, um pronto atendimento construído pela prefeitura – com clínico geral, pediatra e dentista –, ainda não  funciona plenamente por falta de profissionais, como médicos e enfermeiros.
 
Para complicar, segundo a dirigente, o estado construiu um prédio que abrigará um hospital regional referenciado, administrado pela organização social (OS) Santa Casa de Misericórdia. “É bom que haja um hospital novo e equipado, que atenda o município e também toda a região. O problema é que, para ser atendido ali, o usuário precisará de encaminhamento. E onde o morador de Franco da Rocha irá para obter a guia se não houver um pronto socorro na cidade?”, lamenta. Segundo Raquel, os cidadãos terão de recorrer a serviços já sobrecarregados de cidades vizinhas.
 
Lindair Ferreira da Silva sabe bem o que é isso. Em agosto passado, seu filho mais velho sofreu um acidente de moto e foi levado para um hospital na vizinha Francisco Morato. “Três dias depois de operado ficou largado num canto, sem receber remédio, nem cuidado. Não aguentou e assinou um termo de responsabilidade. Disse que ‘preferia morrer em casa do que lá’, onde era mal cuidado por  não ser da cidade”, diz.  Agora, ele deverá passar por consulta no complexo (do Juquery). “A gente tem que lutar pelo nosso direito”, completa.
 
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Saúde não deu entrevista. Apenas divulgou uma nota na qual afirma que “o novo prédio abrigará um amplo centro de especialidades, onde serão feitas cirurgias e atendimentos de alta complexidade, como cardiologia ou politraumas. E o Hospital de Clínicas (onde atualmente funcionam os ambulatórios de especialidades) será transformado em hospital de referência”.
 
Sem sangue
 
Até as 18h30 desta quinta-feira (9), a secretaria não havia respondido se o hospital será aberto à população sem necessidade de guia de encaminhamento para a consulta ou se receberá pacientes encaminhados por outras unidades. Os enfermeiros qualificam esse tipo de serviço de “hospital sem sangue”.
 
Outra preocupação é a transferência dos 2.400 funcionários do complexo, já que apenas 250 permanecerão no hospital que será terceirizado e “quarteirizará” a mão de obra. “O medo de muitos é de que sejam transferidos para lugares distantes, como Casa Branca ou Santa Rita do Passa Quatro”, diz Raquel. “Sem contar o assédio moral aos que se recusarem a sair”. Segundo ela, do jeito que o Estado está privatizando a rede, não sobrará lugar para absorver os funcionários.
 
Ainda conforme a nota da secretaria, os servidores que atuam no Juquery e que “não quiserem continuar trabalhando na nova unidade serão remanejados para outras unidades do Estado e não haverá demissões, já que esses trabalhadores são concursados”.
 
Pouca gente na cidade sabe sobre as mudanças apontadas pelo Sindsaúde e que o governo estadual paulista desconversa. Os usuários, ao saberem da notícia, ficam indignados. É o caso de Michelle Santos de Santana. Ela conta que no final do ano passado, seu filho de 10 anos fraturou o braço e foi levado a um ambulatório de um convênio, onde sequer fez exames. Com o passar dos dias, a mão do menino ficou cada vez mais inchada e ele passou a sentir muita dor.
 
“Levei então no ortopedista do Juquery. Ele foi grosso, mas competente. Localizou a fratura e tratou com cuidado. Dia sim, dia não, queria ver o menino para acompanhar se estava melhorando. Se não fosse ele, o caso tinha complicado e precisaria cirurgia e colocação de pino”, conta Michelle, que tem inúmeras histórias sobre o atendimento do complexo hospitalar público de Franco da Rocha.
 
“Uma amiga, aos seis meses de gravidez, foi para lá porque estava com dores. A criança nasceu logo que ela chegou”, lembra. “O medo de que o bebê não sobrevivesse era grande. Mas os médicos de lá prometeram fazer de tudo e fizeram mesmo. Hoje a menina tem dois anos, é forte e perfeita.”
 
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