Paulistano passa 30 dias no trânsito por ano, diz pesquisa

Pesquisa do Ibope divulgada nesta quinta-feira (16) sobre a qualidade da mobilidade na capital paulista revela que o paulistano gasta em média 30 dias por ano no trânsito. O levantamento foi realizado a pedido do Movimento Nossa São Paulo e mede, pelo quarto ano consecutivo, a percepção das pessoas que vivem e trabalham em São Paulo sobre a mobilidade na capital.

Segundo o levantamento, o tempo médio gasto em deslocamentos diários é de 2h42 minutos, apenas um minuto a menos que em 2009, apesar das diversas restrições impostas pela prefeitura a caminhões e ônibus fretados na cidade. Tanto quem utiliza transporte coletivo, como quem anda de carro, gasta várias horas por dia para ir e vir em São Paulo.
 
Quem sabe muito bem o que isso significa é Ester Soares Pereira Rosa, assistente administrativo, que mora no bairro de São Miguel, na zona leste de São Paulo. Em entrevista à Rede Brasil Atual, ela explicou que passa mais de quatro horas por dia no percurso entre sua casa e o trabalho, na Liberdade, região central. Chegar no horário ao trabalho é muito difícil. “Se não fosse a compreensão do dono da empresa, seria impossível trabalhar”, relata.
 
Para chegar ao centro de São Paulo até às 9h da manhã, a assistente administrativo deixa sua casa às 6h e, logo, tem de fazer uma escolha. Ao passar em frente à estação de trem ela decide se vai usar esse tipo de transporte ou vai optar pelo ônibus, o que depende de mais vinte minutos de caminhada. “Quando eu vejo a plataforma lotada, eu já desisto. O pior é que isso acontece quase todo dia”, revela.
 
“Mas de ônibus também é demorado, porque eu vou até o Metrô Artur Alvim e daí tenho de usar um Metrô que também está lotado”, confessa. Quando a opção é ir de trem, além da lotação, ela diz que enfrenta problemas técnicos e lentidão no sistema da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPMT) diariamente.
 
Ester conta que o trajeto poderia ser realizado em uma hora, em dias sem trânsito nem interrupções. Na prática, ela costuma demorar o dobro do tempo. Somados os trajetos de ida e volta, Ester permanece mais de quatro horas por dia em deslocamentos só para  trabalhar. Há dias, descreve ela, em que chega a demorar três horas para chegar ao trabalho.
 
Paulistanos como ela puxam o tempo médio para cima, já que Ester gasta, no trem mais metrô ou ônibus mais metrô – dependendo da opção que ela adota a cada dia – 44 dias por ano no traslado entre sua casa e o local de trabalho.
 
A trabalhadora relata ter perdido a conta dos desmaios e brigas no trem. “A gente não consegue tirar o pé do chão, nem mover o braço e tem gente que se aproveita disto para se esfregar no outro”, reclama. “Mulheres grávidas e idosos ficam no meio disso tudo, em pé”, lamenta.
 
Metade não tem carro
 
A pesquisa detectou que metade dos entrevistados possui carro e a outra metade não tem veículos automotores. O número de pessoas que usa automóveis todos os dias, ou quase diariamente, caiu de 29% para 26%. Nos últimos três anos, o uso de automóveis caiu quatro pontos percentuais.
 
Embora haja 76% de motoristas dispostos a usar o transporte coletivo, caso houvesse boas alternativas, a avaliação da qualidade desse modal em São Paulo é negativa. Com a possibilidade de dar notas de um a 10, os moradores pesquisados atribuíram nota 3,4 à lotação dos ônibus, quatro para o preço das passagens e 4,1 ao tempo de duração da viagem.
 
Dos 15 aspectos sobre locomoção analisados em São Paulo, o pior continua sendo a situação do trânsito com nota 3,3. A insatisfação com o problema chegou a 68%.
 
O levantamento foi realizado pelo Ibope entre 25 e 30 de agosto e ouviu 805 paulistanos com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
 
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Cai número de crianças que morrem com menos de 5 anos, informa Unicef

Caiu o número de crianças que morrem no mundo com menos de 5 anos, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Estudo divulgado hoje (17) mostra que há uma tendência de redução nos casos de mortes infantis até essa idade. No período de 1990 a 2009, o número de mortes caiu de 12,4 milhões para 8,1 milhões. No caso dos recém-nascidos, a redução foi de 89 mortes, em 1990, para 60, em 2009, para cada mil bebês nascidos vivos.
 
As informações estão no relatório denominado 2010 – Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil, elaborado pelo Fundo e a Agência das Nações Unidas Inter-Grupo de Estimativa de Mortalidade Infantil (IGME).
 
O estudo mostra ainda que, diariamente, 12 mil sobrevivem em relação aos dados registrados em 1990. O órgão adverte, no entanto, que aproximadamente 22 mil crianças com menos de 5 anos ainda morrem todos dias no mundo. Pelo menos 70% das mortes ocorrem antes de elas completarem um ano de vida.
 
O maior número de casos de mortes de crianças com menos de 5 anos é registrado em cinco países – na Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, no Paquistão e na China. Só na África morre uma em cada oito crianças nascidas vivas. A taxa entre os países ricos é de uma morte em cada 167 nascimentos.
 
O Unicef alertou que apesar do registro de declínio no número de mortes infantis, o ritmo não é suficiente para atingir as metas do miliênio. No começo desta semana o Unicef, a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e o Banco Mundial divulgaram estudo indicando que houve redução de 34% nos casos de mulheres que morrem em decorrência de complicações na gravidez e no parto.
 
Em 1990, 546 mil mulheres morreram devido a complicações na gestação e no parto, em 2008 esse número caiu para 358 mil. Os especialistas reconhecem que houve avanços, mas a meta é intensificar os esforços para manter o progresso.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-4&p_p_col_count=5&_56_groupId=19523&_56_articleId=1044482

Cresce expectativa de vida entre brasileiros, constata IBGE

Os brasileiros estão vivendo mais. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (17), mostra que a expectativa de vida no país aumentou cerca de três anos entre 1999 e 2009. Assim, é esperado que um brasileiro viva pelo menos 73,1 anos.

As menores taxas de mortalidade são registradas entre as mulheres, por isso elas têm vivido por mais tempo e somam 55,8% das pessoas com mais de 60 anos no país. No período avaliado, a expectativa de vida delas passou de 73,9 anos para 77 anos. Entre os homens, subiu de 66,3 anos para 69,4 anos.
 
Entre as unidades federativas, o Distrito Federal é o que proporciona melhores condições de vida aos idosos. As mulheres de lá chegam a viver 79,6 anos, a maior taxa no país. Por outro lado, em Alagoas, eles vivem 63,7 anos, índice inferior à expectativa de vida no país em 1999.
 
O IBGE destaca que, apesar de estar aumentando, a taxa de expectativa de vida ao nascer no Brasil ainda é menor que a da América Latina e do Caribe (73,9 anos) e só fica à frente da Ásia (69,6 anos) e da África (55 anos), longe da taxa da América do Norte que é 79,7 anos.
 
A pesquisa mostra que o aumento da esperança de vida ao nascer e a queda da fecundidade no país têm feito subir o número de idosos, que passou entre 1999 e 2009 de 6,4 milhões para 9,7 milhões. Em termos percentuais, a proporção de idosos na população subiu de 3,9% para 5,1%.
 
Em compensação, no mesmo período, caiu o número de crianças e adolescentes de 40,1% para 32,8%, estreitando o topo da pirâmide etária brasileira. Mesmo assim, o país é considerado jovem.
 
Mais informações acesse: http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;jsessionid=382AACB0D164503CD846B64DFE66B118?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=2&_56_groupId=19523&_56_articleId=1044259

A política como arte de governar com sentimento

As eleições presidenciais ocorrem em 3 de outubro e o movimento sindical não pode deixar de expressar o orgulho de ver o trabalho realizado pelo presidente Lula. Tivemos os melhores oito anos da história do Brasil e o protagonista foi um ex-metalúrgico. A aposta nos erros do ex-sindicalista Lula foi apenas fruto de preconceito desprovido de avaliação séria.

O mandato de Lula deixou uma lição para o mundo da política. Não é com técnica que se governa exclusivamente, é necessário ter algum sentimento, até para que possamos enxergar os fatos de forma real, para que possamos olhar para a miséria e consigamos nos indignar. E da indignação podem nascer atitudes tão objetivas como o Programa Bolsa Família.
 
Lula disse que depois de terminado o seu mandato talvez faça a faculdade de economia, brincando com o fato de tantos profissionais dessa área fazerem previsões de fracasso para as medidas do governo brasileiro. Parecia ironia, mas Lula, sabendo ou não, voltava às origens da Economia Política, quando as ações da economia buscam o bem-estar das pessoas.
 
Isso parecia algo perdido com o tempo. Todas as receitas para o fim das crises, em todos os países, estavam ligadas às medidas de arrocho econômico que tinham como alvo os mais pobres. Lula mudou isso! E a expectativa é que esse legado fique para os próximos presidentes que virão. Medidas econômicas precisam levar em consideração as pessoas, principalmente as mais pobres.
 
O carisma do presidente é algo que não parece real. Chegar ao final de um mandato com popularidade de 77% (soma de ótimo e bom, conforme pesquisa Ibope de 13/9) é algo nunca visto antes na história desse país. Lula somou a qualidade técnica de toda a sua equipe com o seu carisma e a capacidade de liderança para colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento. Com Lula entendemos o quanto o Brasil é rico e que essa riqueza pode ser dividida. Parabéns, Lula!
 

Usinas nucleares: uma bomba relógio na Europa…

Gostaria de lançar uma pergunta aos leitores: o que, no fim de contas, o Brasil deveria fazer em matéria de usinas nucleares? Desativá-las? Manter as existentes? Construir mais?

Na Europa, a questão voltou a pegar fogo.
 
Na Alemanha, onde o governo tomou a decisão de prorrogar a vida das 17 usinas existentes até 2035, em alguns casos, e no mínimo até 2027, a questão provoca polêmica em cima de polêmica, e no sábado, 18, haverá uma grande manifestação contrária em Berlim.
 
Nessa manifestação aguarda-se pelo menos 30 mil pessoas, segundo os organizadores, mas pode haver muito mais. De repente criou-se uma “onda” europeia, e virão militantes anti-nucleares de muitos países, como a França, a Inglaterra, a Suécia (onde, na próxima eleição, a questão também é parte da pauta). Os partidos da oposição (SPD, social democrata, Verde e a Linke – a Esquerda) vão participar, mas também haverá dissidentes, nessa questão, dos partidos da coligação liderada pela Chanceler Ângela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU), e o Partido da Liberdade e Democracia (FDP). Há uma insatisfação quanto à decisão em si, mas também pelo modo como ela foi tomada, considerado anti-democrático e autoritário. 56% do eleitorado alemão são contra a prorrogação da vida das usinas nucleares, alegando insegurança, a possibilidade de ataques terroristas e a questão do lixo atômico.
 
De qualquer modo, a questão terá de ser debatida no Parlamento, onde o governo tem maioria. Mas poderá também ser debatida no Bundesrat, Conselho da República, equivalente ao nosso Senado Federal, mas escolhido indiretamente, pelo conjunto das províncias e cidades-estado (Berlim, Bremen e Hamburgo), onde o governo é minoritário.
 
Argumentam os defensores das usinas nucleares que elas são necessárias para combater o aquecimento global, pois são menos poluidoras do que outras e trazem menos impactos para o meio-ambiente. Argumentam os contrários que elas são inúteis, perigosas e seu lixo radioativo pode comprometer não só a qualidade de vida das futuras gerações, mas até a sua própria vida, pura e simples, além de evocarem acidentes como o de Chernobyl.
 
A questão aumenta em complexidade se atentarmos para uma questão concorrencial. 75 % da energia elétrica consumida na França vêm dessas usinas, país que detém um quarto do número delas na Europa. Ou seja, elas se entranharam de tal modo na vida francesa que seu fechamento provocaria um colapso na economia, e também no modus vivendi daquela sociedade.  Isso implica dizer que não basta investir em modos de produção alternativos (como muitos governos de fato fazem), mas é também necessário investir em educação para outros padrões de consumo, a curto, médio e longo prazo.
 
A questão ainda se reveste de aspectos políticos complicados. A atual lei, que prevê o fechamento das usinas até 2021, foi fruto de uma negociação entre o SPD e o Partido Verde, quando ambos formavam uma coligação no governo anterior ao de Merkel. Nessa negociação os Verdes aceitaram apoiar o envio de tropas alemãs para o Afeganistão, em troca do “dead line” para as usinas. O tema foi e é polêmico também, porque a intervenção – com as tropas alemãs juntas – revelou-se um mico, e é cada vez mais impopular na Alemanha e na Europa inteira.
 
Se o governo vencer essa parada, vai parecer, apesar da direção do SPD estar firmemente contrária à prorrogação, que isso de por fim a usina nuclear é coisa “para Verde ver”. Pois o que se teme é que, na verdade, vencida a atual batalha, as usinas, e as empresas que as mantém e com elas lucram, mais até do que o governo, terão vencido a guerra.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/multimidia/blogs/blog-do-velho-mundo/usinas-nucleares-uma-bomba-relogio-na-europa..

Natal deve bater recorde de vendas e de geração de empregos

A microempresária Lucrécia Conti já se antecipou ao aumento de vendas esperado para o Natal. A três meses do maior pico de vendas do ano, ela contratou uma auxiliar para reforçar a equipe de vendas de sua loja de roupas infantis, no centro de São Paulo. “Querendo ou não, no Natal vamos vender mais”, estima Lucrécia.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), maior mercado consumidor do país, avalia que o crescimento das vendas no Natal será de 4 a 6% maior que 2009 – ano em que apesar da crise econômica mundial, as vendas no Natal surpreenderam  com crescimento de 6% em relação a 2008. “2009 foi o Natal que mais vendeu”, informa Fabio Pina, assessor econômico da entidade.
 
Para 2010, a expectativa é ainda melhor, aponta Pina.  “[Em 2009] o valor acumulado de vendas no Brasil foi maior de todos os tempos, esse vai ser de novo, e o ano que vem de novo”, explica o especialista da Fecomercio. “Esses são recordes feitos para serem quebrados”, ensina.
 
O assessor acena com um Natal extraordinário.  “Será mais do que um ano de recuperação”, analisa. Levando em conta que em 2009, com toda a crise econômica, as vendas cresceram graças ao consumo das famílias e apesar do desempenho ruim do setor industrial, ele prevê que com o crescimento do varejo e da indústria em 2010 e com o PIB chegando a 7,5% de crescimento, o Natal terá um impacto muito bom para todos os setores econômicos.
 
Silvana Pinheiro, proprietária de uma franquia de cosméticos na região central de São Paulo, espera um incremento de 50% nas vendas. “No ano passado, a crise estava no noticiário e no inconsciente das pessoas”, conta. “Este ano as vendas já estão melhores ao longo de todo ano”, indica.
 
Para a gerente de uma rede de calçados, Larissa Lima, a expectativa é de crescer pelo menos 20% no fim do ano, em relação à média de vendas do ano. Em 2009, a loja que Larissa coordena registrou aumento de vendas também de 20% no Natal. “As metas da empresa são agressivas, mas nós temos conseguido superá-las todos os anos”, revela.
 
Contratações
 
O bom momento da economia deve repercutir também na contratação de trabalhadores temporários, revela a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).
Estudo da associação estima que 139 mil vagas temporárias serão geradas em todo o país – no comércio e na indústria – até o final do ano. O número exclui estagiários, terceirizados e contratos informais.
 
A expectativa de contratações temporárias  é 11% superior a de 2009, de acordo com o levantamento da associação.  Cerca de 30% das vagas serão oferecidas na indústria e 70% no comércio.
 
“Há anos, o período que antecede o Natal é sinônimo de trabalho para milhares de pessoas, estejam elas em busca de uma oportunidade de emprego efetivo ou apenas renda extra”, lembra a Asserttem.
 
E, caso a previsão da entidade se confirme, “será o melhor resultado da história”, aposta a Assertem. Para o presidente da associação, Vander Morales, o aumento da renda familiar e a estabilidade da economia são os grandes responsáveis pelo otimismo do mercado. “Com aproximadamente 44% dos consumidores, a classe C continua em evidência, principalmente após a migração de brasileiros vindos de classes mais baixas”, detalha.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/crescimento-de-vagas-e-de-vendas-no-natal-serao-os-maiores-dos-ultimos-anos

Indústria paulista cria 8 mil vagas em agosto e se reaproxima de nível pré-crise

O setor industrial paulista criou 8 mil vagas em agosto, segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O resultado representa alta de 0,31% em comparação com julho e uma variação positiva de 4,79% em comparação com agosto de 2009.

De acordo com a pesquisa, 15 setores obtiveram resultados positivos na geração de empregos, com destaque para o de máquinas e equipamentos, que abriu 2.166 vagas em agosto. O setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos se manteve estável, enquanto seis apresentaram saldo negativo.
 
De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, entre dezembro de 2009 e o mês passado, a indústria paulista criou 180 mil postos de trabalho. Descontadas as demissões rotineiras que devem ocorrer no último trimestre do ano, quando, historicamente, o setor produtivo promove ajustes, a expectativa é de que o nível de emprego do setor em SP chegue a 5%, o que significará a geração de 120 mil vagas.
 
“Ainda não recuperamos os empregos existentes antes da última crise [econômica], mas estamos muito próximos disso. Acreditamos que se isso [a recuperação] não ocorrer ainda este ano – o que achamos que não deve mesmo acontecer -, isso acontecerá já no início de 2011”, disse Francini, ressaltando que o nível da atividade industrial pré-crise já foi retomado.
 
Desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2005, o melhor resultado de crescimento anual foi atingido em 2007, quando o número de postos de trabalho cresceu 4,6%. O pior resultado, -0,1%, foi registrado em 2006. No entanto, se considerado somente o mês de agosto, a alta de 0,31% deste ano é a maior da série histórica, tendo superado os 0,28% de 2007.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/geracao-de-empregos-na-industria-paulista-em-agosto-e-a-maior-dos-ultimos-cinco-anos
 

Ministério de Minas e Energia defende aumentar em 15 vezes área para etanol

O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, defendeu que as terras destinadas à produção de etanol sejam aumentadas em 15 vezes. “O Brasil produz etanol com qualidade de forma sustentável. Hoje, temos o potencial de produzir 15 vezes mais na área, passando de 0,5% para 7,5% do território cultivado”, afirmou nesta segunda-feira (13) ao participar da Feira Internacional do Petróleo e Gás, no Rio de Janeiro.

Na realidade, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE, o cultivo de cana ocupa 2,5% das áreas agricultáveis brasileiras. O IBGE coletou dados de 2006. Como, de lá para cá, o etanol foi mais incentivado, pode-se dizer que a área cultivada com cana-de-açúcar não se reduziu.
 
Almeida não considera que o aumento da área cultivada de etanol possa prejudicar o cultivo de alimentos no país. O atual zoneamento territorial brasileiro veta o plantio de cana no Pantanal mato-grossense, na Amazônia e no Alto Paraguai. “Um estudo demonstra que estão disponíveis para expansão 12% das áreas no Brasil que não são utilizadas para produção de grãos, não são para produção de etanol, pastagens e não são áreas não agricultáveis como cidades e reservas ambientais”, defende o representante de Minas e Energia.
 
O Censo Agropecuário, por outro lado, afere que a cana já vinha avançando, em 2006, sobre as áreas de laranja, com as duas culturas disputando os mesmos espaços, em especial no interior de São Paulo. O IBGE assinala também em seu estudo que, à medida que ganha força o etanol, os produtores com menos capacidade de capitalização se veem alijados do setor.
 
Almeida aponta que o governo federal tem planos de incentivar a classificação do álcool combustível como commoditi, o que significa que o produto básico será cotado no mercado internacional, incentivando a formação de novos mercados e o aumento do consumo. “Um problema qualquer que tivermos, com o clima, por exemplo, teremos dificuldade de atender às demandas internacionais, o que não é bom. É fundamental que vários países participem do programa do etanol”, defendeu.
 
O relator da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito à Alimentação, Olivier de Schutter, manifestou em março deste ano que dificilmente os camponeses e os trabalhadores urbnaos serão beneficiados por tal medida. Schutter considera que, pelo contrário, pode aumentar a pressão sobre áreas de produção de alimentos.
 
Ele lembrou que não é compatível que o agronegócio receba tanto dinheiro na comparação com a agricultura familiar, que ocupa menos áreas para produzir mais alimentos. “O Brasil aposta no modelo exportador, com a expansão da soja e do etanol de cana-de-açúcar como principais prioridades, entretanto ainda resta avaliar os efeitos distributivos deste modelo”, assinalou.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/ministerio-de-minas-e-energia-defende-aumentar-em-15-vezes-area-para-etanol

Jornal francês destaca que Bolsa Família alimenta 12 milhões no Brasil

O jornal francês Le Monde destaca, em reportagem da correspondente em Brasília Annie Gasnier, os resultados do programa Bolsa Família. Intitulado “No Brasil, 12 milhões de famílias comem graças a uma bolsa”, o texto lembra que o programa corresponde a 2% do orçamento do governo federal e reduziu a desnutrição infantil em 73%.

O sucesso da iniciativa levou, ainda segundo a publicação, o candidato da oposição, José Serra (PSDB) a prometer manter o programa “apesar de o PSDB tê-lo qualificado de ‘programa assistencialista'”.
 
A reportagem lembra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu a fome em sua infância em Garanhuns, no Nordeste brasileiro. Segundo o texto, as mães da região produziam sopas com folhas de cacto para “encher a barriga” de seus filhos que “choravam de fome”. Uma vez empossado, o texto lembra que o Fome zero foi instalado no primeiro dia do mandato.
 
“Oito anos mais tarde, a três meses de abandonar a Presidência, o chefe de Estado se orgulha dos resultados obtidos: 28 milhões de brasileiros saíram da miséria”, ressalta o texto. “Em 2003, 12% da população (22 milhões) sofriam com a fome, taxa reduzida a 4,8% em 2008 (10 milhões)”, prossegue.
 
O Bolsa Família alcança atualmente 12 milhões de famílias em todo o Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. São investidos R$ 10 milhões a ano no programa, “pouco menos de 2% do orçamento”, destaca o jornal.
 
Candido Grzybowski, diretor da ONG Ibase, entrevistado pelo Le monde, sustenta que, caso a bolsa seja suspensa, as pessoas “morreriam de fome”. “É preciso completá-lo (ao Bolsa Família) por reformas estruturais, especialmente na educação, para oferecer outro futuro para as crianças”, defendeu.
 
Outra fonte ouvida pela reportagem foi Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência. Ele atribui a credibilidade brasileira no cenário mundial ao combate às desigualdades sociais e à fome.
 
Mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/jornal-frances-destaca-que-bolsa-familia-alimenta-12-milhoes-no-brasil
 

Cuba anuncia demissão de 500 mil funcionários públicos nos próximos seis meses

O governo cubano anunciou ontem (13) que vai demitir pelo menos 500 mil funcionário públicos, o equivalente a 20% dos trabalhadores estatais do país. As demissões vão ocorrer nos próximos seis meses. Em contrapartida, as autoridades determinaram a ampliação do número de permissões para se trabalhar por conta própria e abrir pequenas empresas, na maior mudança de mão de obra para o setor privado desde a Revolução Cubana em 1959.

As informações são da agência BBC Brasil. Os cortes no setor público podem chegar a até 1 milhão de postos, já que a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) disse, em comunicado, que “é sabido que o excesso de vagas é de mais de 1 milhão nos setores orçamentário e empresarial”. 
 
A CTC afirmou que “o Estado não pode nem deve continuar a manter empresas com quadro de funcionários inflados, que criam empecilhos para a economia e deformam a conduta dos trabalhadores”.
 
A maioria das vagas cortadas será em setores burocráticos do governo, especialmente nos ministérios do Açúcar, da Saúde Pública e do Turismo. Aos demitidos serão oferecidos empregos em setores com déficit de vagas, como agricultura, construção, magistério, polícia e construção.
 
Aquele trabalhador que não aceitar o novo cargo será demitido e terá direito a receber um salário mensal a cada dez anos trabalhados. A idoneidade de cada trabalhador será o quesito analisado para decidir quem fica no cargo e quem será demitido. Já foram criadas comissões para estudar os casos.
 
Também serão emitidas 460 mil licenças para os cubanos abrirem seus próprios negócios e mais de 100 tipos de atividades profissionais particulares passarão a ser permitidas. Outra novidade é que os autônomos poderão contratar funcionários – antes, a lei permitia apenas que parentes do licenciado trabalhassem na microempresa.
 
Os cubanos que abrirem ou já tiverem seu próprio negócio também poderão vender seus produtos ou serviços ao governo. Além disso, poderão abrir conta no banco e terão direito à previdência.
 
No mês passado, o presidente Raúl Castro havia sinalizado que haveria cortes. Segundo ele, o esforço é para reduzir o papel do Estado para lidar com a grave crise que atinge a economia do país. Na ocasião, Castro disse que o objetivo com as demissões é  “suprimir os enfoques paternalistas que desestimulam a necessidade de trabalhar para viver”.
 
A decisão foi anunciada depois de o ex-presidente Fidel Castro conceder entrevista a uma revista norte-americana, em que disse que o sistema de governo socialista de Cuba não funciona. Porém, em seguida, afirmou que foi “mal interpretado”.
 
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