Justiça manda prefeitura de SP drenar áreas alagadas na Zona Leste

A prefeitura de São Paulo tem 30 dias para drenar e limpar as águas de bairros da zona leste de São Paulo alagados há mais de 60 dias. As ações devem ocorrer no Jardim Romano, Chácara Três Meninas, Vila das Flores, Jardim São Martinho, Vila Aimoré e Vila Itaim, por determinação da 4ª Vara da Fazenda Pública da capital, depois de audiência na semana passada, realizada a pedido da Defensoria Pública do Estado.

A determinação inclui serviços de drenagem das águas pluviais nos bairros atingidos, com secagem e limpeza das vias, galerias pluviais, bocas de lobo e de todo o sistema de escoamento das águas da chuva. A ação da Prefeitura abrangerá inclusive “as áreas em que é inviável o escoamento natural por inexistência de sistema de drenagem, e será executada por sistema de sucção”, cita o documento da Fazenda Pública.

Para o defensor público Bruno Miragaia, a decisão “demonstra que a comunidade está atenta às ações do poder público”. Além disso, “o Poder Judiciário reconhece que o Estado deve adotar medidas para sanar os problemas daquela população atingida por enchentes”, afirma.

Durante o prazo de realização dos serviços, a Vara da Fazenda Pública suspendeu a ação civil pública contra a prefeitura. Se o Executivo municipal descumprir a determinação, cabe à Defensoria notificar o Poder Judiciário para tomar medidas administrativas.

A prefeitura também deve entregar, em dez dias, cópia integral do expediente administrativo que levou à decretação do estado de calamidade.  O governo do Estado também deve informar sobre a homologação do decreto. “Estes documentos são importantes para sabermos se todos o procedimentos que envolvem a decretação do estado de calamidade estão sendo cumpridos de modo a amparar a população”, explica Miragaia. A simples decretação de estado de calamidade não garante os direitos da população atingida pelas enchentes. “Os procedimentos são complexos e é a primeira vez que a prefeitura de São Paulo decreta calamidade”, argumenta.

O Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) também foi atingido pela determinação e deverá remeter ao processo informações sobre as medidas adotadas nas áreas atingidas, em especial “sobre a limpeza do Rio Tietê e realização de obras” no entorno do Parque Ecológico do Tietê.

Ainda está sem resposta pedido feito pela Defensoria sobre a suspensão da remoção dos moradores, até que a intervenção nos bairros para a construção do Parque Várzeas do Tietê seja discutida com os moradores. “A prefeitura esquivou-se de discutir o assunto durante audiência”, aponta Miragaia.

Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/justica-manda-prefeitura-de-sp-drenar-areas-alagadas-na-zona-leste

Assédio moral assombra a LG

Por quase uma semana, os funcionários da coreana LG Eletronics de Taubaté ? em torno de 2,4 mil ? interromperam a produção de cerca de 300 mil unidades com o objetivo de brigar pelo cumprimento de um acordo de promoções e para protestar contra o assédio moral por parte de alguns executivos. A greve terminou na sexta-feira, depois de um acordo entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e a empresa, intermediado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (SP).

O fim do assédio moral é um tipo de reivindicação comum nas pautas sindicais, mas o excesso de queixas, segundo o sindicato, mobilizou os funcionários. A empresa, segundo a entidade, se comprometeu a mudar suas práticas. Os trabalhadores falam de insultos, palavrões e maus tratos.

Depois de um tapa nas costas e um rosário de insultos, Simone de Gouvêa Rosa, de 35 anos, recorreu à Justiça. Desde junho de 2007 briga por uma indenização. A acusação é de agressão moral e física. O acusado, diretor da área de celulares, é conhecido por todos como Mister Ahn. Em caso de condenação da empresa, o valor será determinado pelo juiz.

Após um acordo, ficou acertado que, até a decisão do juiz, Simone continua vinculada à empresa. É funcionária, recebe o salário e demais benefícios, mas fica em casa. Não pode procurar emprego nem ter atividade remunerada. Depois de tanto tempo, ainda tem de conviver com as perguntas inconvenientes de quem quer saber por que levou um tapa do diretor coreano. Até o filho único, de 13 anos, é atormentado pela curiosidade dos colegas de escola.

Simone entrou na LG em 2001. Acordava às 5 da manhã, ainda com o céu escuro, preparava o filho para a escola e chegava à fábrica às 7h15. O expediente terminava às 17h18. Parava10 minutos para o café da manhã, tinha pausa para o almoço e outra para o lanche da tarde. Mas, segundo ela, precisava pedir para ir ao banheiro ou tomar água. “Se ninguém estivesse livre para me substituir, tinha de segurar a vontade”, diz. Seu trabalho era testar baterias e colar adesivos nos aparelhos.

Em junho de 2007, quando a produção de monitores estava mais tranquila e a de celulares acelerada, alguns funcionários, entre eles Simone, foram recrutados para mudar de departamento por uma semana. O grupo teve de aguardar em uma sala para receber mais instruções para a hora extra que faria. Ela conversava com Adriano Calais, então integrante da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), para ter detalhes sobre como seria a Participação de Lucros e Resultados (PLR). Mr. Ahn, segundo ela, entrou na sala, deu um tapa estalado nas costas dela e gritou em coreano.

Abalada, a funcionária diz que passou por um psiquiatra e uma psicóloga e teve de tratar da depressão com muitos remédios. “Tomava calmantes, não conseguia dormir. Naquela época não conseguia sair de casa, nem tirava o pijama, ficava enfiada no quarto o dia inteiro à base de antidepressivos.”

Ainda hoje Simone se desestabiliza ao lembrar do caso. Chora e diz ter pesadelos. “Ele olhava nos meus olhos, gritava comigo, gesticulava muito. Fiquei paralisada, me senti assustada e não consegui reagir”, diz.

O marido fez o possível para ajudar na recuperação. Numa saída para jantar, ela simplesmente travou ao passar pela porta do restaurante e ver uma mesa cheia de coreanos da LG, entre eles Mister Ahn.

Desgastada, Simone espera encerrar o processo e, pouco a pouco, “voltar à rotina, arranjar outro emprego, ter a minha independência novamente e uma vida social”.

PALAVRÃO

João, nome fictício, é funcionário da LG há nove anos. Relata que a relação com os chefes coreanos é difícil. Ele diz que uma das primeiras coisas que os novatos costumam fazer, até por instinto de defesa, é aprender palavrões em coreano para tentar acompanhar o que os executivos dizem nas rodinhas de conversa.

Em março do ano passado, João ajudava o supervisor em outra linha de produção. Conta que Mister Ahn, aparentemente insatisfeito com a presença do funcionário, o xingou no idioma natal. “F.d.p.”, teria dito. “Respondi que sabia o que ele estava falando e disse “é a sua mãe”, pronto para bater nele. Chorei de raiva. Pensei na minha mãe que me colocou no mundo. Ela é o quê, uma vadia?”

João foi ao ambulatório da empresa, tomou um calmante e pediu providências. Mister Ahn teve de pedir desculpas formais. Ele tentou entrar com uma ação na Justiça, mas teve de interromper o processo por falta de testemunhas. “Será que ele é bipolar? Na semana passada dizem que ele jogou um notebook no chão num momento de fúria.” A empresa nega.

A LG informou, em nota, não existir uma cultura dominante na empresa: “O objetivo é fazer com que a cultura local e a coreana se integrem, transformando a forma de trabalhar, conviver e interagir em um misto das duas culturas, na qual o que prevalece é o melhor de cada uma.”

Dos cinco mil funcionários no País, 64 são coreanos, espalhados por Taubaté, Manaus e o escritório de São Paulo. Sobre a acusação de assédio moral, a LG diz que as queixas podem ser feitas à matriz. “Caso seja apurada uma infração, as providências são imediatamente tomadas pela matriz, que acionará os responsáveis no País”, explica a nota.

Para Roberto, outro nome fictício, a cultura coreana é muito diferente da nossa. “Para eles, é normal chamar a atenção de um funcionário na frente dos outros ou simplesmente não falar com os subordinados. Mas não é assim que agimos”, ressalva. Ele também viu cenas inusitadas na LG. A máquina que fechava as caixas de monitores estava com um defeito e não fazia o lacre corretamente. Um diretor coreano chamou a equipe para uma reunião e arremessou uma caixa com o monitor no chão. “Tranquilo, ele saiu para fumar com os outros coreanos como se nada tivesse acontecido”, afirma.

Para Roberto, estar na LG é um “desgaste psicológico”. Se pudesse, mudaria de emprego. “Quando fui admitido, imaginava que seria o lugar do futuro. Afinal, lá se faz tecnologia.”

Para mais informações acesse: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100208/not_imp507902,0.php

Hugh Jackman interpretará vendedor de cosméticos Avon em novo filme

O australiano Hugh Jackman vai interpretar um vendedor de cosméticos na comédia “Avon Man”, segundo a revista especializada “Variety”.

O filme, produzido pelo estúdio 20th Century Fox, deverá ser dirigido por Kevin Lima, diretor de “Encantada”, um grande êxito na bilheteria americana após a sua estreia no fim de 2007.

Lima também dirigiu “Tarzan” (1999) e “102 Dálmatas” (2000).

No filme, o personagem de Jackman perde o trabalho como vendedor de carros e migra para o mundo dos cosméticos, na empresa Avon, famosa pelas vendas diretas.

Em seu esforço para conquistar sucesso na nova empresa, o personagem de Jackman convencerá os seus mais próximos a ajudarem a vender os produtos, o que levará ao reconhecimento em um concurso regional.

O roteiro será de Kevin Bisch “Hitch – Conselheiro Amoroso” e entre os produtores do filme está o próprio Jackman. As filmagens devem começar em abril em Atlanta, nos EUA.

Jackman também prepara uma nova versão para o cinema de “Carousel”, o musical de Richard Rodgers levado já ao cinema por Henry King em 1956, e a segunda parte de “X-Men Origins: Wolverine”.

Para mais informações acesse: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u695520.shtml

Projeção para crescimento do PIB em 2010 é mantida em 5,35%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 5,35% este ano, segundo o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. O número repete o da semana passada. Para 2011, a expectativa do mercado é de crescimento de 4,5%.

Ainda segundo o Focus, a projeção para o IPCA deste ano subiu de 4,62% para 4,78%, mantendo-se em 4,5% no ano que vem. A estimativa de alta da produção industrial em 2010 passou de 8,3% para 8,61%. Em 2011, foi de 4,75% para 4,85%.

Para mais informações acesse: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/projecao-para-crescimento-do-pib-em-2010-e-mantida-em-5-35http://www.redebrasilatual.com.br/temas/economia/projecao-para-crescimento-do-pib-em-2010-e-mantida-em-5-35