Dra. Margarida Barreto é destaque em 2009

Dra. Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalhador, que atua no Sindicato, recebe prêmio “Destaque do Ano”, referente ao ano de 2009, por sua atuação em defesa da saúde dos trabalhadores. O prêmio é concedido pelo Grupo Cipa, que atua na área de segurança do trabalho, feiras e eventos.

A premiação instituída em 1985 premia profissionais ligados ao mundo trabalho em todo o Brasil. O grupo edita quatro revistas: Revista SAUT – Saúde do Trabalhador; Revista CIPA – Segurança no Trabalho; Revista Incêndio – Prevenção de Incêndios; Revista Security – Segurança Privada.

O processo de votação acontece nas revistas e no site. Em cada uma das revistas são encartadas fichas, a partir de novembro, nas quais os leitores votam em seis personalidades naquela área, que em sua opinião foram destaques no ano e justificam o voto.


Nesses 25 anos já foram premiados mais 300 profissionais nas áreas de segurança no trabalho, segurança privada, prevenção e combate a incêndio e saúde no trabalho. O objetivo da premiação, segundo Márcia Rocha, coordenadora do prêmio, é homenagear os profissionais que atuam pela melhoria das condições no ambiente de trabalho e com isso contribuem para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. “Então o prêmio é uma forma de reconhecer todo esse trabalho árduo dentro do chão de fábrica das empresas, esse é o maior objetivo da premiação”, afirma Márcia.


A coordenadora conclui afirmando que “os profissionais contemplados representam os milhares de profissionais de todo o Brasil que dedicam sua vida na promoção e defesa da vida dos trabalhadores”.

Dra. Margarida Barreto

Para a dra. Margarida Barreto, doutora em Psicologia Social, médica especialista em saúde do trabalhador que atua no sindicato há mais de 16 anos, o premio é o reconhecimento de um trabalho que teve início no Sindicato, “mas, o prêmio não é só meu, é um prêmio que diz respeito a uma luta, portanto, é de todos os trabalhadores e trabalhadoras que de alguma forma tem perdido o medo e tido coragem de dar visibilidade aos problemas que enfrentam no local de trabalho”.

Para a dra. esse prêmio é especial porque teve a participação de trabalhadores de todo o país. “Todo prêmio é especial, mas esse é mais porque envolve trabalhadores cipeiros, de todo o Brasil e vem num momento em que lutamos para que se tenha uma lei federal que impeça o constrangimento e humilhação no local de trabalho. Essas práticas têm que ser combatidas e a responsabilidade quando existe a prática de violência no ambiente de trabalho é da empresa”, enfatiza.

As empresas quando promovem a reestruturação do trabalho precisam levar em conta que seu funcionário não é objeto e sim ser humano. “Quando a empresa reorganiza o trabalho não pode aceitar uma cultura de desrespeito ao outro, de invasão de privacidade, de violação de direitos, como vem acontecendo de forma costumeira. A empresa tem de pensar que quem vende a força de trabalho a ela é um ser humano, sujeito de direitos e não pode de forma alguma ser tratado como objeto”, conclui a dra. Margarida.

Para Lourival Batista Pereira, quem lida com a saúde, lida com o sofrimento das pessoas e isso não é fácil, poucas são as pessoas que se dispõe a esse importante trabalho. “E quando se mexe com a saúde do trabalhador se mexe também com o local de trabalho e isso sabemos que é complicado, pois, as empresas não estão muito interessadas na saúde dos seus funcionários. No entanto, qualquer melhoria que a empresa faça pela saúde do trabalhador ela mexe na sua estrutura e melhora consequentemente o ambiente de trabalho, é isso que verificamos em nosso dia-a-dia”.

Dra. Margarida é reconhecida internacionalmente “e para nós do Sindicato é uma satisfação muito grande tê-la conosco, pois todas as ações começaram aqui, o combate a LER/DORT, assédio moral, entre outras questões e, quem ganha são os trabalhadores, não só da nossa categoria, mas, todos os trabalhadores, pois o que fazemos sempre socializamos com as demais entidades sindicais. Esse prêmio vem coroar o trabalho de anos de luta em defesa da saúde e da qualidade de vida dos trabalhadores”, conclui Lourival.

Ouça entrevistas sobre o prêmio no programa Os Alquimistas! Acesse a página inicial do site www.quimicosp.org.br e clique no banner do programa.

PM usa força para manter professores longe do Palácio dos Bandeirantes

A assembleia dos professores da rede pública estadual de São Paulo terminou, nesta sexta-feira (26), com confronto entre policiais e docentes e feridos dos dois lados. Antes do conflito, Secretários do governador José Serra (PSDB-SP) receberam uma comissão de professores para anunciar que não há negociação, enquanto houver greve. Os professores prometem aumentar a mobilização após o que consideraram “mais uma prova de intransigência e truculência do governador”.

Apesar da chuva intermitente, cerca de 45 mil professores, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), compareceram à terceira assembleia da categoria, desde que a paralisação das atividades teve início em 8 de março.


Marcada para 15 horas, a manifestação começou com atraso e em clima de tensão, com a presença de 300 policiais do 16º Batalhão, além de reforço da Tropa de Choque, Força Tática e Cavalaria da Polícia Militar, nas áreas próximas ao estádio Cícero Pompeu de Toledo, no Morumbi, onde foi realizada a assembleia.

A concentração dos professores estava prevista para acontecer na praça Vinicius de Moraes, mas foi vetada pela Polícia Militar, afirmou Fabio de Moraes, secretário-geral da Apeoesp. Ônibus de outras cidades teriam sido alvo de bloqueios da polícia dentro e fora da capital, indicou Moraes. A assessoria de imprensa da PM nega que haja “revistas” demoradas nos ônibus com manifestantes.

Por volta de 17 horas, o primeiro conflito entre policiais e professores começou quando parte dos manifestantes se deslocou da concentração, em frente ao estádio, para seguir em passeata pela avenida Giovanni Gronchi, numa tentativa de apoiar a comissão de negociação que estava no Palácio dos Bandeirantes. Outro grupo de professores permaneceu em frente ao estádio para aguardar o resultado da reunião junto ao caminhão de som que anunciava os avanços ou retrocessos nas negociações. Quem tentou caminhar até a sede do governo foi impedido com bombas de gás pimenta e tiros de borracha.

Segundo a professora Gláucia Moraes, enquanto professores e estudantes gritavam palavras de ordem pedindo passagem até o palácio, a polícia procurou aumentar a área de isolamento e empurrou os professores, iniciando o conflito. “Cantava-se palavras de ordem e de repente só vimos bombas e entramos em desespero”, descreve Gláucia. A aposentada Terezinha Moraes também estava junto ao cordão de isolamento da polícia e lamenta a violência desmedida contra os professores. “Comecei em 1967 a dar aula, sempre participei de greve, mas essa é a primeira vez que vejo e sou alvo de uma brutalidade como essas”, salienta. “Antigamente, os policiais levavam até cães para as manifestações, mas chegávamos até o palácio sem sofrer nada”, condenou Terezinha.

Outros manifestantes descreveram a ação de estudantes que ao tentarem ultrapassar a barreira teriam sido impedidos pela polícia com violência. “A primeira fileira do cordão de isolamento dos policiais se abriu e a tropa de choque veio atrás com bombas”, descreveu um professor em estado de choque.
A Polícia Militar, por meio de nota, diz que alguns manifestantes atiraram rojões, paus e pedras na direção dos policiais militares. Até as 18h55, havia nove manifestantes feridos e sete policiais.

Ao correr das bombas de efeito moral, alguns professores desmaiaram ou passaram mal com sangramento no nariz, ardência nos olhos e na garganta. Jornalistas e fotógrafos também foram atingidos.

Novo confronto voltou a acontecer, quando o caminhão de som da Apeoesp se aproximou do isolamento imposto pela PM, na tentativa de negociar com os policiais e evitar novo conflito.  “Pelo amor de Deus professores, fiquem atrás do caminhão”, pediam os diretores da Apeoesp. “Estamos desarmados, só temos o corpo e sabemos que vem bala de borracha aí”, insistia o sindicato.

“A manifestação é a demonstração do desejo dos professores de resolver a questão. Mas o confronto acentua o caráter autoritário do governador”,  lamentou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

Para o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) o confronto foi uma covardia. “Esse governo intransigente deixou um rastro de destruição. Na segunda-feira vamos tomar providências e acionar o Ministério Público.”

Uma comissão de Deputados procurou negociar com a polícia a passagem dos manifestantes e a paralisação dos conflitos, mas segundo o vereador Jamil Murad (PCdoB-SP), o coronel responsável pela ação foi categórico ao afirmar que iria impedir qualquer tentativa de aproximação da sede do governo.

Novas bombas obrigaram os professores a correr e causaram novos momentos de desespero. Os manifestantes retornaram à frente do estádio do Morumbi. Com a testa machucada por estilhaços de bomba, Carlos Ramiro, vice-presidente da CUT-SP e diretor da Apeoesp, criticou a ação da PM. “Estamos o tempo todo trabalhando por uma manifestação pacífica, mas a PM age inesperadamente e causa um confronto desses”, diz.

Os professores encerraram a assembleia em meio a vaias ao helicóptero da PM que sobrevoava o local e com denúncias de que policiais infiltrados na manifestação estariam provocando os professores e criando conflitos.

A PM calcula que cinco mil manifestantes estiveram no local. O governador José Serra não estava na capital paulista. Cumpria agenda de inaugurações pelo interior. Em Franca, foi recebido com um protesto de professores.
Na quarta-feira (31), os professores realizam nova assembleia na avenida Paulista, às 14 horas.

Antes, às 12 horas, o funcionalismo público estadual reúne-se na Praça do Patriarca para um “bota-fora” do governador José Serra, que deixa o cargo para concorrer às eleições presidenciais. Os funcionários públicos prometem realizar um grande almoço com o tíquete-alimentação de R$ 4.
 

Apesar da chuva

Pouco antes do início da manifestação, as caravanas de professores já enfrentavam uma forte chuva de granizo que atingiu a região sul da cidade.
Capas de chuva e guardas-chuvas tornaram-se itens essenciais para a assembleia. “Vale a pena andar 6 horas e aguentar chuva”, comentou Francisco, de Ourinhos, professor há 26 anos. “Tem de ser assim, já que tudo aumenta e nosso salário está sempre para trás”, dispara.
 

Alunos


Com participação cada vez mais intensa nas manifestações, alunos ouvidos pela reportagem criticaram o material didático distribuído pelo governo do estado. “Os materiais estão cheios de erros, como já ficou conhecida a história de dois Paraguais no mapa”, alegam.

“Muitas vezes, nem temos aula, porque não tem professor para várias matérias”, diz Gabriel, aluno do ensino médio da capital paulista. Giovana reclama que a falta de professor de química, por um ano, vai obrigá-la a fazer cursinho pré-vestibular. “Quero tentar universidade pública, mas não dá depois de um ano sem professor”, garante.
 

Surreal

Outra reclamação é a pressão que os docentes, principalmente da categoria “O”, sofrem para não paralisarem as atividades. “Ninguém ‘tá’ satisfeito, mas perto de 20% que são os [da categoria] “O” têm medo porque só podem ter duas faltas”, reflete Francisco.

Rodrigo, professor da capital paulista, conta que apesar de alguns professores de sua escola não aderirem à greve, participaram de um abaixo-assinado denunciando as más-condições de trabalho. “O descontentamento é unânime, mas as pessoas têm medo”, considera.

“Não é só salário, é por falta de condições materiais de dar aula”, enfatiza Ivania, há oito anos em sala de aula. “Este ano começamos o ano com 54 alunos por sala de aula, quando não há cadeiras, sentam dois alunos por cadeira”, denuncia.

“Ouvir o governador falar de dois professores por sala de aula é surreal”, ironiza Roberta, professora há 8 anos na rede pública. “Quando chove alaga a escola, quando faz sol não dá para dar aula, porque vira um forno”, comenta.
 

Bônus


Acompanhada do filho de 15 anos, a professora Margarida de Capão Redondo, bairro da zona sul de São Paulo, veste uma fantasia improvisada com “TNT” (tecido não tecido) com cartazes em todo o corpo convidando jornais a noticiarem “Veja o que deu para comprar com o bônus”. Com 21 anos no ensino público, a professora mostra o demonstrativo de pagamento à reportagem. “Veja só: eu ganho R$ 1.800 com a carga máxima, mas o governador diz que eu ganho R$ 3.270 e posso chegar a R$ 6.000”, acusa.

Ela ainda cita a labirintite causada pelo estresse do trabalho e o sofrimento do filho quando ela ficou afastada do trabalho. “Passamos fome juntos”.
 

Rei

José Milton, de Carapicuiba, conta com revolta o momento do confronto com a polícia. “Jogaram bombas para manter a distância do palácio”, cita. “O tal palácio é publico e o Serra não é rei”, acredita. “É lugar de construir políticas públicas”, reforça o docente ainda em choque.

As manifestantes Cislene e Márcia da capital paulista tentam fugir da correria e encostam no muro para não serem esmagadas durante a correria. “Que desespero, nunca vi tanta gente com medo”, detalha. “É uma humilhação muito grande ser tratada desse jeito”, assinala.

“Como pode tanta propaganda sobre educação e o governador fazer isso com os educadores”, desacredita.

Já é noite e os professores de Jacareí buscam notícia do colega socorrido pelo Corpo de Bombeiros. “Soubemos que ele levou dois tiros e foi internado no [hospital Albert] Einstein”, supõe Sueli Guedes. Outras professoras da cidade choram decepcionadas com o desfecho da assembleia.

A professora aposentada Terezinha Moraes procura a reportagem para entregar o demonstrativo de pagamento e insiste “leva com você”. “Veja quanto eu ganho, eles criam bônus, gratificações, mas quando a gente se aposenta, só fica o salário-base e daí vai viver como?”, questiona.

Ao final da manifestação, era possível ver no chão da avenida Giovanni Gronchi, sapatos e objetos perdidos, enquanto a prefeitura retirava as barricadas de concreto, utilizadas para evitar que os professores se aproximassem da sede do governo paulista.

Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/professores-em-greve-em-sao-paulo-2010-2010-03-26

Empregadores domésticos são condenados por assédio moral

A 10a Turma do TRT-MG manteve a condenação de um casal ao pagamento de indenização por assédio moral à ex-empregada doméstica, que era tratada com desrespeito, sendo chamada por nomes ofensivos e que faziam referência à sua raça. As filhas dos reclamados, inclusive, utilizaram um site de relacionamento da internet, para ofender a trabalhadora, que era chamada de “gorda”, “ladra” e “neguinha”. Para o desembargador relator, Márcio Flávio Salem Vidigal, embora isso tenha ocorrido após o término do contrato de trabalho, acaba por reforçar as declarações das testemunhas e leva à constatação de que, na casa dos reclamados, a reclamante era agredida e tratada com hostilidade.

Explica o relator que o assédio moral, também denominado de mobbing ou bullying, é uma espécie de manipulação perversa que atenta contra a dignidade ou integridade psíquica ou física do trabalhador, expondo-o a situações incômodas e humilhantes pela repe tição de um comportamento hostil de um superior hierárquico ou colega, ameaçando o emprego da vítima ou degradando o seu ambiente de trabalho. “Vale lembrar: a dignidade da pessoa humana constitui um dos fundamentos desta República (art. 1º, III da CR/88), e o tratamento indigno não pode ser tolerado no ambiente de trabalho, local no qual o empregado se encontra exatamente para buscar seu sustento digno” – frisou o magistrado.

Ele rechaçou a alegação de que os reclamados não poderiam ser condenados pelas atitudes das filhas, que são maiores de idade. Até porque, no caso de vínculo empregatício doméstico, o empregador é o ente familiar como um todo. Assim, o ato reprovável praticado por qualquer dos integrantes da família é considerado como ato do empregador.

Concluindo comprovados o dano à vítima e a conduta patronal violadora da honra e dignidade da empregada, a Turma manteve a condenação imposta pela sentença.

Escrito por – Rede Nacional de Combate a Violência Moral no Trabalho

Trabalhadores rejeitam proposta de jornada 6X2 na L?Oréal

A empresa L´Oréal fez uma espécie de plebiscito para mudar a jornada de trabalho. Hoje, o trabalhador tem a possibilidade de folgar aos sábados e domingos, mas a empresa queria aumentar o lucro com maior produtividade e até estava disposta a arcar com os custos disso. Tentou convencer os trabalhadores que ficar aos fins de semana trabalhando seria algo interessante para todos.

O Sindicato conversou com os trabalhadores e se posicionou contra a jornada 6X2, que traria mais lucro à empresa, mas nenhum tipo de benefício aos companheiros que querem preservar a sua convivência familiar. O resultado da votação secreta foi expressivo e no dia 11 de março, 251 trabalhadores votaram com: 174 votos contra a mudança, 71 votos a favor, 4 brancos e 2 nulos.

A vitória representa a busca do trabalhador por mais qualidade de vida. “Mesmo a proposta parecendo vantajosa aos trabalhadores. Os companheiros da L´Oréal entenderam que a opção pela família, pela saúde e pelo bem-estar valem muito mais que alguns trocados”, explica o dirigente do Sindicato, Carlos Brito (Carioca).

 

Sindicato ganha ação da PLR contra a Cromos

O Sindicato ganhou processo contra a empresa para pagar o valor da PLR integral. A empresa se recusou a pagar, porque queria um valor menor do que acordado na Convenção Coletiva.

Os dirigentes do Sindicato têm insistido para que a Cromos regularize as pendências em relação à Convenção Coletiva de Trabalho. No entanto, a empresa prefere discutir os assuntos direto com o Departamento Jurídico ou na Delegacia Regional do Trabalho. O resultado tem sido multas e derrotas jurídicas.

 É importante saber que, por conta da prática da Cromos, o Sindicato sempre comunica as dificuldades sofridas pelos trabalhadores à Delegacia Regional do Trabalho. As reuniões, contudo, não cumprem o papel de resolver os problemas, já que a empresa não oferece nenhuma solução.

Companheiro da Cromos é reintegrado ao trabalho

A Justiça do Trabalho deu ganho de causa e reintegrou liminarmente um companheiro que trabalha na Cromos. A ação foi proposta pelo Sindicato. O ajudante de produção trabalhava desde 1991 na empresa e tem problemas na coluna vertebral de origem ocupacional. Foi afastado pelo INSS em 2007 e depois, em 2009, teve piora no quadro de saúde. Em 15 janeiro de 2009, obteve alta, a partir disso, a empresa se recusou a aceitá-lo no trabalho, alegando que não havia atividade compatível. O INSS também não quis reconsiderar o benefício. A ação elaborada pelo Departamento Jurídico do Sindicato conquistou o pagamento de salários e benefícios, além da reintegração em caráter liminar.

Mídia se prepara para atacar Lula e Dilma

Com o fim da ditadura militar e início das eleições diretas, o Brasil conseguiu enxergar de forma mais clara, nos últimos 21 anos, o poder da mídia sobre os cidadãos, principalmente o poder da televisão. A eleição de 1989 foi marcante nesse aspecto. Uma edição tendenciosa atrasou o crescimento brasileiro, até que em 2002, contra a vontade da mídia, o presidente Lula se elege.

A vitória de um petista, metalúrgico, dirigente sindical, pernambucano e corintiano colocou em xeque o poder da mídia brasileira. Como foi possível perder a eleição? Faltou empenho da mídia? Entender o porquê ficou difícil, mas o fato é que Lula ganhou e quatro anos depois foi reeleito. Com o excelente trabalho desenvolvido, ficou impossível segurar o povo.

Hoje, a dificuldade da mídia é desconstruir o que Lula e o PT fizeram. Atacar o presidente que chega com popularidade altíssima no fim do mandato, algo incomum, principalmente se tratando de dois mandatos com quase oito anos, é atirar no próprio pé! No entanto, não atacar significa deixar o Brasil continuar o projeto popular de crescimento com desenvolvimento social.

As opções do empresariado da direita e da mídia ficaram escassas, por isso recentemente, um grupo da comunicação se reuniu com o objetivo de pensar como derrotar um projeto de Brasil que possa tirar os pobres da miséria e que possa aumentar o lucro de quem já ganha muito, há muito tempo. As opções são poucas. Entretanto, não podemos subestimar.

A reunião ocorreu com representantes dos maiores veículos de comunicação comercial do país: emissoras de televisão, jornais de circulação nacional e agências de comunicação. O que foi discutido, em síntese, é o que eles chamam de “Risco Dilma”. Assustados com o crescimento nas pesquisas de intenção de voto da ministra, os representantes da direita querem mudar o caminho que o país tomou com Lula na Presidência.

O povo brasileiro tem aprendido muito e – ainda que o ataque contra Dilma, Lula e o PT sigam durante todo o ano de 2010 – há um verdadeiro arsenal de conquistas dos trabalhadores e de crescimento do país, que podem servir de antídoto para os ataques da mídia organizada a favor do empresariado da direita.