Agosto registra menor taxa de desemprego desde 2002

A taxa de desemprego no país foi de 6,7% em agosto deste ano, a menor taxa desde o início da série histórica, em março de 2002. O índice é menor do que os 6,9% registrados em julho deste ano e do que os 8,1% de agosto de 2009. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, o número de trabalhadores com Carteira de Trabalho assinada no setor privado foi de 10,2 milhões, o que mostra estabilidade em relação a julho e crescimento de 7,2% no ano.
 
A massa do rendimento médio real habitual dos ocupados chegou a R$ 32,9 bilhões, um aumento de 1,8% em relação a julho deste ano e de 8,8% na comparação com agosto de 2009.
 
Já o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 1.472,10, um aumento de 1,4% ante julho deste ano e de 5,5% em relação a agosto do ano passado.
 
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Cidades antigas, problemas atuais

As conhecidas cidades históricas de Minas Gerais trazem em suas ruas, casas e monumentos uma importante parte da história do Brasil. Construções que eternizam a época de ouro. Imóveis que retratam o trabalho escravo de um povo. Hoje, essa representatividade histórica convive cada vez mais cercada dos problemas cotidianos das cidades modernas. A circulação de turistas aumenta, a economia cresce, pessoas migram para lá. Construídos entre o final do século 17 e início do 18, esses municípios têm dificuldades para contornar os transtornos que acompanham esses fenômenos.

Apenas 14 quilômetros separam Mariana e Ouro Preto, na região central de Minas Gerais, que devem suas origens à busca do ouro. Atualmente, a atividade mineradora ainda impera na região – juntamente com as riquezas, trouxe também problemas contemporâneos.
 
Como o grande fluxo de carros, apontado pela coordenadora do Programa Monumenta em Mariana, Fátima Guido. “A Praça da Sé era um estacionamento, temos fotos lá com 76 carros. Mas conseguimos transformar o lugar em uma área de lazer para os moradores e turistas. Durante anos, o chafariz que pertencia à praça ficou escondido atrás da Câmara Municipal. Hoje é o elemento mais original do local”, conta.
 
Para a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Clarisse Martins Vilella, conscientizar a população é a arma principal. “À medida que um aluno da faculdade tem acesso à população, ele ajuda na informação. A comunidade ouve as pessoas falando da importância da cidade, por ser um grande conjunto barroco. Mas muitas vezes, não tem consciência do que o período­ representa na história da arquitetura e das artes”, explica. “Se a população tivesse consciência das dificuldades dos desbravadores em fazer essas obras, zelaria mais pelos monumentos. É fundamental que os cidadãos entendam a sua história e não vejam isso apenas como uma fonte de renda.”
 
Pode cair
 
Em São João del-Rei e Tiradentes, na região do Campo das Vertentes, a 12 quilômetros uma da outra, as construções também são basicamente do período barroco. Alguns monumentos sofrem perigo de desabamento e desfiguração. Os membros da Associação de Amigos de São João del-Rei travam uma luta para preservar o entorno do Fortim dos Emboabas, casarão tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938. “Por lei, a área próxima ao monumento deveria ser preservada, mas infelizmente isso geralmente não é respeitado”, lamenta a presidente da associação, Alzira Haddad.
 
A associação teme a possibilidade de que seja construído no terreno um conjunto habitacional, como explica a coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Ana Cristina Reis Faria. “Já trabalhamos a frente da restauração no que se refere ao Fortim. Agora, recebemos à notícia do que poderá acontecer no entorno. Por isso, vamos tentar conscientizar as pessoas­ dos problemas irreversíveis, se naquele local for construído qualquer tipo de obra. Temos um projeto de fazer um espaço público para visitação e permanência das pessoas, valorizando a ruína do terreno ao lado do fortim. Mas para isso precisaremos de parcerias”, afirma.
 
Em Tiradentes, o problema mais grave atualmente se refere à Igreja da Santíssima Trindade. A construção foi parcialmente interditada em maio deste ano por solicitação do Iphan, após uma vistoria realizada pelo engenheiro Luiz Mauro de Resende. Na ocasião, foram constatadas trincas nas paredes, instalações elétricas inadequadas e expostas. No relatório, o engenheiro recomenda que “a circulação de pessoas no templo seja restrita e planejada, mais notadamente na capela-mor, onde os danos estruturais potencializam riscos de acidentes”.
 
A construção é simples, e recebe todos os anos milhares de fiéis ao tradicional Jubileu da Santíssima Trindade, nos meses de maio ou junho, dependendo do calendário litúrgico. Além da festa, a igreja continua celebrando as missas aos domingos. Frequentadora assídua, dona Maria Rosa de Almeida, de 74 anos, reflete o sentimento de preocupação da comunidade: “Fiquei muito triste quando cheguei aqui e vi as escadarias que levavam até a imagem do Pai Eterno interditadas. Me falaram que a igreja pode cair. Não podemos deixar isso acontecer. Essa obra é uma antiguidade que devemos preservar”.
 
Estrutural
 
A imagem a que se refere dona Maria Rosa ficava no altar-mor da igreja. Com cerca de 300 quilos, a estátua do Pai Eterno teve de ser retirada de seu local de origem e colocada na sacristia da igreja, devido ao risco de desabamento. “A Igreja, juntamente com o Iphan, resolveu retirar a imagem, pois além do seu peso existia um grande fluxo de pessoas que ali circulavam para tocá-la. A média diária era de 50 pessoas, e com a festa da Santíssima Trindade este número passava para cerca de 5 mil. Na festa deste ano, as pessoas protestaram, acharam ruim, afinal é uma tradição de séculos”, observa o padre Ademir Longatti, pároco da Igreja.
 
Padre Ademir acredita que uma escada construída por volta de 1940 esteja esmagando as paredes de taipa. “O Iphan ia dar início às obras de restauração, mas não houve um entendimento se deveria demolir a escada ou fazer outro tipo de obra. Só sei que a obra está sendo prorrogada, e quanto mais passa o tempo, mais aumentam as rachaduras.”
 
A chefe do escritório do Iphan de Tiradentes, Maria Cristina Seabra de Miranda, diz que o problema da igreja da Santíssima Trindade é mais técnico, estrutural. “O instituto irá elaborar um projeto neste sentido. Estamos esperando recursos que dependem de outras instâncias governamentais ou privadas para a execução da obra.”
 
Tiradentes enfrenta ainda o transtorno da circulação de ônibus e caminhões no centro histórico. Para o professor e membro da Cooperativa de Condutores de Turismo Luiz Cruz, o trânsito compromete não só as estruturas dos imóveis, como a segurança dos moradores e turistas. “Em Tiradentes, é proibido circular caminhões e ônibus. Existe uma lei que não é cumprida por falta de fiscalização. Isso compromete casas, igrejas, monumentos históricos, pois o material utilizado nesses imóveis é muito frágil, como taipa, pau-a-pique, e com a trepidação fica totalmente comprometido. O trânsito interfere também na questão da segurança, pois em grandes eventos a cidade fica muito cheia e se houver um acidente não tem como um caminhão do corpo de bombeiros circular”, descreve o professor.
 
Crescimento desordenado
 
Para Clarisse Vilella, em Ouro Preto o problema do trânsito já foi pior. “A fiscalização funciona. No centro histórico não tem fluxo de caminhão. Já o tráfego de ônibus é um problema sério também, pois não existem alternativas para deslocar as pessoas­”. Opinião compartilhada por Fátima Guido, do Programa Monumenta em Mariana, quando ela diz que a falta de alternativas para se deslocar os automóveis dificultam o processo. “Temos um projeto para o trânsito, mas ainda há uma resistência em implantá-lo. Tudo tem de ser bem avaliado, afinal não podemos proibir totalmente o tráfego de veículos no centro”, pondera.
 
Construções em morros, mesmo que distantes dos centros históricos, ocasionam uma interferência nos conjuntos arquitetônicos dos municípios. “O que acontece em Ouro Preto não é diferente do que acontece em outras cidades, que é o crescimento populacional em áreas não planejadas”, avalia Clarisse Vilella, da UFOP.
 
Fátima Guido acredita que a população ficou durante muito tempo sem regras, mas que essa realidade já está mudando. “Antigamente, as pessoas construíam o que queriam. Existiam muitas invasões e construções de final de semana. Isso está sendo mudado, mas ainda falta muito. Nosso grande trunfo são os jovens que começam a aprender, dentro das salas de aula, o tesouro que sua cidade possui”, ressalta Fátima.
 
Os municípios estão elaborando planos diretores que cuidam não de um monumento isolado, mas de todo o conjunto. Para o presidente da Federação das Associações dos Moradores de Ouro Preto (Famop), Flávio Andrade, o descontrole populacional que aconteceu em décadas passadas deve-se a uma omissão do poder público – algo que, segundo ele, vem se modificando nos últimos anos. “Antes, o patrimônio público era visto como coisa de artista pelo poder público e como um incômodo pelos moradores. Mas da década de 1990 para cá, teve início uma reversão, quando o turismo começou a gerar renda. Sabemos que Ouro Preto tem uma imensa periferia em volta da cidade, ocupada por pessoas que vieram de diversas cidades da região de forma muito desordenada. Não tem como retirar essas pessoas de lá, o que resta é buscar soluções para que minimizem esse impacto”, destaca.
 
Um estudo elaborado no município de Mariana revelou que nos últimos 20 anos a população triplicou. “O aumento populacional foi de pessoas que vieram de outros municípios, e não havia uma preocupação em preservar nosso patrimônio. Hoje, tentamos conscientizar essa comunidade da importância da preservação, mas ainda está muito longe do que seria o ideal”, explica Fátima. Para ela, essas cidades são relíquias que, como todo patrimônio histórico, ajudam a entender a construção da identidade brasileira. Proteger o que resta é uma forma de não deixar que a modernidade apague essa história.
 
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Prazo para pedir segunda via do título termina nesta 5ª

Para votar no dia 3 de outubro, o eleitor que perdeu ou teve o título extraviado tem até esta quinta-feira (23) para pedir a segunda via (reimpressão) do documento, em qualquer cartório eleitoral do país. A apresentação do documento é obrigatória para votar, daqui 13 dias.

Com o objetivo de garantir o direito do voto de todos os cidadãos, em junho deste ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a reimpressão até esta data, mesmo para daqueles eleitores que estiverem fora do seu domicílio eleitoral.
 
Só pode pedir a reimpressão o eleitor que já tinha ou que solicitou seu título até 5 de maio deste ano, data em que foi fechado o cadastro eleitoral de 2010.
 
Dois documentos
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lembra que a Lei 12.034/2009 determinou a obrigatoriedade da apresentação do título e de um documento oficial com foto para votar nas próximas eleições.
 
Como documento oficial serão aceitos a carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidade funcional), carteira de trabalho ou de habilitação com foto e certificado de reservista ou ainda o passaporte. Já as certidões de nascimento ou casamento não serão admitidas como prova de identidade.
 
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Governo avança na política de tratamento de usuários de drogas

Foram lançados nesta segunda-feira (20) editais para que as prefeituras criem 6.120 leitos na rede pública de saúde para tratamento de usuários de crack e outras drogas. O pacote prevê a liberação de mais de R$ 140 milhões, provenientes do Ministério da Saúde e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. A iniciativa faz parte do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, lançado em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os municípios devem procurar o ministério para a abertura dos leitos. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, ministro Jorge Armando Félix, explicou que, com a publicação dos editais assinados nesta segunda (20), no Diário Oficial da União, as prefeituras poderão iniciar os processos licitatórios para ofertar os leitos.
 
“Dentro do que está previsto nos editais, as prefeituras vão se habilitar para receber os recursos para contratar os leitos. Os recursos já estão disponíveis”, informou Jorge Félix.
 
Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, o governo federal arcará com o custo das internações. “Toda essa política pressupõe que o financiamento das internações nos novos leitos será feito pelo Ministério da Saúde e repassado aos municípios”, garantiu Temporão após a cerimônia de anúncio, no Palácio do Planalto.
 
Do total de leitos, 2.500 serão ofertados em hospitais gerais para tratamento de intoxicação aguda e abstinência e 2.500 em comunidades terapêuticas, que acolhem usuários sem quadro clínico complicado. A previsão é implantar mais 600 leitos nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps), que funcionam 24 horas. O restante, 520 leitos, será para abrigar, por até 40 dias, usuários que vivem nas ruas.
 
O programa prevê a instalação de 225 núcleos de atendimento à saúde da família em cidades com até 20 mil habitantes e a capacitação de profissionais da área médica.
 
Depois da cerimônia, Temporão reafirmou que a Casa Civil não intermediou a compra do remédio Tamiflu, usado no tratamento da influenza A (H1N1) – gripe suína, em resposta à denúncia de propina na compra, publicada pela revista Veja. “Todo o processo foi conduzido pelo ministério e o laboratório Roche (fabricante do medicamento), sem nenhuma participação de terceiros”, disse aos jornalistas. Ele acrescentou que a Polícia Federal está apurando o caso.
 
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Montadoras cedem, e metalúrgicos do ABC alcançam maior aumento da história

As quatro montadoras que negociam com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aceitaram a reivindicação da categoria neste domingo (19). Com isso, foi confirmado o maior reajuste da história, com 10,8% – 9% na data-base e 1,66% de de correção da tabela salarial. Há ainda R$ 2.200 de abono.

No sábado (18), assembleia em frente à sede do sindicato, em São Bernardo do Campo (SP), havia rejeitado a proposta de dividir em duas parcelas o reajuste e o abono. Na oferta anterior da Ford, Scania, Mercedes-Benz e Volkswagen, o reajuste da tabela viria apenas em agosto do próximo ano.
 
“Essa conquista é mais uma prova de que os metalúrgicos do ABC sabem trabalhar, mas também sabem negociar e lutar”, comemorou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.
 
Com data-base em 1º de setembro, a categoria terá 6,26% de aumento real, já que a inflação estimada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), ficou em 4,29% nos últimos 12 meses. “Um índice extraordinário, à altura da categoria e compatível com o bom momento econômico vivido pelas montadoras e também pelo país”, completou.
 
Na assembleia de sábado, os metalúrgicos autorizaram a direção do sindicato a fechar o acordo com os índices de aumento acima mais abono de R$ 2.200,00, se as montadoras concordassem em pagar o abono de uma vez só e também pagar o 1,66% na data-base (1° de setembro), junto com os 9%.
 
Também terão a mesma composição de aumento salarial (índices mais abono) os metalúrgicos de Taubaté, São Carlos (CGTB-Volks) e Tatuí (Força-Ford) que são representados pela Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT) na mesa de negociação.
 
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Beijaço na Paulista

Em defesa do casamento igualitário, ativistas de movimentos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBTs) protestaram na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, zona sul de São Paulo (SP). Um beijaço foi a forma de pedir direitos iguais e que candidatos às eleições deste ano tomem posição sobre esse segmento da população.

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Por ‘casamento igualitário’, ativistas LGBT fazem beijaço na Paulista

Um beijaço neste domingo (19), na avenida Paulista, em São Paulo, é parte da mobilização de movimentos de lésbicas, gays, bissexuais e trânsgêneros (LGBTs) para trazer seus direitos ao debate eleitoral. A campanha pelo Casamento Igualitário tem manifesto de apelo aos candidatos para que a questão seja contemplada nos programas de governo e na gestão dos eleitos.

Às 16h deste domingo, na esquina da Paulista com a rua Augusta, são esperados ativistas por igualdade civil, garantindo direito a união de pessoas do mesmo sexo. Eles também reivindicam a aprivação do Projeto de Lei Complementar 122, que criminaliza a discriminação por orientação sexual no país.
 
Na carta aberta aos candidatos, os ativistas equiparam a medida ao divórcio e ao sufrágio universal. Eles repudiam a proposta de levar o tema a consulta popular por meio de plebiscito e conclamam postulantes ao Legislativo a se posicionar sobre as questões.
 
“Os cidadãos homo, bi e transexuais cumprem os mesmos deveres que os heterossexuais para com a República, são obrigados a votar, a servir militarmente à pátria (no caso masculino), a pagar os impostos etc.”, diz o texto. “Todavia, a elas e eles ainda são negados, por parte do Estado, vários direitos básicos, como a igualdade civil e jurídica e mesmo a garantia e manutenção de sua integridade física”, argumenta.
 
“A aprovação do casamento igualitário seria a correção da injustiça civil relacionada aos direitos dos cidadãos LGBTs de constituírem família e possuírem os mesmos direitos civis e familiares que os heterossexuais”, propõe o manifesto. O texto cita a aprovação de lei semelhante na Argentina, neste ano.
Clique aqui para ler o manifesto.
 
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Propaganda eleitoral a favor da pena de morte é suspensa em CE

A Justiça Eleitoral do Ceará determinou a suspensão da propaganda do candidato a deputado estadual Silvio Frota (PRTB), que sugeria a possibilidade da instituição da pena de morte no Brasil por meio de uma lei de iniciativa popular. O Ministério Público Eleitoral, autor do pedido de suspensão, considerou que, como a proibição da pena de morte não pode ser objeto de Emenda à Constituição, a propaganda induzia o eleitor a erro.

Todas as peças publicitárias com a temática, inclusive conteúdo publicado na internet, deverão ser retiradas em 48 horas, a contar da notificação do candidato. A pena para o descumprimento da decisão é o pagamento de multa diária de R$ 1 mil por cada propaganda não recolhida. A campanha está no site www.penademorteja28800.com.br
 
Tropa de Elite
 
Frota não é o único candidato a defender a pena de morte nessas eleições. Em Pernambuco, o candidato Edmar de Oliveira (PHS) também usa o tema na propaganda. Oliveria, que faz parte da coligação Frante Popular de Pernambuco, liderada pelo candidato à reeleição Eduardo Campos (PSB), usa como material de campanha uma revista intitulada “Pena de Morte Sim”, cuja capa traz imagem do goleiro Bruno, ex-jogador do Flamengo, acusado de assassinar a namorada.
 
O jingle de campanha faz uma paródia da música “Tropa de Elite”, trilha sonora de filme homônimo, composta pela banda Tihuana. O site de campanha de Oliveira é www.penademorte3131.com.br. O candidato defende ainda a prisão perpétua, a castração química, o fim da progressão de pena e a redução da maioridade penal.
 
Entidades de defesa dos direitos humanos, encabeçadas pelo Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), enviaram carta à Justiça Eleitoral pedindo a suspensão da propaganda. A Procuradoria Eleitoral, no entanto, decidiu não dar prosseguimento à ação, por entender que o candidato tem o direito de expressar-se livremente a esse respeito. Os ativistas acreditam que a medida possa ser revertida porque o parecer foi emitido pelo procurador auxiliar.
 
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Segurança domina debate em SP

O tema mais discutido no debate da Rede Record foi a Segurança Pública. Na noite de segunda-feira (20), o candidato do PT, Aloizio Mercadante responsabilizou a gestão do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin (2001-2006) pela “maior rebelião da história dos presídios em São Paulo e o maior ataque que uma facção já fez”.

Alckmin respondeu às críticas com dados e informações relativas ao tema, afirmou que 40% dos presos trabalham e 20% estudam. “Se o Brasil reduziu um pouco a criminalidade, deve a São Paulo”. Mercadante ironizou “Ele falou que os presos trabalham. Trabalham no PCC, que é quem comanda a segurança em SP. Foi na sua gestão que houve as rebeliões.”
 
O debate foi morno e sem muitos confrontos diretos, os melhores colocados nas pesquisas, Mercadante e Alckmin, repetiram as “dobradinhas” informais de debates anteriores. Alckmin fazia perguntas a Fabio Feldmann (PV) para “levantar sua bola”, enquanto o petista repetiu a estratégia de atacar a gestão do PSDB com o concorrente Celso Russomanno (PP).
 
Outro tema bastante comentado pelos candidatos foi a educação em São Paulo. Paulo Búfalo (Psol) criticou o arrocho salarial dos professores do estado. Mercadante, Russomanno (PP) e Skaf (PSB) afirmaram que vão eliminar a progressão continuada e defendem que na realidade ela funciona como uma aprovação automática. Já Alckmin afirmou que o governo atual investe 30% em educação.
 
Mercadante reclamou novamente (como já havia feito em debates anteriores) que Alckmin não lhe faz perguntas e só o ataca no horário eleitoral. “Nós vamos ter um debate no segundo turno. Temos pouco espaço na imprensa para mostrar nossas propostas. O eleitor está votando em dois projetos que polarizam o País. A campanha do meu adversário me ataca todos os dias. Nós (do governo Lula) colocamos R$ 9 bi no metrô e na CPTM. Eles é que são lentos”, afirmou. O candidato do PSDB replicou dizendo que não faz nenhum ataque e sim “fala a verdade”.
 
Os candidatos Paulo Búfalo e Paulo Skaf disputaram para definir quem era o” verdadeiro socialista”. Búfalo chamou Skaf de “camarada”, arrancando risos da plateia, e o questionou sobre a incoerência de um empresário se dizer socialista. Skaf respondeu que defende o “socialismo do século 21”, que busca dar oportunidade às pessoas e que é por isso que acredita na educação. “Nada é mais socialista que uma empresa moderna”, cravou o candidato do PSB.
 
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Estimativa de crescimento do PIB tem terceiro aumento seguido e vai a 7,5%

A estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para o crescimento da economia este ano subiu pela terceira semana seguida. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 7,42% para 7,47%. Para 2011, estimativa é mantida em 4,5%, há 41 semanas. A projeções divulgadas nesta segunda-feira (20) constam do boletim Focus, publicação semanal do BC elaborada com base em estimativas para os principais indicadores da economia.

A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, passou de 11,34% para 11,37%. Para o próximo ano, a previsão de expansão foi mantida em 5%.
 
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB caiu de 40,80% para 40,60%, em 2010, e de 39,45% para 39,20%, em 2011.
 
A expectativa para a cotação do dólar também caiu, de R$ 1,77 para R$ 1,75, ao final deste ano, e de R$ 1,81 para R$ 1,80, ao fim de 2011.
 
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) permaneceu em US$ 15 bilhões, neste ano, e passou de US$ 9,56 bilhões para US$ 9,90 bilhões, em 2011.
 
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa permaneceu em US$ 50 bilhões, este ano, e passou de US$ 59,90 bilhões para US$ 60 bilhões, em 2011.
 
A tendência para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) permaneceu em US$ 30 bilhões, este ano, e foi alterada de US$ 38,20 bilhões para US$ 38 bilhões, em 2011.
 
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Após deflação, IPCA-15 sobe em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,31% em setembro, após ter deflação de 0,05% no mês passado, informou nesta terça-feira (21) o IBGE. Em setembro de 2009, o IPCA-15 teve inflação de 0,19%. Com o atual resultado, o índice está acumulado em 3,53% no ano (ante 3,15% em igual período de 2009) e em 4,57% em 12 meses, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (4,44%).

Segundo o instituto, os alimentos foram os principais responsáveis pela alta, atingindo inflação de 0,30%, ante -0,68% em agosto. Entre os destaques, estão as elevações do preço de carnes (3,40%), óleo de soja (de -0,01% para 5,08%), açúcar cristal (de -8,10% para 4,83%), frutas (de 0,82% para 3,17%), farinha de trigo (de 0,70% para 2,51%) e pão francês (de 0,04% para 2,11%). Os produtos não-alimentícios passaram de 0,14% para 0,31%.
 
O grupo Transportes subiu 0,33%, ante 0,02% em agosto. O litro de gasolina aumentou 0,77%, após alta de 0,31% no mês passado. O etanol também subiu (2,08%), embora em menor ritmo do que agosto (4,99%). Já os preços das passagens aéreas, que haviam caído 10,31%, subiram 7,56% neste mês. Por sua vez, os artigos de vestuários subiram 0,50%, após cair 0,09% em agosto.
 
Entre as regiões, o IPCA-15 teve a maior alta em Goiânia (0,48%), com alta de 3,47% na gasolina e de 0,83% nos alimentos. O menor foi o de Recife (-0,29%), onde os alimentos caíram 0,87%. Em São Paulo, o índice saiu de uma deflação de 0,05% para inflação de 0,42%, enquanto no Rio de Janeiro passou de -0,11% para 0,32%.
 
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